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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

RESENHA CINEMA: Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them, 2016)

ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM (Fantastic Beasts and Where to Find Them, 2016).

Direção: David Yates
Roteiro: J.K. Rowling
Elenco: Eddie Redmayne, Katherine Waterston, Colin Farrell, Dan Fogler, Ezra Miller, Alison Sudol, Carmen Ejogo, Samantha Morton, Faith Wood-Blagrove, Jenn Murray, Jon Voight, Josh Cowdery, Ron Perlman, Ronan Raftery.

Diferente de Londres, nos Estados Unidos a convivência entre bruxos e trouxas – chamados por lá de não-majs ou não-bruxos – é ainda menor ainda, tanto que eles não convivem e nem podem se casar, mesmo que os não-majs tenham uma ideia de sua existência e criem movimentos contra os bruxos. Além disso, a criação de animais fantásticos é estritamente proibida nas regiões urbanas. E é nesse ambiente que chega Newton “Newt” Scamander (Eddie Redmayne), um estudioso de animais fantásticos, em Nova Iorque. O bruxo gostaria de passar despercebido, mas ele carrega uma mala bruxa com vários animais fantásticos dentro dela. Então um desses termina fugindo, chamando a atenção da bruxa Porpentina “Tina” Goldstein (Katherine Waterston), que é uma auror do Congresso Mágico dos Estados Unidos (também conhecido como MACUSA). Além dela, o padeiro Jacob Kowalski (Dan Fogler), um não-maj, vê-se envolvido em uma trama que o levará a conhecer mais o mundo mágico. Além disso, o jovem Credence Barebone (Ezra Miller), filho da maníaca religiosa Mary Lou (Samantha Morton), está sendo manipulado pelo bruxo Percival Graves (Colin Farrell). Como se não bastasse isso tudo, o bruxo negro Gellert Grindelwald está nos Estados Unidos tocando o terror na comunidade não-maj.
O enredo é mais ou menos esse, pessoal. Falar mais além disso, seria entregar várias surpresas que esse novo filme do Universo Mágico de J.K. Rowling – que escreveu o roteiro desse filme – traz.
“Animais Fantásticos e Onde Habitam” nos leva de volta a esse mundo, que ficamos órfãos por cinco anos, quando Yates dirigiu o último filme da octologia Harry Potter. Falando sobre o diretor, ele retorna a esse universo e mostra o quão confiável é para dirigir esses filmes. David Yates começou essa caminhada em “Harry Potter e a Ordem da Fênix” e demonstrou competência e o máximo de fidelidade nos filmes que esteve à frente, chegando até “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2”, que estreou em 2011. Para isso ele contou com o roteiro da romancista britânica J.K Rowling, que pegou seu livro “Animais Fantásticos e Onde Habitam” e transformou em um novo longa metragem totalmente fiel ao que ela concebeu em 1997 com “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, fazendo-nos retornar no tempo com a história de Newt Scamander e seu tempo do outro lado do oceano, antes de conceber a obra que dá título ao filme.
Para dar vida ao roteiro de Rowling, o elenco é encabeçado pelo ator Eddie Redmayne, que já ganhou o Oscar de Melhor Ator pelo filme “A Teoria de Tudo”, onde interpretou o gênio da astrofísica, Stephen Hawking. Redmayne dá aspectos bem interessantes ao personagem Newt Scamander, com uma certa timidez e ímpeto para lutar pelo que acredita. Suas caracterizações para Scamander demonstram a paixão do personagem pelos animais fantásticos do reino mágico e o quanto ele se importa com eles, mesmo os mais tenebrosos.
Ladeando Newt Scamander, temos o personagem não-maj Jacob Kowalski, interpretado pelo ator Dan Fogler. Mesmo com vários trabalhos de Fogler, o filme que eu sempre me lembro dele é “Fanboys”, onde ele viaja com um grupo de amigos para o Rancho Skywalker, onde eles desejam realizar o último desejo de um amigo com câncer, dele assistir “Star Wars I: A Ameaça Fantasma”. Como o padeiro Jacob Kowlaski, Fogler se torna o lado engraçado da história. Mesmo com um grande drama de ser um operário desejando se tornar dono de uma panificadora, onde faria os pães e doces que sua avó fazia, Fogler não perde sua veia de comédia, dando um alívio a esse drama. Ele é como nós, um não-maj dentro do universo dos bruxos. Sua visão encantada de tudo que ocorre a sua volta, é como nos sentiríamos se estivéssemos em seu lugar. Ele vê coisas novas, realiza desparatamentos com Newt, se encanta com os animais fantásticos e se apaixona pela bela Queenie Goldstein, irmão de Tina Goldstein.
