Com o filme passando no canal HBO, resolvi falar um pouco
sobre ele. Já li muitas críticas
negativas a respeito desse filme e nunca entendi o motivo.
Na história, Andrew
“Ender” Wiggins (Asa Butterfield) é um jovem sendo preparado para enfrentar os
Formics, uma raça alienígena que tentou invadir a Terra para torna-la uma de
suas colônias, mas terminou sendo destruída por um único homem, Mazer Rackham (Ben
Kingsley).
Ender é o
melhor de sua turma e logo se vê selecionado para a Escola de Batalha, onde se
terá na Sala de Batalha. Logo ele é promovido para a equipe Salamandra, onde
conhece Petra Arkanian (Hailee Steinfield), mas devido suas desavenças com o
líder da equipe, lhe é dada sua própria equipe, os Dragões. Nesta ele tem seus
companheiros que chegaram com ele na Escola: Bean (Aramis Knight), Alai (Suraj
Partha) e Bernard (Conor Carroll), além de Dink Meeker (Khylin Rhambo) e Petra,
do Salamandra, que se unem a eles, também.
Depois de uma
bem sucedida batalha na Sala, onde o time de Ender vence, ele termina
enfrentando o líder da Salamandra no banheiro e este bate a cabeça e entra em
coma. Sentindo-se culpado, Ender desiste do programa. Mas o Coronel Graff Hyrum
(Harrison Ford) não está disposto a desistir tão facilmente dele. Tenta
convencer a Major Gwen Anderson (Viola Davis) a ajuda-lo na tentativa de manter
Ender, mas descobre que somente uma poderia ajuda-la, Valentine Wiggin (Abigail
Breslin), irmã de Ender e figura na qual ele mais se importa.
Convencido pela
irmã, Ender viaja com o Coronel até um planeta que pertencia aos Formics, mas
foi tomado deles pelos terráqueos. Lá ele enfrentará seu último teste. Contando
com sua equipe, ele é preparado por ninguém menos que Mazer Rackham para se
graduar e poder enfrentar os Formics.
Adoro a direção
de Gavin Hood nesse filme, no qual ele também é responsável pelo roteiro.
Apesar do falho “X-Men Origens: Wolverine”, Hood acerta a mão na direção desse
filme. O roteiro dele se baseia no livro
“Ender’s Game” de Orson Scott Card, escrito em 1985. Bem estruturado e bem
escrito, contando com um elenco fantástico.
Asa
Butterfield, como sempre, está excelente em sua forma de interpretar. Desde que
o vi, pela primeira vez, em Nanny McPhee e as Lições Mágicas, a interpretação
de Butterfield me surpreendeu. Esse jovem inglês começou cedo e aos 11 anos teve
seu primeiro trabalho relevante em “O Menino do Pijama Listrado”, no qual já li
e ouvi muitos elogios em sua interpretação como o pequeno Bruno. A força de sua
interpretação como Ender Wiggin, demonstra como ele sabe trabalhar variações de
interpretações, mas sem perder a força dos personagens.
Harrison Ford
está muito bem como o Coronel Graff Hyrum. É impressionante como o ator sabe
trabalhar variações de personagens. Desde que eu o vi como o texano Bob Falfa em
“Loucura de Verão”, não me lembro de ver um personagem que se assemelhasse a
outro de Ford, a não ser quando ele fazia continuações, como Han Solo de “Guerra
nas Estrelas”, Indiana Jones na franquia homônima ou Jack Ryan nos dois filmes
baseados nos livros de John Clancy.
Hailee
Steinfield é uma atriz que vem construindo uma carreira sólida e seu talento e
notado a cada filme que fez. Me lembro de tê-la visto pela primeira vez na
refilmagem de “Bravura Indômita”, onde ele está muito bem como a menina Mattie
Ross, que busca vingança pelo assassinato do pai. Outra grande atuação dela é
no filme “Romeu e Julieta”, baseado na peça de William Shakespeare. Steinfield
mostra uma personagem forte, mas que não perde o instinto feminino.
Outra que
mostra estar super tranquila no seu trabalho é a atriz Abigail Breslin. Quem
não lembra dela em “Sinais” e “Pequena Miss Sunshine”. Em ambas as atuações,
mesmo sendo bem jovem, Breslin se mostrou uma ótima atriz em ascensão. Ela foi
crescendo e sua carreira com ela. Esteve em “A Ilha da Imaginação”, “Zumbilândia”,
sempre mostrando que era uma menina que sabia trabalhar muito bem
profissionalmente. Seu carisma e charme como a irmã de Ender Wiggin, Valentine,
é mostrado de forma ótima. Pena que seus momentos em cena são bem pequenos, mas
muito relevantes.
Viola Davis é
uma atriz sem necessidade de falar muito. Excelente em tudo que faz. Indicada
duas vezes ao Oscar, três vezes ao Globo de Ouro, seus papéis são marcantes e
memoráveis. Mesmo quando ela faz personagens menores, como a Major Gwen
Anderson, Davis mostra saber dar força a sua personagem.
Ben Kingsley é
outro sem necessidade de apresentações. Este ator inglês sempre surpreende. As
variações de interpretações e personagens que Kingsley já fez são incríveis.
Não é à toa que ganhou o Oscar e o Globo de Ouro por “Gandhi” e teve mais três
indicações ao Oscar e mais cinco indicações ao Globo de Ouro. Ele tem uma das
menores participações de todo o filme, mas sua cena com Butterfield – com quem
já esteve em “A Invenção de Hugo Cabret” – mostra que, mesmo os pequenos papéis
merecem ter uma construção bem feita.
Não sei como as
pessoas acharam o filme mal feito. Talvez seja por conta do Hood ter sido
diretor de “X-Men Origens: Wolverine”, mas julga-lo culpado pelo filme é
esquecer que existem vários envolvidos além do diretor, que nem sempre tem a
palavra final em sua direção. É complicado entender isso? Sim, mas podemos ver
que, quando ele está mais relacionado ao filme, ele sabe fazer um bom trabalho.
“Ender’s Game”
é um ótimo filme de ficção científica e sempre será memorável, para mim.
Diretor e atores dão alma a esse filme que mostra uma crítica sincera de que,
as vezes, as decisões podem ser equivocadas, principalmente em meio a batalhas.
"The Flash" é a melhor série televisiva de
super-heróis.
(Poderão acontecer SPOILERS e por esse motivo, já lhes
peço desculpas).
No começo dos anos de 1990, a Warner Bros. decidiu
levar o Flash para a TV. A série, infelizmente, não foi a frente, somente
durando uma temporada. Nela tínhamos o ator John Wesley Shipp vivendo Barry
Allen/Flash e enfrentando os mais diversos problemas. Para um fã de
super-heróis, a única temporada da série é memorável, tanto que, quando
anunciaram uma nova série, muitos zombaram dizendo que nunca superaria a
clássica, além de criticarem as escolhas de atores, principalmente o ator Grant
Gustin (Glee), que viveria o personagem Barry Allen/Flash. Daí, saíram as
imagens publicitárias com o uniforme do personagem e vazaram fotos dele no set
de filmagem, e brincadeiras aconteceram dizendo que o uniforme não era fiel e
que o ator era um magricela e a roupa era folgada demais. Quando os primeiros
vídeos promocionais da série surgiram, foram ovacionados por muitos.
Depois surgiu o primeiro trailer e muitos elogiaram.
Quando o piloto saiu, foi um frenesi de pessoas que diziam que a série seria
muito boa, até mesmo os que criticaram, começaram a elogia-la, mesmo que
timidamente (não admitiram ter “mordido a língua”).
A SÉRIE
Bem, como um spin
off de Arrow, a série não começou no episódio piloto da primeira temporada.
