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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Série de TV da 'Supergirl' vai mudar sua história de origem nos quadrinhos.

Matéria publicada há dois meses no site Screenrant por Andrew Dyce.

SupergirlFora de todas as recentes adaptações da DC Comics para TV, parece que a Supergirl passou de um sonho a uma série confirmada mais rápido do que qualquer outro (dado o seu conjunto de superpoderes, talvez isso seja apropriado). Agora que a prima do Superman desembarcou oficialmente com uma série na CBS, alguns detalhes oficiais estão começando a vir à tona, e se eles confirmarem outras informações e rumores, então DC, WB e CBS está planejando algumas mudanças significativas para a história de origem tradicional da personagem.

Estritamente falando, quase nada se sabe sobre a série Supergirl, além do fato de que Greg Berlanti (Arrow, The Flash) e Ali Adler (Chuck, The New Normal) atuarão como produtores executivos, e que a CW aparentemente sentiu que a heroína kryptoniana não era a pessoa certa para o seu universo Arrow/Flash. Mesmo assim, não demorou muito para a maioria dos fãs de quadrinhos assumirem que eles estavam esperando por uma história de origem bastante reminiscente de Smallville, mas com um toque feminino.

Rumores alegam que a série iria oferecer uma "nova interpretação" da personagem clássica, e as últimas notícias do DC All Access (o trabalho da DC Entertainment) ajudaram a confirmar o primeiro sinal de quão longe os escritores se desviarão. Aqui está a descrição da série dada pela anfitriã Tiffany Smith:

“A série vai acompanhar Kara Zor-El, uma menina kryptoniana que está escondendo seus poderes aqui na Terra, mas decide abraçá-los e se tornar a heroína que ela sempre foi concebida para ser”.

Isso é claramente uma descrição vaga, mas carrega uma semelhança forte (leia-se textualmente) para a descrição dada há poucos dias pela IGN. Na época, a IGN não conseguiu explicar exatamente onde eles haviam obtido a sua descrição, de modo algum (inclusive nós mesmos) estavam hesitantes em reivindicá-la como uma versão oficial - especialmente tendo em conta os detalhes extras:

“Com base nos personagens da DC Comics, Supergirl seguirá Kara Zor-El. Nascida no planeta Krypton, Kara escapou em meio a sua destruição anos atrás e desde a sua chegada na Terra, ela está escondendo os poderes que compartilha com seu primo famoso. Mas agora, aos 24 anos, ela decide abraçar suas habilidades sobre-humanas e ser a heroína que ela sempre foi concebida para ser”.

supergirl #53

Se o texto compartilhado é um sinal de que ambos estão citando a mesma sinopse de enredo descrito da DC, então é lógico que a série de TV - ainda sem nome - também contará com uma versão de Kara Zor-El, aos 24 anos, com experiência em ocultar seus superpoderes kryptonianos. Isso pode parecer uma sinopse previsível para os fãs casuais que testemunharam uma premissa semelhante colocada para se trabalhar em O Homem de Aço, mas os fãs de quadrinhos sabem que ele é um grande distanciamento das raízes em quadrinhos do personagem (N.T.: Nem tão distante assim, pois em “O Legado das Estrelas”, Clark viaja o mundo ocultando seus poderes o máximo possível).

As mudanças de continuidade e reinicio da Supergirl sofreram desde sua introdução, em 1959, levaram a uma variedade de versões, mas a maioria, na atualidade, tem ficado com uma pequena lista de detalhes. Kara Zor-El era um adolescente quando seu primo, Kal, foi enviado à Terra por seus pais de Krypton. Kara conseguiu escapar também, mas por uma razão ou outra, chegou à Terra anos depois para encontrar Kal um homem adulto (e super-herói).

Em seguida, cabe a Kal ajudar sua prima a controlar seus poderes recém-descobertos até que ela possa adotar o seu próprio manto 'Super' - e uma identidade secreta junto com ele (a história vivida em Smallville). Mas indo pela sinopse acima, a série possuirá uma identidade diferente (N.T.: No filme Supergirl, de 1984, Kara Zor-El (Helen Slater) somente conhece a existência do primo por fotos e comentários, nunca tendo tido contato com ele).supergirl_linda_danvers

Independentemente de quanto tempo será gasto para estabelecer como Kara chegou a Terra, saltando para a frente para uma versão adulta - já usada para esconder seus poderes por parte do público - estabelece as bases para uma partilha de história pouco em comum com o cânone das HQ’s. No entanto, ele abre a porta para uma versão da Supergirl que segue o caminho tradicional de seu primo Kal: usando seus poderes, a elaboração de um traje, que cria uma dupla identidade secreta, etc.

Isso parece uma solução ainda mais lógica se o plano era para remover eficazmente Superman da história completamente (o que parece provável por um número de razões). Todas as coisas consideradas, a decisão de pular a verdadeira história da origem da Supergirl, de como chegou na Terram e se concentrar, em vez disso, em como ela se tornou uma heroína poderia ser uma jogada arriscada, mas seria definir a série além de grande parte do que vem da concorrência - e que poderia representar uma força.

O que você acha das mudanças no cânone das história em quadrinhos que parecem estar chegando? É uma mais velha e sábia Kara Zor-El para apelar a mais do que o público apenas mais jovens? Seria a chance de ver os clássicos elementos fantásticos de Superman adaptados para TV no intuito de suavizar o golpe de atualizações de O Homem de Aço?

Supergirl é esperado para ir ao ar na CBS em algum momento de 2015.

Siga no Twitter @andrew_dyce para atualizações sobre Supergirl, bem como de cinema, TV, notícias e jogos.

Fonte: http://screenrant.com/supergirl-tv-show-origin-story-changes/

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Os Bórgia

the-borgias-1-temporada-williansallanblogAdoro falar para todos que sou um nerd. Nunca tive vergonha disso e nunca terei. Mas também sou um historiador, com muito orgulho, e por isso amo bons seriados históricos, mesmo que não sejam totalmente fiéis à História, eles sempre possuem um conteúdo digno de ser acompanhado, devido a vários fatos que são narrados. Isso ocorreu com Roma, Spartacus, Os Tudors e Os Bórgia. Este último foi produzido, dirigido – em alguns episódios – e criado por Neil Jordan (Entrevista Com O Vampiro).

Não esmiuçarei cada temporada de Os Bórgia, pois – infelizmente – somente tivemos três, tendo 10 episódios cada, mas nela acompanhamos a ascensão da família Bórgia em Roma. O patriarca da família, Rodrigo Bórgia (Jeremy Irons), nascido na Espanha, se torna o Papa Alexandre VI, tornando-se o Supremo Sacerdote e líder da maior religião europeia no século XV. Mas ao se tornar papa, Rodrigo consegue vários inimigos em várias partes da Europa, principalmente nos ducados próximos a Roma, como Florença, Milão e Nápoles, além de ter conflitos com a França e o Cardeal Giuliano Della Rovere (Colm Feore), que o acusava de sinomia (venda de favores e títulos para conseguir o papado). Mas, além do Papa Alexandre VI, existem mais duas figuras de grande importância para a história, e para os acordos que seriam firmados pelo papa, César Bórgia (François Arnaud) e Lucrécia Bórgia (Holliday Grainger). Ambos eram filhos da união de Rodrigo com a mantovense Vannozza dei Cattanei (Joanne Whalley), que também teve o primogênito Juan Bórgia (David Oakes) e o caçula Jofre Bórgia (Aidan Alexander).

