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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

ECN COMENTA: Retrospectiva 2018


Ano vem, ano vai e tantos os quadrinhos, como a TV, cinema e games ficam ricos de material lançado. O ano de 2018 não foi diferente. Os quadrinhos no Brasil tiveram um enriquecimento com publicações de mais novas editoras que se arriscaram nesse ano de 2018, apesar de todas as complicações financeiras que passamos. E arriscaram certo.

Alguns desses quadrinhos ganharam resenhas no blog Esmiuçando a Cultura Nerd, outros terminei não fazendo por temer errar na forma de escrever, pois os considero muito bons. Amo escrever, por isso dei preferência a isso ao invés de continuar fazendo vídeos. Cheguei a gravar alguns até 30 de junho de 2018. Fiz um especial dos 80 anos do Superman. Comentei sobre algumas aquisições, filmes que assisti, sobre polêmicas, homenagens, mas escrever é uma paixão, só que sempre temo por errar na forma de me expressar.

Passei por essa dificuldade com a resenha de “Paraíso Perdido”, por exemplo. Meu colega e amigo, Robson Seibert, que fez as resenhas das revistas “O Corvo de James O’Barr” e “V de Vingança”, foi um grande apoio e ajuda para que eu escrevesse essa resenha que, de qualquer forma queria que fizesse justiça a obra de John Milton e o trabalho de Pablo Auladell. Teve uma boa quantidade de visualizações e agradeço a todos por isso.
Escrever essa resenha me deu confiança para escrever outras resenhas como “Drácula – A Obra Completa” e “Black Dog – Os Sonhos de Paul Nash”, trabalhos de boa qualidade artística que valem a pena fazer parte de coleções.
Eu também dei sorte com as séries que assisti na TV e em sistemas de streaming da Netflix e da Amazon Prime Video. Não fiz resenhas sobre essas séries, por temer entregar mais da história do que deveria – sim, fazer spoilers – então me prendi a comentar sobre o crossover-evento anual da Warner Channel, intitulado “Elseworlds”. Na verdade, eu comentei mais sobre o título do próximo crossover-evento, “Crise nasInfinitas Terras”.
Também busquei ousar ao falar sobre a versão de Liga da Justiça de Zack Snyder que a Warner Bros. Pictures prometeu nunca lançar – espero, sinceramente, que voltem atrás nessa decisão como fizeram com Superman II de Richard Donner. Gosto de fazer isso, às vezes.
Ano que vem muito material de qualidade chegará, como “Meia-Dúzia de Sapos” de Gustavo Borges e Cris Peter, “Adágio” de Felipe Cagno, “Alfa – A Primeira Ordem” de Elyan Lopes, onde ele une vários super-heróis brasileiros em uma mesma saga, “Chaos” de Felipe Folgosi, "Últimos Deuses” de Eric Peleias e Hiro Kawahara, entre vários outros. Principalmente os projetos da Maurício de Sousa Produções/Panini Comics, Graphic MSP.
Também foi o ano que mais frequentei o cinema. Foram um total de 25 filmes. Como no caso dos quadrinhos e seriados, não fiz resenha de todos os filmes, fossem de qualidade razoável ou ótima – eu classifico com estrelas, o que causa certa confusão para alguns, pois dou muitas estrelas para filmes que muitos não concordariam na quantidade. Alguns não fiz por questão de tempo, foi um ano de conturbações e correrias – infelizmente não consigo sobreviver do meu blog, que faço mais por prazer do que por dinheiro.

Foi um ano de altos e baixos, como todos os anos são, mas valeu a pena por embarcar no projeto do ForGeeks de Moises Santiago, o ForGeeks no Rádio, onde conversamos sobre quadrinhos e filmes, por enquanto, mas com intenção de expansão para outros assuntos que, com certeza, eu não entenderei bulhufas como mangás, animes e games.
Lógico que não participei de todos os programas. Preferi me ausentar da homenagem a Stan Lee, pois mesmo que tenha abalado há muitos, para mim foi como a morte de vários outros. Sinceramente sentirei mais falta de Steve Ditko – que também faleceu nesse ano de 2018 e não teve tanto estardalhaço, por mais que merecesse – do que de Stan Lee.
Tá, sei de sua importância, mas Ditko tem mais importância ainda do que ele. A diferença, Stan Lee sabia se promover, mesmo que passasse por cima de vários outros, algo que não interessava tanto a Ditko que nos deixou um legado imenso de personagens.
Muitos quadrinhos, muitas séries e muitos filmes fizeram nós vermos o quão importante os nerds/geeks são, pois, a importância disso cresce com o tempo.
Sinceramente, não vejo um crescimento maior disso tudo, pelo contrário, talvez tenhamos uma diminuição em breve. Mas temos que aproveitar bastante, pois 2019 virá, novamente, com uma enxurrada de filmes grandiosos. Peter Jackson, Marvel, Star Wars, Godzilla, DC, Disney, serão algumas das coisas que chegarão aos cinemas e, como sempre, eu espero que esteja lá para conferir a todos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