Ela começou a ser elaborada, de certa forma, a partir do episódio “The
Scientist”, quando Barry Allen (Grant Gustin) aparece em Starling City e ajuda
a polícia a decifrar um caso que aparenta ser impossível, mas ao qual Barry
percebe certa semelhança com o que ocorrera em Central City. Ele reaparece,
novamente, no episódio seguinte, Three Ghosts”, ele reaparece, mas o mais
importante está no final do episódio quando ele sofre o acidente que lhe daria
os poderes de Flash. A partir daí está dado o passo inicial para a série.
No piloto da série somos apresentados ao contexto que
leva ao acidente de Barry. Primeiro temos uma prévia da história de Barry,
quando ele perde sua mãe. Ela é assassinada por um borrão vermelho e amarelo,
mas seu pai é acusado de matá-la. Daí então, vamos ao presente da história,
mostrando Barry Allen como cientista foresense ajudando o detetive Joe Allen
(Jesse L. Martin), que o criou desde pequeno, após seu pai ser preso
injustamente, a investigar um caso de roubo. Mais tarde, ele e sua amiga Iris
Allen (Candice Patton), uma aspirante a repórter, vão ao Laboratório STAR para
testemunhar o ligamento do primeiro Acelerador de Partículas de Central City.
Mas enquanto o Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh) faz sua apresentação, a bolsa
de Iris é roubada e Barry tenta recuperá-la, mas é surrado pelo ladrão. Quando
este pula a cerca para fugir, é capturado pelo detetive Eddie Thawne (Rick
Cosnett), recém-transferido para a DPCC. Com isso, Barry retorna ao seu
laboratório forense, onde testemunha uma explosão do Acelerador de Partículas,
quando está para fechar a claraboia sobre seu laboratório, um raio o atinge e o
joga sobre vários produtos químicos, fazendo Barry entrar em coma. Enquanto
isso, Joe Allen enfrenta uma dupla de marginais, os irmãos Clyde (Chad Rook) e Mark
Mardon (Liam McIntyre) em um celeiro, onde seu parceiro é assassinado por Clyde
Mardon. Enquanto fugiam, o avião dos irmãos e atingindo pela onde de impacto da
explosão do Laboratório e é destruído.
Barry (Grant Gustin) atingido pelo raio gerado da explosão do Acelerador de Partículas
Passam-se nove meses desde a explosão do Acelerador de
Partículas e Barry desperta dentro do Laboratório STAR, sendo cuidado pela bio
engenheira Caitlin Snow (Danielle Panabaker), o engenheiro mecânico Cisco Ramon
(Carlos Valdes) e o – agora – cadeirante Dr. Harrison Wells. Apesar de tentar
explicar suas condições, Barry não acredita muito e parte do Laboratório, indo
encontrar Iris Allen no seu ambiente de trabalho, a cafeteria local. Lá, Barry
percebe que algo está diferente com ele e decide sair o mais rápido possível.
Do lado de fora, percebe que seu corpo está vibrando de uma forma diferente e
quando decide correr, percebe que é mais rápido do que um ser humano comum. Daí
então resolve voltar ao Laboratório, passando por uma bateria de testes para
verificar suas limitações, impressionando a maioria dos espectadores. Ele
percebe que pode usar esse dom de uma forma positiva, ainda mais quando Clyde
Mardon retorna à Central City, depois de ser dado como morto, e aparenta ter
super-poderes como Barry, só que ele manipula o tempo.
Barry o enfrenta uma primeira vez, mas percebe o risco
de ter sua vida totalmente prejudicada caso descubram sua verdadeira
identidade, sem contar a quantidade de roupas que perderia, chamuscadas pelo
atrito gerado quando corre, bem como tênis. Sendo assim,
Cisco lhe providencia
um traje especial que pode suportar o atrito durante a super-velocidade, bem
como um comunicador ao qual eles podem se falar, caso precise de algum tipo de
orientação.
Ao enfrentá-lo uma segunda vez, Barry termina
revelando sua identidade secreta a Joe West, que se torna seu outro confidente.
Ele termina vencendo Clyde Mardon e se torna o “borrão vermelho”, como Iris o
menciona em seu blog.
Depois desse piloto, cheio de alta velocidade e uma
história de prender o fôlego, vemos o crescimento da série na medida em que ela
é desenvolvida. Vemos surgir vários vilões da Galeria de Vilões do Flash, bem
como personagens do Universo DC, como o Dr. Simon Stagg (William Sadler), mais
conhecido no universo do Monstro do Pântano, Névoa (Anthony Carrigan), notório
vilão das histórias do primeiro Starman, General Wade Eiling (Clancy Brown),
que surgiu nas histórias do Capitão Átomo. A própria Caitlin Snow e a
personagem Bette Sans Souci (Kelly Frye), são vilãs do personagem Nuclear, que
também aparece na sua versão clássica, ou seja, na mesclagem do – agora –
engenheiro estrutural Ronnie Raymond (Robbie Amell) e Dr. Martin Stein (Victor
Garber). Cisco Ramon também é o personagem meta-humano dos quadrinhos Vibro.
Caitlin Snow (Danielle Panabaker), Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh) e Cisco Ramon (Carlos Valdes), a equipe de apoio do Flash nos momentos de ação.
A história da primeira temporada rola em torno do
surgimento de vários desses personagens, bem como vilões que ganham poderes
após a explosão do Acelerador de Partículas, como o bully de Barry Allen nos tempos de escola, Tony Woodward, que ganha
os poderes de tornar o corpo rígido como aço. Os irmãos Mardon que ganham
poderes de manipular o tempo. O ladrão Roy G. Bivolo (Paul Anthony) que
manipula as emoções das pessoas. A jovem Lashawn Baez (Britne Oldford) com a
capacidade de mudar a densidade do próprio corpo, além do teleporte. O – também
– jovem Danton Black (Michael Smith), que possui a capacidade de gerar
múltiplos corpos. E o gigantesco gorila Grodd (David Sobolov), que ganha grande
intelecto e a capacidade de manipulação mental a longa distância.
Capitão Frio (Wentworth Miller) e Onda Térmica (Dominic Purcell), inimigos clássicos do Flash que marcam presença na série.
Mas além desses vilões que ganharam a alcunha de
meta-humanos (termo notório no Universo DC para diferenciar os personagens
super-poderosos dos sem poderes), temos também outros que não possuem grandes
poderes, mas que são engenhosos, como Leonard Snart (Wentworth Miller), ladrão
que rouba uma pistola congelante, criação de Cisco. Seu parceiro de assaltos, o
esquentado Mick Rory (Dominic Purcell), recebe de Snart uma lança-chamas
portátil, também criação de Cisco e, após sequestrarem o jovem engenheiro, eles
o obrigam a construir uma pistola que dispara ouro líquido para a desequilibrada
Lisa Snart (Peyton List). Snart é um dos poucos vilões que conhecem a
identidade secreta do Flash, algo que ele não divide nem com a irmã, para ter
usufruto futuro disso.
Lisa Snart (Peyton List), a Patinadora Dourada.
Outro vilão clássico do Flash, ao qual ele enfrenta,
mas na série “Arrow”, é “Digger” Harkness (Nick E. Tarabay), hábil em jogar
bumerangues assassinos e explosivos que busca vingança contra a A.R.G.U.S. e é
impedido pelo Flash e por Arrow (Stephen Amell).
Todos esses vilões ganham apelidos dados por Cisco
Ramon como, por exemplo, Snart, sua irmã e Rory são chamados de Capitão Frio,
Patinadora Dourada e Onda Térmica, respectivamente.
Mas boa parte da trama da primeira temporada se vê
focada em Barry Allen descobrir quem é o assassino de sua mãe, encontrá-lo e
detê-lo ou prendê-lo. Com suas capacidade de velocidade ampliada, Barry
desconfia que se foi possível ele se tornar um o “Homem Mais Rápido do Mundo”,
seria possível que existe outro como ele, sem ter noção que o assassino está
mais próximo dele do que imagina e necessita dele mais do que de qualquer outro.
