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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

RESENHA HQ: Superman: Identidade Secreta (Superman: Secret Identity)


SUPERMAN: IDENTIDADE SECRETA (Superman: Secret Identity).

Roteiro: Kurt Busiek
Arte: Stuart Immonen
Editora: DC Comics (BR: Panini Books)
Ano: 2016 (BR: 2018)
Pág.: 212

Clark Kent vive em uma cidade do Kansas, seus pais são donos de uma fazenda, ele trabalha com notícias, sua namorada se chama Lois, mas ele não é quem vocês pensam.
“Superman: Identidade Secreta” traz o retrato de um Clark Kent que não é o personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, pelo contrário, ele ganha seu nome devido a uma brincadeira de seus pais, o que se torna seu grande problema. Clark sofre bullying na escola por causa do seu nome, seus parentes sempre o presenteiam com artigos baseados no personagem da DC Comics e ele não consegue paz na sua cidade, frustando-o constantemente. Mas, em determinado momento, ele descobre possuir mais semelhanças com o Homem de Aço do que imagina, pois começa a voar, ter super-força, super-audição, visão de calor e visão de raios-x. Sem entender os motivos desses poderes e como os adquiriu, Clark decide então tornar-se o Superman e ajudar a todos, da melhor forma possível.
Na história de Kurt Busiek, não temos o Superman dos quadrinhos, pois o Clark Kent de sua história é um rapaz normal que, devido a uma possível experiência genética que sofreu ainda no útero de sua mãe, ele ganhou os poderes do personagem.
Clark seria como qualquer um de nós se não fossem pelos poderes adquiridos que, no decorrer da história, nunca descobre como ocorreu. O mais interessante é que ele mesmo conta sua história, dando um ponto de vista bem pessoal de tudo que ocorre com ele.
Sua relação com seus pais, com os colegas de escola, a descoberta dos poderes, sua relação com Lois Chaudhari (sua Lois), e todos os acontecimentos de sua vida são datilografados em uma máquina de escrever. Então você sente uma proximidade maior com ele, pois a máquina parece uma extensão dele, em todos os momentos.
E
sse Clark Kent também mantém a humildade, pois quando descobre os poderes, ele não extrapola, fazendo uso deles somente para ajudar a humanidade. Essa parte do Superman, mantido por Busiek, que consegue fazer uma ligação mais próxima com o Superman que estamos acostumados. O que é mais interessante foi Busiek mostrando a possibilidade de Superman ser um “salvador” sem revelar sua identidade.
São tantos os pontos positivos de “Superman: Identidade Secreta”, que ficaria muito tempo escrevendo sobre o assunto, mas, o mais importante, é ser um trabalho bem único com o maior e mais antigo super-herói dos quadrinhos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

RESENHA HQ: Arqueiro Verde – Os Caçadores (Coleção DC Comics de Graphic Novels Volume 52 da Eaglemoss)


ARQUEIRO VERDE – OS CAÇADORES (Coleção DC Comics de Graphic Novels Volume 52 da Eaglemoss)

Roteiro: Mike Grell
Desenhos: Mike Grell
Cores: Julia Lacquement
Título original: Green Arrow – Longbow Hunters