Tina, a auror do MACUSA, é interpretada pela atriz Katherine Waterston. Mesmo com trabalhos realizados no cinema e na TV desde 2004, a personagem que melhor lembro de Waterston foi sua participação no filme “Steve Jobs”, onde ela faz a mãe da primeira filha do gênio por trás da Apple. Nesse filme, Waterston interpreta Tina Goldstein, um auror que está sendo mantida fora do seu grupo por conta de sua ação no mundo dos não-majs. Ela é uma apaixonada pelo seu serviço, conhecendo todas as leis que fazem parte do mundo mágico dos Estados Unidos e buscando leva-los a sério. Quando descobre que Newt está carregando animais fantásticos dentro de sua mala, e que um desses escapou, ela crê que será sua redenção e seu retorno ao grupo de aurores da MACUSA. Mas ela termina encantada com a paixão do bruxo britânico pelos animais fantásticos e conclui que precisa ajuda-lo, ao invés de prendê-lo, somente.
Já a irmã de Tina, Queenie Goldstein, é uma legilimente, ou seja, ela tem a capacidade de ler mentes. Ela é interpretada pela atriz e cantora Alison Sudol. Os trabalhos de Sudol no cinema e na TV estadunidense sempre foram de papéis menores, até 2015 quando participou de dez episódios do seriado “Dig”. Sua caracterização para a personagem Queenie Goldstein é de uma bruxa que não realizou o que desejava, mas que tem uma enorme paixão pelo desconhecido. Quando conhece Jacob Kowalski, fica fascinada pelo não-maj e termina se apaixonando pelo padeiro.
Do outro lado da moeda, temos Percival Graves que encabeça o elenco antagonista do filme, sendo interpretado pelo ator Colin Farrell. Farrell é muito conhecido pelos seus filmes de ação como “S.W.A.T.T.”, “Alexandre”, “Miami Vice”, “A Hora do Espanto”, “O Vingador do Futuro” e a série da HBO “True Detective”. Ele interpreta Percival Graves como um empenhado chefe do Departamento para Cumprimento das Leis da Magia. Graves tem como principal intenção descobrir um novo bruxo entre os não-majs, além de estar empenhado em encontrar o bruxo das trevas Gerard Grindelwald. Quando descobre que Newt tem em sua mala um grande número de animais fantásticos, acredita que ele seja um seguidor de Grindelwald, o perseguindo avidamente.
Para ajudá-lo a descobrir o novo bruxo entre os não-majs, Graves recruta o jovem Credence Barebone, um órfão adotado pela líder da Sociedade Filantrópica de Nova Salem, Mary Lou Barebone. Credence ganha como interprete o ator Ezra Miller. Miller se tornou muito conhecido graças ao anuncio de sua participação no filme Liga da Justiça – que estreia em 16 de novembro de 2017 nos cinemas brasileiros – como Barry Allen/Flash. Mas ele já fez filmes dramáticos como “Precisamos Falar sobre o Kevin”, “As Vantagens de Ser Invisível” e “Madame Bovary”. Para “dar vida” a Credence, Miller decide dar ao personagem aspectos de um jovem retraído e tímido, sem muitas expectativas, que gosta de cuidar de sua irmã caçula, mas que tem um desejo enorme de se tornar algo mais, principalmente quando é recrutador por Graves para descobrir o novo bruxo que está entre eles.
“Animais Fantásticos e Onde Habitam” é mais um momento mágico na história de filmes relacionados a esse universo desenvolvido e criado por J.K. Rowling. É mais outra forma de vermos o quão rico essa criação da escritora britânica pode ser, com várias intrigas e momentos inesquecíveis. Me sinto, novamente, maravilhado com essa nova viagem.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PRIMEIRA OLHADA: Atirador (Shooter,2016)

ATIRADOR (Shooter,2016).