Outro fator muito importante na série é o enigma por
trás do Dr. Harrison Wells, pois as medida que a série se desenrola, vamos
descobrindo evidências sobre seu passado e sua ligação ao Flash Reverso.
Descobrimos que ele é Eobard Thawne (Matt Letscher), um velocista que usa a
Força da Velocidade gerada pelo Flash. Além de ser o responsável pelo
assassinato da mãe de Barry, ele também assassinou o Dr. Harrison Wells e sua
esposa, assumindo o lugar dele. Ele roubou de Barry, no futuro, Gideon (na voz
da brasileira Morena Baccarin), uma inteligência artificial que faz ligação
entre Eobard e o futuro. Eobard também foi responsabilizado pela explosão do
Acelerador de Partículas, pois desejava que Barry se tornasse, mais cedo, o Flash.
Os meta-humanos que surgiram no processo foram um “erro calculado”.
A rivalidade entre os dois velocistas é um dos pontos
altos da série. As brigas em alta velocidade são um show a parte, como todos os
trabalhos de efeitos especiais da série, mostrando que a Warner não poupou
esforços para dar-nos algo de qualidade, como por exemplo, o gorila Grodd que
muito se especulou desde a aparição de seu nome no episódio piloto, fez uma
bela aparição que mesmo sendo todo digitalizado, parecia bem real, mostrando
que despesas não foram poupadas. A série teve um grande ganho com isso, pois
agradou a fãs, e os críticos de plantão ficaram sem muitos comentários.
Grodd é um show a parte dos efeitos especiais de "The Flash".
O final da temporada de The Flash foi totalmente
apoteótico, demonstrando que toda a construção dos acontecimentos da série levariam
até aquele momento, pois Eobard, ainda na forma de Wells, consegue negociar com
Barry para que ele faça algo que pode mudar a vida de ambos, ou seja, ele salva
a própria mãe e possibilita o retorno de Eobard ao seu tempo, mas o seu eu do
futuro o impede disso e quando ele retorna, durante sua luta contra Eobard, seu
antepassado, o detetive Eddie Thawne, faz
o sacrifício máximo, tirando a própria vida. Mas sem ter consciência
disso, abre um buraco negro que começa a drenar a realidade de Barry, fazendo
com que este lute com essa singularidade.
Possíveis elementos da segunda temporada são
apresentados, como o elmo de Jay Garrick, o Flash da Terra-2, além de
personagens que comporão o spin-off “Legends
of Tomorrow”, como Kendra Saunders (Ciara Renee), a Mulher-Gavião e a menção de
Rip Hunter (Arthur Darvill) por Eobard Thawne. Agora é esperar para vermos o
que virá.
FIDELIDADE
Pensem no imenso Multiverso DC, onde vários planetas
coexistem paralelamente, mas cada um em sua realidade. Pensou? Então agora você
embarca no Universo Televisivo (não sei se ele já possui um número ou outro
nome), onde as coisas não são exatamente idênticas ao que você lê nos
quadrinhos. Temos Barry Allen (Grant Gustin), cientista forense, que perdeu a
mãe depois desta ser assassinada. Seu pai é acusado do crime, sendo que não o
cometera, mas sem ter como provar, termina na prisão. Mas depois disso iniciam-se
as diferenças.
Apesar de Barry ser órfão de mãe e ter o pai preso,
ele não é criado por outros parentes, mas sim pelo detetive Joe Allen (Jesse L.
Martin). Ele e Iris Allen (Candice Patton) são criados juntos e mesmo que Barry
sinta-se atraído por Iris, ela o trata como um irmão. Além disso, Joe e Iris
são afro-descentes, bem diferentes dos quadrinhos, onde Iris é caucasiana.
Outra diferença vem na forma como Barry ganha seus
poderes. Enquanto nos quadrinhos, uma estante de produtos químicos é atingida
por um raio, caindo sobre ele e lhe dando seu poder, no seriado, depois de um
fracassado encontro com Iris, quando os Laboratórios S.T.A.R. estão para
inaugurar um Acelerador de Partículas em Central City, Barry retorna ao seu
laboratório na polícia e enquanto fechava o solário do seu local de trabalho
devido à chuva, uma explosão do Acelerador lhe atinge e o faz entrar em coma.
Quando sai do coma descobre que possui poderes de super velocidade e que não se
cansa facilmente. Com a ajuda do Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh), o
engenheiro mecânico Cisco Ramon (Carlos Valdes) e a bioengenheira Caitlin Snow
(Danielle Panabaker), ele aprende a controlar seu poder e ganha um traje que
poderá ajudá-lo no futuro se tornando o Flash.
Essas diferenças são a construção que haviam começado
na série “Arrow”. Em sua segunda temporada, personagens como Caitlin Snow e
Barry Allen apareceram por lá. Barry chegou a aparecer em dois episódios, deu a
ideia de Oliver Queen (Stephen Amell) usar uma máscara, teve um affair com Felicity Smoak (Emily Bett
Rickards) e o prólogo de sua série foi apresentado em Arrow, também.
Arrow (Stephen Amell), Flash (Grant Gustin), John Diggle (David Ramsey) e Felicity Smoak (Emily Bett Rickards), investigando os ataques do Capitão Bumerangue (Nick E. Tarabay).
Outra criação da série foi o relacionamento entre
Oliver Queen e Barry Allen. Nos quadrinhos, Barry não suportava Oliver por
causa dos princípios de ambos serem bem diferentes, mas no seriado, apesar das
diferenças na forma de agir, Barry e Ollie até conseguem se entender, na
maioria das vezes.
Outras situações e personagens da série também diferem
suas origens, como a do personagem Nuclear, que nada mais é do que a união
entre os corpos do Prof. Martin Stein (Victor Garber) e o engenheiro estrutural
Ronald “Ronnie” Raymond. Enquanto nos quadrinhos outros fatores foram
responsáveis pela união dos dois, no seriado o acidente fez com que Ronnie
ficasse preso dentro do Acelerador de Partículas. Naquele momento, do lado de
fora dos Laboratórios S.T.A.R., o professor Stein buscava ativar seu projeto
F.I.R.E.S.T.O.R.M. (algo como Pesquisa e Experimento de Fusão, Ignição e
Ciência da Tramutação Originário do ARN e Estruturas Moleculares) quando a
explosão uniu ele, Ronnie e o projeto em uma só pessoa.
Ronnie Raymond (Robbie Amell) e Dr. Martin Stein (Victor Garber), que quando unidos formam o Nuclear.
Também temos o vilão Grodd (David Sobolov), um gorila
inteligente com poderes telepáticos. Nos quadrinhos, Grodd é um dos habitantes
da Cidade dos Gorilas, com o sonho megalomaníaco de dominar a cidade, mas
sempre foi contido pelo Flash, o único que conhecia como chegar à Cidade. Já na
série, Grodd era um experimento que Wells vinha desenvolvendo com o exército.
General Wade Eiling (Clancy Brown), um dos grandes vilões da primeira temporada de The Flash.
Ele e o general Wade Eiling (Clancy Brown) estavam trabalhando no controle de
mentes e usavam um gorila para isso. No intuito de motivar Grodd a usar suas
capacidades, Eiling torturava o animal. Quando ficou sabendo disso, Wells
finalizou o projeto e levou Grodd consigo para os Laboratórios S.T.A.R., onde
ele e Caitlin o criaram. Quando o acidente com o Acelerador de Partículas
ocorreu, as capacidades mentais de Grodd ampliaram e além da capacidade de
controle mental, Grodd se tornou inteligente.
A participação muito especial de Mark Hammil (Star Wars), novamente como Jesse James, o Trapaceiro.
