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domingo, 29 de maio de 2016

RESENHA HQ: Mulher-Maravilha: O Círculo (DC Comics Coleção de Graphic Novels volume 17 da Eaglemoss).

MULHER-MARAVILHA: O CÍRCULO (DC Comics Coleção de Graphic Novels volume 17 da Eaglemoss).

Roteiros: Gail Simone, Robert Kanigher
Desenhos: Terry Dodson, Ron Randall, Ross Andru
Artes-finais: Rachel Dodson, Ron Randall, Mike Esposito
Título original: Wonder Woman: The Circle

Após os acontecimentos de Crise Infinita, a princesa Diana deixou temporariamente seu traje de Mulher-Maravilha e se tornou membro do Departamento de Assuntos Metahumanos como Diana Prince e, por um curto período, Donna Troy assumiu o posto de Mulher-Maravilha. Passado isso, As Amazonas atacaram o Mundo Patriarcal, dominadas pela bruxa Circe e, por isso, foram punidas pela deusa Atena. Circe também atacou Diana, fazendo com que ela perdesse os poderes quando não estivesse usando seu traje de combate, assim, quando está como Diana Prince, a princesa não possui os poderes que ganhara dos deuses, mas mantém seu treinamento de amazona. Mas a punição de Atena foi a pior, pois Amazonas que estivessem fora de Themyscira, a Ilha Paraíso, não conseguiam entrar, e aquelas que estivessem dentro não podiam sair.
Após um conflito com uma tropa de gorilas de Grodd, Diana descobre que a Sociedade de Super-Vilões, liderados pelo Capitão Nazista, pretendem invadir a ilha das Amazonas. Então Diana parte em busca de uma forma para retornar à Themyscira para ajudar suas irmãs e sua mãe. Nesse interim, descobrimos que no passado da ilha Paraíso, Hipólita convocara quatro Amazonas desregradas do grupo para serem suas guarda-costas. Alcione, Myrtes, Cáris e Filomela, decidem então fazer um pacto para proteger a rainha de qualquer mal que possa vir a afligi-la.
Neste passado, a busca por um filho entre as guerreiras estéreis era uma coisa constante. Elas faziam pequenas estátuas de barro ou mesmo estátuas em tamanho real. As Amazonas que eram guarda-costas de Hipólita decidiram que aquilo não podia ser permitido entre elas e fazem de tudo para manter isso à distância, até que sua própria rainha decide agir de forma a ter sua filha, abençoada pelos deuses. As guerreiras buscam uma forma de não permitir que isso ocorra, mesmo que precisem matar sua soberana.

“O Círculo” tem um duplo sentido na ideia do título. Ao mesmo tempo que Gail Simone queria demonstrar com ele as quatro guerreiras amazonas, que correspondiam aos quatro pontos cardeais – elas dormiam nas quatro portas do quarto de Hipólita, voltados para Leste, Oeste, Norte e Sul – ela também queria mostrar o círculo interno dos neonazistas, seguidores do Capitão Nazista, que pretendiam encontrar em Themyscira seu novo lar, mesmo que precisassem destruir tudo lá.
É uma maravilhosa história escrita por Simone, conhecidíssima por escrever histórias de super-heroínas que cativam. Ela sabe retratar os aspectos de cada personagem. Seus trabalhos em Supergirl, Aves de Rapina, são claras demonstrações de seu conhecimento das personagens femininas da DC Comics. Simone retrata as Amazonas de uma forma bem expressiva e inclui no passado da Mulher-Maravilha características que nunca foram pensadas. Como o crescimento de uma criança, entre mulheres que foram esterilizadas quando “nasceram” poderia lhes afetar? Quem ficaria contra? O que essas mulheres fariam para evitar que uma criança crescesse entre elas?

A sociedade das Amazonas, já na mitologia, era uma sociedade estéril, sem condições de terem filhos com homens. Ou seja, não podiam procriar. Quando Moulton Marston criou Mulher-Maravilha para a All-Star Comics #8 (dezembro de 1941), ele já presava por uma sociedade amazona sem possibilidades de procriação. Em fevereiro de 1987, George Pérez manteve as ideias de Marston e da mitologia grega sobre uma sociedade estéril, por isso a ideia de Simone de que guerreiras desejassem que não houvessem crianças em seu meio, ficou totalmente interessante e viável, ainda mais depois do nascimento de Diana.
“Mulher-Maravilha: O Círculo” é uma história que segue as ideias e conceitos iniciais da personagem, incluindo uma história que amplia a mitologia DCnauta da personagem.
Já as duas últimas histórias, publicadas nas edições “Wonder Woman” 98 e 105, escritas por Robert Kanigher, buscaram reescrever a origem de Diana na Era de Prata dos quadrinhos. Na nova origem, as Amazonas não são uma sociedade estéril, mas sim um grupo de mulheres que viram todos seus homens morrerem em batalhas e decidiram se isolar do resto da humanidade, mas a filha de sua rainha Hipólita, Diana, foi abençoada com poderes de Afrodite, Atena, Mercúrio e Hércules.
A jovem constrói uma embarcação para as mulheres e elas partem para encontrarem o local de sua moradia eterna, depois de passarem por uma névoa que lhes deu a imortalidade. Depois uma competição precisa ser realizada para escolher uma amazona que deverá ir ao mundo dos homens com uma missão dos deuses. Diana é a vencedora e sua missão é transformar uma moeda em um milhão de dólares para a caridade. Antes disso, ela impede que um piloto, Steve Trevor, caía na Ilha Paraíso. Ela então parte em sua missão.