RESENHA CINEMA: Bumblebee (2018)


BUMBLEBEE (2018)

Direção: Travis Knight
Roteiro: Christina Hudson
Elenco: Hailee Steinfeld, John Cena, Jorge Lendeborg Jr, Jason Drucker, Pamela Adlon, Stephen Schneider, John Ortiz, Dylan O’Brien, Peter Cullen, Angela Bassett, Justin Theroux, David Sobolov, Grey Griffin, Jon Bailey, Steve Blum, Andrew Morgado, Kirk Baily, Dennis Singletary.

O conflito entre os Autobots e Decepticons arde em Cibertron. Na intenção de definir novas bases de operações, Optimus Prime (Peter Cullen) envia seus companheiros para vários lugares, entre esses está B-127 (Dylan O’Brien) que é enviado ao planeta Terra. Mas ele é seguido à Terra por um decepticon e, durante a luta entre eles e o exército americano liderado pelo agente Jack Burns (John Cena), termina com amnésia e perdendo o modulador de voz.
Quando Charlie (Hailee Steinfeld) o encontra em uma oficina mecânica, no formato de fusca, ela nunca espera o que está por vir e todas as encrencas em que se meterão.
“Bumblebee” é um prequel, ou seja, vem antes dos filmes de 2007 estrelados por Shia LaBeouf e, posteriormente, por Mark Wahlberg. A importância desse filme se torna essencial para compreender os motivos dos Autobots estarem na Terra. Só que, ele supera em todos os aspectos seus antecessores.
“Bumbleblee” nos leva de volta ao começo de Transformers, onde formas mais simples davam as características dos personagens. Sendo assim, Bee – como é carinhosamente chamado por Charlie, personagem de Hailee Steinfeld – é o bom e velho fusquinha amarelo – nos EUA, Beetle – que conhecíamos da animação da década de 1980. O que mais fica interessante é a forma de humanizar o autobot de um jeito nunca visto antes.
A escritora Christina Hudson , que além do roteiro também desenvolveu a história, nos dá personalidade que os filmes anteriores até tentaram, mas não conseguiram. A ligação de Bumblebee com Charlie é mais do que um veículo transmorfo com seu proprietário. Charlie não é somente a dona de Bee, ela é sua companheira e sua parceira. Enquanto os outros filmes de Transformers se concentraram mais na adrenalina da ação e ignoraram um pouco a trama, “Bumblebee” procura mais identidade, dando uma história ao personagem. E não é somente a personagem de Hailee Steinfeld que é a central, Bee também tem enorme importância.
Bumblebee não é somente um alívio cômico na história – sim, eles existem, e nos momentos oportunos e bem discretos – ele trabalha lado a lado com Hailee Steinfeld, sendo o principal protagonista, como prometido no título.
O filme tem como trama central o relacionamento de Bumblebee com Charlie. Ela tem uma história bem dramática, mas, ao mesmo tempo, tem uma personalidade forte e independente, bem ao estilo de Hailee Steinfeld. A atriz teve grande destaque no filme “Bravura Indómita” e não parou por aí, mostrando sempre ser alguém bem decidida em todos os filmes que participa. Não tem diferença de “Bumblebee”. Charlie entende Bee, não é criada uma briguinha do nada onde eles se separam e, no momento oportuno, eles retornam a amizade. O tempo todo eles estão unidos. Existem conflitos constantes, pois Bee é perseguido por Decepitcons, que se unem aos humanos para persegui-lo, mas em todo o momento a união dos dois é estável.
Como eu disse, os momentos de alívio cômico são distintos, mas discretos e tendem a ser nos momentos mais adequados do filme, sem perder o ritmo. Eles ficam com a família de Charlie e seu par romântico, Memo, vivido pelo ator Jorge Lendenborg Jr. – que não é exatamente um par romântico, mas bem que ele gostaria.
A história de “Bumblebee” não se perde em nenhum momento, mas lógico, existem buracos, coisas que podem vir a ser completadas em possíveis filmes futuros. E, se todos seguirem pelo mesmo viés de “Bumblebee”, teremos filmes de ação que vão valer a pena acompanhar.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