Mas mesmo com as diferenças de origens, que
caracterizam um novo Universo DC, Flash demonstrou ser bem fiel em vários
outros sentidos, principalmente na Galeria de Vilões do Flash, pois temos a
presença de Capitão Frio (Wentworth Miller), Onda Térmica (Dominic Purcell),
Patinadora Dourada (Peyton List), Mago do Tempo (Liam McIntyre), Flautista
(Andy Mientus), Trapaceiro I (Mark Hammil), Trapaceiro II (Devon Graye) e –
mesmo tendo aparecido na série Arrow – Capitão Bumerangue (Nick E. Tarabay).
Vemos também vilões de segundo escalão ou mais recentes dos quadrinhos Rainbow
Rider (Paul Anthony), Névoa (Anthony Carrigan), Bug-Eyed Bandit (Emily Kinney),
Viga (Greg Finley), Peek-a-Boo (Britne Olford), Blackout (Michael Reventar),
Deathbolt (Doug Jones), Multiplex (Michael Smith) e o Rei Relógio (Robert
Knepper). O que mais me entristeceu foi a aparição da vilã Plastique (Kelly
Frye), que terminou falecendo no episódio 5 da primeira temporada.
O Mago do Tempo (Liam McIntyre) agindo para vingar a morte do seu irmão, Clyde Mardon (Chad Rook).
PRODUÇÃO
The Flash conta com os mesmo produtores de Arrow, com
exceção de Marc Guggenheim: Greg Berlanti, Geoff Johns, Andrew Kreisberg e Sarah
Schechter.
Greg Berlanti é um dos produtores mais celebrados do
Universo Televisivo DC. Ele vem trabalhando com a Warner desde 2004, quando
produziu um filme para TV. Entre os anos 2002 e 2006, Berlanti produziu para a
Warner a série “Everywood: Uma Segunda Chance”. Em 2011, junto com Marc
Guggenheim, escreveu o roteiro do filme Lanterna Verde, que o ligou ao Universo
DC. Ele e Guggenheim, junto com os outros produtores se organizaram e começaram
a produção de “Arrow”. Graças ao sucesso da série, decidiu-se dar continuidade
e na segunda temporada da série, ele e Kreisberg escreveram o episódio “The
Scientist”, onde Barry Allen debutava. No segundo episódio em que Barry
apareceu, “Three Ghosts”, acontece o acidente que somente viria a ser esmiuçado
no seu seriado. Em 2014, Berlanti produziu dez episódios da série, mas
desenvolveu todos os vinte e três, além de escrever a história de quatro
episódios. Hoje está envolvido na criação e desenvolvimento da série Supergirl,
além de produzir o spin off de Arrow
e The Flash, Legends of Tomorrow.
Geoff Johns também é colocado como criador da série
The Flash, ao lado de Berlanti e Kreisberg. O primeiro trabalho de Johns como
produtor, foi como consultor da série Blade – The Series, que se baseava no
personagem da Marvel Comics. Ele participou da co-produção de Lanterna Verde.
Nos quadrinhos, desenvolveu história que ressuscitaram o Lanterna Verde Hal
Jordan, o Flash Barry Allen, além de trabalhar no desenvolvimento das sagas
“Noite Mais Densa” e “Dia Mais Claro”, ambas ligadas ao Lanterna Verde, mas que
envolveram todo o Universo DC. Depois fez Ponto de Ignição, que ao fim iniciou
Novos 52, o novo universo DC dos quadrinhos, onde ele revitalizou o Aquaman ao
lado do brasileiro Ivan Reis. Geoff Johns ocupa a cadeira de Chefe de Criação
da DC Comics, se envolvendo no desenvolvimento de histórias em quadrinhos,
filmes e séries. Dessa forma está ligado ao que vêm acontecendo na Warner com
ligações aos super-heróis da DC Comics, seja como escritor ou produtor.
Trabalhou em uma história de Arrow (The Man Under the Hood), além de escrever
outra (Dead to Rights). Já em Flash ele trabalhou na história inicial da série
e escreveu outras duas (Going Rogue e Revenge of the Rogues).
Andrew Kreisberg começou escrevendo um roteiro para a sitcom Malcolm & Eddie, em 1998.
Chegou a escrever dois episódios para Os Simpsons em 2002 (Tales From The
Public Domain) e 2003 (Barting Over). Em 2003 fez seu primeiro trabalho de
co-produção da sitcom Hope &
Faith, mas veio a conviver com os personagens da DC Comics quando produziu a
série Liga da Justiça Sem Limites, onde escreveu oito episódios. Depois de
co-produzir Diários de um Vampiro, Fringe e Warehouse 13, se juntou a Greg
Berlanti e Marc Guggennheim para produzir Arrow. Com o sucesso da série,
Kreisberg e Berlanti se uniram e criaram The Flash. Antes introduziram o
personagem em dois episódios de Arrow. Um apresentava o personagem Barry Allen
(The Scientist) e o outro apresentava sua origem ao final do episódio (Three
Ghosts)., para então a série iniciar. Hoje a série “The Flash” é o maior
sucesso do canal CW, em parte, graças a Andrew Kreisberg.
Sarah Schechter começou como assistente do produtor
Barry Mendel em “Os Incríveis Tenenbaums”, de 2001, do diretor Wes Anderson. Em
2004 foi Executiva encarregada do filme “A Vida Marinha de Steve Zissou”,
também de Anderson. Então em 2014, se tornou produtora executiva do piloto de
Flash, ao lado de Berlanti, Johns e Kreisberg. O envolvimento de Schechter foi
nos dez episódios mais importantes do seriado “The Flash”. Hoje ela está
relacionada, também, ao seriado Supergirl e Legends of Tomorrow, spin off de Arrow e The Flash.
ELENCO
O elenco de “The Flash” parece ter sido selecionado a
dedo e como se tivesse trabalhando há anos juntos, de tão bem entrosado e tão
profissional. Desde o protagonista ao seu maior antagonista, cada membro do
extenso elenco da série tem sua importância. Mesmo os personagens que têm
aparições curtas, marcaram seus momentos, como a atriz Kelly Frye (General
Hospital) que somente apareceu para interpretar a personagem Bette Sans Souci
no episódio “Plastique”.
Comecemos falando de Grant Gustin, o interpreta de
Barry Allen e – lógico – Flash. Gustin começou fazendo vídeos e
séries-documentário. Chegou a fazer uma aparição no seriado “CSI: Miami” em 2012
no episódio “Terminal Velocity”, mas pegou seu primeiro personagem em 90210
(aqui conhecido como “Barrados no Baile”), uma refilmagem da série da década de
1990. Na série ele participou de oito episódios da quinta – e última –
temporada.
Na terceira temporada de “Glee”, Gustin aparece como
Sebastian Smythe, membro dos Rouxinóis da Dalton Academy. Seu personagem começa
pequeno e ganha enorme importância quando revela sua sexualidade e dá em cima
de Blaine Anderson (Darren Cris). Seu personagem é o grande antagonista dos New
Directions da McKinley, trapaceando, fazendo ameaças. Mas sua liderança leva os
Rouxinóis da Dalton serem eliminados pelos cantores da McKinley. A atuação de
Gustin é fantástica, sem contar seu talento como ator.
Em 2013, Grant Gustin é apresentado como Barry Allen e
as críticas são pesadas quanto sua escolha, e sua primeira aparição em Arrow
somente aumentam as críticas. Quando o piloto de The Flash estreia, as críticas
se amenizam e Gustin demonstra sua enorme dedicação ao personagem. A forma como
Gustin trabalha tanto como o cientista forense Barry Allen ou como Flash é
incrível. Ele demonstra seu talento ao drama na construção de sua busca
constante para inocentar o pai, seu afeto por Iris West (Candice Patton) e carinho
fraterno pelo detetive Joe West (Jesse L. Martin). Os momentos de descontração
também existem e Gustin demonstra enorme capacidade para isso na sua amizade
com os personagens Caitlin Snow (Danielle Panabaker), Cisco Ramon (Carlos
Valdes) e Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh), que ele também tem grande respeito
e sente traído quando descobre os segredos de Wells.