Opinar sobre essas histórias, seria ferir as ideias que faziam sentido no final da década de 1950. Eram histórias sem busca de pesquisa ou razão, com o único intuito de entreter o leitor. Várias ideias eram questionáveis, mas o objetivo delas era alcançado, ainda mais que o público, em média, era de crianças e adolescentes que não tinham o intuito de comprar revistas com extensas explicações sobre o que acontecia.
A próxima edição da coleção trará "Superman: Brainiac", escrita por Geoff Johns e desenhada por Gary Frank. A história reescreve o primeiro encontro de Superman e Brainiac, deixando de lado a ideias pó-Crise nas Infinitas Terras. Brainiac é uma força alienígena capaz de tornar cidades em pequenos objetos de sua coleção particular. Superman precisara detê-lo e salvar o último vestígio da civilização kriptoniana, Kandor.
A Coleção  DC Comics de Graphic Novels pode ser adquirida em bancas e lojas especializadas, mas você também  pode comprá-las  no site Eaglemoss Brasil na internet ou fazer a assinatura, onde poderá adquirir vários brindes exclusivos.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

RESENHA HQ: Odisseia Cósmica (Cosmic Odyssey).

ODISSEIA CÓSMICA (Cosmic Odyssey).

Roteiro: Jim Starlin
Desenho: Mike Mignola
Arte-final: Carlos Garzon
Editora: DC Comics (BR: Panini Books)
Ano: 2009 (BR: 2015)
Pág.: 204

