SETE HOMENS
E UM DESTINO (The Magnificent Seven, 2016).
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk, Nic Pizzolatto
Elenco: Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke,
Vincent D’Onofrio, Byung Hun-Lee, Manuel Garcia-Rulfo, Martin Sensmeier, Haley
Bennett, Peter Sasgaard, Luke Grimes, Matt Bomer, Jonathan Joss, Cam Gigandet,
Mark Ashworth, Billy Slaughter, Emil Beheshti
A pequena cidade Rose Creek, localizada próxima a uma
mina de ouro, vem sendo assombrada pelo inescrupuloso Bartolomew Bogue (Peter
Sasgaard), que vem desejando comprar toda a cidade por um valor absurdamente
baixo e, caso eles não deem a cidade para ele, tomará providencias menos
civilizadas.
Na intenção de salvar sua cidade, a jovem viúva Emma
Cullen (Haley Bennett), acompanhada do seu ajudante Teddy Q (Luke Grimes), vai
em busca de pistoleiros para proteger sua cidade, buscar justiça e se possível,
vingança. Ela termina cruzando o caminho do subtenente Sam Chisholm (Denzel
Washington), convencendo-o a ajudá-la.
Chisholm então inicia a seleção de outros iguais a
ele, ao chamar o jogador de cartas Josh Faraday (Chris Pratt). Ele pede para Faraday
e Teddy irem em busca do cajun Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke), enquanto ele
e Emma vão em busca do mexicano procurado Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo).
Ao encontrar Goodnight, Faraday e Teddy conheceu Billy
Rocks (Byung Hun-Lee), um exímio atirador de facas e parceiro de Goodnight.
Após reunirem-se novamente, os seis vão à procura do rastreador e caçador
lendário Jack Horne (Vincent D’Onofrio), que inicialmente decide não embarcar
no grupo, mas muda de ideia quando descobre que eles vão cruzar o caminho do
comanche desgarrado Red Harvest (Martin Sensmeier), que se une ao grupo.
Reunidos, os sete seguem juntos de Emma e Teddy para Rose
Creek, que está tomada por homens de Bogue e pretendem não somente deter Bogue,
mas levar justiça e vingança aos mortos.
Em 1954, Akira Kurosawa, Shinobu Hashimoto e Hideo Oguni
escreveram a história de sete samurais errantes que se unem para defender um
vilarejo contra bandidos que vêm roubando e assombrando o povoado.
Dessa obra prima do cinema japonês, em 1960, o
roteirista William Roberts e o diretor John Sturges lançaram o faroeste “Sete
Homens e Um Destino”, onde sete pistoleiros partem para ajudar uma pequena
villa no Novo México que vem sendo assolada por bandidos mexicanos que roubam e
destroem o vilarejo. Eles salvam a cidade, são traídos e depois partem para a vendeta,
vencendo os bandidos e salvando a cidade. Seis anos depois, os sobreviventes
retornam em uma missão semelhante, mas com menos empolgação.
Sessenta e dois anos depois da obra original –
cinquenta e seis anos depois do filme estadunidense –, surge uma nova adaptação
nas mãos do diretor Antoine Fuqua (O Protetor) e dos roteiristas Richard Wenk
(O Protetor) e Nic Pizzolatto (True Detective). A história do filme – como lida
acima – é uma adaptação bem pessoal de Wenk e Pizzolatto, bem diferente da obra
original e da primeira adaptação. Os roteiristas preferiram seguir por um outro
caminho ao colocar os pistoleiros serem convocados para salvar a cidade de um
inescrupuloso empresário que, no passado, causou várias atrocidades ao aliar-se
aos confederados durante a Guerra Civil dos EUA.
Para trabalhar nesse filme, o diretor Antoine Fuqua,
convocou alguns atores que ele teve o grande prazer de trabalhar como Denzel
Washington. Com Washington, Fuqua já trabalhou em “Dia de Treinamento” e “O
Protetor”. Outro ator conhecido de Fuqua é Ethan Hawke. O ator também esteve em
“Dia de Treinamento”. Além deles, os atores Chris Pratt e Vincent D’Onofrio
cruzaram caminho em “Jurassic World”. Falando de D’Onofrio, como sempre ele
surpreende na construção de seu personagem, dando voz e características
distintas, que diferenciam de qualquer outro que ele já tenha feito
anteriormente.
Uma das coisas mais interessantes do filme que o tom
de comédia fica bem leve e em momentos bem específicos. Acredito que isso vem
muito do tipo de direção de Fuqua, dando bastante atenção à história e à ação
do filme. As brincadeiras e os momentos de distração, terminam parecendo parte
natural do filme.
Essa nova adaptação de “Os Sete Samurais” de Kurosawa,
tem um toque especial do diretor e dos roteiristas, mas não deixa de ser uma
história de pessoas que se unem por um bem maior, mesmo que tenham interesses
distintos.
“Sete Homens e Um Destino” é um ótimo faroeste, com um
toque especial típico do seu diretor. Ação muito boa, história bem trabalhada,
vale a pena assistir, principalmente para ouvir, novamente, o clássico tema “The
Magnificent Seven” de Elmer Bernstein.