RESENHA HQ: Cebolinha: Recuperação



CEBOLINHA: RECUPERAÇÃO

Roteiro: Gustavo Borges
Arte: Gustavo Borges
Editora: Panini Comics
Ano: 2018
Pág.: 100

“A vida da gente é como uma cebola... Tem muitas camadas. Chorar só pelas que estão ruins... É ser ingrato por todas as outras camadas”.
Cebolinha sempre sonhou em ser o Dono da Rua e, sua principal barreira – para ele – sempre foi a Mônica. Mas isso muda quando eles voltam às aulas, após as férias de julho. Um novo rival surge e consegue superar Cebolinha, sendo assim, ele fará de tudo para mostrar que esse novo “inimigo” não é o que todos pensam. Só que, um novo problema surge e, com isso, Cebolinha fará de tudo para se recuperar de todos esses problemas.
Mais uma vez a Maurício de Sousa Produções acertam na escolha do artista responsável por uma Graphic MSP.
Sério, sou um colecionador assíduo das edições, posso dizer, com orgulho, que tenho todas e as li. “Cebolinha: Recuperação” não fica a dever nada a nenhuma, pelo contrário, é uma excelente história solo do personagem.
Eu – também posso dizer com bastante orgulho – conheci Gustavo Borges na minha primeira FIQ, em 2013. Ele estava vendendo uma edição "A Entediante Vida de Morte Crens". Comprei sem compromisso e me impressionei com o trabalho daquele rapaz. Era impressionante, tão jovem e com uma profundidade filosófica enorme. Sinceramente, me impressionei. Voltei a encontra-lo em 2015, onde adquiri a maravilhosa “Pétalas”, trabalho que ele realiza em conjunto com a artista Cris Peter, e Edgar, um castor genial, a frente do seu tempo em conhecimento e incompreendido. A partir daí me tornei fã e tento adquirir todos os trabalhos com seu nome. Então, é mais um motivo de comprar “Cebolinha: Recuperação”.
Mas, posso dizer sem pestanejar que “Cebolinha: Recuperação” – como diz Maurício de Sousa na Introdução – é uma história de camadas. Uma das coisas que eu gosto nas Graphic MSP é que o título não tem somente um significado, ele possui vários. Recuperação não é diferente, pois está ligado a várias vertentes dessa história. Entrar em detalhes dessas camadas? Não, nunca faria isso, pois o bom é ler.
Existem muitos sentimentos envolvidos nas histórias das Graphic MSP. Sentimentos de amizade, de coragem, de determinação, de amor. Você testemunha, em cada uma das histórias, identificação. Seja Turma da Mônica, Astronauta, Piteco, Chico Bento, Turma da Mata, Papa Capim, Horácio, Mônica, Jeremias e Cebolinha, em meio aos suspenses, dramas, comédias e aventuras, sempre tem algo que demonstra um dos termos que mencionei acima.
“Cebolinha: Recuperação” nos dá mais do que aquele personagem que sempre tem planos infalíveis para liquidar a Mônica ou pegar seu coelhinho. Nos dá um personagem que demonstra ser alguém fola de sélie.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Crise nas Infinitas Terras... será possível?