No final da década de 1980, muitos personagens da DC Comics estavam sendo reformulados. Batman passou por uma reformulação nas mãos de Frank Miller e David Mazzucchelli, Superman sofreu várias mudanças nas mãos de John Byrne, Mulher-Maravilha foi reformulada nas mãos de George Pérez, Gavião Negro e Mulher passaria por uma verdadeira transformação em suas histórias nas mãos de Tim Truman, até mesmo Aquaman sofreria pequenas mudanças nas mãos de Neal Pozner e Craig Hamilton e, posteriormente, sua origem seria recontada por Keith Giffen, Robert Loren Fleming e Curt Swan. Outro que teria mudanças, não nas origens, mas sim nos aspectos de ação seria Arqueiro Verde, pelas mãos de Mike Grell.
Mike Grell é aquela pessoa que gosto de chamar de “legendária”. Sua passagem pela DC Comics deixou marcas que são eternas. Grell foi responsável pela criação de Tyroc (com Cary Bates) e por um grupo de rejeitados da Legião dos Super-Heróis – conhecido como Legion of Super-Rejects – (com Jim Shooter) na revista Superboy and The Legion of Super-Heroes, do personagem Guerreiro (Warlord), um ex-piloto que sofre um acidente e se torna um grande guerreiro em Skartaris. Mas quando ele foi convidado para escrever as histórias do Arqueiro Verde, foi que ocorreu a grande revolução no personagem.
Grell não alterou as origens do personagem, somente criou aspectos mais humanos na criação. Oliver Queen não era o grande herói que venceu piratas para sair da ilha, ele tomou de assalto a embarcação com dois marginais, somente, que foram presos pelas autoridades quando chegaram ao porto.
Outra coisa que Grell fez foi mudar a cidade do Arqueiro Verde, levando-o para um lugar mais real, como Boston, onde ele e Dinah Lance, a Canário Negro, estabelecem residência e fundam a Floricultura Sharewood. Como nas histórias anteriores Ollie havia perdido sua fortuna e mudado sua forma de pensar, o que fez com que entrasse em conflitos com vários membros da Liga da Justiça, principalmente o Flash (Barry Allen), nas histórias de Mike Grell ele é uma pessoa mais pé no chão, mas sentindo a idade chegar, principalmente quando descobre que seu ex-parceiro, Roy Harper (Arsenal) se tornou pai.
Seu traje também alterou, perdendo um pouco do estilo heroico e se tornando mais um guerreiro urbano, com capuz no lugar do chapéu, mangas longas e, ao invés de flechas com parafernálias, Ollie adotou flechar comuns, como um verdadeiro arqueiro.
Em “Os Caçadores”, Grell também nos apresenta Shado, uma jovem arqueira, treinada pela Yakuza, para se vingar do que ocorrera com seu pai, no passado. Ela é uma exímia arqueira, extremamente superior à Ollie, como é demonstrado no decorrer da história. Uma outra coisa muito interessante é que Oliver Queen não enfrenta super-vilões em “Os Caçadores”, mas entra em uma guerra urbana mesmo, contra traficantes, psicopatas, serial killers, sem contar a crueza da minissérie – que foi seguida por um revista solo do personagem, algo inédito para o Arqueiro Verde – que mostra cenas de impressionar qualquer um.
“Os Caçadores” de Mike Grell é uma visão mais realista do Arqueiro Verde, com aspectos mais críveis. Grell transforma Oliver Queen em um guerreiro urbano convincente, com problemas pessoais com sua namorada e com ele mesmo. A minissérie se torna o pontapé inicial para algo que tornaria o Arqueiro Verde um dos personagens mais adorados do Universo DC e serviria de influencia para o transcorrer dele nos quadrinho e na atual série, “Arrow”.
Na sequência, Jack Kirby e Ed Herron recontam a origem do Arqueiro Verde, dando-lhe aspectos diferentes do que fora contado em More Fun Comics #89 (março de 1943). Na história eles transcorrem do momento em que Ollie se torna naufrago, contando de seu treinamento com arco e flecha por sobrevivência, sua descoberta de como incluir parafernálias nas suas flechas, a captura dos piratas e sua chegada à civilização onde se tornaria o Arqueiro Verde. Alguns consideram essa história como algo mais próximo ao real, mas fica a questão de alguns aspectos da história que ficam difíceis de crer.
A Coleção pode ser adquirida em bancas, lojas especializadas e na Loja Eaglemoss na internet. Você também pode fazer a assinatura na Eaglemoss Collections, podendo ganhar muitos brindes legais.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

RESENHA HQ: Superman: Alienígena Americano (Superman: American Alien)

SUPERMAN: ALIENÍGENA AMERICANO (Superman: American Alien)

Roteiro: Max Landis
Arte: Nick Dragotta, Tommy Lee Edwards, Joëlle Jones, Jae Lee, Francis Manapul, Jonathan Case, Jock, Mathew Clark, Evan “Doc” Shaner, Mark Buckingham, Steve Dillon.
Editora: DC Comics (BR: Panini Books)
Ano: 2018
Pág.: 228

Todos conhecem, extensivamente, como Kal-El se torna Clark Kent – pelo menos o entremeio da história – e como Clark Kent se torna Superman – as várias versões –, mas quem é Clark Kent? Em “Superman: Alienígena Americano”, o roteirista Max Landis tenta responder a esta pergunta.
Não é a primeira vez que a história do alter-ego do Superman é esmiuçada, mas Landis vai um pouco mais a fundo nela. Ele trabalha a infância do personagem e a descoberta dos seus poderes, parte para sua adolescência, quando ele decide deter uns marginais e, mais tarde, é confundido e termina conhecendo Oliver Queen (Arqueiro Verde), Sue Dibny (esposa de Ralph Dibny, o Homem-Elástico) e Barbara-Ann Minerva (Mulher-Leopardo). Depois vai para o seu estágio no Planeta Diário, enfrentando Lois Lane para conseguir exclusividade em uma entrevista histórica. Seus primeiros momentos usando a extensão de seus poderes e a primeira vez contra seu nêmesis. Sua vivência em Metrópolis. E seu primeiro encontro com o Maioral.
A soma desse trabalho amplo de Landis vem com o auxílio de vários artistas que desenharam a história que se tornaram mais completas com shots sobre os Kent, introdução do Apocalypse, Sr. Mxyzptlk, Parasita e Jimmy Olsen. Tudo isso somado, transforma “Superman: Alienígena Americano” em uma história que contribui muito para a homenagem ao Homem-de-Aço nos seus 80 anos.