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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

RESENHA CINEMA: Bumblebee (2018)


BUMBLEBEE (2018)

Direção: Travis Knight
Roteiro: Christina Hudson
Elenco: Hailee Steinfeld, John Cena, Jorge Lendeborg Jr, Jason Drucker, Pamela Adlon, Stephen Schneider, John Ortiz, Dylan O’Brien, Peter Cullen, Angela Bassett, Justin Theroux, David Sobolov, Grey Griffin, Jon Bailey, Steve Blum, Andrew Morgado, Kirk Baily, Dennis Singletary.

O conflito entre os Autobots e Decepticons arde em Cibertron. Na intenção de definir novas bases de operações, Optimus Prime (Peter Cullen) envia seus companheiros para vários lugares, entre esses está B-127 (Dylan O’Brien) que é enviado ao planeta Terra. Mas ele é seguido à Terra por um decepticon e, durante a luta entre eles e o exército americano liderado pelo agente Jack Burns (John Cena), termina com amnésia e perdendo o modulador de voz.
Quando Charlie (Hailee Steinfeld) o encontra em uma oficina mecânica, no formato de fusca, ela nunca espera o que está por vir e todas as encrencas em que se meterão.
“Bumblebee” é um prequel, ou seja, vem antes dos filmes de 2007 estrelados por Shia LaBeouf e, posteriormente, por Mark Wahlberg. A importância desse filme se torna essencial para compreender os motivos dos Autobots estarem na Terra. Só que, ele supera em todos os aspectos seus antecessores.
“Bumbleblee” nos leva de volta ao começo de Transformers, onde formas mais simples davam as características dos personagens. Sendo assim, Bee – como é carinhosamente chamado por Charlie, personagem de Hailee Steinfeld – é o bom e velho fusquinha amarelo – nos EUA, Beetle – que conhecíamos da animação da década de 1980. O que mais fica interessante é a forma de humanizar o autobot de um jeito nunca visto antes.
A escritora Christina Hudson , que além do roteiro também desenvolveu a história, nos dá personalidade que os filmes anteriores até tentaram, mas não conseguiram. A ligação de Bumblebee com Charlie é mais do que um veículo transmorfo com seu proprietário. Charlie não é somente a dona de Bee, ela é sua companheira e sua parceira. Enquanto os outros filmes de Transformers se concentraram mais na adrenalina da ação e ignoraram um pouco a trama, “Bumblebee” procura mais identidade, dando uma história ao personagem. E não é somente a personagem de Hailee Steinfeld que é a central, Bee também tem enorme importância.
Bumblebee não é somente um alívio cômico na história – sim, eles existem, e nos momentos oportunos e bem discretos – ele trabalha lado a lado com Hailee Steinfeld, sendo o principal protagonista, como prometido no título.
O filme tem como trama central o relacionamento de Bumblebee com Charlie. Ela tem uma história bem dramática, mas, ao mesmo tempo, tem uma personalidade forte e independente, bem ao estilo de Hailee Steinfeld. A atriz teve grande destaque no filme “Bravura Indómita” e não parou por aí, mostrando sempre ser alguém bem decidida em todos os filmes que participa. Não tem diferença de “Bumblebee”. Charlie entende Bee, não é criada uma briguinha do nada onde eles se separam e, no momento oportuno, eles retornam a amizade. O tempo todo eles estão unidos. Existem conflitos constantes, pois Bee é perseguido por Decepitcons, que se unem aos humanos para persegui-lo, mas em todo o momento a união dos dois é estável.
Como eu disse, os momentos de alívio cômico são distintos, mas discretos e tendem a ser nos momentos mais adequados do filme, sem perder o ritmo. Eles ficam com a família de Charlie e seu par romântico, Memo, vivido pelo ator Jorge Lendenborg Jr. – que não é exatamente um par romântico, mas bem que ele gostaria.
A história de “Bumblebee” não se perde em nenhum momento, mas lógico, existem buracos, coisas que podem vir a ser completadas em possíveis filmes futuros. E, se todos seguirem pelo mesmo viés de “Bumblebee”, teremos filmes de ação que vão valer a pena acompanhar.

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