A atriz Candice Patton começou seu trabalho em 2004 na
novela estadunidense “The Young and the Restless”, onde participou de cinco episódios.
Depois fez aparições em várias outras séries como “Entourage”, “Castle”,
“Heroes”, “Greys Anatomy” e “CSI: Miami”. Em 2013, participou do elenco da
série “The Game” na sexta temporada, onde permaneceu durante nove episódios.
Ao contrário de Grant Gustin, Patton somente foi
apresentada ao público quando “The Flash” estreou em 2014. Mas assim que as
pessoas ficaram sabendo que a namorada/noiva/esposa de Barry Allen seria uma
afro-americana, novas críticas surgiram. Ignorando isso, Patton trabalhou com
afinco na sua personagem e a desenvolveu de forma talentosa e bem feita, ainda
mais contando com a experiência do ator Jesse L. Martin que faz o seu pai. Sua
personagem cresce na medida que a série vai se desenrolando, tanto que ao
final, a carga dramática dela é uma verdadeira catarse do drama que Iris West
vivencia.
(EU SOU FÃ DE...) O ator Jesse L. Martin começou sua
carreira fazendo uma participação na novela estadunidense “One Live To Live” em
1995. Entre 1997 e 1998 participou dos dez episódios do seriado “413 Hope St.”.
Em 1998 atuou no filme “Restaurant” ao lado dos atores Adrien Brody
(Predadores) e Simon Baker (da série “O Mentalista”). Na série de TV “Ally
McBeal”, Martin viveu o Dr. Greg Butters durante doze episódios, entre os anos
de 1998 e 1999.
No ano de 1999, na quarta temporada da série “Lei e
Ordem”, Martin estreou como o detetive Ed Green, onde permaneceu durante 198
episódios. Participou de episódios das séries derivadas como os dois de “Lei e
Ordem: Unidade de Vítimas Especiais” (“... Or Just Look Like One” e
“Entitled”), o episódio 7 (“Poison”) de “Lei e Ordem: Crimes Premeditados”, o
episódio 8 (“Skeleton”) de “Law & Order: Trial by Jury”. Seu personagem de
Lei e Ordem também apareceu no quinto episódio (“The Big No Sleep”) da série
“Andy Baker, P.I.”.
Jesse L. Martin começou sua carreira como ator de
teatro, onde viveu o professor homossexual que tem AIDS, Tom Collins, na peça
de sucesso da Broadway, Rent – Os Boêmios, que nada mais era do que um musical
baseado no clássico de Puccini, La Bohème. Em 2005 a peça recebeu uma adaptação
para o cinema, onde Martin reviveu seu personagem do teatro de forma fantástica
e memorável. Em 2009, depois de encerrar sua participação em “Lei & Ordem”,
Martin participou dos oito episódios da série “The Philanthropist”, ao lado de
Jame Purefoy (Solomon Kane) e Neve Campbell (Pânico). Fez filmes como “Código
de Honra” com Chris Evans (Vingadores: Era de Ultron) e “Canção do Coração” com
Queen Latifah (Hairspray: Em busca da Fama) e Dolly Parton (Miss Simpatia 2:
Armada e Poderosa). No episódio 6 da segunda temporada de “Smash”, Martin
iniciou uma participação como Scott Nichols, que durou nove episódios.
Em 2014, Martin é anunciado como o detetive Joe West,
pai de Iris West e responsável por Barry Allen. Ele foi o responsável pela
investigação que levou o pai de Barry à prisão, pois não tinha provas que
inocentassem o Dr. Henry Allen (John Wesley Shipp), mas é o primeiro a
descobrir a identidade secreta de Barry como Flash, ajudando-o a manter o
segredo e a lutar contra a série de meta-humanos que surgem após a explosão do
Acelerador de Partículas. Creio que a experiência de Martin como detetive na
série “Lei & Ordem” ajudaram-no bastante na construção do personagem Joe
West, mas sua relação de pai e filha com a atriz Candice Patton e o afeto dele
com Grant Gustin, vêm de seus anos como ator de teatro e TV. Ele demonstra uma
intimidade única com os personagens, atuando de forma esplêndida e memorável,
também.
Danielle Panabaker é uma atriz de participações entre
vários filmes e seriados. Começou aos quinze anos fazendo uma participação no
episódio seis da primeira temporada do seriado “Family Affair”. Em 2005 fez o
filme para TV “Mãe aos Dezesseis”, “Super Escola de Heróis” com Kurt Russell
(Velozes & Furiosos 7), Kelly Preston (Jerry Maguire: A Grande Virada) e
Michael Angarano (O Reino Proibido) e “Os Seus, Os Meus e Os Nossos” com Dennis
Quaid (Legião) e Rene Russo (Thor: O Mundo Sombrio). Em 2006 iniciou sua
participação na série “Shark” com James Woods (Jobs), onde ficou durante os 38
episódios da série. Em 2007 fez o filme “Duelo de Gigantes” com Haley Joel
Osment (O Sexto Sentido). Em 2009 participou do remake “Sexta-Feira 13” com Jared Padalecki (da série Supernatural
– Sobrenatural). Em 2010, Panabaker fez o filme “A Epidemia” com Timothy
Olyphant (Duro de Matar 4.0) e Radha Mitchell (Eclipse Mortal) e “Aterrozizada”
do diretor John Carpenter (Fuga de Los Angeles).
Em 2012, Danielle Panabaker participou do trash de
terror “Piranha 2”. Continuou fazendo várias aparições em seriados como
“Bones”, “Mad Men: Inventando Verdades” e “Justified”, até 2014, quando foi
chamada para viver a personagem Caitlin Snow no episódio “The Man Under The
Hood” do seriado Arrow, em 2014. Logo em seguida estreou a mesma personagem no
seriado The Flash. Como a bioengenheira Caitlin Snow, Panabaker vive o drama de
ter perdido o noivo Ronnie Raymond (Robbie Amell) no acidente do Acelerador de
Partículas dos Laboratórios STAR. Ela começa bem... fria, mas com o tempo e
convivendo com Barry, ela começa a se abrir mais. Panabaker mostra que pode ser
uma atriz fantástica, pois cria um equilíbrio entre a força da personagem e seu
drama pessoal. Ela tem um crescimento constante na série, sempre mantendo uma
medida mais do que satisfatória na sua interpretação.
Carlos Valdés iniciou sua carreira como ator no
seriado “Arrow”, no mesmo episódio em que Danielle Panabaker aparece (The Man
Under The Hood). Antes disso ele participou da comédia musical “Me and My Dick”
como compositor e músico.
Ele é o alívio cômico da série como Cisco Ramón,
criando nomes para os vilões meta-humanos da série. Mas não é somente a isso
que o personagem se prende, pois existe um lado que as pessoas desconhecem
dele, que vai sendo mostrado no desenrolar da série. Principalmente quando
acontecimentos ligados a ele e o Dr. Harrison Wells modificam sua impressão do
doutor, a quem ele é totalmente fiel. Seu personagem também demonstra enorme
inteligência, principalmente no sentido de engenharia. Ele é o responsável pela
criação do uniforme do Flash, pelas armas do Capitão Frio (Wentworth Miller),
Onda Térmica (Dominc Purcell) e Patinadora Dourada (Peyton List), e por vários
artefatos com os quais Flash enfrenta seus inimigos. O personagem de Valdés também
possui seu pior inimigo, o Flautista (Andy Mientus).
Carlos Valdés é um daqueles atores que cresceu na
série à medida que a personalidade do seu personagem crescia, mas sem nunca
esmorecer ou perder espaço para outros atores mais experientes.
Tom Cavanagh é outro ator de grande experiência.
Canadense, ele começou sua carreira em 1991 no drama “White Light”. Seu
primeiro trabalho com mais destaque foi no filme “Máscara da Vingança”, em
1996. Depois disso, participou de vários filmes e seriados, até 1999 quando
participou de oito episódios da série dramática “Providence” como Doug Boyce.