Como os problemas sempre rondavam os Bórgia, durante seu “reinado” sobre Roma, vários acordos foram feitos, principalmente usando a jovem Lucrécia Bórgia como barganha. Mas além de usar Lucrécia, Rodrigo fez uso do nepotismo ao nomear seu filho mais velho, Juan, como comandante do exército papal, e tornou César cardeal, no intuito que este viesse a sucede-lo no trono papal. Inicialmente, devido aos problemas com o rei Carlos VIII (Michel Muller), incitado pelo cardeal Della Rovere, Rodrigo negociou o casamento de Lucrécia com Giovanni Sforza (Ronan Vibert), mas após acertasse com o rei Carlos VIII, desfaz o casamento, alegando que este não havia se consumado, iniciando um conflito com a família Sforza, em especial com Catarina Sforza (Gina McKee), que terminou sendo capturada e presa no cerco de Forli.The-Borgias-Showtime-A-Familia-Borgia

Lucrécia ainda veio a se casar com o jovem Alfonso de Biscegli (Sebastian de Souza), de Nápoles, em mais um acordo de seu pai com a província. Mas este termina sendo ferido mortalmente por César Bórgia, após ir à Roma para fugir da perseguição de seu primo, Frederico de Aragão (Luke Allen-Gale), rei de Nápoles, e termina assassinado – a pedido – por sua esposa, Lucrécia.

As atrocidades de César não começam nessa parte da história, pois ele se torna um dos principais personagens da série.

The-Borgias-Cesare-20483611-1500-2000César, como segundo filho da união de Rodrigo Bórgia e Vannozza dei Cattanei, estava destinado ao cargo religioso, mas isso nunca o satisfez. Grande estrategista, aprendeu a arte de matar com o mercenário Micheletto (Sean Harris), seu homem de confiança. Tinha enorme inveja de seu irmão Giovanni e morria de ciúmes de sua irmã Lucrécia, por quem nutria uma paixão ardorosa e determinada, a ponto de matar a todos que se pusessem em seu caminho. César matou o cavalariço Paolo (Luke Pasqualino), pai do filho de Lucrécia. Depois disso, no ímpeto de ascensão, assassinou seu irmão Juan Bórgia, abandonou o cargo de cardeal e se tornou um homem da guerra. Casou-se com Charlotte de Albret (Ana Ularu), com o consentimento do rei Luis XII da França (Serge Hazanavicius) e, com isso, conseguiu apoio da França para suas empreitadas e conquistas, sendo nomeado Duque Valentino. Um dos seus parceiros constantes, a partir da segunda temporada, é Nicolau Maquiavel (Julian Bleach), que também o ajuda a se tornar o maior dos príncipes daquele período.

Infelizmente a série foi interrompida na Terceira Temporada, impossibilitando uma conclusão devido à baixa audiência da série no canal Showtime. Mas é impressionante o conteúdo de pesquisa de Neil Jordan para a criação dessa série, que para mim, é uma das melhores séries históricas já lançadas para a TV por assinatura. Além de um enredo primoroso, a série contava com um elenco bem estruturado, até mesmo para os atores pouco conhecidos.

No elenco de Os Bórgia tínhamos atores das mais variadas regiões da Europa, mas o mais conhecido deles era o britânico Jeremy Irons. Extremamente conhecido por seus papéis de profundidade assombrosa ou então por ser um ator de uma versatilidade incrível, Irons caiu como uma luva para o papel de Rodrigo Bórgia/Alexandre VI. A construção dele para o personagem demonstrou um enorme respeito, como ele sempre demonstra em tudo que faz.The-Bórgia-T2-no-AXN-Black-HD-1

Outro grande destaque vai para o ator canadense François Arnaud que faz o papel de César Bórgia. Pouco conhecido, Arnaud havia feitos alguns filmes, mas sua ascensão foi em Os Bórgia, onde deu a “César o que é de César”. Ele deu força e determinação ao personagem e demonstrou intenso carisma e sagacidade em sua interpretação.

Mesmo com vários trabalhos na TV, entre filmes e seriados, a atriz britânica THE BORGIASHolliday Grainger era também pouquíssima conhecida, mas seu papel como Lucrécia Bórgia lhe deu o crédito necessário para demonstrar o quão bem ela se sai no papel da jovem que se torna a maior mercadoria de acordos da família Bórgia dentro do Vaticano. Ela, além de linda, tem um talento fantástico e demonstra o quanto uma personagem pode crescer dentro de uma série.

Os Bórgia era uma série que merecia, pelo menos, mais uma temporada para que pudesse se encerrar de forma adequada, mostrando a decadência que acontece aos Bórgia, posterior a conquista de Forli, que engrandece a lenda por trás de César Bórgia. Existem vários acontecimentos que muitos ficarão sem conhecer com o fim prematuro da série, como a morte de Rodrigo Bórgia. O terceiro casamento de Lucrécia com Alfonso D’Este, do Ducado de Ferrara. Sua nomeação temporária como papisa. A prisão de Leonardo Da Vinci por César Bórgia. Os problemas de César com o Papa Julio II, também conhecido como Giuliano Della Rovere, que era inimigo de sua família. A prisão de César e sua posterior morte em um campo de batalha. Se todas essas informações poderiam ser transpassadas em mais 10 episódio de uma quarta temporada, nunca saberemos, pois seu fim prematuro impediu-nos disso. Mas temos, em três temporadas, toda a ascensão de uma das famílias mais inescrupulosas que ocupou o Vaticano e tomou Roma e todos os ducados e províncias próximas a cidade se tornaram negócio de barganhas e acordos para a manutenção do “reinado” dos Bórgia.

AUT CEASER! AUT NIHILI!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Amell X DC/Warner, isso existe mesmo?