Na Terra, um grupo de Apokolips tenta invadir Gotham, mas seu intuito é burlado por Superman e Magtron, um novo deus de Nova Gênese. Percebendo o fracasso, eles retornam a Apokolips por um Tubo de Explosão, deixando para trás um dos seus.
Em outro momento, Metron reaparece de uma de suas várias viagens em busca de conhecimento e é resgatado por Darkseid. Percebendo que o novo deus se encontra em estado catatônico, o soberano de Apokolips decide verificar as gravações da poltrona Mobius de Metron, para tentar descobrir o motivo de viajante estar naquele estado e se poderia ser usado por ele, quando descobre que precisará de ajuda externa, algo que ele não gostaria, mas precisa fazer.
Enquanto isso, na Terra, Batman investiga um número de assassinatos que vêm acontecendo desde que Apokolips tentara invadir sua cidade e descobre que o responsável é o Cão de Guerra de Darkseid, que está habitando os esgotos de Gotham. Na intenção de detê-lo, Batman dispara a arma do monstro e termina ferindo-o mortalmente.
Na Casa Branca, um grupo bem inusitado é unido, pois o novo deus Lonar os convocou a pedido do Pai Celestial. Eram eles Superman, Batman, J’onn J’onzz, Estelar, John Stewart e um envelhecido Jason Blood. Ele embarcam em um Tubo de Explosão e se veem em Nova Gênese, terra dos Novos Deuses que seguem o Pai Celestial.
Em Nova Gênese, eles se unem a Órion, Magtron e Darkseid, para que Pai Celestial lhes explique a ameaça que enfrentarão. No passado, uma raça alienígena desenvolveu uma arma de antivida para destruir seus inimigos e terminou libertando uma força sombria que devorou duzentos anos-luz quadrados. Finalizando a explicação, Darkseid fala aos seus novos aliados que essa força pode ser libertada, graças as explorações de Metron.
Metron é trazido por Forrageador, membro de uma raça insetóide de Nova Gênese, e o cérebro do viajante é explorado por J’onn J’onzz, que descobre que a Força de Antivida é uma entidade viva de poder ilimitado. Quando Metron tenta fugir, ela libera com Metron, quatro formas que têm a intenção de destruir galáxias e libetar a Força de Antivida no nosso universo. Com isso, os super-heróis são divididos em quatro grupos e enviados a quatro cantos do universo: Thanagar, Rann, Xanshi e Terra.
Superman e Órion chegam a Thanagar e enfrentam uma força de guerreiros alados thanagarianos. Enquanto o Homem-de-Aço busca uma solução pacífica para descobrir onde encontra-se a parte da Entidade Antivida, o guerreiro genesisiano mata os thanagarianos, sem dó e nem piedade.
Em Xanshi, J’onn J’onzz e John Stewart saem atrás do espectro de Antivida, e descobrem que ele está envenenando os habitantes do planeta. Usando o anel energético, John cria uma cura para a doença mortal e depois vai com o Caçador de Marte descobrir que o espectro está usando uma grande quantidade de energia na região ártica do planeta, e dirigem-se para lá.
Na Terra, Batman e Forrageador vão à Batcaverna, onde o Homem-Morcego usa seus equipamentos para descobrir que o espectro de Antivida usará uma rede de computadores para encontrar o que precisa para construir seu equipamento mortal.
Já em Rann, Estelar e Magtron se dirigem a Ranagar, centro do planeta e, ao invés de encontrarem uma civilização avançada e civilizada, se deparam com o caos e pessoas se matando sem motivo algum. Quando chegam ao prédio central de Ranagar, encontram o terráqueo Adam Strange armado e em vigília de sua esposa e seu genro, amarrados e ensandecidos. Adam então os acompanha para que encontrem o espectro Antivida e o detenham.
Enquanto isso, em Nova Gênese, Jason Blood encontra sua contraparte, Etrigan. Pai Celestial e Darkseid tentam convencê-lo de que somente ele unindo-se ao demônio, poderá salvar todo o universo. Mas os planos de Darkseid com Etrigan são mais sombrios do que se pode imaginar e, por não confiar no soberano de Apokolips, Batman pede para um velho conhecido ficar de olho no ditador e seus planos escusos.
“Odisseia Cósmica” foi uma saga lançada no Brasil, pela primeira vez, em 1990, pela editora Abril. No ano seguinte, a Abril Jovem lançou um edição encadernada da história. Ela foi escrita pelo fantástico Jim Starlin, conhecido pelas grandes sagas espaciais na Marvel Comics e pela criação do vilão Thanos, que Starlin nunca escondeu ser baseado no tirano Darkseid, criado por Jack Kirby em 1970.
Starlin tem um histórico bem grande com a DC Comics. Ele foi responsável pelo ressurgimento e pela morte de Jason Todd, o segundo Robin. Introduziu nos quadrinhos do Batman os vilões KGBesta (As Dez Noite da Besta) e o Diácono Blackfire (Batman – O Messias). Ele também escreveu “A Morte dos Novos Deuses” recentemente, mas seu primeiro contato com o Quarto Mundo de Kirby ocorreu em Odisseia Cósmica, e Starlin demonstrou uma familiaridade enorme.
Talvez por causa de seus roteiros cósmicos para a Marvel, Starlin criou uma história única que entrou para a cronologia do Universo DC durante anos, pois acontecimentos relacionados a John Stewart o assombraram até mesmo quando ele não era mais portador do anel energético dos Lanternas Verdes. Seu trabalho foi tão bem quisto que no ano seguinte – “Odisseia Cósmica” foi lançada em dezembro de 1988 e finalizou em março de 1989 – ele foi convidado a roteirizar o terceiro volume de “New Gods”, ao lado de Mark Evanier e Paris Cullins. Sem contar que, como dito mais acima, ele foi responsável pela minissérie “A Morte dos Novos Deuses” – antes mesmo de Grant Morrison mata-los em “Crise Final”.
Para tornar o roteiro de Starlin em algo visto e admirado, foi convidado Mike Mignola.
Mignola, conhecido como o criador de Hellboy e do Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal da Dark Horse Comics, é amplamente conhecido por seus trabalhos com Batman e Superman. Ele foi responsável pela arte de “Um Conto de Batman: Gotham City 1889” – escrita por Brian Augustyn – e a minissérie “O Mundo de Krypton” – escrita por John Byrne.
O trabalho de Mike Mignola em “Odisseia Cósmica” é dinâmico e memorável. Sua quadrinização é perfeita, as vezes usando as onomatopeias de explosão do Tubo de Explosão dos Novos Deuses como forma de narrar a história. É fantástico ver suas interpretações das grandes cidades de Thanagar, Rann e Xanshi, bem como sua ideia pessoa de Gotham City, com sombras e detalhes, que terminam enriquecidos com a arte final do colombiano Carlos Garzón. Ele pega cada detalhe dos desenhos de Mignola e tornam mais fortes. Sombras e expressões, bem como detalhes das cidades, são precisos nas mãos de Garzón.

“Odisseia Cósmica” é um dos materiais da DC Comics que sempre merece ser relembrado. A Panini a lança, pela segunda vez – a primeira aconteceu em “Grandes Clássicos DC nº 12” (novembro de 2007) – e de forma definitiva, com capa metalizada. A adição dessa história em uma coleção somente a enriquece.

RESENHA HQ: Tarzan: Contos da Selva (Jungle Tales of Tarzan).