Em 2000, Cavanagh protagoniza a própria série, “Ed”.
Essa comédia dramática era produzida pelo apresentador de TV David Letterman e
durou quatro temporadas. Cavanagh vivia o advogado Ed Stevens que perde o
emprego e no mesmo dia descobre que a esposa dorme com um carteiro. Com uma
bolada nas mãos, devido a um erro dos Recursos Humanos da empresa em que
trabalhava, Ed decide retornar a sua cidade natal em Ohio e reencontra um amor
da adolescência. No intuito de reconquistá-la, ele se fixa na cidade, compra
uma pista de boliche e constrói um escritório de advocacia.
Em 2002, fez aparições na série “Scrubs” como Dan
Dorian, e no decorrer da série fez várias participações até 2007.
Em 2006, Tom Cavanagh estrela a série “Love Monkey” de
oito episódios, ao lado de Judy Greer (Planeta dos Macacos: O Confronto),
Larenz Tate (Crash: No Limite) e Jason Priestley (Barrados no Baile). Ele
também participa dos filmes “Duas Semanas” com Sally Field (O Espetacular
Homem-Aranha 2) e Ben Chaplin (O Retrato de Dorian Gray), “Zoando na Escola” e
“A Garota dos Meus Sonhos” com Heather Graham (Se Bebers, Não Case!), Bridget
Moynahan (Eu, Robô) e Molly Shannon (Máfia no Divã).
Em 2008, depois de participar de alguns filmes,
participou de oito episódios da série “Eli Stone”, fazendo o pai do
personagem-título que era vivido por Jonny Lee Miller (da série Elementary).
Nessa série, além de trabalhar ao lado do ator Matt Letscher, que viria a ser Eobart
Thawne no seriado “The Flash”, foi o primeiro contato de Cavanagh com o
produtor Greg Berlanti.
Em 2009 estrelou a série “Confie em Mim” ao lado do
ator Eric McCormack (Will & Grace), tendo Monica Potter (Parenthood: Uma
História de Família) e Sarah Clarke (A Saga Crepúsculo) no elenco. Essa somente
durou 13 episódios.
Em 2010, Cavanagh fez o personagem Guarda Smith em “Zé
Colméia – O Filme” ao lado de Anna Faris (O Ditador) e tendo Dan Aykroyd (Os
Caça-Fantasmas) e Justin Timberlake (Aposta Máxima) fazendo as vozes de Zé
Colméia e Catatau, respectivamente.
Em 2011, participou de sete episódios da segunda
temporada da série “Royal Pains” como Jack O’Malley. Depois de mais algumas
participações pequenas em seriados e filmes, Cavanagh participou em 2014 de
quatro episódios da segunda temporada da série The Following como Kingston
Tanner. Mas foi em outubro do mesmo ano que ele começou sua participação em The
Flash, vivendo o Dr. Harrison Wells, proprietário pelo Laboratórios STAR e pelo
primeiro Acelerador de Partículas de Central City.
A experiência de Tom Cavanagh se mostra digna no
desenvolvimento de seu personagem que possui uma tripla personalidade. Ele é o
Dr. Harrison Wells, mas também é Eobard Thawne e Flash Reverso. O personagem de
Cavanagh cria um laço de amizade com seu pior inimigo, mas por vezes tenta
destruí-lo. Quando o vimos, pela primeira vez, deixando sua cadeira, sabemos
que existia algo mais com o personagem. Especulações surgiram de que ele seria
o Flash Reverso, mas também existiram pessoas que acreditavam que ele era o
viajante no tempo Rip Hunter (Arthur Darvill). Quando se revelou que era o
Flash Reverso e mais à frente que Eobard Thawne havia matado a esposa do Dr.
Wells e ele, tomando seu lugar graças a uma máquina que faz transferência de
DNA.
O talento de Tom Cavanagh é notado em todas as
demonstrações de nuances dos seus três personagens. Era necessário um ator com
o talento dele para realizar tal trabalho.
O ator australiano Rick Cosnett, como muitos de seus
colegas de cena, começou a carreira há pouco tempo. Em 2004, participou de oito
episódios da série-documentário Forensic Investigators. De 2005 a 2013,
participou de vários seriados e curta-metragens, dentre eles “The Elephant in
the Room” de 2010, que ele co-escreveu, co-produziu e atuou.
Em 2013, no episódio dois da quinta temporada de
“Diários de Um Vampiro”, Cosnett apareceu como o Dr. Wes Maxfield, onde ficou
até o episódio quinze, fazendo aparições em vários episódios.
Em 2014, junto com todo o elenco principal, apareceu
no piloto de “The Flash” como o Detetive Eddie Thawne, onde permaneceu até o
final da temporada, quando fez o sacrifício máximo.
Quando o ator Rick Cosnett surgiu em cena, no primeiro
episódio, achava que seria um personagem no qual o mais importante seria sua
transformação em Flash Reverso, devido ao seu sobrenome. Mas na medida que
acompanhei o personagem e seu desenvolvimento na série, percebi sua importância
maior para a trama e, o mais importante, ele não era o Flash Reverso, mas seu
ancestral, ou seja, sua participação tinha uma relevância ainda maior para a
série e o antagonista do Flash.
Rick Cosnett demonstrou ser mais um ator que
abrilhantou o elenco extenso do seriado The Flash.
Esse, desde o começo da série, era o elenco central de
toda a trama. Mas com o desenrolar dela, outros surgiram, como – e
principalmente – John Wesley Shipp.
Shipp é muito conhecido pelos fãs de super-heróis por
ter protagonizado o primeiro seriado live-action
do Flash que somente durou somente uma temporada, entre os anos de 1990 e 1991.
Mas ele também, em 1990, fez o filme “A História Sem Fim 2”. Em 1994, na quinta
temporada da série “Sisters”, Shipp participou de dez episódios como o
personagem Lucky Williams. Já em 1998, atuou na série Dawson Creek como Mitch
Leary, pai do protagonista Dawson Leery (James Van Der Beek). Foram 83
episódios com suas aparições.
Em 2005, John Wesley Shipp fez cinco episódios da
série Palmetto Pointe como Michael Jones. Fez vários filmes pequenos e curtas,
mas teve uma participação muito especial na animação “Batman – Os Bravos e os
Destemidos”, em 2010, no episódio quinze da segunda temporada, intitulado
“Réquiem para um Velocista Escarlate” fazendo a voz do vilão Professor Zoom. Em
2012, participou de três episódios da segunda temporada de “Teen Wolf” como Sr.
Lahey.
Seu surgimento como o Dr. Henry Allen, pai de Barry
Allen, foi um presente aos fãs, que ficaram muito felizes com sua participação
em sete episódios-chaves da série, dentre eles o episódio final da primeira
temporada. John Wesley Shipp, além de muito querido pelos fãs, demonstrou todo
seu apoio à série, algo que, para outros, pareceu muito importante.
Outro ator que se tornou importante para a série foi
Robbie Amell, que vive o engenheiro estrutural Ronnie Raymond. Amell é primo do
ator Stephen Amell, que interpreta Oliver Queen e o Arqueiro.
Robbie Amell fez sua primeira aparição no filme Doze é
Demais 2, vivendo o personagem Daniel Murtaugh, um dos filhos de Jimmy Murtaugh
(Eugene Levy), rival de Tom Baker (Steve Martin). Depois, entre os anos de 2006
e 2008, participou de dezessete episódios de “Minha Vida com Derek” como Max.
Entre os anos de 2008 e 2011, Robbie Amell interpretou
o personagem Jimmy Madigan no seriado adolescente “True Jackson”. Em 2009 e
2010, Amell fez Fred Jones nos filmes para TV “Scooby-Doo! O Mistério Começa” e
“Scooby-Doo e a Maldição do Monstro do Lago”.
