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sábado, 26 de outubro de 2019

"Como fazer amigos e enfrentar fantasmas" no Catarse

Constantemente venho falando sobre os projetos dos artistas brasileiros no Catarse. São vários projetos de quadrinhos independentes que contam com a ajuda do financiamento coletivo, dando vários brindes, além de adquirir quadrinhos com ótimas histórias e uma arte fantástica.
Eu tenho me tornado um persistente divulgador desses quadrinhos, pois sei que temos garantia de qualidade no que será recebido. Sendo assim, dois desses artistas que me tornei fã lançaram mais um projeto em conjunto no Catarse, são eles Eric Peleias e Gustavo Borges.
Peleias e Borges já realizaram um trabalho juntos, o belíssimo "Até o fim" e agora retornam com "Como fazer amigos e enfrentar fantasmas".
A história de "Como fazer amigos e enfrentar fantasmas" conta a história de duas crianças muito diferentes na forma de agir e interagir. Enquanto Olívia, que tem 8 anos, tem uma imaginação fértil e energia para dar e vender, além de cultivar o hábito de "caçar fantasmas", Leo, de 10 anos, prefere ficar na dele e jogar vídeo-game, sendo mais... cético. Filhos de pais separados, quando estes começam a namorar, deixam Olívia e Leo juntos e ambos aprenderam muito um com o outro.
"Como fazer amigos e enfrentar fantasmas" está no Catarse e você pode estar apoiando até o dia 05 de novembro de 2019 no link https://www.catarse.me/comofazeramigos.
Agora fiquem com um pouco mais desse projeto que promete!
Oi, 
Nós queremos contar para você um pouco sobre Como Fazer Amigos e Enfrentar Fantasmas, o novo projeto da dupla de Até o Fim.
Pensamos que o seu público pode se interessar pelo projeto.
Sinopse
Estamos na década de 1990, em cada casa há uma televisão ligada e a internet ainda é desconhecida.
Leo e Olívia não possuem muitas coisas em comum, mas ambos são filhos de pais separados. Eles são obrigados a passar um dia juntos, quando o pai dele e a mãe dela começam a namorar. Olívia tem 8 anos, é expansiva, cheia de imaginação e energia. Leo tem 10 anos, é introspectivo, sério e prefere passar o final de semana jogando videogame sozinho.
Levado contra sua vontade, o menino só quer se livrar de Olívia, que, diferentemente dele, está empolgadíssima. A menina só pensa em mostrar a ele seu fascinante hobby: investigar fenômenos sobrenaturais. Olívia acaba convencendo o “irmão temporário” a acompanhá-la em uma busca por fantasmas na região onde vive.
Um dia cheio de aventuras e descobertas pode mudar a vida de ambos e ajudar a definir a personalidade deles para o futuro? É possível preservar o senso de magia diante das decepções da vida? Ao mesmo tempo, é possível amadurecer sem perder o otimismo da infância?
Esta é uma história sobre os fantasmas que nos definem na infância e quais significados diferentes um “fantasma” pode ter. É também uma história sobre memórias, família, amizade, diferenças, semelhanças e, principalmente, sobre o amadurecimento.



Período da campanha: 16 de setembro até 5 de novembro de 2019
Lançamento previsto para dezembro de 2019
www.catarse.me/comofazeramigos

Anexamos aqui as primeiras páginas e algumas imagens (arte do Gustavo e texto do Eric). Acreditamos muito no potencial desta história. Esperamos que você e seu público se empolguem tanto quanto a gente.





Leo

Um menino introspectivo de 10 anos de idade. Ele está mais do que acostumado a passar horas se divertindo sozinho, assistindo televisão, jogando videogame ou lendo histórias em quadrinhos. Tem orgulho em saber a programação de seu canal de televisão favorito (e é até capaz de se orientar no tempo ao ver o que está passando na televisão. Está cansado de precisar conviver com os filhos das namoradas que seu pai arruma. Porém, já está acostumado com essa situação, pois seu pai costuma trocar de namorada quase tantas vezes quanto troca de sapatos.

Olívia 

Ela tem 8 anos de idade, é inteligente, tem muita imaginação e energia. Olívia gosta de ler e pesquisar sobre ficção e assuntos ligados ao sobrenatural. Fundou, junto com seu pai, um clube para investigar e catalogar fenômenos na região onde vive. É capaz de passar horas estudando e anotando em seu diário todas as descobertas, pois pretende escrever um livro sobre o assunto. Ela recebe seu novo “irmão” com muita alegria e acredita que ele será seu companheiro de aventuras.