Direção: Simon Cellan Jones
Roteiro: John Hlavin, Jonathan Lemkin
Elenco: Ryan Phillippe, Shantel VanSanten, Cynthia Addai-Robinson, Omar Epps, Eddie McClintock, Lexy Kolker

Bob Lee Swagger (Ryan Phillippe) vive no interior dos Estados Unidos com sua família, sua esposa Julie (Shantel VanSanten) e sua filhaMary (Lexy Kolker), quando recebe a visitar de seu antigo comandante em Kandahar, capitão Isaac Johnson (Omar Epps), que lhe fala de uma ameaça que o presidente recebeu de um antigo inimigo de Swagger, que chegou a matar seu olheiro e parceiro.
Swagger reluta em aceitar a missão, mas após conversar com sua esposa, decide aceita-la, só que tudo não termina como ele espera e ele se vê incriminado por um crime que não cometera.
A série que estreou recentemente no Netflix baseia-se no livro “Point of Impact”, do escritor estadunidense Stephen Hunter. Este já teve uma primeira adaptação em 2007, com o ator Mark Wahlberg. As mudanças de ambos são uma forma de trazer o romance para a atualidade. Nessa série do Netflix, o personagem de Hunter ainda ganha uma família e uma casa onde mora com ela, mas as ideias centrais parecem estar bem ali.
O primeiro episódio já mostra a direção que a trama seguirá, mas ainda existem surpresas, já que Swagger agora tem uma família para se preocupar e, ao invés de um policial, ele deverá ser auxiliado pela agente do FBI, Nadine Memphis, vivida pela atriz Cynthia Addai-Robinson (da série Arrow).
O clima de suspense e tensão ainda se mantém e, aparentemente, as mesmas nuances que foram usadas no filme, também. O mais interessante é a forma de abordagem nas cenas que ele trabalha fazendo analises, aparecendo metragens, velocidade e números que remetem ao trabalho de um franco-atirador.

Sem contar que é bom ver o retorno de um ator talentoso como Ryan Phillippe, que anda fora do foco desde sua participação no filme de 2014, Sobrevivendo ao Inferno. Ele chegou a participar, em 2015, da série de TV Secret and Lies, mas somente agora volta a ser o foco central de um trabalho.
Também temos o ator e rapper Omar Epps. Epps estreou no dia 11 de novembro com o filme “Almost Christmas”, ao lado do ator Danny Glover (Glover viveu no filme “Atirador” o mesmo papel que Epps está fazendo na série). Mas seu último trabalho na TV aconteceu entre os anos de 2014-2015 na série Ressurection.
Além deles, como possível personagem central dessa temporada, temos a atriz Cynthia Addai-Robinson que, como mencionado, interpreta a detetive do FBI Nadine Memphis. Addai-Robinson já participou de séries como Spartacus (2012-2013) e Arrow (2013-2016). Ela pode ser vista, mais recentemente no filme “O Contador”, estrelado por Ben Affleck (Batman vs. Superman: A Origem da Justiça).

Atirador parece ser uma série com bastante ação e com um bom clima de suspense. E se perdurar, poderemos ver a série de livros de Stephen Hunter com o personagem, sendo passado no Netflix.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

RESENHA CINEMA: Doutor Estranho (Doctor Strange, 2016)

DOUTOR ESTRANHO (Doctor Strange, 2016).

Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Jon Spaihts, Scott Derrickson, C. Robert Cargill
Elenco: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Rachel McAdams, Benedict Wong, Mads Mikkelsen, Tilda Swinton, Benjamin Bratt.