Certo, agora todos assistiram ao crossover-evento – tô chamando assim – do “Arrowverso” – todos chamam assim. Logo no último episódio (não, não vou dar spoilers, podem deixar!) aparece o anuncio do próximo crossover-evento, “Crise nas Infinitas Terras”, e é aí que quero chegar.
Antes, vamos conhecer mais sobre esse título. Em 1985, Marv Wolfman e George Pérez, responsáveis por um dos maiores sucessos da DC Comics na década de 1980, Os Novos Titãs, foram incumbidos pela presidente da DC Comics, Jenette Khan, seu vice-presidente e editor-executivo da editora, Paul Levitz, e o editor Dick Giordano de uma megassaga que transformaria totalmente o Multiverso DC, que encontrava-se meio bagunçado. Isso era porque a DC Comics, com o passar dos anos adquirira os personagens da Fawcett Comics, da Charlton Comics e Quality Comics, integrando-os ao Multiverso DC, criado a partir da história “Flash de Dois Mundos” da Flash #123 (setembro de 1961) e estendidos nos encontros anuais da Liga da Justiça da América e Sociedade da Justiça da América. Na saga, o Monitor, um observador que ficava no limiar do universo, na lua de Oa, mundo dos Guardiões, convoca alguns super-heróis e super-vilões de diversos mundo e épocas para integrar um grupo que vigiaria torres para manter o multiverso em equilíbrio. Ele fizera isso tudo, pois descobrira que uma grande ameaça do universo de antimatéria pretendia devorar todos os demais universos para se tornar extremamente poderoso.
Monitor – ele não tinha um nome – também trabalhava ladeado por Lyla Michaels  (uma sobrevivente de um dos mundos devorados por seu inimigo, que depois seria chamado de Anti-Monitor), a Precursora, e Alexander Luthor da Terra-3, que fora uma das primeiras destruídas na saga, também. Outro que também viajava durante todo a megassaga era o Pária, um humano que descobrira o evento da criação e fora responsável pela destruição do seu universo e, como punição, deveria viajar entre os universos, vendo-os serem destruídos. Em determinado momento a saga toma um outro rumo, Monitor e traído e morto, mas Flash (Barry Allen) salva cinco universos da destruição total. Quando os super-heróis decidem enfrentar o Anti-Monitor em seu ambiente, a Supergirl também é morta.
Ao final da saga, o Multiverso se torna Universo Unificado e uma linha de continuidade é criada e estabelecida, cada um dos personagens ganham novas criações e o Universo DC seguiu em frente até Zero Hora, Crise Infinita, 52, Crise Final e Ponto de Ignição.
A ideia seguiu bem e estava dando certo, pois o universo DC era uníssono e todos os personagens eram divididos por suas épocas, então, ao meu ver, funcionava. Mas o principal objetivo era a unificação de TODO o Universo DC em um só.
Daí vamos ao crossover-evento da Warner, que leva o mesmo título – há, eu não disse, mas nos quadrinhos, o evento dura um ano de publicações e tie-ins (história de interligação com a saga). Vemos em Elseworlds a aparição de Mar Novu (LaMonica Garrett), o Monitor – é, agora ele tem nome – que dá ao Dr. John Deegan (Jeremy Davies) o Livro do Destino. Em determinado momento, no meio à batalha contra o Superman “Deegan” (Tyler Hoechlin), Oliver Queen (Stephen Amell), o Arqueiro Verde, procura Novu e faz um acordo com ele, o que ajuda na vitória dos heróis sobre o Deegan (“Ah, você deu spoilers!”... Sério? Cresçam, não contei nada demais!). Bem, que acordo foi esse? Possivelmente, esse acordo será um dos pontos chaves de “Crise nas Infinitas Terras” – isso se não intervir no decorrer da série de Arrow (mas acho que não). “Mas por que escrever isso tudo, parece que você não está chegando a lugar nenhum?”... calma, eu chego lá.
Quando eu assisti “Elseworlds”, eu senti falta de... algo mais! O enredo é interessante, a história também poderia ser, mas temos um problema sério... TRÊS EPISÓDIOS!
O “Arrowverso” possui quatro séries que são interligadas: “Arrow”, “The Flash”, “Supergirl” e “Legends of the Tomorrow”. Por algum motivo que eu desconheço – infelizmente não estou acompanhando as séries, espero para vê-las de uma tacada só na Netflix – “Legends of the Tomorrow” ficou de fora do crossover-evento. Acredito que deverá participar de “Crise...”, mas mesmo assim, acho pouca série para um evento desse tamanho.
“Como assim, evento desse tamanho?”. Gente, sempre que todos os DCnautas falam de Crise nas Infinitas Terras, ele foi o maior de todos os divisores de água de todos os tempos da DC Comics. Nenhum outro chegou aos pés, pois após ele, Superman, Batman e Mulher-Maravilha tiveram suas histórias recontadas por três dos maiores nomes da época: John Byrne, Frank Miller e George Pérez, respectivamente. Eles reformularam e transformaram as histórias desses personagens, que repercute até os dias de hoje, quando alguém lembra de grandes mudanças. Então Greg Berlanti, Marc Guggenheim e Geoff Johns usarem esse nome para um crossover-evento de quatro episódio, somente, é SACANAGEM!
Ah tá, possivelmente teremos a série da “Batwoman” estrelada por Ruby Rose. Mas o Universo DC cresceu na TV. Até o momento, a série “Black Lightning” foi mostrada como de um universo paralelo ao do Arrowverso, sem nenhuma ligação, talvez em busca de uma identidade pessoal. Sem contar que, agora, existem as séries do serviço de streaming DC Universe, onde temos “Titans” e, em breve, teremos “Doom Patrol” e “Swamp Thing”, para citação inicial... sem contar “Gotham”, que pertence à Fox, mas está para ser cancelada.
Recentemente, quem acompanha as notícias nas redes sociais, sabem que Tom Welling e Michael Rosenbaum – da extinta série “Smallville” (2001-2011) – se sentaram na mesa do Arrowverso para uma conversa... Por quê? Cria-se várias especulações e esperanças com isso. Daí eu volto ao ponto: – incluindo “Batwoman” – cinco episódios? É SACANAGEM!
Mesmo que seja para se desfazer da Terra 90 – sim, vimos o Barry Allen da clássica série “The Flash” (1990-1991), estrelada por John Wesley Shipp (atualmente Jay Garrick, da Terra-2) e, mesmo que sua Terra tenha sido detonada, ela não foi consumida pelo Anti-Monitor –  e da Terra “Smallville” – vai-se lá saber que número darão para ela! –, vai ser muito corrido. Cinco episódios não dariam conta de um evento que PODERIA envolver várias outras séries da DC, mesmo que não sejam da CW. E olha que eu nem inclui o Universo Cinematográfico, pois sei que complicação seria isso.
Então, como será isso? Sinceramente, será um crossover-evento para chamar atenção dos fãs dos quadrinhos que esperarão um grande evento e terão uma coisa feita de qualquer jeito, com o maior de todos os títulos de megassaga da DC Comics.
Meu medo é exatamente essa decepção. Eu sei que não matarão o Flash de Gustin ou a Supergirl de Benoist, pois eles são protagonistas das próprias séries, mas tô pensando que isso somente servirá para unir as Terras do Arqueiro Verde e Flash com da Supergirl, pois desde o começo foi especificado que faziam parte de universos diferentes, ignorando qualquer outra série que exista. Chamará a atenção dos fãs de Smallville, pois em cinco minutos teremos Clark Kent e Lex Luthor de Welling e Rosenbaum. Deveremos ter mais um pouquinho do Flash “Allen” de Shipp, mas será isso.
Me entristece a promessa de um título e quando ele decepciona. “Elseworlds” não explorou todas as suas possibilidades, no meu entender, e “Crise nas Infinitas Terras” também não explorará.

