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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

RESENHA CINEMA: Rambo: Até o Fim (Rambo: The Last Blood, 2019)

RAMBO: ATÉ O FIM (Rambo: The Last Blood, 2019)

Direção: Adrian Grunberg
Roteiro: Matthew Cirulnick, Sylvester Stallone
Elenco: Sylvester Stallone, Paz Vega, Adriana Barraza, Yvette Monreal, Óscar Jaenada, Sergio Peris-Mencheta

Desde que retornou da Tailândia, John Rambo (Sylvester Stallone) tem vivido uma vida pacífica na fazenda de sua família, ajudando as pessoas quando pode e auxiliando Maria Beltran (Adriana Barraza) a criar sua neta, Gabrielle (Yvette Monreal). Mas, antes de ir à faculdade, Gabrielle deseja reencontrar seu pai e vai ao México, onde é sequestrada, levando Rambo a voltar ao seu extinto de combatente para resgatá-la.
Em 1982, Sylvester Stallone iniciou a saga de John Rambo nos cinemas com “Rambo – Programado para Matar” (no original, “First Blood”), baseado no livro de David Morrell, narrando a história de um veterano do Vietnã que termina em uma cidade do interior dos EUA, onde sofre preconceitos por parte dos policiais e termina tornando a vida deles um inferno.
Contra todas as hipóteses – já que no final do livro Trautman o matava, e não prendia –, Rambo retorna em uma continuação três anos depois com “Rambo II: A Missão” (no original “Rambo: First Blood Part II”), onde ele retorna ao Vietnã e termina encontrando prisioneiros da guerra que os EUA gostariam de esquecer e tenta resgatá-los. Depois, Trautman volta a chamar Rambo para uma missão no Afeganistão e, quando o coronel favorito de Rambo termina preso, o Boina Verde “5º Dan” entra em uma guerra que a União Soviética gostaria de esquecer, em “Rambo III”, de 1988. Vinte anos depois, em “Rambo IV” (no original “Rambo”, somente) John Rambo vive na Tailândia e trabalha como guia e, após ser contratado, leva um grupo de missionários para o interior da Birmânia e termina em uma guerra que ele não gostaria de se envolver. No final, ele retorna à fazenda de sua família e fica vivendo lá., e é de onde parte o novo filme – não vou narrar tudo de novo, pois vai ficar chato.
Sylvester Stallone, novamente, soube como entreter aquele público que vai ao cinema descompromissado com um enredo amarrado, buscando somente ação e explosões – apesar da história ser completamente compreensível.
Com uma classificação mais adulta, o “exército de um homem só” – estilo de filme que consagrou Stallone e outros atores nas décadas de 1980 e 1990 –, John Rambo, consegue mostrar que ainda está em plena forma – mesmo que Stallone esteja com 73 anos. Ele é um fazendeiro que vive com as lembranças de seu passado como boina verde, buscando manter esse “demônio” contido, enquanto ajuda na criação de uma jovem. Quando tudo foge do seu controle, esse “demônio” volta a despertar.
Quem conhece bem o trabalho de Stallone como Rambo, sempre percebe quando o modo “Boina Verde 5º Dan” desperta nele. Não que o ator seja uma primazia de atuação, mas ele já vive a tanto tempo o personagem, que se percebe algumas nuances dessa personalidade.
Diferente do filme anterior, Stallone somente preferiu ficar na criação do roteiro do filme, deixando a direção para Adrian Grunberg, que trabalhara como diretor de “Plano de Fuga”, com Mel Gibson. Acredito que esse seu conhecimento quanto aos ambientes marginais do México foram fatores importantes para que o filme ficasse mais interessante.
Não estou dizendo que eles retrataram uma realidade do México – sabemos que, por vezes, os estadunidenses têm sua própria interpretação de países latino-americanos, não se importando com suas realidades –, mas Grunberg sabe buscar a ação em filmes feitos por esses atores seniors da ação do tiro e explosão.
Como eu disse, “Rambo: Até o Fim” é o típico filme que você vai para se entreter, sem compromisso, somente se importando em ver tiros, explosões e cruezas nas mortes, sem piadinhas fora do contexto e cujo enredo cai para segundo plano. Não é o típico filme para pessoas de estômago fraco, que não estão esperando uma ação exacerbante, mas sim uma historinha com alguma ação e piadinhas. É um filme casca-grossa, alpha male, pica das galáxias.
“Rambo: Até o Fim” é um filme para quem gosta desse tipo de filme... e Longa Vida a John Rambo!