Samuel

É o pai de Leo. Tem 39 anos e trabalha como vendedor, por isso tem horários de trabalho flexíveis. Sonhador e romântico, sempre acredita que a próxima namorada será a definitiva. Apesar de estar fisicamente próximo, ao longo do tempo ele se distanciou emocionalmente do filho. Agora, já não sabe mais como conversar com o menino.




Maya

É a mãe de Olívia. Trabalha como consultora de produtos de beleza e é adepta a dietas macrobióticas. Ligada aos assuntos místicos, se identifica com o movimento new ageAcredita no poder dos cristais e em gnomos.
Gosta do Samuel porque ele a faz rir.




A campanha está no ar em www.catarse.me/comofazeramigos para ver o que preparamos para você, como o projeto, as artes, o vídeo e descubra as modalidades de recompensas disponíveis para apoiadores.
Gustavo Borges é o autor de Até o Fim, PétalasCebolinha – RecuperaçãoMorte Crens e Escolhas, entre outros.
Eric Peleias é o autor de Até o Fim, Últimos Deuses, Ima - Sempre em Frente, Olhos Insanos, entre outros.

Estamos muito empolgados em poder contar essa história.
Como sempre, tudo começa com VOCÊ e com o SEU apoio.
Muito obrigado por acreditar em nós e seja bem-vindo à Sociedade dos Investigadores do Sobrenatural.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

RESENHA SÉRIE: Carnival Row (2019-)

CARNIVAL ROW (2019-)

Criadores: René Echevarria, Travis Beacham
Elenco: Orlando Bloom, Cara Delevingne, Tamzin Merchant, David Gyasi, Simon McBurney, Andrew Gower, Karla Crome, Arty Froushan, Caroline Ford, Jared Harris, Indira Varma, Alice Krige