RESENHA FILMES: A Justiceira (Peppermint, 2018)



A JUSTICEIRA (Peppermint, 2018)

Direção: Pierre Morel
Roteiro: Chad St. John
Elenco: Jennifer Garner, John Gallagher Jr., John Ortiz, Juan Pablo Raba, Annie Ilonzeh, Jeff Hephner, Cailey Fleming.

Riley North (Jennifer Garner) é uma típica mãe suburbana. A filha faz parte das bandeirantes, vendendo biscoitos, ela trabalha em um banco e o marido tem uma loja mecânica e passa por problemas financeiros. No dia do aniversário da filha, próximo ao natal, eles vão comemorar, mas sofrem um atentado, onde o marido e a filha são mortos. Riley acredita no sistema e consegue levar os culpados a julgamento, mas o sistema falha com ela, mostrando-se corrupto.
Após cinco anos viajando e se preparando, Riley North retorna para Los Angeles, com seu desejo de vingança e justiça aflorados, capaz de matar todos que não levaram a justiça àqueles que ela amava.
“A Justiceira” poderia ser somente mais um filme de uma mulher forte combatendo severamente a injustiça se não fosse por sua protagonista, Jennifer Garner.
Garner já foi a protagonista de uma série de sucesso, “Alias: Codinome Perigo” (2001-2006), o que a levou ao filme “Demolidor, O Homem Sem Medo” (2003) e, posteriormente, “Elektra” (2005). Ambos os filmes não foram bem aceitos pela crítica e público, principalmente Elektra.  Garner chegou a protagonizar, com Jamie Foxx e Chris Cooper o filme “O Reino” (2007), mas se concentrou em comédias românticas e dramas, sempre como co-protagonista ou coadjuvante. Então vê-la atuando, novamente, como protagonista de um filme nesse estilo, foi muito bom.
“A Justiceira” traz um enredo que poderíamos ver como semelhante ao do próprio Frank Castle, o diferencial é que ela não é uma ex-fuzileira já preparada para matar. Ela busca treinamento, mais no estilo do Batman. Percebe-se que a construção do roteiro de Chad St. John tem muita base em quadrinhos. E a direção de Pierre Morel é precisa.
Morel nos entrega um filme de ação sem enrolações e dramalhão desnecessário. “A Justiceira” é um filme com objetividade e precisão. Ela tem um objetivo, busca meios para consegui-los e faz de tudo para tal. Ela rouba, ela mata sem dó e nem piedade, com uma determinação de vingança nas veias. A atuação de Garner só melhora o filme.
Tá, tudo que eu disse parece seguir um clichê bem básico, mas vamos lá. Riley North é uma pessoa comum. Ela não serviu ao exército ou fuzileiros, foi treinada secretamente e ativada por uma palavra código, violentada por nenhum homem. Ela era uma pessoa qualquer, com uma vida bem banal e por causa de uma decisão errada de seu marido, tudo muda. “A Justiceira” poderia ser qualquer mulher decidida a o tomar o poder da justiça com as próprias mãos, sem nenhuma ajuda paralela, contando somente com sua determinação.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

