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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

RESENHA CINEMA: Star Trek: Sem Fronteiras (Star Trek Beyond, 2016).

STAR TREK: SEM FRONTEIRAS (Star Trek Beyond, 2016)

Roteiro: Simon Pegg, Doug Jung
Direção: Justin Lin
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoë Saldaña, Karl Urban, Simon Pegg, John Cho, Anton Yelchin, Sofia Boutella, Idris Elba.

“O espaço, a fronteira final...
Estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão de cinco anos para a exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve”.

Já faz três anos que a NCC-1701 USS Enterprise está realizando sua viagem pelo espaço, buscando conhecer novas civilizações e realizar acordos de paz entre os povos, em nome da Frota Estelar e da Federação dos Planetas Unidos. Mas o cansaço e as saudades já acometem os membros da nave, principalmente seu capitão, James Tiberius Kirk (Chris Pine).
Depois de tentar realizar um acordo de paz entre dois planetas em constante conflito – e falharem feio –, Jim e sua tripulação chegam a Estação Espacial Yorktown, onde encontram familiares e parceiros. Mas de repente uma nave à deriva chega a Estação e a Comodoro Paris (Shohreh Aghdashloo) passa a missão de resgate para Kirk que reconvoca a sua tripulação e eles partem para uma nebulosa, onde terminam sendo atacados por uma tropa de naves lideradas pelo famigerado Krall (Idris Elba), que deseja ativar uma arma mortal para destruir a Federação.
Esse filme é formidável por dois motivos: Primeiro, ele tem o roteiro escrito por um trekker e ator do filme. Simon Pegg assina o roteiro ao lado de Doug Jung (Dark Blue: No Limite da Lei), baseado no roteiro escrito por Roberto Orci, Patrick McKay e John D. Payne. Ele possui uma história complexa e que se desdobra de uma forma fenomenal, com vários altos e baixos, e dando espaço para todo o elenco central.
Kirk, Spock (Zachary Quinto), Uhura (Zoë Saldaña), McCoy (Karl Urban), Sulu (Frank Cho), Chekov (Anton Yelchin) e Scott (Simon Pegg), todos têm seus momentos de destaque no filme, tornando-se protagonistas em determinado momento. Além deles, personagens como Krall, Jhayla (Sofia Boutella), Syl (Melissa Roxburgh) e a Comodoro Paris tem seus destaques também no filme, principalmente os dois primeiros.
O segundo motivo é a fantástica direção de Justin Lin. Conhecido pelos três mais recentes filmes da franquia “Velozes & Furiosos”, Lin mostra que é talentoso também dirigindo um filme do nível de Star Trek. As cenas amplas, onde ele busca desenhar a Enterprise ou mesmo as cenas dentro da Estação Espacial Yorktown, são simplesmente vertiginosas e maravilhosas. São momentos que ficaram na memória de qualquer um. E, como sempre, ele trabalha muito bem a ação do filme. Desde a primeira cena até a última, o filme tem momentos adrenalizantes. Lin capricha com as cenas de ação, não ficando nada a dever ao diretor dos dois filmes anteriores, J.J. Abrams – que agora assina a produção. Ele trabalha a linha de ação com as pequenas pegadas de comédia, que nunca podem faltar tendo atores que trabalham em conjunto como se fossem amigos de longa data.
Bem, como sabemos, será a última vez que veremos o ator Anton Yelchin como Pavel Chekov, pois ele faleceu depois de um acidente. Sua participação no filme não fica a devendo a nenhum ator, pelo contrário, como sempre – desde que J.J. Abrams assumiu essa empreitada –, Chekov tem extrema importância para trama, devido ao seu conhecimento. Como dito antes, todos os membros da Enterprise tiveram seus momentos, não esquecendo nenhum deles. Temos tremulações na relação amorosa de Spock e Uhura, temos um crescimento na relação de convivência entre Spock e McCoy. Vemos o quão importante o navegador Hikaru Sulu é para a Enterprise e como ele se tornou confiante no passar dos tempos. E Montgomery Scott é um personagem fantasticamente bem realizado e retratado, como sempre.
“Star Trek: Sem Fronteiras” tem tudo para ser um dos melhores filmes do ano de 2016. Ele consegue mostrar que esse ano tem sido uma grande realização para os fãs de ficção científica e de filmes de ação.

Não há cenas pós-créditos, mas vale a pena ficar para ver a linda homenagem ao grandioso Leonard Nimoy e ao ator Anton Yelchin, lógico.