A cidade de Burgo é um local que mistura o luxo e a decadência da sociedade, misturando humanos com seres mágicos. No Burgo, humanos convivem com fadas, faunos, ogros, haruspex, centauros, lobisomens, e vários outros seres. Repentinamente uma morte inesperada ocorre com uma pixie e o inspetor do Departamento de Polícia do Burgo, Rycroft Philostrate, se vê em um mistério que pode levar o Burgo a uma guerra entre os seres mágicos e os humanos, que é contida pelo Conselho da Cidade, sob a liderança do Chanceler Absalom Breakspear (Jared Harris).
Enquanto isso, fugindo do Pacto, Vignette Stonemoss (Cara Delevingne) chega à Cidade de Burgo e precisa retomar sua vida, após a Grande Guerra de Timanoc, onde conhecera Rycroft, por quem se apaixonou. Ela vai morar com sua amiga Tourmaline Larou (Karla Crome), uma fada prostituta no Hotel Tetterby.
Já em Finistere Crossing, o bairro de luxo do Burgo, chega o fauno Agreus Astrayon (David Gyasi), que termina fazendo um contrato com os irmãos falidos Imogen Spunrose (Tamzin Merchant) e Ezra Spurnrose (Andrew Gower), e causa burburinhos na sociedade aristocrática do Burgo... Sinceramente, o Burgo será pequeno para tudo o que está acontecendo!
“Carnival Row” estreou todos os episódios no sistema streaming da Amazon, Prime Video, no dia 30 de agosto de 2019 e seus oito episódios misturam magia, mistério, suspense, romance e questionamentos sociais.
“Carnival Row” é uma grande mistura de estilos que mexem com os admiradores deles. Começo com o que notei logo de cara, um ar shakespeariano na história.
Por que isso? Porque me lembrou, de cara, a peça “Sonhos de Um Noite de Verão”, de William Shakespeare. Começa pelo sobrenome do personagem interpretado por Orlando Bloom. Rycroft Philostrate. Philostrate era o censor do Tribunal de Teseu na comédia de Shakespeare. A deusa das fadas é Titânia, que na obra shakespeariana é a rainha das fadas. Ou seja, os elementos combinam com a ideia de influência.
Outra grande influência à série são as obras de suspense e steampunk do final do século XIX. O clima e ambientação do Burgo lembra muito as obras de Arthur Conan Doyle, Bram Stoker, Robert Louis Stevenson, Oscar Wilde, H.G. Wells e Jules Verne, com toda a tensão e as descobertas tecnológicas da Era das Invenções. Para criar esse ambiente, os roteiristas da série incluem “Viagem à Lua”, como o livro preferido de Rycroft Philostrate.
Por aí, você percebe que “Carnival Row” pode simplesmente atrair os mais diversificados tipos de pessoas que conseguem admirar esse tipo de contexto. Mas, o que ainda mais te deixa fascinado com a série são as questões sociais abordadas e como ocorrem.
É impressionante como decidimos ojerizar o que não conhecemos ou que consideramos como diferente. E isso acontece constantemente em “Carnival Row”. As pessoas discriminam, degradam os seres mágicos, por serem diferentes e terem uma religião diferente. Eles são surrados, ofendidos e execrados constantemente, tendo poucos humanos que os apoiem. Alguns mais abertamente, outros de forma mais ponderada e diplomática, mesmo que não resolva muito. E, entre os seres mágicos, eles adotam o lema “se não está comigo, está contra mim” na sua própria espécie ou contra os humanos, principalmente os fanáticos religiosos. Ou seja, temos terroristas, também.
É impressionante como Travis Beacham – que ampliou o seu roteiro para filme para uma série – e René Echevarria conseguiram ambientar tantas questões em uma série com ares de Era Vitoriana misturada com Shakespeare. Você tem desde agressões verbais e físicas contra os seres mágicos, que precisam sobreviver em empregos degradantes ou subalternos, até os “não-preconceituosos”, aqueles que sempre dizem “eu não sou preconceituoso, mas...” A polícia e os políticos que sempre dão preferência em acusar e bater em seres mágicos, culpando-os pela decadência de sua sociedade, mas não deixam de ir ao prostibulo de fadas ou contar com os trabalhos serviçais dos faunos.  Se você odeia discriminação, prepare-se para ficar extremamente irado com o que ocorre em “Carnival Row”.
Mas, mesmo que esse pano de fundo seja extremamente importante pra percebermos como somos seres decadentes, a verdadeira trama está nas histórias que são narradas nos oito episódios, pois o mistério acerca do assassino que estripa seres mágicos e humanos está totalmente ligado a Rycroft, personagem de Orlando Bloom que, por sinal, está muito bem no papel do inspetor da Polícia do Burgo.
Outra que também demonstra seu grande talento é Cara Delevingne fazendo a fada Vignette. Desde o momento que ela surge na série, ela demonstra lutar pelos seres mágicos como ela. Quando chega ao Burgo, depois de encontrar Rycroft, passa por uma prova de fogo para se unir aos Corvos Negros, um grupo militante de fadas. Outros atores fantásticos também são a atriz Tamzin Merchant e o ator David Gyasi que interpretam Imogen Spurnrose e Agreus Atrayon, respectivamente. Ela é uma das “não-preconceituosas” que aprendem muito com o fauno de Gyasi, um homem que veio do nada e conseguiu fazer fortuna passando por cima do que fosse necessário.
A qualidade de “Carnival Row” é tão deslumbrante que a Prime Video já ecomendou uma segunda temporada. Não vejo a hora de continuar a acompanhar essa serie que promete um grande caos na próxima temporada.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

RESENHA CINEMA: Coringa (Joker, 2019) – COM SPOILERS!!!

CORINGA (Joker, 2019) – COM SPOILERS!!!

Direção: Todd Phillips
Roteiro: Todd Phillips, Scott Silver
Elenco: Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beets, Frances Conroy, Brett Cullen, Shea Whigham, Bill Camp, Glenn Fleshler, Leigh Gill, Sharon Washington, Douglas Hodge, Dante Pereira-Olson, Carrie Louise Putrello

Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço contratado nas ruas e hospitais de Gotham City, mora com sua mãe, Penny Fleck (Frances Conroy), em um prédio no bairro pobre de Gotham, tendo como vizinha a bela Sophie Dumont (Zazie Beets) – por quem Arthur e tenta uma afinidade – e tenta ser um comediante de stand by... ah, além de tem vários problemas psicológicos que ele busca resolver indo a uma assistente social (Sharon Washington). Ele e sua mãe são fãs do apresentador Murray Franklin (Robert De Niro), que um dia Arthur sonha em conhecer, mas sua vida tem uma reviravolta que o leva a assumir um lado de sua psicopatia através do rosto do Coringa.
Antes de continuar a escrever esse texto – coloquei após esse resumo, pois sei que não conteria nada demais – preciso dizer que poderá conter SPOILERS. Estava temeroso a escrever esse texto por causa desse receio, então se desejar continuar, será por sua conta e risco.
“Coringa” é um filme incomum. Sinceramente, muitos o comparam a “Taxi Driver” – filme onde De Niro protagoniza um motorista de táxi desajustado –, “Um Dia de Cão” – citado pelo próprio Phoenix em uma entrevista à revista People – ou “Um Dia de Fúria” – tenho pensado nesse desde que terminei de assistir ao filme –, pois são retratos de como o ser humano, quando perturbado, se torna uma ameaça para ele e toda a sociedade a sua volta.
Tá, você pode não ver assim “Coringa”, pois Fleck é uma pessoa que possuía uma doença psicológica congênita, enquanto os personagens de De Niro e Douglas  – no caso de Pacino, ele vê a necessidade de tomar uma ação desesperada, não tendo psicopatia envolvida – são vítimas de uma psicopatia gerada por momentos de extremo stress que os levaram a ações homicidas.
Travis Bickle – personagem de Robert De Niro em “Taxi Driver” – se via como um herói. Veterano do Vietnã, que sofreu com stress da guerra, trabalha em Nova York como taxista e busca salvar uma prostituta, além de fazer justiça a sua amada – que nunca soube do amor dele por ela. Já William “D-Fens” Foster – personagem de Michael Douglas em “Um Dia de Fúria” – é uma pessoa frustrada. Divorciado, com uma ordem de restrição, desempregado, em um dia de total stress, ele decide que a melhor forma de desestressar é extravasar, então ele começa a desencadear um dia de caos a sua volta. No caso de Sonny Wortzik – papel de Al Pacino em “Um Dia de Cão” – ele é um assaltante inexperiente que termina não conseguindo realizar o que deseja, pois o assalto a banco que ele se envolvera por amor, não termina bem e se torna um circo da mídia.
Três personagens que possivelmente não tem nada a ver com Arthur Fleck de “Coringa”, mas cujos filmes tem uma ação crescente, como o filme em cartaz.
Ok, eu estava falando de Arthur Fleck, personagem protagonizado pelo ator Joaquin Phoenix. Bem, Fleck tem um problema sério de risos, que se assemelha muito à Síndrome de Tourette[1], mas ele também tem nuances da Síndrome de Clérambault[2], doença que sua mãe tem. E isso nos faz duvidar do filme.
Ao conversar com um conhecido, percebi que ele teve uma visão do filme bem diferente que a minha quanto ao final. Ele acredita que todo o filme – ou a maior parte dele – tem ligação com a piada mencionada por Arthur ao final do filme para a psicóloga do Arkham, quanto eu acredito que o delírio de Arthur veio somente dele achar que tinha um romance com Sophie, personagem da bela Zazie Beets, já que ele é um stalker[3], também.
O caso de Fleck ser uma “vítima da sociedade” é uma outra questão que muitos têm abordado. Ele é uma pessoa doente, que poucos compreendem sua doença – as vezes, nem querem compreender –, que constantemente é rechaçado e tratado como pária na sociedade em que vive. É um “invisível”, uma pessoa que ninguém deseja notar e quando o notam, agem de forma a denegri-lo diante de todos, como fosse objeto de piadas e chacotas. Eu estou falando de várias questões nas quais entendo – quase – nada, mas eu penso que a sociedade constrói os seus males. Ela gera pessoas como Fleck. Ele não tem recursos para poder se tratar, dependendo de uma assistência social falha, que também não se importa com suas condições problemáticas. Seria necessário, desde o princípio, que ele fosse tratado de forma mais adequada, mas não ocorre, em nenhum momento. Somente recebe receitas de remédios que não resolvem seus problemas psicológicos. As vezes, dá para acreditar, que as risadas são efeitos colaterais dos remédios que ele toma, pois quando ele decide que sua psicopatia assumirá a situação, ele não ri – a não ser que seja uma risada forçada... e, acreditem, dá para perceber.
Não entendam que estou justificando todas as ações de Arthur Fleck, mas acredito mesmo que ele foi um mal gerado pelo desprezo da sociedade gothamita.
“Coringa” não é um filme que comumente você assistiria por ter ligação aos quadrinhos. Ele poderia se chamar de várias outras formas e, se não fossem a cidade fictícia de Gotham (um dos vários nomes que Nova York possui) e personagens como os Wayne, é um filme a ser adorado e cultuado pelos grandes amantes do cinema.
Se você for ao cinema esperando um filme com ação quadrinhística, NÃO VÁ! Mas se deseja ver um filme diferente de tudo que já testemunhou, com uma história que reflete uma realidade pungente – sim, é uma realidade ainda existente –, então “Coringa” é o filme que você vai gostar de ver.
Independente de indicações ao Golden Globe ou Oscar, “Coringa” já pode ser considerado um filme que marcou seu lugar como os outros já citados. A violência é crua. A psicopatia de Arthur é doentia. clown é o verdadeiro psique dele. A transformação é notável e perceptível, mas o “nascimento” do Coringa vai, também, da interpretação de cada um.
Os movimentos que Joaquin Phoenix dá ao personagem parecem fluir naturalmente dele, indo além da construção do personagem. E, percebemos que a face Arthur Fleck é a verdadeira máscara e a maquiagem
“Coringa” é um filme único, que deve ser assistido sem preconceitos e sem avaliações conservadoras. Vá de mente aberta e analisando os porquês dele se tornar o que se torna.