O Dr. Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) é um dos maiores neurocirurgiões do mundo. Preciso e eficaz, não tem uma cirurgia que ele não consiga efetuar. Mas, ao mesmo tempo, ele é extremamente prepotente, tanto que somente atua no Centro Cirúrgico, nunca se misturando com o atendimento no Pronto-Socorro, mesmo que sempre seja convidado por sua colega, a Dra. Cristine Palmer (Rachel McAdams).
Quando Strange está a caminho de um evento que iria homenageá-lo, ele sofre um terrível acidente e, com isso, termina perdendo a eficiência de seus instrumentos de trabalho, as suas mãos. Em uma busca constante para voltar a ser cirurgião, ele gasta todas as suas finanças, mas não consegue. Então ele descobre que um homem conseguiu se curar depois de ir ao Nepal, em Kamar-Taj, e decide seguir para lá.
Na sua busca, Strange termina sendo salvo nas ruas de Katmandu por Mordo (Chiwetel Ejiofor), um dos discípulos da Anciã (Tilda Swinton), uma maga suprema que protege o nosso mundo contra outras magias poderosas e, principalmente, contra Kaecilius (Mads Mikkelsen), que deseja soltar o terrível Dormammu na Terra. Strange então entra para o mundo da magia, mesmo sendo cético inicialmente e relutante, ele precisará ajudar a Anciã a proteger os sanctums e a Terra.
Eu li uma história do Doutor Estranho, pela primeira vez, na revista Heróis da TV nº 100 (outubro de 1987). Nela víamos a origem do personagem nas mãos do fantástico Steve Ditko. Conhecíamos como tudo começou na vida do mago supremo Stephen Strange, do acidente, a sua chegada em Katmandu, seu aprendizado com o Ancião, seus problemas com o Barão Mordo, até se tornar o Mago Supremo. Em outubro de 1999, a Editora Abril publicou a revista Origens dos Super-Heróis Marvel nº 8, que trouxe histórias da coleção Uncanny Origins. Na edição 12 dessa coleção, o roteirista Len Wein e o desenhista brasileiro Marcelo “Marc” Campos contaram de uma forma diferente a origem de Strange, mostrando seu passado, que o levou a ser quem era antes de se tornar o Mago Supremo.
Um pouco dessa origem do Doutor Estranho vemos nesse novo filme do Universo Cinemático Marvel. O filme segue o padrão Marvel de filmes, ou seja, bastante diversão, ação, um filme voltado para a família... lógico, se você quiser colocar seus filhos e filhas para fazer uma viagem extradimensional nessa película inesquecível.
“Doutor Estranho” parece pegar as ideias do filme “Origem”, de Christopher Nolan, e ir além, colocando elementos totalmente incomuns, além do imaginável. Você fica alucinado com cada momento do filme. São simplesmente viajantes e delirantes, pois extravasa a ideia da quarta dimensão, pensando no multiverso como uma continuidade do nosso universo, mas visto “através do espelho”. Entrar em mais detalhes seriam entregar aspectos do filme que são extremamente importantes para você compreender, dessa forma partimos para as atuações.
Eu vejo nesse filme a maior união de atores talentosos de todos os tempos na Marvel Studios.
Não quero tirar créditos de atores como Robert Downey Jr, Scarlett Johansson, Mark Ruffalo, entre outros que já atuaram nos filmes do Universo Cinemático Marvel, mas a realização de “Doutor Estranho” traz um número incomum de talentos em um filme solo. Desde seu protagonista até seu antagonista, temos talentos dos mais variados e ganhadores de prêmios, indo do Prêmio da Academia (Oscar) a prêmios locais. Benedict Cumberbatch, que encabeça o elenco fazendo Dr. Stephen Strange/Doutor Estranho, atua na série britânica Sherlock, fazendo o protagonista ao lado do ator Martin Freeman (Capitão América: Guerra Civil), o que lhe proporcionou alguns prêmios e o levou a atuação de filmes para a TV e cinema, fazendo personagens como Khan em Além da Escuridão: Star Trek, Alan Turing em O Jogo da Imitação – que lhe garantiu a indicação ao Prêmio da Academia e o Globo de Ouro como Melhor Ator – e Ricardo III na série inglesa The Hollow Crow.