Nos últimos dias muitos blog e sites vêm falando sobre uma possível insatisfação de Stephen Amell com a Warner Bros., mas eu gostaria de saber quantos sites e blogs, de verdade, conhecem os fatos do que rolou... presumo que poucos.
Vamos lá, primeiros chegamos a raiz dos fatos: Recentemente o presidente da Warner Bros veio a público anunciando as datas e os filmes que farão parte do universo cinematográfico da DC Comics, mas antes disse, o Chefe Criativo da DC Entertainment, Geoff Johns, veio a público anunciando que os universos do cinema e da TV - diferentemente da Marvel Studios - seriam separados, ou melhor, não teriam muita relação. Sendo assim, aconteceria a possibilidade de termos um novo Flash, bem como um outro Arqueiro Verde, e eis que a Warner anunciou que o ator Ezra Miller interpretaria Barry Allen/Flash nos cinemas, enquanto o ator Grant Gustin cuidaria disso na televisão. Lógico, houve uma balburdia por causa disso, sendo as mais acaloradas dizendo que o Flash não poderia ser gay (Miller é homossexual assumido). Com isso, lógico que o homem do momento, Stephen Amell, que tem uma das melhores séries de TV do momentos, Arrow, seria convidado e entrevistado sobre o fato. A entrevista foi dada ao TheStream.TV no Arrow After Show.Arrow After Show
Bem, na entrevista Amell fala ser um grande defensor de Grant Gustin e que gostaria que ele fizesse o filme, mesmo porque fazer um seriado é muito mais complicado do que fazer um filme, ainda mais que vem temporada e passa temporada, o ator tem que saber com o personagem não se tornar monótono e chato. MAS ele também fala que não gostaria de ver um filme interferindo no andar de um seriado, e chega a comentar - sem aparentar estar sendo diplomático, como certo blog mencionou - que teve uma conversa com Johns a respeito do futuro da DC, tanto no cinema, quanto na TV.
Durante toda a entrevista para o TheStream.TV, Amell não pareceu estar com raiva, nervoso ou mesmo contrariado com a Warner, a DC ou a CW (canal da Warner Bros.). Sim, ele defende Gustin. Sim, ele acredita que Gustin seria capaz de fazer um filme. Mas sendo mais esclarecedor, temos sua entrevista ao blog do Wall Street Journal, o Speakeasy, ao qual o Screenrant passou algumas partes que podem ser importantes, como:

"Sim. Claro. E eu sinto que deve ser Grant fazendo o filme. Mas a coisa importante a lembrar é só porque Grant Gustin desempenha o papel de Barry Allen não significa Ezra Miller também não pode interpretar Barry Allen. Pode haver diferentes interpretações do personagem. Qualquer um que é um fã de quadrinhos sabe que o personagem Flash é uma das forças que levam a universos paralelos.
"E quem sabe, eles podem encontrar um ator fantástico para interpretar Oliver Queen de outro jeito, que tem uma opinião diferente sobre o personagem. Eu sou, certamente, um desvio do típico Oliver Queen dos quadrinhos. Eu só acho que toda mundo precisa ser paciente com a coisa toda. O fato de que a DC e a Warner anunciaram todos estes critérios de quadrinhos não é senão bom para os negócios".

É sempre necessário se apurar os fatos. É sempre necessário saber do que está se falando. Amell sempre conheceu os planos de Johns, senão não teria mencionado isso na entrevista ao TheStream.TV. Amell gostaria de que fosse Gustin interpretando o personagem na telona, mas ele mesmo não se vê interpretando-o - não agora - na tela grande de um cinema. O que está faltando as pessoas que anunciam e publicam coisas na internet é se informar melhor.
Acredito que se fizessem isso, não soltaria tantas besteiras e coisas desnecessárias, material execrável, expurgantes, que faria ao lixo um favor muito grande se fosse jogado neles.
Sim, estou me expressando de forma ácida, pois não vejo a necessidade de termos informações adulteradas de material que nem todos podem ter acesso. Quando se fala algo, é necessário saber apurá-los.
Flash_v1_123Só para lembrar ao menos informados: A DC Comics possui o conceito de multiverso desde 1961, quando foi publicado em The Flash #123 a história "Flash of Two Worlds", que nos apresentava a Terra-1 (no Brasil, Terra Ativa) e a Terra-2 (por aqui, Terra Paralela). A partir daí, com a compra de outras editoras, foram surgindo outros universos, paralelos ao que todos acompanhavam. Esse conceito vem sendo usado há anos, não somente nos quadrinhos. Na TV, tínhamos um Superboy, enquanto nos filme de Christopher Reeve, somente na fase adulta que Clark Kent virou o Homem-de-Aço, apesar de já ostentar os poderes na adolescência. O mesmo ocorrera com Smallville e Superman Returns e Birds of Prey e os filmes do Batman de Schumacher, havia uma separação de ideias e conceitos dos personagens. O que a Warner está fazendo é dar continuidade ao que ela já faz há anos, pois não precisa ficar copiando dos outros.
Vale lembrar que, separando os universos do cinema e da TV, não possui a necessidade de uma continuidade ou o sucesso de um para o outro emplacar. Se as coisas derem erradas no cinema, o sucesso da TV está garantido. E mesmo Amell sabe disso, tanto que na entrevista para o WSJ ele diz:

"É difícil para eu querer ou imaginar um filme de Arrow quando estamos filmando o 10º episódio da nossa terceira temporada com mais 13 episódios pela frente e com toda a probabilidade mais 3 temporadas no outro lado dessa. Estou interessado em manter esse conteúdo fresco. Assim que chegar ao final da estrada, talvez então eu vou mudar o meu foco".

Então, peço àqueles que dividem conteúdos, que analisem bem os fatos que foram publicados. Procurem outras informações, outras fontes. Não "comprem" as informações, somente na intenção de difamar, pois quando essas são melhores pesquisadas, quem saem como vilões são vocês. Pensem no que escrevem e verifiquem antes de publicar.
Quem desejar ver a matéria do Screenrant, segue a seguir (em inglês): http://screenrant.com/the-flash-movie-grant-gustin-actor-justice-league/

O vídeo você pode ver logo abaixo (também em inglês).

Entrevista de Stephen Amell ao “Arrow After Show” do TheStream.TV

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Resenha Cinema: Interestelar (2014)

INTERESTELAR

interstellarTítulo original: Interstellar

Ano: 2014

Direção: Christopher Nolan

Roteiro: Christopher Nolan e Jonathan Nolan

Produção: Christopher Nolan, Lynda Obst e Emma Thomas

Elenco: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Sir Michael Caine, Jessica Chastain, Casey Affleck, John Lithgow, Mackenzie Foy, Timothée Chalamet, Wes Bentley, David Gyasi, Matt Damon.

Quando vou ao cinema, sempre espero ver um filme com um enredo que eu entenda e que seja totalmente fantástico, do começo ao fim. Que tenha uma história com um mínimo de coerência e que todo o filme seja completo, ou seja, boa trama, bons atores, e que percebamos que o diretor deu tudo de si para que tivéssemos algo digno, pois nos últimos tempos tem sido sofrível e difícil isso.

Eu sou fascinado por ficção científica, mas com exceção de filmes como Star Trek, tem sido complicado ter um enredo que me deixe totalmente interessado, mas hoje (16/11) eu consegui ver isso com o Interestelar, de Christopher Nolan.

Vamos ao enredo do filme: A Terra começou a se tornar um local com problemas sérios para a humanidade habitá-lo. Serviços como as forças armadas e engenharia se tornaram desnecessários, sendo os melhores empregos de agricultor. Mas mesmo as terras produtivas estão sendo tomados por pragas e areia, tendo constantes tempestades. Em um dessas tempestades, uma mensagem em código binário é deixada na casa do ex-piloto Cooper (Matthew McConaughey) pela poeira que entrou pela janela. Mas outras formas de comunicação são identificadas por sua filha de 10 anos, Murph (Mackenzie Foy), e isso os leva à NASA, onde Cooper é convocado pelo prof. Brand (Sir Michael Caine) para pilotar a nave que levara um trio de exploradores, incluindo a filha do Prof. Brand, a Dra. Amelia Brand (Anne Hathaway). O objetivo dessa expedição é encontrar outros três exploradores que encontraram planetas, possivelmente, habitáveis para que possa ser colonizado e habitados pelos terráqueos. O plano é que a missão dure 10 anos, mas devido a um erro de cálculo as coisas saem dos planos. Quando Cooper recebe uma mensagem de casa, seu filho mais velho, Tom (Casey Affleck) agora dirige a fazenda, após a morte do seu avô, Donald (John Lithgow), e Murph (Jessica Chastain), trabalha com o prof. Brand, buscando uma resposta para todas as perguntas ainda não respondidas e para a salvação da humanidade.