TARZAN: CONTOS DA SELVA (Jungle Tales of Tarzan).

Roteiros: Martin Powell (baseados nos contos de Edgar Rice Burroughs)
Desenhos: Diana Leto, Pablo Marcos, Lowell Isaac, Will Meugniot, Nik Poliwko, Steve E. Gordon, Jamie Chase, Terry Beatty, Mark Wheatley, Sergio Cariello, Tomás M. Aranda, Carlos Argüello
Cores: Diego Rondón, Patrick Gama
Editora: Dark Horse Books (BR: Pixel Media)
Ano: 2015
Pág.: 150

Em 1912, o escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs (1875-1950) iniciava a saga de Tarzan dos Macacos. Jovem filho da família Greystoke, Tarzan os perdeu bem jovem e terminou sendo criado por um grupo de macacos antropoides conhecidos com Mangani. Criado por Kala, Tarzan percebeu, desde jovem, sua diferença dos seus “irmãos”. Mas até mesmo sua mãe de criação Tarzan perdeu para a tribo de Mbonga, que a assassinou, trazendo uma revolta dentro de Tarzan contra aqueles com quem ele se assemelhava.
As histórias que são contadas nessa graphic novel são as junções de doze contos de Burroughs, adaptados para os quadrinhos. Nas histórias, vemos o mito de Tarzan se tornar mais forte, tanto entre os habitantes da aldeia Mbonga quanto os membros dos Mangani.
Conhecemos sua afeição por Teeka e sua amizade com Taug e Tantor, o elefante. Seu carinho pelo balu de Teeka e Taug, Gazan, e Tibo, filho de Momaya dos Mbonga. Suas constantes batalhas contra Sheeta, o jaguar, Buto, o rinoceronte, Numa, o leão e Histah, a serpente. Seus conflitos e dúvidas quanto aos membros da aldeia Mbonga, que o chamam de “Demônio das árvores” ou “Deus das árvores” (Momaya o chama assim). Seus ensinamentos para os Mangani.

Nas doze histórias, vemos ideias e contextos pouco conhecidos sobre Tarzan, bem antes dele conhecer Jane Porter. Bem antes dele descobrir sua herança nobre na Inglaterra. Em alguns desenhos vemos ele sendo retratado mais jovem, em outros os desenhistas dão características mais maduras, mas o que é importante é a ação em si, que é bem dinâmica.
Tarzan é um grande clássico, não importa que seja em magazines, livros, quadrinhos, filmes, animações ou seriados, ele é um dos personagens mais adaptados dos últimos tempos. Suas interpretações e reinterpretações, as vezes bem pessoais, seguem a ideia iniciada por Burroughs. Mas o objetivo da Dark Horse e, principalmente, do escritor Martin Powell, foi trazer de volta os conceitos iniciais de Tarzan, pois mesmo sendo uma adaptação, buscou ser a mais fiel de todas.

Em 21 de julho de 2016 veremos mais uma adaptação nos cinemas, intitulado “A Lenda de Tarzan”, dirigido por David Yates, com Alexander Skarsgård e Margot Robbie como Tarzan e Jane Porter, respectivamente. Só que, com certeza, é mais uma adaptação livre do rei das selvas e senhor dos macacos, levando ainda mais longe o legado deixado por Burroughs.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

RESENHA HQ: Astro City Vol. 5: Heróis Locais (Astro City Vol. 5: Local Heroes).

ASTRO CITY VOL. 5: HERÓIS LOCAIS (Astro City Vol. 5: Local Heroes).

Roteiro: Kurt Busiek
Desenhos: Brent Anderson
Arte-final: Will Blyberg
Editora: Vertigo Comics (BR: Panini Comics)
Ano: 2005 (BR: 2016)
Pág.: 228

