ASSASSIN’S CREED
(2017)
Direção: Justin Kurzel
Roteiro: Michael Lesslie, Adam Cooper, Bill Collage
Elenco: Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons,
Denis Ménochet, Charlotte Rampling, Michael Kenneth Williams, Brendan Gleeson,
Michelle H. Lin, Matias Varela, Callum Turner, Carlos Bardem, Essie Davis,
Ariane Labed, Javier Gutiérrez, Khalid Abdalla, Hovik Keuchkerian, Thomas Camilleri,
Marysia S. Peres, Kemaal Deen-Ellis
No final do século XV, os soberanos da Espanha tomam Granada
dos mulçumanos e a Inquisição Espanhola está caçando infiéis com toda a força
do seu líder, Tomás de Torquemada (Javier Gutiérrez). Nesse cenário estão os
Assassinos, um grupo de guerreiros com capacidades de enfrentar as tropas dos
Templários, seus principais inimigos. Entre os membros do Assassinos está
Aguilar (Michael Fassbender), que tem a incumbência de proteger a Maçã do Éden,
um artefato de grande poder, capaz de dar enorme poder aos Templários, se cair
nas mãos deles.
No futuro, Callem Lynch, um assassino que está no corredor
da morte é levado a Fundação Abstergo e lá descobre ser o descendente direto de
Aguilar e usando o Animus, uma tecnologia criada por Sofia Rikkin (Marion
Cotillard), filha do presidente da Fundação Abstergo, Alan Rikkin (Jeremy
Irons), é ligado ao passado para descobrir onde seu antepassado escondeu o
artefato, mas o que ele não sabe é que a Abstergo está ligada, diretamente, aos
Templários e pretende, com a Maçã do Éden, dominar o mundo e destruir o Credo
dos Assassinos.
Como já havia revelado em uma resenha anterior, não sou um
fã de games, mas gosto de ver as adaptações desses, e quando são bem feitas
gosto de citá-las.
Gosto de “Mortal Kombat”, dos dois “Hitman” – mesmo que
muitos não gostem do primeiro –, dos filmes de “Resident Evil” – que também têm
fãs dos jogos que não gostam muito –, de “Warcraft: o Primeiro Encontro de Dois
Mundos” e, agora, de “Assassin’s Creed”.
Busquei informações em sites especializados em games para
saber mais da história do filme e fiquei impressionado com a sintonia do game
com a História da Idade Média e Moderna, indo das Cruzadas até o domínio Bórgia
no Vaticano, tudo pensando no jogador estar em primeira pessoa, se tornando os
Assassinos Altair Ibn La-Ahad e Ezio Auditore, ao mesmo tem que é Desmond
Miles, descendente de Altair. Apesar de não parecer, é um game bem educacional,
em certos aspectos. O filme não segue a mesma história do game, criando sua
própria história, mas segue a mesma linha, misturando História com ficção
científica.
A premissa é quase a mesma, um descendente de um membro do Credo dos Assassinos é escolhido para se unir ao Animus, um artefato
tecnológico que o faz ligar-se ao seu antepassado, pois os Templários desejam
os Pedaços do Éden – no caso do filme, fica somente a referência a Maçã do Éden
(como o objeto começou a ser conhecido a partir de Assassin’s Creed II) –, mas as
mudanças começam com o membro da Ordem do Assassinos, pois no filme é Aguilar
de Nerha, vivido pelo ator Michael Fassbender, que é incumbido de proteger a
Maçã do Éden. Depois partimos para os responsáveis pela Fundação Abstergo,
agora nas mãos de Alan Rikkin e sua filha, Sofia Rikkin, interpretados pelo
ator Jeremy Irons e pela atriz Marion Cotillard. Alan é CEO da Abstergo e Sofia
a cientista, criadora do Animus, ambos são membros dos Templários, ordem
inimiga dos Assassinos há séculos.
O período histórico também é um pouco diferente, se
posicionando entre as Cruzadas e o domínio Bórgia no Vaticano. Agora o Credo dos Assassinos enfrenta a Ordem dos Templários em plena Espanha tomada pela
Santa Inquisição e após a Tomada de Granada. Temos também a participação de
personagens como o sultão Abu Abd Allah Muhammed XI, interpretado pelo ator Khalid
Abdalla, o rei Fernando e a rainha Isabel, vividos pelos atores Thomas
Camilleri e Marysia S. Peres, o frade dominicano e Grande Inquisidor Tomás de Torquemada,
interpretador pelo ator Javier Gutiérrez, sem contar a menção ao grande
navegador Cristovão Colombo.
O filme tem momentos cansativos, mas a história é necessária
para compreender os acontecimentos, sem contar que a ação é formidável. Cenas
de tirar o fôlego, com pakour, lutas
de lanças, espadas, explosões, ações furtivas, dignas de um grande filme como “Assassin’s
Creed”.
Sei que terão aqueles que não terão essa visão do filme, mas
ao sair do cinema, vi muitos gamers elogiando o que assistiram. Isso torna “Assassin’s
Creed” é um filme próprio para os conhecedores ou não do game, pois mesmo não
conhecendo o jogo em si, gostei muito do filme.
Mal o ano começou e já temos um filme como “Assassin’s Creed”
– que estreou no final do ano passado nos EUA –, então espero que estiver por
vir esteja a altura.