Bem, essa é uma sinopse básica para não estragar todas as surpresas do filme, que é um dos mais incríveis filmes de ficção científica que já vi. Viagens espaciais, buracos negros, outras galáxias, dimensões, tudo está no filme, composto de um elenco de gigantes. Desde a jovem Mackenzie Foy (Invocação do Mal) até Sir Michael Caine (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge), o elenco é composto por bons atores a ganhadores de prêmios, como Matthew McConaughey (Oscar e Globo de Ouro de Melhor Ator por Clube de Compras Dallas), Anne Hathaway (Oscar e Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante em Os Miseráveis), John Lithgow (Globo de Ouro de Melhor Ator de Série de TV (Comédia/Musical) em 3rd Rock From The Sun), Sir Michael Caine (dois oscars como Melhor Ator Coadjuvante por Regras da Vida (1999) e Hannah e suas Irmãs (1986) e três Globos de Ouro como Melhor Ator em Comédia ou Musical em Laura: A Voz de Uma Estrela (1998) e O Despertar de Rita (1983) e Melhor Ator de Minisséries ou Filme para a TV por Jack o Estripador (1988) e Jessica Chastain (Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático por A Hora Mais Escura).

Quanto ao roteiro, percebe-se uma preocupação enorme dos irmãos Christopher e Jonathan Nolan para entregar um filme de qualidade. Física, Astronomia, Astrofísica, Engenharia Espacial, teorias e cálculos do mais complexos que possa se ver estão nesse filme. Eles começam com uma bela apresentação dos personagens, como Cooper, uma engenheiro espacial e piloto que, após um acidente, se aposenta e vai dedicar-se a sua fazenda de milho, onde cria os dois filhos com auxílio do pai de sua esposa. Ambos são muito inteligentes, tanto o jovem Tom (Timothée Chalamet) quanto sua irmã Murphy, mas fadados a viver na fazenda e dela tirar o próprio sustento e de toda uma nação, já que outras funções não são mais necessárias no mundo. Mas temos o prof. Brand, sua filha Amelia, o geógrafo Doyle (Wes Bentley) e o físico Romilly (David Gyasi), que estão dispostos a encontrar um modo de sobrevivência para a humanidade, ou então, gerar uma continuação através de embriões. Apresentado os personagens, começa o segundo ato, a viagem especial em buscas dos outros três exploradores que partiram durante o projeto Lazarus, cuja missão era encontrar planetas que se assemelhassem a Terra e servissem para a nossa sobrevivência. Neste ato as teorias e ideias sobre física, astronomia e astrofísica são mais intensas, pois estamos falando sobre viagem para além do espaço conhecido, ou melhor, para além da nossa galáxia, através de um dos maiores mistérios do espaço, o Buraco Negro. A sensação de vazio e solidão é, ao mesmo tempo, assustadora e linda, pois o espaço é algo frio, mas também fascinante, e sua retratação no filme é tão divino quanto no filme com Sandra Bullock, Gravidade (2013). Sem estragar surpresas, partimos para o terceiro ato do filme, onde nos esbarramos em teorias e complexidades da física até hoje questionadas e que as pessoas buscam respostas, como um universo pandimensional, algo que poucos creem, mas que existem estudos sobre sua possível existência. A quebra da teia dimensional, a busca por respostas, está tudo no roteiro dos irmãos Nolan.

Quanto a direção de Christopher Nolan? Bem, sempre serei suspeito em falar, mas tentarei imparcialidade... tá, é difícil. Nolan consegue coordenar essas várias informações, um elenco estratosférico, e ainda nos deixar perplexos e estupefatos com todas as informações que nos coloca à disposição, sem parecer confuso ou mesmo chato e confuso. Temos momentos de extrema emoção (sério, chorei em vários deles), de tremenda expectativa e adrenalina, de surpresas, seja no elenco ou no andar do enredo, que deixam todo e qualquer fã de ficção científica orgulhoso por isso.

Existem falhas nas teorias e explicações? Bem, não sei dizer, pois não sou físico, astrônomo, astrofísico ou engenheiro, mas de tudo que pesquisei e procurei saber para escrever meus contos de “Em Busca do Conhecimento” estão lá. Teorias e cálculos que em mal compreendia, mas que eu vi sendo citadas no filme. Similaridade, buraco negro, wormholes, dimensões paralelas, teias dimensionais, viagem no tempo, Relatividade, tudo está ali.

Não sei se todos vão gostar do filme, quem sou eu para julgar isso. Mas me sinto muito feliz de ter ido vê-lo e ter tirado minhas próprias conclusões. Se valeu a pena pagar o ingresso? Sim, valeu. E se fosse possível (as temporadas de filmes na minha cidade duram pouco tempo) eu o veria de novo.

Interestelar – Trailer Legendado

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Batman Begins

batman-beginsOntem (11/11) a HBO 2 me deu um excelente presente de aniversário ao passar Batman Begins (2005), de Christopher Nolan (Interestelar), com roteiros dele e de David S. Goyer (O Homem de Aço), e eu fiquei pensando: Por que as pessoas consideram Batman Begins o pior filme da franquia?

Bem, em análise pessoal, eu vejo o filme como um excelente começo para a franquia que viria a ter Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012). Os elementos principais estão ali: Bruce Wayne (Gus Lewis) ainda criança tem seus pais assassinados na sua frente por Joe Chill (Richard Brake). Quando cresce, Bruce (Christian Bale) decide buscar uma forma de se aprimorar para poder combater esse mal que assola sua cidade, mas somente descobre como combatê-los quando está em casa e vê um morcego, daí então lembra que os marginais são superticiosos e têm medos, então faria uso de seu medo, adquirido após cair em um buraco próximo a sua casa, para imputar o mesmo nos bandidos de Gotham, então ele se torna o Batman.

