Translate

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

RESENHA FILMES: Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven, 2016)

SETE HOMENS E UM DESTINO (The Magnificent Seven, 2016).

Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk, Nic Pizzolatto
Elenco: Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Vincent D’Onofrio, Byung Hun-Lee, Manuel Garcia-Rulfo, Martin Sensmeier, Haley Bennett, Peter Sasgaard, Luke Grimes, Matt Bomer, Jonathan Joss, Cam Gigandet, Mark Ashworth, Billy Slaughter, Emil Beheshti

A pequena cidade Rose Creek, localizada próxima a uma mina de ouro, vem sendo assombrada pelo inescrupuloso Bartolomew Bogue (Peter Sasgaard), que vem desejando comprar toda a cidade por um valor absurdamente baixo e, caso eles não deem a cidade para ele, tomará providencias menos civilizadas.
Na intenção de salvar sua cidade, a jovem viúva Emma Cullen (Haley Bennett), acompanhada do seu ajudante Teddy Q (Luke Grimes), vai em busca de pistoleiros para proteger sua cidade, buscar justiça e se possível, vingança. Ela termina cruzando o caminho do subtenente Sam Chisholm (Denzel Washington), convencendo-o a ajudá-la.
Chisholm então inicia a seleção de outros iguais a ele, ao chamar o jogador de cartas Josh Faraday (Chris Pratt). Ele pede para Faraday e Teddy irem em busca do cajun Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke), enquanto ele e Emma vão em busca do mexicano procurado Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo).
Ao encontrar Goodnight, Faraday e Teddy conheceu Billy Rocks (Byung Hun-Lee), um exímio atirador de facas e parceiro de Goodnight. Após reunirem-se novamente, os seis vão à procura do rastreador e caçador lendário Jack Horne (Vincent D’Onofrio), que inicialmente decide não embarcar no grupo, mas muda de ideia quando descobre que eles vão cruzar o caminho do comanche desgarrado Red Harvest (Martin Sensmeier), que se une ao grupo.
Reunidos, os sete seguem juntos de Emma e Teddy para Rose Creek, que está tomada por homens de Bogue e pretendem não somente deter Bogue, mas levar justiça e vingança aos mortos.
Em 1954, Akira Kurosawa, Shinobu Hashimoto e Hideo Oguni escreveram a história de sete samurais errantes que se unem para defender um vilarejo contra bandidos que vêm roubando e assombrando o povoado.
Dessa obra prima do cinema japonês, em 1960, o roteirista William Roberts e o diretor John Sturges lançaram o faroeste “Sete Homens e Um Destino”, onde sete pistoleiros partem para ajudar uma pequena villa no Novo México que vem sendo assolada por bandidos mexicanos que roubam e destroem o vilarejo. Eles salvam a cidade, são traídos e depois partem para a vendeta, vencendo os bandidos e salvando a cidade. Seis anos depois, os sobreviventes retornam em uma missão semelhante, mas com menos empolgação.
Sessenta e dois anos depois da obra original – cinquenta e seis anos depois do filme estadunidense –, surge uma nova adaptação nas mãos do diretor Antoine Fuqua (O Protetor) e dos roteiristas Richard Wenk (O Protetor) e Nic Pizzolatto (True Detective). A história do filme – como lida acima – é uma adaptação bem pessoal de Wenk e Pizzolatto, bem diferente da obra original e da primeira adaptação. Os roteiristas preferiram seguir por um outro caminho ao colocar os pistoleiros serem convocados para salvar a cidade de um inescrupuloso empresário que, no passado, causou várias atrocidades ao aliar-se aos confederados durante a Guerra Civil dos EUA.
Para trabalhar nesse filme, o diretor Antoine Fuqua, convocou alguns atores que ele teve o grande prazer de trabalhar como Denzel Washington. Com Washington, Fuqua já trabalhou em “Dia de Treinamento” e “O Protetor”. Outro ator conhecido de Fuqua é Ethan Hawke. O ator também esteve em “Dia de Treinamento”. Além deles, os atores Chris Pratt e Vincent D’Onofrio cruzaram caminho em “Jurassic World”. Falando de D’Onofrio, como sempre ele surpreende na construção de seu personagem, dando voz e características distintas, que diferenciam de qualquer outro que ele já tenha feito anteriormente.
Uma das coisas mais interessantes do filme que o tom de comédia fica bem leve e em momentos bem específicos. Acredito que isso vem muito do tipo de direção de Fuqua, dando bastante atenção à história e à ação do filme. As brincadeiras e os momentos de distração, terminam parecendo parte natural do filme.
Essa nova adaptação de “Os Sete Samurais” de Kurosawa, tem um toque especial do diretor e dos roteiristas, mas não deixa de ser uma história de pessoas que se unem por um bem maior, mesmo que tenham interesses distintos.
“Sete Homens e Um Destino” é um ótimo faroeste, com um toque especial típico do seu diretor. Ação muito boa, história bem trabalhada, vale a pena assistir, principalmente para ouvir, novamente, o clássico tema “The Magnificent Seven” de Elmer Bernstein.