RESENHA SÉRIES: Voltron: O Defensor Lendário (Voltron: Legendary Defender, 2016-2018)


VOLTRON: O DEFENSOR LENDÁRIO (Voltron: Legendary Defender, 2016-2018)

Há mais de um milênio o império Galra assombra o universo, destruindo todos aqueles que ousam ir contra seu desejo, ou seja, dominar a tudo e tomar conta do poder da quintessência, uma força ancestral que, em mãos erradas, podem causa muito estrago.
O imperador Zarkon age com mão de ferro, sempre contando com o apoio da bruxa Hagga e seus asseclas. Mas a esperança retorna quando os quatro leões são redescobertos por jovens: Keith, o melhor de sua turma, mas muito indisciplinado; Lance, um jovem que se acha melhor do que todos os outros, principalmente Keith; Hunk, um rapaz que não deseja participar de batalhas, mas quando está nelas sabe como agir; e a jovem Pidge, que entrou para a Academia Galáctica, disfarçado de rapaz, para encontrar seu irmão e seu pai. Além deles, que descobre o Leão Negro, temos o tenente Shiro, um exímio lutador que fora capturado pelo império Galra, mas conseguiu escapar e se juntar aos outros guerreiros, que são chamados de paladinos. Keith pilota o Leão Vermelho, Lance pilota o Leão Azul, Hunk ficou com o Leão Amarelo e a jovem Pidge conseguiu o Leão Verde. Eles se juntam à princesa Allura e seu conselheiro Coran, um dos poucos sobreviventes do império alteano, destruído por Zarkon e suas tropas.
Quando Shiro e os jovens guerreiros conseguem dominar e se relacionar com seus leões, eles formam o guerreiro Voltron, um enorme mecha que possui vários poderes e habilidades. Voltron é o lendário defensor de todos os reinos do universo e se torna o maior inimigo do império Galra.
Não vou escrever mais do que isso sobre a série, que possui oito temporadas disponibilizadas na Netflix. A série foi um trabalho em conjunto da Netflix, Dreamworks Animation, World Events Productions e a Toei Animation, baseada na série original Beast King GoLion, criada para a TV Tokyo pela Toei Animation, foi transmitida entre os anos 1981 e 1982. Entre os anos de 1984 e 1985, a série foi licenciada nos Estados Unidos, produzida pela World Events Productions.
Nos anos seguintes, Voltron chegou a ganhar algumas outras animações – até mesmo foi pensado em fazer um filme com atores reais, mas não foi para frente –, mas nenhuma teve uma duração como esta do Netflix.
A história foge bastante do original, tomando um rumo bem diferenciado. Então não esperem os mesmos dramas, pois é tudo renovado pelos produtores Joaquim dos Santos e Lauren Montgomery. A experiência desses dois em séries animadas de ação podem ser atestadas em “Avatar: A Lenda de Aang”.
A série animada de ficção científica tem um clima bem adrenalizante, com ação constante. Mas estamos falando de uma série de animê, então temos os cortes de ação para a montagem do Voltron, além das piadinhas e alívios cômicos. Mas, para quem está acostumado com animês, é assim mesmo. E a fórmula tanto funciona que já se viu muitas animações de ação estadunidenses usando dela.
Mesmo com isso, você sabe que está assistindo algo de qualidade e que tem um contexto todo explicado, sem deixar buracos. E, mesmo que eles existam, em determinado momento a explicação chega. Então, o que você vê em “Voltron: O Defensor Lendário” é uma história substancial e com boa ação e efeitos especiais de qualidade.
Você percebe que a Dreamworks não poupou esforços com a série animada. Percebe-se uma dedicação com afinco à história e o enredo. Ela tem desdobramentos fantásticos, mas o que você percebe é o objetivo final da série, ou seja, mostrar que nem todos são tão maus que não possam se redimir.
“Voltron: O Defensor Lendário” foi uma série que, para quem assistiu a todas as oito temporadas, vai deixar boas lembranças dos dramas pessoais de cada personagem e de toda a ação e aventura apresentada.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