Somente nesse mini-resumo, vimos elementos usados por Bill Finger, Frank Miller e Jeph Loeb para o desenvolvimento do mito do Batman. Depois disso, vemos outros elementos, como Henri Ducard (liam Neeson), criação de Sam Hamm e Denys Cohan, Ra’s Al Ghul (Ken Watanabe), criação de Dennis O’Neil e Neal Adams, Espantalho (Cillian Murphy), criação de Bill Finger e Bob Kane, James Gordon (Gary Oldman), criação de Bill Finger e Bob Kane, Alfred Pennyworth (Sir Michael Caine), criação de Bob Kane e Jerry Robinson, e Lucius Fox (Morgan Freeman), criação de Len Wein e John Calnan, que compõem a galeria de vilões e o time de aliados do Batman. Temos outros elementos de Batman: Ano Um de Miller e Mazzucchelli, como o mafioso Carmine “O Romano” Falcone (Tom Wilkinson), o detetive Arnold Flass (Mark Boone Junior) e Comissário Gillian B. Loeb (Colin McFarlane). Existe até mesmo uma aparição de Victor Zsasz (Tim Booth), psicopata assassino que marca o corpo sempre que mata alguém, criado por Alan Grant e Norm Breyfogle. Com tantos elementos quadrinhísticos, o filme se torna muito bom, mas com o enredo, envolvendo o treinamento, a criação do traje, o uso de um veículo para combate urbano e muitos elementos que viríamos nas histórias do Batman das décadas de 1980, 1990 e na primeira década do século XXI, tornam-no excelente. Muitos criticam a forma de Nolan demonstrar os combates corpo-a-corpo, mas esquecem que a intenção do diretor é contar uma história, ou seja, somente o referencial de o Batman conseguir combater os bandidos, sem a necessidade de ser um robô, já faz do filme algo a ser considerado parte da trilogia.

Batman Begins é um filme do qual nunca havia se visto antes, pois em nenhum outro filme ou seriado do Batman vimos sua origem ser contada de forma tão fiel e digna. Sim, usavam-se de flashbacks, como ocorre em Batman (1989), mas nada que demonstrasse o tamanho da concepção do personagem. Outros criticam que ele deveria estar assistindo A Marca de Zorro (1940) ao invés da ópera Mefistofele de Arrigo Boito, mas muitos esquecem que Bill Finger e Bob Kane nunca definiram que filme os Wayne estavam assistindo na noite que foram assassinados. A Marca de Zorro veio a ser acrescentado por Frank Miller em Batman #404 (1987), quando ele recontou o assassinato dos Wayne, sendo assim, o que os Wayne estavam assistindo não é necessariamente o filme do Zorro, e a decisão de Nolan é criar mais elementos para a fobia de Bruce quanto a morcegos. Fobia esta que viria ser sua arma mais forte no combate ao crime.

Batman Begins foi a chave para o sucesso da trilogia, e como tal merece ter o devido respeito.

domingo, 9 de novembro de 2014

RESENHA OVERDOSE CINEMA: Drácula: A História Nunca Contada

Publicado na fanpage do grupo Overdose HQ em 09/11/2014.

RESENHA OVERDOSE CINEMA:
Dracula-A-Historia-Nunca-ContadaDrácula: A História Nunca Contada
Título original: Dracula Untold
Lançamento: 2014
Direção: Gary Shore
Elenco: Luke Evans, Sarah Gadon, Dominic Cooper, Art Parkinson, Charles Dance.
"Vlad III, também conhecido como O Empalador – como era conhecido o Drácula histórico – nascera na cidade de Schassburg, na Transilvânia, no ano de 1431. Filho de Vlad II Dracul, que no ano de seu nascimento tornara-se membro da Ordem do Dragão e príncipe da Valáquia, na Romênia. Em 1442, após uma batalha que fora derrotado pelo sultão do Império Turco-Otomano Murad II (1404-1451), Vlad Dracul, para provar sua fidelidade ao sultão, deixou seus filhos Vlad III e Radu III, o Belo (1435-1475) como reféns. Vlad e seu irmão foram colocados em prisão domiciliar e depois levados para a Ásia Menor. Radu III, o Belo terminou se tornando um aliado de Murad II e o favorito de Mehmed II (1432-1481) – sucessor ao sultanato – como candidato oficial ao trono valaquiano, sob domínio turco".
"Drácula: A História Nunca Contada" é, em parte, fiel ao que eu escrevera no meu TCC em 2012, ou seja, começa mostrando que Vlad III é enviado ao sultão, mas desconsidera o irmão de Vlad, Radu III. Em parte, isso se torna uma fidelidade histórica ao original, o que é muito significativo, já que estamos falando sobre um personagem que existiu de verdade, mas é no momento da narração que as coisas se distanciam da realidade, pois o filme é narrado por um filho de Vlad Drácula (Luke Evans de O Hobbit: A Desolação de Smaug), Ingeras (Art Parkinson, o Rickon Stark de Guerra dos Tronos), que nunca existiu em nenhum relato histórico do protagonista da história. E é a partir daí que começa o filme, pois Drácula, após assumir o principado da Transilvânia e ter se casado com Mirena (Sara Gadon de O Homem Duplicado), decidiu não se dedicar as batalhas, mas um dia um capacete de turco é encontrado em um rio e isso o leva a Montanha do Dente Quebrado, onde um monstro (Charles Dance) habita e, apesar de dois soldados morrerem, ele sobrevive e retorna ao seu palácio onde é informado por um frade que o monstro é um vampiro que ali habita há anos, depois de ser amaldiçoado por um demônio.
Enquanto comemoravam o domingo de Páscoa, Vlad e sua corte recebem um visita dos soldados de Mehmed II (Dominic Cooper de Capitão América: O Primeiro Vingador), que além do dote que devem sempre pagar, exigem 100 crianças para servir ao exército do Império Turco-Otomano de Mehmed. Quando Vlad tenta negociar, Mehmed exige uma criança a mais, Ingeras, filho único de Vlad. Quando vai para entregar o filho, devido aos apelos de Mirena, Vlad trai o acordo e assassina os homens que vieram pegar seu primogênito, começando uma guerra contra os turcos. No intuito de vencê-la, ele recorre ao Mestre Vampiro da Montanha do Dente Quebrado. Este, por sua vez, dá o poder à Vlad de vencer a batalha em três dias, prazo para que ele tem para perder os poderes dados pelo sangue do vampiro. Mas o adverte, caso beba sangue, será eternamente um vampiro.
Esta é praticamente a premissa do filme, daí por diante Drácula tem de evitar o sol e não tocar em prata, algo que ele não evita para lembrá-lo de seu objetivo, que é não beber sangue humano. Mesmo com as tentações por que passa, ele evita a todo custo.
O filme é muito bom, com muitos pontos interessantes e fazendo uso de várias partes do mito do vampiro. O que poucos sabem é que o mito do sol nunca existiu na história original, tendo sido criado como forma de derrotar o vampiro por Murnau em 1922 para o filme "Nosferatu, eine Symphonie des Grauens". O mais interessante é como Matt Sazama e Burk Sharpless, em seu primeiro roteiro para o cinema, nos entregam Drácula. Ele não está na Era Vitoriana, como o Drácula de Bram Stoker, ou nos dias atuais, como vários outras pessoas o interpretam em filmes e seriados, mas sim no século XV, período de guerras entre o Sacro Império Romano Germânico e o Império Turco-Otomano pelas terras do Leste Europeu. Somente vi uma vez essa ideia ser levada aos filmes e foi em "O Príncipe das Trevas: A Verdadeira História de Drácula" (2000). Mesmo com as mudanças e a não inclusão de personagens como Radu III, o Belo, o filme tem muitos elementos bons para dignificar o mito do vampiro.
As atuações não ficam atrás, pois Luke Evans está muito bem como Vlad Drácula, e mesmo sendo uma atriz pouco conhecida, Sarah Gadon rouba a cena quando aparece, demonstrando ser uma mãe zelosa, mas ao mesmo tempo uma esposa forte e aliada ao marido, mesmo nos momentos mais difíceis. Dominic Cooper retorna a ser um antagonista, algo que está se tornando um constante em sua carreira, com exceção de seu papel como Howard Stark em Capitão América: O Primeiro Vingador. Ele está ótimo como Mehmed II. Outro destaque é o jovem Art Parkinson, que muitos conhecem de Guerra dos Tronos. Mesmo que na série ele desempenhe um papel menor, no filme ele ganha imenso destaque, ainda mais como narrador da história do pai.
A direção de Gary Shore, que tem sua estreia como diretor de longas neste filme, não é impecável, mas também não compromete, demonstrando uma dedicação a cada cena. Torço ver mais trabalhos futuros dele.
No geral é um filme que não é uma perda de tempo, tendo momentos muito interessantes, mas algumas coisas poderiam ser mudadas facilmente, como a forma de Drácula se transformar em "morcego", seria uma das mudanças que deveria ter existido, pois é ilógico ele virar vários morceguinhos (ainda prefiro a forma como Copolla idealizou a besta alada) ou mesmo o ataque massivo de morcegos, pois parece ser muito "viajante" da parte do diretor aquilo, parecendo mais coisa de games e quadrinhos.
"Drácula: A História Nunca Contada" entra na minha lista de bons filmes com vampiros.
Fontes: http://www.academia.edu/attachments/32085883/download_file?st=MTQxNTU1MTk3MCwxODcuNjQuMTkxLjcx&s=popover
            http://www.imdb.com/title/tt0829150/?ref_=nv_sr_1