“Heróis Locais”, o quinto volume da série “Astro City” que a Panini lançou é mais um volume impressionante. Kurt Busiek, como nos anteriores, se supera ao apresentar a vida das pessoas cercadas por super-heróis, constantemente.
Na primeira história, vemos o sr. Donacek, um porteiro do hotel The Classic, que vê pessoas chegarem e saírem de Astro City, as vezes guardando expectativas de testemunhar super-heróis em ação ou de conseguir contatá-los para contratos de filmes. A cada pessoa que surge na portaria, ele relembra de quando chegou a Astro City e de quando começou a trabalhar no The Classic. Seu primeiro encontro com o vigilante Confessor, sua ação ao salvar um recém-nascido do meio de um conflito entre a Guarda de Honra e os Destrutóides. Ele percebe que as pessoas sempre estão de passagem, mas sempre levam lembranças – sejam boas ou ruins – de Astro City.
Na segunda história, vemos a roteirista Sally Twinings, que trabalha para a Bulldog Comics, tentar vencer o desafio de escrever um roteiro que não seja alterado pelo seu editor, Manny Monkton. Monkton tem o costume de distorcer os roteiros de Twinings, baseados e eventos reais, reescrevendo ideias que podem ser consideradas ofensivas e controversas, devidos aos conteúdos homofóbicos e racistas. Isso leva Monkton a ser pressionado, perseguido e surrado por heróis e vilões de Astro City, que se sentem ofendidos com as histórias publicadas na Bulldog Comics.
A história de Monkton com os super-heróis de Astro City é antiga, quando ele é demitido da Rampart por tentar manter a fantasia nos quadrinhos, quando a vida real já traz uma gama de super-heróis. Ele decide criar a Bulldog, mantendo sua forma de escrever histórias, mesmo que essas vão contra o ideal dos heróis. Ele usa suas imagens e trabalha com eles da forma que desejar, sempre causando problemas para Monkton e sua empresa.
Na terceira história, vemos o personagem Puma Carmim, da novela Alvorada do Amanhã, que era interpretado pelo ator Mitch Goodman, se tornando um super-herói ao deter um marginal que assaltava a loja Astromart. Ele é auxiliado por Martha Sullivan, uma espectadora com poderes telecinéticos que ajudam Mitch na novela. Ao se tornar um super-herói, Mitch ganha destaque na mídia e seu personagem é mais valorizado na novela, até mesmo aparecendo em chamadas publicitárias. Isso tudo muda quando ele termina bem encrencado e não tem Martha para ajuda-lo e, mesmo quando é salvo pela Guarda de Honra, sua notoriedade cresce e Mitch precisa criar uma forma de dar adeus ao seu sucesso meteórico.
Na quarta história, acompanhamos Irene Cronin contando sua história a sua filha, Samantha, de como chegou a Astro City buscando ser mais do que uma simples secretária dentro de um escritório cercado por homens. Ela era obstinada e tinha como convicção encontrar o homem certo para ela, e acredita tê-lo encontrado no super-herói Atômikos. Só que Atômikos tem como intenção seguir uma vida antes de iniciar qualquer relacionamento e termina com Irene, que vê no término um desafio. Então surge um novo funcionário no escritório que ela trabalha, Adam Peterson, que ela crê ser Atômikos disfarçado. Irene então fará de tudo para desmascará-lo, nem que para isso coloque a própria vida e de outros em perigo.
N
a quinta história, conhecemos Cammie, uma jovem moradora de Astro City que vai para Capinville, que fica na divisa com Astro City. Capinville é uma cidade rural, dedicada ao plantio e pasto. Cammie se sente muito deslocada na cidade e acha que não se acostumará em passar suas férias naquele local, nem mesmo quando conhece o super-herói local, o Obreiro. Achando-o inferior aos super-heróis de Astro City, Cammie decide investiga-lo e descobre um passado sombrio sobre o herói. Questionando-se quanto a esse passado, ela não consegue entender como as pessoas de Capinville podem aceita-lo como seu herói. Só que ela descobre que existe muito mais por trás desse passado conturbado do Obreiro e que ela terá de escolher o que fará, denunciá-lo ou aceita-lo.
Na sexta e sétima histórias, conhecemos o advogado Vincent Oleck. Vincent trabalha para o Escritório Grant, Miller, Healy & Valada, e lhe é incumbido o caso de Richie Forgione, que assassinara a secretária Lisette Palais dentro de um restaurante em frente de várias testemunhas. O problema é que Richie é filho do mafioso “Junior” Forgione, chefe do crime organizado da Zona Leste de Astro City, que deseja o filho sendo inocentado do assassinato. Para isso acontecer, Vincent deverá usar toda sua perspicácia de advogado para conseguir revirar esse caso, mas corre o risco de ter Forgione por toda sua vida no seu encalço. Para completar ele vinha tendo pesadelos com o justiceiro mascarado, Cavaleiro Azul, que atacava a máfia de Astro City, matando-os sem dó e nem piedade. Como se livrar de Forgione e o que os pesadelos significam corrói a alma de Vincent, que fica cada vez mais apreensivo com tudo.
Na oitava história, o super-herói aposentado, Supersônico, é convocado pelo seu amigo da polícia, capitão Ed Robbins. Ele tem de enfrentar o Des-F.O.R.R.A., um robô monstruoso pertencente ao vilão Omynozo. O robô vem destruindo um bairro suburbano de Astro City, e com todos os super-heróis fora da cidade, Robbins decidiu que somente o bom e velho Supersônico pode deter a máquina destrutiva. Só que Dale não é mais o mesmo da sua juventude. Enquanto enfrenta o robô, ele se lembra de sua época de super-herói e todos os problemas que enfrentou nesse período. Tudo que enfrentou, todos os vilões e problemas que encarou. Ele se vê com grandes problemas pela falta de prática, podendo até mesmo morrer ao enfrentar o grande robô.
Na última história, temos uma curta sobre Arnie Prentice, um ex-bombeiro que terminou sofrendo um acidente horrível que o colocou na aposentadoria antecipada. Em um dia que visita a corporação, ele recebe o jovem Farrell que vem agradecer-lhe por tê-lo salvo durante um confronto entre o Samaritano e o Rei Míssil, que derrubou as Torres Drake. Ele recebe uma carona do pai de Farrell e conversa com o jovem rapaz sobre os sacrifícios de um herói.
A cada volume que leio de “Astro City”, fico mais cativado e impressionado com esse trabalho fascinante de Kurt Busiek. Nessa edição em particular vemos que as vezes as coisas nem sempre são como imaginamos que seja.
Da primeira à última história, vemos que os verdadeiros heróis são aqueles que nunca presumimos que seriam. Que um herói pode ser aquele que nos indica o caminho correto a seguir ou aqueles que defendem seus princípios ou somente fazer uma ação altruísta. Mesmo que seja um super-herói temporário, você pode fazer ações sem esperar benefícios por isso, e se ocorrer, deve saber usá-lo sem causar mais problemas. Você pode ser um advogado, uma jovem deslocada ou mesmo uma ex-executiva, testemunhar um ato heroico e não entende-lo, achando justificável agir por conta própria, mas quando testemunha algo, precisa decidir como agirá.