Entre 2011 e 2012, atuou em quatro episódios da série
“Revenge” como Adam Connor. Ainda em 2012, fez o jovem Ray Archer na série
Alcatraz.
Em 2013, Amell interpretou D.B. em sete episódios da
série “1600 Penn” e esteve em oito dos doze episódios da série-comédia “Zach
Stone Is Gonna Be Famous”. Ainda em 2013, estreou o seriado “The Tomorrow
People” como Stephen Jameson, um jovem com poderes de teletransporte, telepatia
e com a capacidade de parar o tempo, perseguido por uma organização que deseja
destruir a ele e seus iguais, o Povo do Amanhã.
Sua primeira participação no seriado “The Flash”
ocorreu no episódio 3, “Things You Can’t Outrun”. Foi breve, mas teve um
significado para iniciar o drama do personagem. Robbie Amell não tem uma
autuação comparável como dos outros atores, mas também não compromete. Só que,
quando aparece com sua contraparte, o Dr. Martin Stein, interpretado pelo ator
Victor Garber, ele desaparece.
Falando no ator Victor Garber, sua carreira é
quilométrica, em geral como ator coadjuvante. Mas sua carreira se iniciou em
1973 no filme “Gospell – A Esperança” como Jesus. Fez vários filmes para o
cinema e para a TV, além de participações em séries de TV. Mas isso não diminui
sua atuação, pelo contrário, só demonstra o tamanho da experiência do ator e
que, mesmo com papéis pequenos, ele tem grande empenho em seus trabalhos.
Victor Garber somente engrandece o elenco que já têm bons atores, como Clancy
Brown.
Brown é outro ator de carreira extensa no cinema,
sempre em papéis coadjuvantes, mas marcantes. Sua atuação sempre é visceral,
como podemos ver no filme “Highlander – O Guerreiro Imortal” onde ele vive o
imortal Kurgan, inimigo mortal de Connor MacLeod (Christopher Lambert). Tanto
em filmes, como em séries, Clancy Brown demonstra um enorme empenho pelos seus
personagens, como nos sete episódios da quarta temporada de “Plantão Médico”
como Dr. Ellis West e no seriado “Carnivale” onde interpretou o Irmão Justin
Crowe.
Desde o começo da participação de Lex Luthor nos
desenhos “Superman – A Série Animada”, “Liga da Justiça” e “Liga da Justiça Sem
Limites”, Clancy Brown vinha fazendo a voz do antagonista do Superman nas
animações.
Em 2013, Brown viveu o xerife August Corbin em cinco
episódios da primeira temporada de “Sleepy Hollow”.
Em “The Flash”, Clancy Brown vem interpretando o
general Wade Eiling, um militar sem escrúpulos e que vive participando de
projetos suspeitos para o governo, entre eles o que torna o gorila Grodd em uma
ameaça psíquica.
Outros vilões como os interpretados por Brown e
Cavanagh também ganham muita importância, dentre eles o Capitão Frio que é
interpretado pelo ator Wentworth Miller.
Miller começou a carreira no seriado “Buffy: A
Caça-Vampiros” no episódio vinte da segunda temporada. Fez várias aparições em
séries e filmes, como “Anjos da Noite” de 2003 e “Stealth” de 2005, mas foi no
seriado “Prison Break” que Miller chegou a ascensão como ator. Interpretando o
personagem Michael Scofield, ele decide libertar o irmão Lincoln Burrows,
interpretado pelo ator Dominic Purcell, mas para isso precisa ser preso. Como
técnico de prisões, tatua no corpo uma forma de fugir da prisão e quando
conseguem, decidem inocentar o irmão, que fora preso injustamente.
Wentworth Miller ainda interpretou o personagem Chris
Redfield no filme “Resident Evil 4: Recomeço”. Em 2013, ele fez a voz do personagem
Slade Wilson/Exterminador na animação “Justiça Jovem”. Seu talento em
interpretar um personagem irônico como o Capitão Frio em “The Flash” lhe
rendeu, ainda, a possibilidade de viver o personagem no spin off “Legends of Tomorrow”, onde se unirá a outros heróis para
encarar o vilão Vandal Savage.
O já citado Dominic Purcell não é um excelente ator,
mas como Robbie Amell, também não compromete nas suas aparições.
A carreira de Purcell começou em 1991 na novela “Home
and Away”, onde interpretou Constable Rogers. Purcell fez vários filmes e
seriados, como “Missão: Impossível 2” em 2000, “Equilibrium” em 2002, John Doe
na série homônima entre 2002 e 2003, “Blade: Trinity” em 2004, “Prison Brake”
entre os anos de 2005 e 2009, “Primitivo” em 2007, “Renascido das Trevas” em
2009, “Os Especialistas” e “Sob o Domínio do Medo” em 2011. Entre 2012 e 2014,
continuou fazendo outros filmes menores, até que foi chamado para viver Mick
Rory, o Onda Térmica, no seriado “The Flash”. Ele estará com Wentworth Miller e
outros atores na série “Legends of Tomorrow”.
CONCLUSÃO
“The Flash” é a melhor série televisiva de todos os
tempos (não posso considerar “Daredevil” televisiva, pois é somente transmitida
na plataforma Netflix). Um elenco bem entrosado, ótimas atuações, cenas bem
feitas e coerentes, ótimos efeitos especiais e um grande respeito aos fãs de
quadrinhos e de super-heróis, principalmente aos fãs do Flash. Como mencionei
acima, haverá uma segunda temporada e vários rumores já correm a respeito do
que acontecerá.
Mas o mais importante é que Flash entre de séries nas quais tem
muito o que acrescentar ao Universo Televisivo DC, pois ao apresentar o
impossível, “The Flash” traz várias coisas possíveis de se ver. Contando os
meses para o começo da segunda temporada e que outubro chegue logo!
CBS lança dois trailers apresentando sua nova série, Supergirl.
Para mim, sidekick é um parceiro que auxilia o herói e/ou vigilante no que ele precisa, ou seja, ele não serve somente para chama-lo para lhe socorrer, mas sim para ser a solução. Dessa forma, o Superman não ganhou um sidekick com a criação do personagem Jimmy Olsen em Action Comics #6 (1938), mas sim com a criação de Supergirl em Action Comics #252 (1959).
A história da personagem está totalmente ligada a do Superman, pois Kara Zor-El é filha de Zor-El, irmão de Jor-El e tio de Kal-El, o Superman. Kara, seu pai e sua mãe, Allura – na história original – sobreviveram a explosão de Kripton, pois Zor-El criou uma cúpula hermética sobre a cidade de Argo, mas a kriptonita que se inseriu no solo da cidade começou a matá-la lentamente. Sabendo disso, Zor-El fez como seu irmão e colocou sua filha dentro de uma nave, enviando-a para à Terra, onde encontraria Kal-El e seria criada por ele. Sabendo que Kal-El era o Superman, criou um traje para sua filha semelhante ao do sobrinho. Quando chegou, ela se apresentou ao primo e este decidiu usá-la como sua “arma secreta”, treinando-a para usar os poderes que começavam a despertar. Kara, então, adotou o nome de Linda Lee, uma órfã do Orfanato Midvale. Antes de começar a agir, Kara passou dois anos na Terra aprendendo a conviver com os humanos. Após o período de “exílio”, Superman a apresentou como a sua prima, Supergirl. Depois ela deixou ser adotada pelo cientista de foguetes, Fred Danvers, e sua esposa, Edna Danvers, adotando o nome Linda Lee Danvers.
Em outubro de 1985, os roteiristas Marv Wolfman e Robert Greenberg, com o aval do editor executivo Dick Giordano, matam Kara Zor-El de forma apoteótica, em um conflito dela contra o Anti-Monitor no evento “Crise nas Infinitas Terras”. Com isso, após a megassaga, Kal-El se torna o único filho de Kripton.