terça-feira, 4 de novembro de 2014

RESENHA OVERDOSE HQ: Kick-Ass: Quebrando Tudo.

Publicado no grupo Overdose HQ em 04/11/2014.

RESENHA OVERDOSE HQ:

Kick-Ass: Quebrando Tudo.
Título original: Kick-ass
Data de Publicação: 2010 (BR: 2010)
Editora: Icon Comics (BR: Panini Books)
Roteiro: Mark Millar
Desenhos: John Romita Jr.
Arte-Final: Tom Palmer

Quando você fala "Ah, eu estou lendo Kick-Ass", a maioria das pessoas já falam "É o mesmo do filme"... bem, quem fala isso, com certeza, nunca leu nem a minissérie e nem o encadernado escrito por Mark Millar e desenhado por John Romita Jr.
Tá, o filme tem vários elementos dos quadrinhos e até alguns acréscimos de elementos que não existem nos quadrinhos, mas falta ao roteiro de Jane Goldman e Matthew Vaughn, muito para se comparar aos quadrinhos. Primeiros que eles amenizaram na violência. Sim, vemos cabeça voando, tiros e mais tiros perfurando mocinhos e vilões, mas a crueza da violência nos quadrinhos faz você sentir a dor que o personagem sofre, principalmente Dave Lizewski.
As história são as mesmas: Dave Lizewski é um jovem de dezesseis anos que acha sua vida massante. Não é popular, não é inteligente, e o que ele mais curte são quadrinhos e, por causa desses, ele decide que mudará sua vida. Coloca uma roupa de mergulho, uma máscara de esqui e sai pelas ruas, tentando ser um super-herói, mas na primeira vez que enfrenta três pichadores, termina esfaqueado e atropelado. Vai para o hospital, sofre várias operações e quando retorna para casa, depois de meses na cadeira de rodas, toma a decisão de desistir de ser super-herói, mas não resiste, e na segunda patrulha termina lutando contra vários bandidos e ganha um nome: Kick-Ass.
Com o surgimento do Kick-Ass, vários decidem fazer o mesmo, e os fóruns e o My Space lotam de pessoas que começaram a se fantasiar. Até que surgem dois que não se socializam como os outros: Big Daddy e Hit Girl, e é a partir daqui que as coisas se modificam um pouco. Hit Girl é tão cruel quanto no filme. Ela é uma menina que se veste de roxo, usa uma peruca preta e no seu "cinto de utilidades", ela carrega duas espadas super afiadas, capazes de cortar um crânio no meio.
A forma dela agir, traumatiza Kick-Ass e, pela segunda vez, ele desiste do uniforme. Só que ele não age pela amiga dele que acha que ele é gay (esse é um ponto de mudança). Enquanto ele está recluso, surge um novo super-heroi, Red Mist, que consegue frustrar a máfia russa e levá-los à prisão. Percebendo que Red Mist está tomando seu lugar, Kick-Ass retorna e os dois formam uma dupla, até que são convocados por Big Daddy e Hit-Girl para acabar com Johnny G (outra mudança), só que as coisas não saem como esperado e eles são traídos por Red Mist que se revela filho de Johnny G, Chris Genovese.
A tortura que Kick-Ass sofre é, praticamente, catártica. Você sente pena do rapaz. As revelações do Big Daddy são frustrantes e chegam a ser bem mais interessantes que no filme, pois mostra até aonde uma pessoa pode chegar para "brincar" com a filha.
Eu não vou passar do que escrevi aqui, pois se torna meio complicado, sem revelar muito da história, mas é impressionante como Millar leva essa história. Você percebe que as pessoas são fúteis e, muitas vezes, meio malucas, capazes de fazer coisas absurdas. A culpa remetida aos quadrinhos é muito válida, pois muitos fazem isso, o vigilantismo, baseados em quadrinhos.
Muitos reclamam da forma de John Romita Jr. desenhar, mas a arte dele é essencial nessa história. Sinceramente, eu não consigo imaginar outra pessoa desenhando essa história. E juntou com a arte-final de Tom Palmer e as cores de Dean White, deu um tom ao mesmo tempo colorido e mortal. Cada detalhe, cada momento da história, percebemos o quanto o filme desvirtua o original.
Entendam, eu não estou dizendo que o filme não seja bom, pelo contrário, eu gosto muito dele, mas a história em quadrinhos consegue passar muito mais claramente a ideia de Millar. Sinceramente, fãs de quadrinhos têm de ter esse volume (assim como o 2, que também é fantástico) na coleção.kick ass

domingo, 2 de novembro de 2014

RESENHA OVERDOSE HQ: Justiceiro MAX: O Rei do Crime

Publicado na fanpage do Overdose HQ em 02/11/2014.