É simplesmente adorável ler esse quinto volume, ainda mais a última história que, mesmo curta, mostra que o heroísmo está além de trajes colantes e que verdadeiros heróis não desistem mesmo quando estão incapazes de agirem. Na verdade, quando se reflete sobre todas as histórias de Astro City, percebemos que os verdadeiros heróis são os grandes heróis locais.

RESENHA HQ: Authority vol. 1

AUTHORITY VOL. 1

Roteiro: Warren Wellis
Desenhos: Bryan Hitch
Arte-final: Paul Neary
Editora: DC Comics (BR: Panini Comics)
Ano: 2014 (BR: 2015)
Pág.: 204

Jenny Sparks, Jack Hawksmoor, Swift, Apolo e Meia-Noite, ex-membros do Stormwatch, se juntam a Engenheira e o Doutor para formar o Authority, um grupo que faz qualquer coisa para manter a paz mundial... qualquer coisa mesmo.
Eles viajam na Balsa, um tipo de embarcação que viaja por dimensões ligados ao inconsciente e universos alternativos e oníricos. Em sua primeira ação, Sparks avisar a Jackson King – também conhecido como Batalhão, que foi o último Senhor do Tempo do Stormwatch – e sua esposa Christine Trelane – também conhecida como Sinergia – que o grupo Stormwatch Black decidiu formar um novo grupo e não respondem a ninguém. Eles estão investigando as informações de um ataque a Moscou que matou milhares de pessoas. Enquanto investigam esse caso, um novo ataque acontece em Londres, fazendo-os agir de imediato contra vários super-humanos que se assemelhavam, então eles descobrem que tudo tem ligação com a Ilha Gamorra, dominada pelo estadista Kaizen Gamorra. Ele pretende se vingar do mundo, fazendo seu símbolo – um círculo com três nós – para mostrar a todos o seu poderio. Então cabe ao Authority detê-lo e destruí-lo.
Na segunda história, o Authority se depara com um reino de outra dimensão que pretende tomar a Terra para eles. É um povo formado por mistura de humanos com alienígenas conquistadores. Nossa Terra já havia tido contato com eles nos anos de 1920 e Jenny Sparks conheceu-os muito bem, chegando a ter um caso com um deles. Eles desenvolveram um portal que ligava nossa Terra à deles e, por anos, depois de acontecimentos catastróficos, pensou-se que o outro mundo paralelo havia sido destruído. Descobre-se, também, que a Balsa é na verdade um transnave dos alienígenas, que ficou perdida em uma dimensão superior. Agora os habitantes dessa Terra paralela pretendem liquidar com o Authority, antes que frustrem novamente seus planos de dominação do nosso planeta.
Warren Ellis, responsável por Stormwatch se tornar um sucesso nos quadrinhos – eles foram criados por Jim Lee e Brandon Choi em “Stormwatch” #1 (março de 1993) –, dá  continuação ao seu sucesso com Authority. Ele não somente transfere os membros do Stormwatch Black e os membros secretos, Apolo e Meia-Noite, junto com a Engenheira – substituta do primeiro, morto por Apolo e Meia-Noite em “Stormwatch” #50 (julho de 1997) – e O Doutor – um alemão que se torna um xamã, possuindo dentro de si a essência de todos os outros Doutores – como os torna autônomos, pois eles não respondem à ONU ou a qualquer governo, somente agem quando se veem necessários ou quando convocados.
O Authority é estratégico, violento e determinado. Nas histórias, Jenny Sparks demonstra ser uma excelente líder, na qual causa temor até no Meia-Noite. Os personagens parecem trabalhar há anos juntos, pois demonstram uma sincronia muito boa, mas creio que isso se deve muito a liderança de Jenny, pois personagens como Engenheira e O Doutor demonstram total inexperiência – inicialmente – em um campo de batalha. Ellis consegue te prender do começo ao fim nas histórias, mesmo que elas sejam violentas e extremamente viscerais, são histórias que possuem um ritmo adrenalizante, concisas, sem elementos desnecessários, e decisivas, onde os personagens podem sofrer agruras, mas usam todas suas capacidades, sem contenções. Tem momentos que são surpreendentes, o que torna a história mais interessante ainda.
A arte de Bryan Hitch já demonstra toda a sua qualidade nesse trabalho. Ele ficou imensamente conhecido por aqui pelo seu trabalho em “Supremos”, da Marvel Comics, mas em “Authority”, Hitch já tinha um talento incisivo, seus traços são bem definidos e muito expressivos, ricos em detalhes, que se tornam mais notados com a arte-final de Paul Neary.
Antes do final de “Stormwatch”, Hitch já trazia esses traços que definiriam bem a arte de “Authority” no começo da série. Você percebe que, mesmo quando ele tem um grande número de personagens para desenhar, se ocupa com cada um deles.