[1] “[...] distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância.
Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC), ao distúrbio de atenção com hiperatividade (TDAH) e a transtornos de aprendizagem”. (BRUNA, Maria Helena Varella. Síndrome de Tourette. Drauzio. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-tourette/> Acesso em: 09 out. 2019)
[2] “[...] ou erotomania, é descrita como uma convicção delirante, apresentada, geralmente, por uma mulher que acredita que um homem, mais velho e de posição social mais elevada, ama-a. O paciente persegue o objeto de amor e, por isso, eventualmente, envolve-se em retaliações e ameaças em resposta às repetidas rejeições”. (ANDRADE, Arthur Guerra de; BALTIERI, Danilo Antônio; SAMPAIO, Thais de Moraes. Síndrome de Clérambault: desafio diagnóstico e terapêutico. SciELO.br. Rio Grande do Sul. 18 jul. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rprs/v29n2/v29n2a13>. Acesso em: 09 out.2019)
[3] “[...] se refereao perseguidor (...). Um fenômeno conhecido como síndrome do molestador [...]” (RIBEIRO, Carla. Perseguição stalking. Psicóloga – Carla Ribeiro CRPSP 86203. Disponível em: <https://www.psicologacarla.com/2016/10/perseguicao-stalking.html>. Acesso em: 09 out.2019)