Junto a Cumberbatch, fazendo seu companheiro, está o ator Chiwetel Ejiofor como Mordo. Ejiofor já pode ser visto em filme em Amistad, O Plano Perfeito, O Gangster, 2012, Salt, 12 Anos de Escravidão – que foi indicado pelo seu trabalho como protagonista – e Perdido em Marte. Ainda ladeando o protagonista temos a atriz Rachel McAdams que fez filmes como Meninas Malvadas, Diário de Uma Paixão, Penetras Bom de Bico, Voo Noturno, Intrigas de Estado, Sherlock Holmes – ao lado do ator Robert Downey Jr. (Capitão América: Guerra Civil), a série True Detective e Spotlight: Segredos Revelados – que lhe garantiu a indicação ao Prêmio da Academia (Oscar).
Continuando próximo ao protagonista temos a atriz Tilda Swinton que faz A Anciã. Swinton já atuou fazendo a voz de Ofélia na minissérie da TV britânica Shakespeare: The Animated Tales. Esteve em A Praia, Adaptação, Constantine, As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, Despertar de Um Crime, Conduta de risco – que lhe garantiu o Prêmio da Academia de Melhor Atriz Coadjuvante –, O Curioso Caso de Benjamin Button, Precisamos Falar Sobre Kevin – ao lado do ator Ezra Miller (Liga da Justiça), Expresso do Amanhã – ao lado do ator Chris Evans (Capitão América: Guerra Civil) – e O Grande Hotel Budapeste. Ainda temos o ator Benedict Wong fazendo Wong. Ele já atuou na minissérie As Mil e Uma Noites, Jogo de Espiões, Conspiração Xangai, Além da Liberdade, O Retorno de Johnny English, Kick Ass 2 e a série do Netflix Marco Polo.
Já no papel de antagonista temos o fantástico ator dinamarquês Mads Mikkelsen. Mikkelsen já fez filmes como Rei Arthur, 007 – Cassino Royale, O Guerreiro Silencioso, Fúria de Titãs, Os Três Mosqueteiros, O Amante da Rainha, a série de TV Hannibal – interpretando o personagem Hannibal Lecter, que já lhe garantiu três Indicações de Melhor Ator de Série de TV no prêmio da Academia de Ficção Científica (Saturn Award) – e, futuramente, o veremos no filme Rogue One: Uma História Star Wars.
Todos esses atores foram regidos – posso usar essa palavra – pelo diretor Scott Derrickson. Derrickson é um diretor acostumado ao sobrenatural, pois dirigiu filmes como O Exorcismo de Emily Rose, A Entidade e Livrai-nos do Mal, além da ficção científica O Dia Em Que a Terra Parou, uma mistura de sci-fi com sobrenatural.
O único problema, no meu ver, no filme foi exatamente as pontas soltas e o formato Marvel de se fazer filmes, ou seja, sem muito aprofundamento na trama, dando mais atenção a ação e aos efeitos visuais. Mas isso se torna pequeno perto de tudo que vemos, pois Doutor Estranho é puro entretenimento e cria uma nova visão para os filmes do Universo Cinemático Marvel, a visão por parte da magia. Para conseguir superar isso, a concorrência vai ter de rebolar e suar, pois novamente a Marvel dá um passo à frente.
Alguns falarão que sobrenatural não é novidade em filmes baseados em quadrinhos, pois temos os dois filmes de Hellboy – personagem de Mike Mignola, que teve direção de Benicio Del Toro – e Blade – com Wesley Snipes. Mas é uma visão diferente de magia e sobrenatural, ampliando essa ideia.

Perder Doutor Estranho nos cinemas, é deixar de ver algo único que nunca poderá ser visto na televisão, pois a dimensão do filme é absolutamente feito para a tela grande. Lógico que você poderá vê-lo muito bem em Blu-ray e DVD, mas no cinema é um espetáculo único e absoluto.