RESENHA CINEMA: Aquaman (2018)


AQUAMAN (2018)

Direção: James Wan
Roteiro: Will Beall, David Leslie Johnson-McGoldrick, Geoff Johns, James Wan
Elenco: Jason Momoa, Amber Head, Patrick Wilson, Yahya Abdul-Mateen II, Willem Dafoe, Nicole Kidman, Temuera Morrison, Dolph Ludgren.

Arthur Curry (Jason Momoa) é um mestiço de dois mundos. Ele é um híbrido de terráqueo e atlante, devido ao romance do faroleiro Tom Curry (Temuera Robinson) e a rainha atlante Atlanna (Nicole Kidman). Quando sua mãe precisou partir, pois fugira de um casamento arranjado, Arthur recebeu treinamento de Vulko (Willem Dafoe), vizir dos reis de Atlântida. E agora Arthur precisará fazer uso de todas as suas habilidades para deter seu meio-irmão, Orm (Patrick Wilson), que deseja destruir a superfície para salvar seu reino. Sua causa é nobre, mas a forma como deseja executá-la não.
“Aquaman” traz de volta o ator Jason Momoa ao papel de Arthur Curry/Orin (nome que ele não assumiu ainda)/Aquaman. O filme é a clássica trajetória do herói. Ele tem um mentor, que o treina para encarar um grande mal. Ele precisa enfrentar seu pior inimigo, que é uma pessoa próxima a ele e, mesmo quando derrotado, precisa encontrar forças para perseverar. Tem dúvidas, não acredita que seja o que precisa ser, mas sempre conta com o apoio de seus amigos, parentes e aliados para conquistar o que deseja. Você vê tudo isso no decorrer de “Aquaman”, mas são muitas informações para 142 minutos de filme? Não, pois ele consegue se explicar sem ser monótono.
A palavra monótono não funciona neste contexto, pois “Aquaman” é qualquer coisa menos isso. O filme tem boas cenas de ação, batalhas épicas, conflitos que fariam muitos outros parecerem pequenos, sem contar que é uma ficção científica de ótima qualidade. Os efeitos especiais são os melhores, até o momento, no Universo Estendido DC (agora conhecido como Mundos da DC). Da construção de Atlântida até os monstros marinhos, você percebe a qualidade no trabalho. As cenas de batalha são memoráveis e inesquecíveis, podendo citar todas sem esquecer.
O filme ocorre após os eventos de “Liga da Justiça”, mas somente em um momento isso é citado, servindo como um fan service. Mas ele não é o único, tem muitos outros notados rapidamente ou não. Quem conhece a história do Aquaman nos quadrinhos, percebera alguns, facilmente. E, como sempre, existem as falhas e, para este que vos escreve, está na necessidade de ser “divertidinho”.
Tudo bem, filmes tensos demais causam problemas no UEDC, temos aí uma divisão de opiniões quanto a “O Homem de Aço” e “Batman vs. Superman”, dois filmes cuja tensão seria difícil cortar até com o laser dos olhos do Arraia Negra. Mas quando tendem a ser divertidinhos demais, também perdem o clima, pois você fica imaginando que a qualquer momento um personagem soltará uma piada, mesmo nos momentos que precisariam ser épico. Este é o que eu chamo de “Efeito Marvel” nos cinemas.
Eu amo filmes épicos e concordo com leves toques de alívio cômico nos filmes, mas quando você vê alívio cômico constante, no decorrer da película, fica com receio de que a qualquer momento isso ocorrerá. Tá, eu ri com as cenas engraçadas. Achei-as bem divertidas, mas quebrava minha catarse com o clima, pois essa quebra era repentina, às vezes.
Bem, agora alguns vão pensar que eu elogiei demais “Aquaman” e não gostei das cenas divertidas, mas não é assim. Somente não considero ele um filme tão épico quanto todos estão citando. Ele tem cenas épicas, batalhas memoráveis, a trajetória do herói, mas peca na necessidade constante do alívio cômico.
“Aquaman” é um filme memorável, inesquecível, mas, dentro do UEDC ele ficaria em terceiro lugar, abaixo de “Mulher-Maravilha” e “O Homem de Aço”.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Alfa Parte 2 retorna ao Catarse