“Authority” é um trabalho descomunal que merece estar em várias coleções, pois tanto pela história como pela arte, é uma verdadeira história de super-heróis.

domingo, 22 de maio de 2016

RESENHA HQ: Batman: O nascimento do demônio, partes 1 e 2 (DC Comics Coleção de Graphic Novels volumes 15 e 16 da Eaglemoss).

BATMAN: O NASCIMENTO DO DEMÔNIO – PARTES 1 E 2 (DC Comics Coleção de Graphic Novels volumes 15 e 16 da Eaglemoss).

Roteiros: Mike W. Barr, Dennis O’Neil
Desenhos: Jerry Bingham, Tom Grindberg, Neal Adams, Norm Breyfogle,
Artes-finais: John Costanza, Gaspar Saladino, Dick Giordano
Título original: Batman: Birth of the demon, parts 1 and 2

Há tempos atrás surgiu a Saga do Demônio, que contava a história do líder extremista Ra’s Al Ghul contra o justiceiro de Gotham, Batman. Essa saga era dividida em três partes, que eram consideradas como parte da linha “Eslworlds”. Nela o Batman chega a se aliar ao seu inimigo, mas nas outras duas partes eles se tornam inimigos. Não são continuidades, pois histórias são contadas de formas diferentes. Na última parece ser uma decisiva história de ambos os inimigos, mas Ra’s Al Ghul se tornou para Batman, algo semelhante a Moriarty para Holmes, ou seja, são inimigos eternos, rivais que enganam a própria morte para se enfrentarem. “O Filho do Demônio”, “A Noiva do Demônio” e “O Nascimento do Demônio” foram obras escritas por Mike W. Barr e Dennis O’Neil – também criador de Ra’s Al Ghul, junto com Neal Adams – e nela vemos como dois inimigos se opõem até que a morte leve um dos dois.
O Filho do Demônio – Um grupo extremista tenta matar várias pessoas que eles mantêm como refém, mas terminam detidos pelo Batman. O Cavaleiro das Trevas acredita que o grupo tenha alguma ligação com um de seus piores inimigos, Ra’s Al Ghul, líder de uma organização extremamente perigosa que age de forma a causar terror no objetivo de manter o meio ambiente saudável. Mas termina descobrindo que não é seu inimigo o culpado, pois este o procura e diz que um antigo aprendiz dele está por trás dos ataques, Qayin.