RESENHA OVERDOSE HQ:

Justiceiro MAX: O Rei do Crime
Título original: PunisherMax: Kingpin
Ano de Publicação: 2010 (BR: 2013)
Editora: Marvel MAX (BR: Panini Books)
Roteiro: Jason Aaron
Arte: Steve Dillon
Pág.: 124

Como surgiu o Rei do Crime? Wilson Fisk era um mero guarda-costas do mafioso Don Rigoletto.
De origem simples, Fisk nasceu e cresceu na Cozinha do Inferno e desde cedo era um promissor assassino e tinha uma inteligência sem igual. Devido as ações do Justiceiro, ele decide incentivar o seu chefe a criar o mito do Rei do Crime, um chefe dos chefes, algo que os mafiosos não viam há anos. Deste ponto ele começa a galgar o sucesso, mesmo tendo a frente Frank Castle para enfrentar. Wilson Fisk demonstra ser capaz de qualquer sacrifício para alcançar o sucesso desejado desde sua época na cadeia.
Parece um resumo muito breve e simples de uma das melhores histórias do Justiceiro, mas não é. A linha Marvel MAX deu uma liberdade a Jason Aaron (Wolverine) que ele não conseguiria na linha normal da Marvel Comics, o que possibilitou-lhe escrever de forma bem visceral uma das melhores histórias sobre Wilson Fisk.
Mesmo tendo sido criado como vilão do Homem-Aranha na Amazing Siper-Man #50 (Vol. 1), o Rei do Crime se tornou o pior inimigo dos heróis urbanos da Marvel Comics. Ele desmascarou Matt Murdock, o Demolidor. Se tornou uma pedra no sapato para Frank Castle, várias vezes e em várias situações.
O Rei do Crime, mesmo sendo uma criação de Stan Lee e John Romita, Sr., ganhou vida própria no Universo Marvel e foi aprimorado no roteiro de Jason Aaron. A crueldade dele, a frieza se tornam simplesmente destacadas nesse encadernado. Mesmo sendo uma história do Justiceiro, ele termina se tornando um coadjuvante. Mas nem por isso perde destaque na forma de aparição. Frank Castle enfrenta uma barra bem pesada ao encarar um assassino profissional bem mortal.
A arte de Steve Dillon (Preacher) é primorosa neste trabalho. Seus traços bem limpos e suaves tornam a história mais rica, pois podemos perceber melhor detalhes que sombras não deixariam. Considero, junto com o croata Goran Parlov, um dos melhores desenhistas que já desenhou o Justiceiro. Não me entendam mal, vários outros desenharam de forma fantástica, mas ambos possuem mais fluez no traço e menos sombras. E mesmo sendo cleans, as interpretações de cenas são vicerais. Quem gosta das história do Justiceiro tem de ter esse encadernado na coleção, pois vale a pena.JusticeiroMaxReiCrime

sábado, 1 de novembro de 2014

RESENHA OVERDOSE HQ: Justiceiro: Bem-Vindo ao Bayou

Publicado na fanpage do Overdose HQ em 01/11/2014.

RESENHA OVERDOSE HQ:

Justiceiro: Bem-Vindo ao Bayou
Título original: Punisher: Welcome to the Bayou
Ano de publicação: 2009 (BR: 2011)
Editora: Marvel MAX (BR: Panini Books)
Roteiro: Victor Gischler
Arte: Goran Parlov
Pág.: 156

Frank Castle está a caminho de Nova Orleans para entregar uma encomenda, quando cruza com quatro adolescentes indo para as férias de primavera. Termina encontrando-os, novamente, em um posto de gasolina. Quando eles demoram para aparecer, Castle retorna ao posto de gasolina e descobre uma família de canibais que criam crocodilos e termina capturado por eles ao tentar salvar as jovens que sobreviveram. Enquanto isso, sua "encomenda" foge e sai a dua caça.
Bem vindo ao Bayou é o terceiro e último encadernado lançado pela Panini Books com histórias de Frank Castle na Marvel MAX. A edição trás a história-título e mais outras cinco histórias que fazem parte das última edição da linha MAX do Justiceiro.
A história escrita pelo romancista Victor Gischler (Wolverine) é muito bem escrita, nos levando aos remotos pântanos da região de Nova Orleans, com suas famílias esquisitas, crocodilos e cobras e tem um nível de violência comparado a época que Jason Aaron escrevia os roteiros. A arte do croata Goran Parlov (Y: OÚltimo Homem) é perfeita para o enredo, o enriquece mais ainda o trabalho com seus detalhes dos pântanos, é impressionante.
As outras cinco histórias que compõem o encadernado fazem parte da edição 75 da revista e é escrita por cinco roteiristas diferentes e desenhada por, também, cinco artistas diferentes, mas todos já tiveram passagem pela revista. Vamos a elas:

BONECAS (Dolls, Dez-2009)
Roteiro: Tom Piccirilli
Arte: Laurence Campbell
Frank Castle está de vigília em um traficante, quando surge uma menina perdida do pai. Então, enquanto vigia o traficante tem de ajudar a pequena a encontrar o pai.
Uma história simples, rápida e, de certa forma, interessante, pois em nenhum instante perde-se quem Frank Castle é, pelo contrário, um das cenas mais interessantes está no final da história. É muito legal ver como o novelista Tom Piccirilli conduz essa história, mostrando a calma e paciência de Castle, e os tom sombrios de Laurence Campbell enriquecem a história.

O MEDIADOR (Gateway, Dez-2009)
Roteiro: Gregg Hurwitz
Arte: Das Pastoras
Um mediador é uma pessoa que liga um assassino ao seu patrocinador, sem que eles tenham contato. É um trabalho sujo, mas ao qual eles são somente intermediários da sujeira, sem nunca ser pegos por causa disso, mas podem ser responsáveis pelas piores atrocidades, como o assassinato de uma família. O azar deles é ter a família de Castle como vítimas.
Gregg Hurwitz retorna nessa história e nos mostra como um mero mediador pode ser o pior de todos os criminosos, ainda mais quando ele se torna responsável pela morte da família de Frank Castle. A arte do espanhol Das Pastoras dá um aspecto bem bruto a história que tem um enredo bem interessante.

ABUTRES (Ghoul, Dez-2009)
Roteiro: Duane Swierczynski
Arte: Tom Coker
As pessoas tendem a querer ganhar dinheiro com qualquer coisa, até mesmo com um dos crimes mais famosos do Universo Marvel, que criou o Justiceiro. É assim que o sargento Hickey ganha uma grana extra, mas isso se torna um problema quando encontra-se com Frank Castle em pessoa.
Duane Swierczynski, em sete páginas, nos mostra como uma pessoa pode ser sem escrúpulos e imoral, usando um crime horrível para ganhar dinheiro. O desenhos de Tom Coker (Demolidor Noir), com seu jogo de luzes e sombras, dá o tom de sujeira e da história.

DIA DOS PAIS (Father's Day, Dez-2009)
Roteiro: Peter Milligan
Arte: Goran Parlov
Nos trinta anos que Frank Castle perdeu sua família, várias coisas ocorreram com ele, mas ele sempre teve uma coisa na lembranças, em suas memórias, sua esposa e seus filhos. São trinta anos punindo pessoas como os assassinos de seus familiares.
Nessa história, Peter Milligan narra na forma de uma carta que a filha de Castle estava escrevendo pouco antes da chacina ocorrer, quem ele era antes de tudo. A arte de Goran Parlov mostra cada um dos acontecimentos. Para mim é uma das mais belas histórias já escritas, mesmo com o tom de violência que possui, mas  a forma como Milligan decidiu contá-la, faz dela a melhor, na minha opinião.


