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terça-feira, 1 de maio de 2018

RESENHA CINEMA: Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War, 2018)


VINGADORES: GUERRA INFINITA (Avengers: Infinity War, 2018).

Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Elenco: Josh Brolin, Robert Downey Jr, Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Tom Holland, Chadwick Boseman, Benedict Cumberbatch, Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Bradley Cooper, Vin Diesel, Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Karen Gillan, Don Cheadle, Anthony Mackie, Tom Hiddleston, Sebastian Stan, Idris Elba, Danai Gurira, Pom Klementieff, Benedict Wong, Gwyneth Paltrow, Benicio Del Toro, William Hurt, Letitia Wright, Terry Notary, Tom Vaughan-Lawlor, Carrie Coon, Michael James Shaw, Winston Duke, Stan Lee.

Durante 10 anos, praticamente, Thanos (Josh Brolin) vem assombrando a vida dos Vingadores e dos Guardiões da Galáxia. Sua busca constante pelas Pedras do Infinito o levou aos mais distantes confins do universo, pois ele deseja uni-las para transformar o universo da forma que deseja. Mas, ciente disso, Dr. Bruce Banner (Mark Ruffalo), busca unir todos os seus companheiros e amigos para enfrentar esse monstro, que virá à Terra tomar as pedras que se encontram sobre o controle do Dr. Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), o mago supremo, e o androide Visão (Paul Bettany). Além da Terra, os Guardiões da Galáxia se unem ao deus nórdico Thor (Chris Hemsworth), para buscar a arma que, possivelmente, poderá deter o deus louco. Mas Thanos não está sozinho e conta com sua Ordem Negra, formada pelos seus tenentes, asseclas dedicados e empenhados a ajuda-lo na busca pelas pedras. Estrategistas e malignos, os membros da Ordem Negra não poupam esforços.
17º filme do Universo Cinemático – ou Cinematográfico – Marvel, “Vingadores: Guerra Infinita” faz o que todos os fãs da Marvel – seja Comics ou Studios – desejavam há dez anos, a união – quase – total do UCM. E com um dos maiores vilões dos quadrinhos a frente, o filme consegue ser concreto e válido.
Por que considero assim? O filme cumpre o que promete, pois ele coloca o UCM todo contra Thanos. Temos ali o Homem-de-Ferro (Robert Downey Jr) e seu amigo o Máquina de Combate (Don Cheadle). Temos Thor. Temos Capitão América (Chris Evans), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Falcão (Anthony Mackie) e o Soldado Invernal (Sebastian Stan). Temos Visão e Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen). Temos os Guardiões da Galáxia. Temos Dr. Estranho e Wong (Benedict Wong). Temos o Homem-Aranha (Tom Holland). E temos Pantera Negra (Chadwick Boseman) e Wakanda. Todos esses personagens têm sua importância na trama, mesmo que seja pequena. Ela é significativa, pois acontece em um momento que se torna crucial. Além disso, tudo que foi construído e explicado no decorrer de – quase – todos os filmes do UCM fazem parte do roteiro desse filme.
Vingadores: Guerra Infinita une todos os fragmentos lançados nos filmes que mencionavam Thanos. Desde “Thor” (2011), quando testemunhamos pela primeira vez o Tesseract e aquela Manopla do Destino fake, sabíamos que Thanos viria assombrar o UCM. O Tesseract voltaria em “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011), como o artefato desejado e usado pelo Caveira Vermelha (Hugo Weaving). A primeira aparição de Thanos em “Os Vingadores” (2012), somente confirmava a expectativa. Depois o viríamos em “Os Guardiões da Galáxia” (2014), indo atrás da Joia do Poder. Nessa oportunidade descobriríamos que Gamora (Zoe Saldana) e Nebula (Karen Gillan) têm uma ligação bem próxima com Thanos, como “filhas” dele. Na sequência, Malekith (Christopher Eccleston) surgiria atrás do Éter, que se alojaria no corpo da Dra. Jane Foster (Natalie Portman), e descobriríamos que essa é a Joia da Realidade. Depois saberíamos que a Joia da Mente estava alojada no cajado de Loki (Tom Hiddleston) – que ele havia ganhado de Thanos para conseguir o Tesseract, onde fica alojada a Joia do Espaço – e ela terminou trazendo Visão a vida em “Vingadores: A Era de Ultron” (2015). Tudo e todos os movimentos dos filmes convergiam para esse momento, para “Vingadores: Guerra Infinita”.
Ao contrário do que ocorrera em “Capitão América: Guerra Civil”, que foi o segundo filme dirigido pelos irmãos Russo, Anthony e Joe Russo acertam na direção, pois os atores, como já mencionei, tem uma participação interessante e importante no decorrer do filme. Mesmo com um número grande de atores e coadjuvantes, os Russo conseguem colocar cada um com uma participação relevante no filme. A Ordem Negra, por sinal, um dos pontos chaves para que Thanos conquiste as Joias do Infinito, mesmo tendo cenas esparsas, são um grande toque para que conheçamos do que o deus louco é capaz para conquistar o que deseja.
Não sou um extenso fã dos filmes do Universo Cinemático Marvel. Vejo vários problemas na maioria deles, principalmente com os exageros de piadas fora do contexto e desnecessários. “Thor: Ragnarok” e “Os Guardiões da Galáxia Vol. 2” – para mim – são os maiores exemplos disso. Mas os filmes mais recentes como “Doutor Estranho”, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” – feito em conjunto com a Sony/Columbia Pictures –, “Pantera Negra” e – agora – “Vingadores: Guerra Infinita”, trouxeram uma dimensão diferente. Sim, na maioria deles temos as piadinhas fora do contexto, mas as histórias são ricas e bem realizadas, sem contar que temos vislumbres de outras partes que muitos desconhecem do Universo Marvel, como ocorreu com “Doutor Estranho”, que poucos conheciam o lado mágico da Marvel, criado por Steve Ditko na década de 1960 (tá, em consideração aos xiitas, vou considerar Stan Lee, também).
Todas as palavras tecidas aqui são, simplesmente, para dizer que “Vingadores: Guerra Infinita” não supera “Capitão América: Soldado Invernal” e – mais recentemente – “Pantera Negra”, mas é um dos filmes bons do UCM e merece ocupar seu espaço ao lado desses dois, com certeza.