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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

RESENHA CINEMA: Liga da Justiça (Justice League, 2017).

LIGA DA JUSTIÇA (Justice League, 2017).

Direção: Zack Snyder, Joss Whedon
Roteiro: Chris Terrio, Zack Snnyder, Joss Whedon
Elenco: Ben Affleck, Gal Gadot, Jason Momoa, Ezra Miller, Ray Fisher, Henry Cavill, Ciarán Hinds, Jeremy Irons, Amy Adams, Diane Lane, J.K. Simmons, Connie Nielsen, Amber Heard, Joe Morton.

Superman (Henry Cavill) está morto, mas os perigos que surgem com isso, fazem Batman (Ben Affleck) e Mulher-Maravilha (Gal Gadot) selecionarem outros que podem ajuda-los a combater a ameaça do Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), um novo deus que deseja tomar as Caixas Maternas para ele e, com isso, transformar a Terra, como desejara fazer no passado, mas fora detido por um grupo de heróis.
Liga da Justiça é o quarto filme do Universo Expandido DC nos cinemas e une Batman e Mulher- Maravilha a Aquaman (Jason Momoa) – um híbrido de homem com atlante que herdou o trono da cidade aquática –, Flash (Ezra Miller) – um rapaz que, após um acidente, tornou-se o homem mais rápido do mundo – e Ciborgue (Ray Fisher) – um jovem atleta que teve o corpo deformado após um acidente e terminou tornando-se metade homem, metade máquina. A ameaça que eles enfrentam se equipara a ameaça de Ares em “Mulher-Maravilha”, mas tem uma superação, pois o novo deus Lobo da Estepe está na busca das maiores armas dos novos deuses, as Caixas Maternas. Passar disso seria entregar spoilers desnecessários.
Liga da Justiça tem uma história bem interessante que nos leva ao patamar máximo dos filmes do UEDC, mas tem suas falhas no desenrolar da história. Não sei se é a busca pelo humor em momentos bem pontuados – e que nem sempre cabem na história –, mas tem momentos de perda de ritmo e de vazios.
Mesmo que busquem amarrar bem o enredo, o filme tem quebras que atrapalham a história. Sem contar que teve mudanças que ocorreram depois da divulgação do trailer final, o que nos deixa com uma sensação de enganação. Talvez isso tenha ocorrido por causa das mudanças de diretor, pois cada um tem sua visão do enredo, ainda mais quando esse também é modificado, em partes, pelo novo diretor.
Não temos desenvolvimento dos personagens, pois Aquaman, Ciborgue, Flash e Batman, terão seus filmes individuais. Já Mulher-Maravilha e Superman – não chega a ser spoiler, pois sabíamos que ele retornaria – já tiveram suas histórias contadas em filmes anteriores do UEDC. Não creio que veremos uma nova história de criação do Batman – sério, é desnecessário, pois vemos em Batman Begins (2005) e, em parte, em Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016) –, mas eu espero um filme muito interessante, pois teremos o Exterminador (Joe Manganiello). As mudanças de clima no filme são perceptíveis no decorrer dele. Há uma tensão reconhecível no começo do filme e vai mudando isso no decorrer da história, principalmente após o retorno do Superman. O vilão Lobo da Estepe é uma introdução interessante. Li muitas críticas de que acharam o uso do CGI para a criação do personagem desnecessária, mas se pensarmos que ele é um novo deus, um ser divino e assecla de Darkseid, ele é inumano – sem referências – e, dessa forma, sua criação não poderia ser somente maquiagem e efeito de câmera. Mas vale lembrar que tem um ator por trás desse novo deus e Ciáran Hinds se sai muito bem.

Liga da Justiça é um filme de integração do maior grupo de super-heróis da DC Comics, que faz seu fanservice muito bem, com bastante ação, enredo bem desenvolvido, diversão moderada e nos dá mais um novo degrau ao Universo Expandido DC. Agora é só esperarmos pelo que vem pela frente, pois em 2018 teremos Aquaman e, em 2019 – possivelmente –, um novo filme da Liga da Justiça. Ficamos na expectativa.