A MENOR PARTE (Smallest Bit of This, Dez-2009)
Roteiro: Charles Huston
Desenhos: Ken Lashley
Arte-Final: Rob Stull
Frank Castle sempre viveu no limite entre a vida e a morte. Tudo começou há trinta anos, após a morte de sua família, durante um piquenique no Central Park. Desde essa época ele caça todos que se assemelham aos assassinos de sua esposa e seus filhos.
Essa história de Charles Huston (Wolverine: The Best There Is) fecha a revista que encerra a passagem do Justiceiro pela linha MAX. A história faz uma ligação entre uma luta de Castle contra criminosos e o dia da morte de sua esposa e filhos, finalizando com ele caído, quase morto, nos dois casos. Os desenhos de Ken Lashley (Esquadrão Suicida - Novos 52) com a arte-final de Rob Stull (Novos Mutantes - Vol. 2) dá o tom dessa história, lembrando um pouco o estilo prosaico que vemos nos quadrinhos, mas nem por isso deixando de ser rico e compondo bem as histórias.

As histórias da edição 75 tem como intuito nos mostrar os trinta anos de Frank Castle como Justiceiro e remetê-lo ao seu passado. São histórias que somente complementam o personagem, que sempre será o primeiro anti-herói dos quadrinhos.

RESENHA OVERDOSE HQ:

Justiceiro: Bem-Vindo ao Bayou
Título original: Punisher: Welcome to the Bayou
Ano de publicação: 2009 (BR: 2011)
Editora: Marvel MAX (BR: Panini Books)
Roteiro: Victor Gischler
Arte: Goran Parlov
Pág.: 156

Frank Castle está a caminho de Nova Orleans para entregar uma encomenda, quando cruza com quatro adolescentes indo para as férias de primavera. Termina encontrando-os, novamente, em um posto de gasolina. Quando eles demoram para aparecer, Castle retorna ao posto de gasolina e descobre uma família de canibais que criam crocodilos e termina capturado por eles ao tentar salvar as jovens que sobreviveram. Enquanto isso, sua "encomenda" foge e sai a dua caça.
Bem vindo ao Bayou é o terceiro e último encadernado lançado pela Panini Books com histórias de Frank Castle na Marvel MAX. A edição trás a história-título e mais outras cinco histórias que fazem parte das última edição da linha MAX do Justiceiro.
A história escrita pelo romancista Victor Gischler (Wolverine) é muito bem escrita, nos levando aos remotos pântanos da região de Nova Orleans, com suas famílias esquisitas, crocodilos e cobras e tem um nível de violência comparado a época que Jason Aaron escrevia os roteiros. A arte do croata Goran Parlov (Y: OÚltimo Homem) é perfeita para o enredo, o enriquece mais ainda o trabalho com seus detalhes dos pântanos, é impressionante.
As outras cinco histórias que compõem o encadernado fazem parte da edição 75 da revista e é escrita por cinco roteiristas diferentes e desenhada por, também, cinco artistas diferentes, mas todos já tiveram passagem pela revista. Vamos a elas:

BONECAS (Dolls, Dez-2009)
Roteiro: Tom Piccirilli
Arte: Laurence Campbell
Frank Castle está de vigília em um traficante, quando surge uma menina perdida do pai. Então, enquanto vigia o traficante tem de ajudar a pequena a encontrar o pai.
Uma história simples, rápida e, de certa forma, interessante, pois em nenhum instante perde-se quem Frank Castle é, pelo contrário, um das cenas mais interessantes está no final da história. É muito legal ver como o novelista Tom Piccirilli conduz essa história, mostrando a calma e paciência de Castle, e os tom sombrios de Laurence Campbell enriquecem a história.

O MEDIADOR (Gateway, Dez-2009)
Roteiro: Gregg Hurwitz
Arte: Das Pastoras
Um mediador é uma pessoa que liga um assassino ao seu patrocinador, sem que eles tenham contato. É um trabalho sujo, mas ao qual eles são somente intermediários da sujeira, sem nunca ser pegos por causa disso, mas podem ser responsáveis pelas piores atrocidades, como o assassinato de uma família. O azar deles é ter a família de Castle como vítimas.
Gregg Hurwitz retorna nessa história e nos mostra como um mero mediador pode ser o pior de todos os criminosos, ainda mais quando ele se torna responsável pela morte da família de Frank Castle. A arte do espanhol Das Pastoras dá um aspecto bem bruto a história que tem um enredo bem interessante.

ABUTRES (Ghoul, Dez-2009)
Roteiro: Duane Swierczynski
Arte: Tom Coker
As pessoas tendem a querer ganhar dinheiro com qualquer coisa, até mesmo com um dos crimes mais famosos do Universo Marvel, que criou o Justiceiro. É assim que o sargento Hickey ganha uma grana extra, mas isso se torna um problema quando encontra-se com Frank Castle em pessoa.
Duane Swierczynski, em sete páginas, nos mostra como uma pessoa pode ser sem escrúpulos e imoral, usando um crime horrível para ganhar dinheiro. O desenhos de Tom Coker (Demolidor Noir), com seu jogo de luzes e sombras, dá o tom de sujeira e da história.

DIA DOS PAIS (Father's Day, Dez-2009)
Roteiro: Peter Milligan
Arte: Goran Parlov
Nos trinta anos que Frank Castle perdeu sua família, várias coisas ocorreram com ele, mas ele sempre teve uma coisa na lembranças, em suas memórias, sua esposa e seus filhos. São trinta anos punindo pessoas como os assassinos de seus familiares.
Nessa história, Peter Milligan narra na forma de uma carta que a filha de Castle estava escrevendo pouco antes da chacina ocorrer, quem ele era antes de tudo. A arte de Goran Parlov mostra cada um dos acontecimentos. Para mim é uma das mais belas histórias já escritas, mesmo com o tom de violência que possui, mas  a forma como Milligan decidiu contá-la, faz dela a melhor, na minha opinião.


A MENOR PARTE (Smallest Bit of This, Dez-2009)
Roteiro: Charles Huston
Desenhos: Ken Lashley
Arte-Final: Rob Stull
Frank Castle sempre viveu no limite entre a vida e a morte. Tudo começou há trinta anos, após a morte de sua família, durante um piquenique no Central Park. Desde essa época ele caça todos que se assemelham aos assassinos de sua esposa e seus filhos.
Essa história de Charles Huston (Wolverine: The Best There Is) fecha a revista que encerra a passagem do Justiceiro pela linha MAX. A história faz uma ligação entre uma luta de Castle contra criminosos e o dia da morte de sua esposa e filhos, finalizando com ele caído, quase morto, nos dois casos. Os desenhos de Ken Lashley (Esquadrão Suicida - Novos 52) com a arte-final de Rob Stull (Novos Mutantes - Vol. 2) dá o tom dessa história, lembrando um pouco o estilo prosaico que vemos nos quadrinhos, mas nem por isso deixando de ser rico e compondo bem as histórias.

As histórias da edição 75 tem como intuito nos mostrar os trinta anos de Frank Castle como Justiceiro e remetê-lo ao seu passado. São histórias que somente complementam o personagem, que sempre será o primeiro anti-herói dos quadrinhos.Justiceiro bem-vindo ao bayou