Direção: Gavin Hood
Elenco: Asa Butterfield, Harrison Ford, Hailee Steinfield,
Abigail Braslin, Bem Kingsley, Viola Davis, Aramis Knight, Suraj Partha, Khylin
Rhambo, Conor Carroll, Nonso Anozie.
Com o filme passando no canal HBO, resolvi falar um pouco
sobre ele. Já li muitas críticas
negativas a respeito desse filme e nunca entendi o motivo.
Na história, Andrew
“Ender” Wiggins (Asa Butterfield) é um jovem sendo preparado para enfrentar os
Formics, uma raça alienígena que tentou invadir a Terra para torna-la uma de
suas colônias, mas terminou sendo destruída por um único homem, Mazer Rackham (Ben
Kingsley).
Ender é o
melhor de sua turma e logo se vê selecionado para a Escola de Batalha, onde se
terá na Sala de Batalha. Logo ele é promovido para a equipe Salamandra, onde
conhece Petra Arkanian (Hailee Steinfield), mas devido suas desavenças com o
líder da equipe, lhe é dada sua própria equipe, os Dragões. Nesta ele tem seus
companheiros que chegaram com ele na Escola: Bean (Aramis Knight), Alai (Suraj
Partha) e Bernard (Conor Carroll), além de Dink Meeker (Khylin Rhambo) e Petra,
do Salamandra, que se unem a eles, também.
Depois de uma
bem sucedida batalha na Sala, onde o time de Ender vence, ele termina
enfrentando o líder da Salamandra no banheiro e este bate a cabeça e entra em
coma. Sentindo-se culpado, Ender desiste do programa. Mas o Coronel Graff Hyrum
(Harrison Ford) não está disposto a desistir tão facilmente dele. Tenta
convencer a Major Gwen Anderson (Viola Davis) a ajuda-lo na tentativa de manter
Ender, mas descobre que somente uma poderia ajuda-la, Valentine Wiggin (Abigail
Breslin), irmã de Ender e figura na qual ele mais se importa.
Convencido pela
irmã, Ender viaja com o Coronel até um planeta que pertencia aos Formics, mas
foi tomado deles pelos terráqueos. Lá ele enfrentará seu último teste. Contando
com sua equipe, ele é preparado por ninguém menos que Mazer Rackham para se
graduar e poder enfrentar os Formics.
Adoro a direção
de Gavin Hood nesse filme, no qual ele também é responsável pelo roteiro.
Apesar do falho “X-Men Origens: Wolverine”, Hood acerta a mão na direção desse
filme. O roteiro dele se baseia no livro
“Ender’s Game” de Orson Scott Card, escrito em 1985. Bem estruturado e bem
escrito, contando com um elenco fantástico.
Asa
Butterfield, como sempre, está excelente em sua forma de interpretar. Desde que
o vi, pela primeira vez, em Nanny McPhee e as Lições Mágicas, a interpretação
de Butterfield me surpreendeu. Esse jovem inglês começou cedo e aos 11 anos teve
seu primeiro trabalho relevante em “O Menino do Pijama Listrado”, no qual já li
e ouvi muitos elogios em sua interpretação como o pequeno Bruno. A força de sua
interpretação como Ender Wiggin, demonstra como ele sabe trabalhar variações de
interpretações, mas sem perder a força dos personagens.
Harrison Ford
está muito bem como o Coronel Graff Hyrum. É impressionante como o ator sabe
trabalhar variações de personagens. Desde que eu o vi como o texano Bob Falfa em
“Loucura de Verão”, não me lembro de ver um personagem que se assemelhasse a
outro de Ford, a não ser quando ele fazia continuações, como Han Solo de “Guerra
nas Estrelas”, Indiana Jones na franquia homônima ou Jack Ryan nos dois filmes
baseados nos livros de John Clancy.
Hailee
Steinfield é uma atriz que vem construindo uma carreira sólida e seu talento e
notado a cada filme que fez. Me lembro de tê-la visto pela primeira vez na
refilmagem de “Bravura Indômita”, onde ele está muito bem como a menina Mattie
Ross, que busca vingança pelo assassinato do pai. Outra grande atuação dela é
no filme “Romeu e Julieta”, baseado na peça de William Shakespeare. Steinfield
mostra uma personagem forte, mas que não perde o instinto feminino.
Outra que
mostra estar super tranquila no seu trabalho é a atriz Abigail Breslin. Quem
não lembra dela em “Sinais” e “Pequena Miss Sunshine”. Em ambas as atuações,
mesmo sendo bem jovem, Breslin se mostrou uma ótima atriz em ascensão. Ela foi
crescendo e sua carreira com ela. Esteve em “A Ilha da Imaginação”, “Zumbilândia”,
sempre mostrando que era uma menina que sabia trabalhar muito bem
profissionalmente. Seu carisma e charme como a irmã de Ender Wiggin, Valentine,
é mostrado de forma ótima. Pena que seus momentos em cena são bem pequenos, mas
muito relevantes.
Viola Davis é
uma atriz sem necessidade de falar muito. Excelente em tudo que faz. Indicada
duas vezes ao Oscar, três vezes ao Globo de Ouro, seus papéis são marcantes e
memoráveis. Mesmo quando ela faz personagens menores, como a Major Gwen
Anderson, Davis mostra saber dar força a sua personagem.
Ben Kingsley é
outro sem necessidade de apresentações. Este ator inglês sempre surpreende. As
variações de interpretações e personagens que Kingsley já fez são incríveis.
Não é à toa que ganhou o Oscar e o Globo de Ouro por “Gandhi” e teve mais três
indicações ao Oscar e mais cinco indicações ao Globo de Ouro. Ele tem uma das
menores participações de todo o filme, mas sua cena com Butterfield – com quem
já esteve em “A Invenção de Hugo Cabret” – mostra que, mesmo os pequenos papéis
merecem ter uma construção bem feita.
Não sei como as
pessoas acharam o filme mal feito. Talvez seja por conta do Hood ter sido
diretor de “X-Men Origens: Wolverine”, mas julga-lo culpado pelo filme é
esquecer que existem vários envolvidos além do diretor, que nem sempre tem a
palavra final em sua direção. É complicado entender isso? Sim, mas podemos ver
que, quando ele está mais relacionado ao filme, ele sabe fazer um bom trabalho.
“Ender’s Game”
é um ótimo filme de ficção científica e sempre será memorável, para mim.
Diretor e atores dão alma a esse filme que mostra uma crítica sincera de que,
as vezes, as decisões podem ser equivocadas, principalmente em meio a batalhas.
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