Em 1988, John Byrne cria o Universo Compacto, um universo que o Senhor do Tempo criou para iludir a Legião dos Super-Heróis quanto a existência de um Superboy. Esse universo cai no caos total quando Zod, Zaora e Quex-Ul fogem da Zona Fantasma. Então o Lex Luthor dessa realidade compacta cria a Matriz, uma forma protoplasmática, baseada em Lana Lang, seu amor há muito falecida, que simulava os poderes do Superboy. Matrix viaja até a realidade do novo Superman pós-Crise e o chama para salvar seu universo. Superman já havia viajado a esse universo com a Legião, mas percebeu o estado que os kriptonianos malignos haviam deixado o local e termina se tornando juiz, júri e executor, matando-os contaminados por kriptonita verde daquela realidade, que não afetava Kal-El.
Superman e Matriz retornam para o mundo, a pedido de Lex Luthor, onde ela vive sem forma com os Kent (seu corpo havia sido queimado pelos kriptonianos). Matriz passou muito tempo escondida, até achar que era Clark Kent e tentar assumir o lugar do verdadeiro. Os dois terminaram se enfrentando, onde Superman a venceu e ela foi para o espaço, onde sofreu muitas agruras. No seu retorno, Matriz se torna aliada de Lex Luthor Jr, que nada mais é do que Lex Luthor em um corpo mais jovem, e novamente age como Supergirl.
Matriz não foi a Supergirl mais longeva da DC Comics, mas foi a que levou a série em quadrinhos mais longe. Além das quatro edições lançadas em 1994, após Zero Hora, ela teve uma série mensal, escrita por Peter David, que foi até a edição 80 (maio de 2003), onde finalizou tendo a arte do brasileiro Ed Benes.
Um ano depois, em maio de 2004, Jeph Loeb e Michael Turner, trouxeram Kara Zor-El de volta em Superman/Batman #8. A personagem foi trazida em uma minissérie de 6 partes, onde Batman, Superman, Mulher-Maravilha e Grande Barda enfrentam Darkseid, pois este deseja Kara no seu exército, como uma de suas Fúrias, treinada pela Vovó Bondade.
A história dessa Kara se diferenciava um pouco da original. Da mesma forma, ela foi enviada por seu pai, Zor-El para à Terra, mas não por causa da contaminação de Argo por kriptonita, e sim para que ela fugisse de um ataque de Brainiac, pois este depois de encolher Kandor, ele ataca a cidade de Argo, então Zor-El e Allura não veem outra solução que não seja enviá-la em uma viagem, mas a nave dela termina contaminada por kriptonita e Kara demora a chegar à Terra. Quando chega, seu primo Kal-El, que era um bebê quando ela partiu, é um homem adulto. Na Terra, ela termina sendo encontrada por Batman, e como não entende inglês terminam se enfrentando. Batman é salvo, então, por Superman, que conversa com Kara na língua nativa de ambos. Clark decide enviar Kara para Themyscira para ser treinada pelas amazonas. Depois dos acontecimentos que narrei, Superman apresenta sua prima ao mundo como Supergirl.
Essa “terceira” Supergirl participou de vários eventos, antes do derradeiro Ponto de Ignição, que zerou o Universo DC e trouxe uma nova Supergirl. Ela é um pouco mais pavio curto do que as versões anteriores, tanto que seu primeiro encontro com Kal-El, ela perde as estribeiras e parte para cima dele. Recentemente, Kara virou uma Lanterna Vermelho, vamos ver o que rola com ela depois de Convergence.
Já em live-action, Supergirl teve sua primeira versão em 1984 em um filme homônimo. Estrelado por Helen Slater. No filme, Kara vive em Argo com seus pais, Zor-El (Simon Ward) e Allura (Mia Farrow). A cidade é cercada por um domo que mantém toda a população segura, além de um artefato chamado Omegahedron. Zaltar (Peter O’Toole), um cidadão de Argo, usurpa o Omegahedron, e deixa Kara usá-lo, só que ela cria uma borboleta que destrói o domo e o vácuo puxa o artefato. O conselho de Argo condena Zaltar à Zona Fantasma.
Kara, se sentindo culpada e no intuito de recuperar o Omegahedron para salvar Argo, embarca em uma nave que a traz para à Terra. Aqui ela descobre seus poderes e que seu primo é o Superman, então adota a identidade de Linda Lee e se matricula em uma escola para meninas, onde conhece Lucy Lane (Maureen Teefy), irmã caçula de Lois Lane. Enquanto isso o Omegahedron vai parar nas mãos da aprendiz do bruxo Nigel (Peter Cook), Selena (Faye Danaway). Ela percebe o quanto o artefato é poderoso e busca usá-lo para se livrar dos domínios do seu mestre e se tornar a “rainha da Terra”. Na escola para meninas, Linda Lee se encanta com o jovem zelador Ethan (Hart Bochner), mas Selena se vê atraída pelo jovem e lhe dá uma poção de amor, que faz com que o rapaz se encante pela bruxa. Depois de recobrar a consciência, Ethan foge, mas Selena encanta um trator para trazê-lo de volta e ele termina salvo pela Supergirl, por quem se apaixona. Com isso, Supergirl e Selena se confrontam e, durante o confronto, a bruxa usa o Omegahedron e cria um portal para a Zona Fantasma, para onde envia Kara.
Na Zona Fantasma, a garota-de-aço é socorrida por Zaltar, que se sacrifica para que ela retorne à Terra. Quando retorna, Supergirl enfrenta novamente Selena, que não consegue domina o poder do Omegahedron e termina virando vidro. Ethan, que havia se tornado dominado novamente por Selena se liberta e diz que conhece a identidade dupla de Kara, mas percebe que seria uma relação impossível. Kara retorna para Argo, onde entrega o artefato ao seu pai e salva a cidade.
O filme foi um fracasso nas bilheterias, o que não trouxe Helen Slater vestindo o traje da Supergirl, nunca mais.
Em 2007, no segundo episódio da sétima temporada de Smallville, surge a segunda versão de carne-e-osso de Kara. Dessa vez vivida pela atriz Laura Vandervoort. Dessa vez, Kara havia sido enviada à Terra junto com seu primo, pois seu pai acreditou em seu tio e decidiu enviá-la, já adolescente, para à Terra. Só que, devido à chuva de meteoros, Kara chegou bem depois do primo e já o encontrou adolescente. Foi difícil assimilar isso, mas quando aceitou que Kal-El era um jovem que vivia em Smallville, no Kansas, ela terminou se tornando uma grande aliada.
Kara também teve algumas versões em animações, mas a que fez mais sucesso foi a que surgiu no desenho animado Superman – A Série Animada. Dali, Kara chegou a migrar para Liga da Justiça Sem Limites, onde enfrentou sua versão maligna, criada pelo Dr. Emil Hamilton. A outra animação, eram curtas com a personagem, de uma forma bem mais infantil.
Agora, Kara volta a televisão em uma nova série em live action. De acordo com o trailer – que segue abaixo – Kara veio para a Terra depois de seu primo, um pouco antes de Kripton ser totalmente destruída. Ela já era uma menina, mas chegou bem depois de seu primo, que quando ela chegou já era adulto e conhecido como Superman. A atriz que viverá Kara/Supergirl é a jovem Melissa Benoist. Na série teremos James Olsen (Mehcad Brooks), Cat Grant (Calista Flockhart), Fred Danvers (Dean Cain), Alex Danvers (Chyler Leigh), e muitos outros personagens da mitologia do Superman. A princípio muitos vêm criticando o trailer por causa do seu tom “comédia romântica”, mas a série terá efeitos especiais de primeira, além de tentar atingir um outro público, algo mais feminino e jovem.
Esse que vos escreve gostou de ambos os trailers e torce para que essa série da CBS vingue, mas caso isso não aconteça no canal, que migre para o CW, pois mesmo que na série da Supergirl possamos ter aparições de Arrow e Flash, estando todos no mesmo canal, a integração poderá ser maior e melhor.