Em 2016, Elyan Lopes (Capitão R.E.D.) lançou a união de vários super-heróis brasileiros com o mesmo objetivo, fazendo nascer Protocolo: A Ordem. No ano seguinte, ele decidiu unir em uma mesma revista, os novos super-heróis brasileiros com os clássicos Capitão 7, Capitão Gralha, Flama, Raio Negro e Homem-Lua. Lógico, não ocorreu um encontro, mas eles enfrentaram a mesma ameaça que esses super-heróis clássicos haviam enfrentado. Mas essa era somente a primeira parte.
Em agosto de 2018, Elyan lançou a campanha para a segunda parte de Alfa: A Primeira Ordem, dando continuidade a minissérie que ele iniciara em 2017. A nova campanha rolou como o previsto e teve um excelente financiamento até outubro/2018, mas, decidido a dar oportunidade de outros super-heróis brasileiros participarem dessa minissérie, em novembro/2018, ele decidiu relançar a campanha. Sendo assim, se você tem um super-herói e deseja que ele participe desse megaevento, não perca a oportunidade e apoie a campanha no Catarse.
Entre os benefícios de Alfa – A Primeira Ordem: Parte 2 – O Fim, o colaborador terá seu nome impresso nos agradecimentos da edição, além de ganhar revistas, prints dos personagens e uma grande novidade: a revista Alfa: Origens, uma publicação digital que trará a origem dos super-heróis participantes da saga, em histórias curtas de duas páginas narradas pelos criadores de cada personagem. A edição fica por conta de Gabriel Rocha, o criador do personagem Lagarto Negro. 
“É uma forma de divulgar a história desses super-heróis que existem há tanto tempo e poucos leitores brasileiros conhecem. Todos sabemos a origem do Batman, Superman ou Homem-Aranha, mas ninguém conhece como nasceu o Lagarto Negro, Velta ou o Capitão 7, que até programa na televisão já teve!”, diz Lopes. “E quem melhor para contá-las do que seus próprios criadores?”, questiona.
Alfa – A Primeira Ordem: Parte 2 continua a história de onde a anterior parou, com a investida do vilão Aéris, o arqui-inimigo da equipe A Primeira Ordem, grupo formado pelos heróis Capitão 7, Raio Negro, Homem-Lua e O Flama. Após enviar seu mais poderoso aliado, o General Zeta, para deter os heróis da nova geração, Aéris retorna mais forte do que nunca e entra na briga pela dominação mundial. Cabe aos heróis do presente e do passado juntar forças para derrotar o vilão numa batalha sem precedentes.
Entre os personagens presentes na história, estão Capitão R.E.D., Lagarto Negro, Jou Ventania, Velta, Jaguara, Anjo Urbano, Homem-Trator, Vênus, Coruja e muitos outros. São mais de 40 personagens lutando juntos contra o poderosíssimo vilão! A criação é de Elyan Lopes, com roteiro de Gian Danton, arte de Márcio Abreu e cores de Vinícius Townsend.
A revista terá 52 páginas (48 páginas no miolo + capa), formato americano (16cm X 25cm), capa em papel couché 170g com verniz e miolo em couché brilho 115g, totalmente em cores e lombada com grampos.
Os interessados em financiar o projeto podem entrar no site: www.catarse.me/alfaparte2 . Os valores de apoio são a partir de R$ 15,00 e a previsão de lançamento é para o início de de 2019.
Sobre o autor:
Elyan Lopes é ator, publicitário e quadrinhista. Lançou, em 2012, a HQ Capitão R.E.D., de forma independente, pelo selo Meu Herói, também criado por ele. Em 2016, foi autor de Protocolo: A Ordem e, no ano seguinte, produziu Alfa – A Primeira Ordem: Parte 1, além de relançar a revista do Capitão R.E.D, ambas pela Editora Kimera.
Estes projetos valeram a Lopes o Troféu Ângelo Agostini na categoria Melhor Quadrinho Independente e Prêmio ABRAHQ (Academia Brasileira de Quadrinhos) como Melhor Lançamento Independente em 2016, além de duas indicações ao ABRAHQ em 2018, como Melhor Lançamento e Melhor Roteirista.