Este inimigo, também, foi o responsável pela morte da esposa de Ra’s, mãe de Talia, e ambos buscam por vingança e convidam Batman para enfrentar, junto a eles, Qayin. A batalha para vencê-lo é tênue, mas em meio a isso, Talia fica grávida do Batman e, quando aparentemente o filho deles é dado como morto, o Cavaleiro das Trevas e Ra’s partem, juntos, para a vingança contra o inimigo.
A Noiva do Demônio – Ra’s Al Ghul está à beira da morte, mas antes pretende deixar mais do que sua filha como herdeira de seu trono a frente da Liga dos Assassinos e, para isso, toma uma atriz em decadência e a abençoa com um mergulho ao Poço de Lázaro, tornando-a sua esposa. Em outro momento, Batman investiga uma tragédia com ozônio, que envenenou pilotos de um avião, fazendo-o cair e matando centenas de pessoas.
Batman desconfia de Ra’s Al Ghul e sua Liga de Assassinos e, quando descobre que um especialista em estudo sobre ozônio está relacionado a Ra’s, Batman decide ir atrás e termina cruzando o caminho de Talia, que tem como missão matar o Homem-Morcego. Ela falha e na luta entre Batman e os soldados de Ra’s Al Ghul, o filho do cientista é mortalmente ferido. Examinando-o, Batman tira as esperanças de o jovem viver, mas o cientista não desiste, e com a promessa de Al Ghul que o jovem viverá, o leva para a base secreta da Liga dos Assassinos, mas são seguidos pelo Cavaleiro das Trevas, que está determinado em deter todos os planos de Ra’s e destruir, mais uma vez, a base de seu inimigo.
O Nascimento do Demônio: Batman descobre que Ra’s Al Ghul tem tentado reencontrar locais onde ele havia se banhado nos poços de Lázaro. Em uma das tentativas de deter os soldados de Al Ghul, Batman termina caindo em detritos tóxicos. Mesmo sentindo as reações aos detritos, O Homem-Morcego não desiste e reencontra Talia Al Ghul, filha de seu inimigo e sua amada. Ela lhe conta as origens secretas de Ra’s Al Ghul, nas antigas civilizações e as descobertas dos Poços de Lázaro. Após isso, Ra’s surge e um embate titânico dá-se início, onde possivelmente somente um dos dois guerreiros sairá como vencedor.

Mesmo que as histórias sejam graphic novels de encontros entre Batman e Ra’s Al Ghul, elas não têm ligações. Cada uma assume um determinado trabalho dos roteiristas.
A primeira história, “O Filho do Demônio” conta uma versão da história de Talia ser filha de Ra’s, mas na última história, “O Nascimento do Demônio” temos uma história totalmente divergente. Talvez seja por causa de que a história escrita por Mike W. Barr fosse considerada, em outro momento, como um Elseworld, ou seja, ela acontece em outra realidade. Já a segunda história foi escrita pelo criador de Ra’s e Talia, Dennis O’Neil, colocando como a história original. Só que o nascimento do filho de Talia e Bruce foi reconsiderado e recontado pelo escritor Grant Morrison (Batman e Filho), que confessou desconhecer a história de Barr, somente conhecendo que eles tinham um filho. Sendo assim, Damian Al Ghul surge no universo do Cavaleiro das Trevas.

Mesmo sendo histórias sem ligações, todas as três mostram uma ação e algo que sempre os fãs de Batman gostaram de ver nele, que é sua determinação e sua vontade de lutar contra aqueles que desejam ir contra a vida humana. Ele empenha todo seu talento detetivesco na intenção de deter Ra’s Al Ghul e suas ambições.
A história “O Nascimento do Demônio” também nos traz outro fator muito interessante que é como um jovem cientista se tornou Ra’s Al Ghul. Sim, nem sempre esse foi o nome do eco terrorista, líder da Liga dos Assassinos – uma questão, apesar de eu mencionar o nome da organização, ela não é mencionada em nenhum momento nas três histórias – e um dos grandes inimigos do Batman. Quando vemos sua história, escrita pelo renomado Dennis “The Real Batman” O’Neil, chegamos a entender toda sua sede por destruição da humanidade, toda sua raiva pelo mundo... até Batman nos colocar no eixo, mostrando que ele sua vingança é questionável.
A saga do Demônio são algumas das três melhores graphic novels escritas sobre o Homem-Morcego, pois nos traz o Batman em uma ação desenfreada, seja para auxiliar ou para lutar contra seu inimigo mortal. Ele faz o extremo para contra-atacar Ra’s Al Ghul ou para ajudá-lo a lutar contra seus inimigos. Mais uma vez foi uma acertada escolha para fazer parte dessa coleção.
E as duas edições também trazem outras histórias de confrontos entre os dois inimigos. No volume 15, vemos a primeira aparição de Ra’s Al Ghul em Batman #232 (junho de 1971), onde sua filha, Talia, e Robin “Grayson” foram sequestrados, possivelmente, pela mesma pessoa. Ambos se unem para desvendar quem fora o sequestrador, mas a surpresa do nome do sequestrador é fantástica.
No volume 16, vemos Ra’s Al Ghul procurando Batman para que ele use seus talentos detetivescos para ajudá-lo no caso de um cientista que roubou um veneno mortal que, se for exposto ao ar, matará a todos em um instante. Batman precisa esquecer as diferenças de ambos para salvar a humanidade de mais uma tentativa de Al Ghul de extermínio total.
No próximo volume teremos a minissérie publicada entre as edições 14 e 17 da revista “Wonder Woman” (janeiro-abril de 2008), escrita por Gail Simone e desenhada por Terry Dodson, onde a Mulher-Maravilha ajuda o Departamento de Assuntos Meta-Humanos a enfrentar o Capitão Nazista, as amazonas Alcione, Charis, Myrto e Filomela e a Sociedade de Super-Vilões. A história acontece logo após a minissérie “Ataque das Amazonas” (junho-outubro de 2007).

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