terça-feira, 8 de outubro de 2019

RESENHA HQ: Últimos Deuses

ÚLTIMOS DEUSES

Roteiro: Eric Peleias
Arte: Hiro Kawahara
Ano: 2018
Pág.: 100

Sol é uma pilota de aviões que ama o que faz. Após sofrer um trágico acidente de avião, ela encontra a Yggdrasil e, dentro dela, residem os deuses esquecidos pela humanidade, sucumbindo aos tempos. O que Sol não sabe é que uma batalha está por vim e ela será crucial para o desfecho desta.
Antes de qualquer coisa, preciso dizer que “Últimos Deuses” é mais uma daquelas histórias que conseguiu ficar pronta graças ao apoio no Catarse, um site de Apoio Coletivo onde nós podemos ajudar artistas independentes a desenvolver suas histórias e ainda ganhar brindes.
“Últimos Deuses” traz a seguinte premissa: “Para quem os deuses oram?”
Na Antiguidade, as civilizações em formação acreditavam que cada força da natureza, corpos celestes e elementos como a terra, o fogo, o ar e a água eram deuses. Seres sobrenaturais extremamente poderosos, capazes de interferir em nossas vidas da forma que pedíssemos ou que eles desejassem.
Esses deuses amavam, odiavam, eram ambiciosos, ardorosos, como nós, suas criações, mas com dons divinos. Quando cada civilização se formou, tomou um rumo para suas crenças. Enquanto povos do mediterrâneo acreditavam em deuses vivendo em montes deslumbrosos, observando a humanidade abaixo, os povos do extremo norte criam que os deuses viviam em um enorme palácio de ouro, no final do arco-íris (Bifrost), guerreando e guardando a humanidade.
No norte da África, os povos acreditavam que os deuses geravam castas de reis magníficos que governariam a humanidade.
As assimilações dessas crenças foram desenvolvidas no passar dos tempos, mas quando a religião monoteísta ganhou força, essas antigas crenças perderam lugar ou desapareceram. Algumas crenças terminaram assimiladas pela religião monoteísta, pois somente assim para conquistar os povos que precisavam ser convertidos, mas seus deuses não tinham mais lugar nesse mundo monoteico.
Mas ainda a resistência, pois pessoas trazem de volta, constantemente, essas antigas religiões, sejam em livros, filmes ou mesmo nas crenças.
Em 2001, o escritor Neil Gaiman escreveu o livro “Deuses Americanos”, onde os antigos deuses entram em conflito com os deuses modernos, tendo como principal protagonista Odin, Sr. Mundo e o humano Shadow. No romance, são mostrados vários deuses vivendo entre os estadunidenses, pois haviam sido levados pelos imigrantes para essa Nova Terra.
Eric Peleias e Hiro Kawahara seguem por outro caminho, não tendo nada semelhante como o escritor Neil Gaiman.
Para Peleias e Kawahara, os deuses não abandonaram suas regiões, mas sim foram abandonados pela humanidade quando ocorreu a assimilação. Odin buscou uni-los contra um mal que tentava conquista-los com promessas vazias.
Yggdrasil serviu como base desses deuses e, durante a batalha contra esse mal, vários deuses sucumbiram. Aqueles que sobreviveram, tentaram se unir a humanidade, mesmo que seus dons perdurassem suas vidas. Alguns perderam seus dons com o passar do tempo, outros perderam um pouco mais ou ganharam o mal que existe no meio de nós. Quando Sol surge entre esses deuses, ela vê o que a decadência, a descrença fez com os deuses. O problema é que alguns não aguentam mais e desejam que as promessas do passado se tornem verdades em seu futuro, nem que para isso precisem trair seus antigos aliados.
“Últimos Deuses” é um resgate, no meu entender. Um resgate de crenças perdidas e deuses esquecidos. Um resgate na pluralidade das crenças. Um resgate de um mundo laico, onde os deuses esquecidos precisam ser relembrados e resgatados, pois o mundo precisa dessa força para continuar.
Como Rá diz: “Pode não acreditar, mas Rá, ‘o Deus Sol, já foi adorado por milhões. Nossa força vem da adoração humana e a humanidade... digamos que vocês já viveram dias melhores”.
Caso desejem adquirir “Últimos Deuses”, acessem: https://amzn.to/31ZJ0yS

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Capitão Miolo-Mole no Catarse

Eu conheci o Capitão Miolo-Mole no Instagram e, logo de cara, gostei do personagem. Ele é meio atrapalhado, desastrado, mas bem intencionado, então decidi seguir seu perfil.
Recentemente James Lee, o criador do personagem, decidiu contar a origem do Capitão Miolo-Mole em uma história em quadrinhos, e lançou um projeto no Catarse para transformar esse projeto em uma realidade.
Para quem não conhece o Catarse, ele é um site de crowdfunding, ou melhor, financiamento coletivo. Você acessa o site, se cadastra e através de doações você participa do apoio às revistas e pode ganhar brindes com isso. Vários artistas independentes brasileiros, por falta de uma lei de incentivo voltada para o mundo dos quadrinhos brasileiros, lançam seus projetos no Catarse. Os projetos conseguem se tornar realidade graças aos seus apoiadores.
A ideia de James Lee de fazer uma história em quadrinhos do Capitão Miolo-Mole é maravilhosa e um momento muito bom, onde vemos uma proliferação de quadrinhos independentes brasileiros sendo desenvolvidos através do Catarse, principalmente.
Então conheçam o projeto e apoiem, pois o Capitão-Mole vai a pena!
Para apoiar, acessem: https://www.catarse.me/capitao_miolo_mole_762a

A HQ do Capitão MIOLO-MOLE é a realização de um sonho de infância...
O embrião desse projeto surgiu quando eu tinha apenas 12 anos. O ano era 1996 e eu, apaixonado por super-heróis, desenhos animados e histórias em quadrinhos, sonhava em um dia criar meu próprio personagem. E pensei: porque não criar um herói que fosse uma mistura de tudo isso? Uma paródia dos outros super-heróis poderosos? Sei que essa não é uma ideia 100% original... Mas foi assim que nasceu o Capitão MIOLO-MOLE!
A princípio ele seria um personagem sem o estereótipo dos heróis superpoderosos e musculosos. Ele seria um magricela desajeitado, uma representação brincalhona destes seres extraordinários vestidos em roupas coloridas. Eu acreditava no potencial do personagem. Seu nome, suas cores, seu carisma... Mas as minhas convicções começaram a ser frustradas quando algumas pessoas começaram a rir do personagem não por se tratar de ele ser engraçado, mas por achar que ele era ridículo. Chateado, coloquei o Capitão MIOLO-MOLE na “geladeira”...
Dez anos se passaram, mas não houve um dia sequer que eu não pensasse nele! Era mais forte que eu! Então, continuei desenvolvendo o personagem. Após algumas reformulações, o herói foi ganhando novas formas e depois de algumas observações de um grande amigo quadrinista, o Capitão MIOLO-MOLE se transformou numa caricatura dos heróis clássicos!
A maioria dos heróis americanos tem suas origens baseadas em fórmulas científicas, mutações genéticas, explorações espaciais ou invasões alienígenas! Todas essas ideias malucas fervilhavam na minha cabeça, e comecei a escrever. Mas, por causa do trabalho, faculdade entre outras coisas, demorou alguns anos para eu chegar a uma primeira história.
Depois de criar uma página no Facebook e divulgar alguns quadrinhos do Capitão MIOLO-MOLE, eu ainda não me sentia preparado o bastante. Então, fiz alguns workshops de quadrinhos que me ajudaram, me dando a confiança necessária para começar essa empreitada.
Já estava mais do que na hora de tirar essa HQ da gaveta. E para viabilizar a impressão, nada melhor do que contar com o seu apoio através do financiamento coletivo aqui pelo Catarse!
Agora, depois de 23 anos desde a sua criação, apresento a vocês a HQ do Capitão MIOLO-MOLE! Que vai contar a origem do personagem e suas desventuras!

Albert Saymon é um jovem cientista estagiário que trabalha no laboratório JUMBUS e é acidentalmente infectado pelo soro MetaGenius enquanto desenvolvia o experimento científico. Ele é escolhido por alienígenas para ser o guardião de uma relíquia mística marciana chamada Maadimgord, o Coração de Marte. Ao acionar esse dispositivo, ele é instantaneamente transformado em um super-herói com poderes extraordinários. Mas um defeito causado pelo soro contido em seu cérebro também é acionado.
Tornando ele um herói indolente, atrapalhado e desastrado. O Capitão MIOLO-MOLE deve manter a cidade de Metroit City a salvo de supervilões, como o Dr. Hospício, também conhecido como William Westcox, um cientista, inventor e uma das pessoas mais inteligentes do mundo. Proprietário de uma corporação chamada WestCorp, ele roubou a fórmula MetaGenius de Albert Saymon para usar em benefício próprio, mas perdeu a sanidade.

Existem várias opções de contribuição, todas com recompensas exclusivas, incluindo prints em tamanho A3 que só estarão disponíveis pelo Catarse.

*Todas incluem o o nome na seção de Agradecimentos Especiais

*As recompensas são acumulativas: é possível fazer um apoio no valor de R$ 25 e depois realizar um novo apoio no valor de R$ 50, fazendo um upgrade para o pacote de recompensas no valor de R$ 75. Veja qual pacote de Recompensas cabe no seu bolso, CONTRIBUA para garantir seu exemplar da HQ e não se esqueça de AJUDAR A DIVULGAR este projeto para todos os seus amigos em busca de todas as nossas metas estendidas!

Abrimos todas as METAS ESTENDIDAS para que possam nos ajudar a alcançá-las até o final da campanha.

Cada meta que alcançarmos abrirá novas possibilidades para ampliar o material a ser publicado, garantindo uma experiência maior, incrementando o valor arrecadado no Catarse e melhorando o projeto, beneficiando você apoiador, a custo zero. Por isso é importante divulgar nas suas REDES SOCIAIS.

R$ 13.000 - META INICIAL

R$ 15.000 - IMPRESSÃO DE NOVAS ARTES EM TAMANHO A4 - PARA TODOS OS COLABORADORES

R$ 20.000 - SÉRIE COMPLETA DE 5 PÔSTERES EM TAMANHO A3 (29,7cm X 42cm) - PARA DOAÇÕES ACIMA DE R$ 100,00!

R$ 25.000 - DOAÇÃO DE 100 EXEMPLARES PARA UMA INSTITUIÇÃO LIGADA A PROMOÇÃO DE LEITURA INFANTIL