Translate

domingo, 17 de março de 2019

RESENHA HQ: Astro City: Vidas Privadas (Astro City: Private Lives)

ASTRO CITY: VIDAS PRIVADAS (Astro City: Private Lives)

Roteiro: Kurt Busiek
Arte: Brent Anderson
Editora: Vertigo Comics (BR: DC Comics)
Ano: 2015 (BR: 2019)
Pág.: 180

Como é o dia da auxiliar da Iniciada de Prata? É possível deixar de ser o “Lobo Mau”? Como encarar algo que não se pode vencer? Como viver entre as maiores ameaças da Terra? Como honrar um legado?
Astro City: Vidas Privadas vêm com essas propostas em seu interior. Kurt Busiek, Brent Anderson e Alex Ross nos trazem mais cinco histórias fascinantes com personagens em seu cotidiano.
Na primeira parte deste volume 11 da série, conhecemos a Iniciada de Prata, uma maga suprema bem diferente. Ela não é arrogante, ela não é cínica, pelo contrário, ela curte essa vida entre o mundo místico e físico, tendo como uma auxiliar a pessoa em quem ela mais pode confiar, Raitha, sua auxiliar. Sem Raitha, a Iniciada de Prata estaria totalmente perdida em sua agenda conturbada e cheia de compromissos. O dia-a-dia de Raitha poderia ser fácil, mas com a mudança para Astro City, as coisas ficam bem mais complexas. Ela tem de resolver as mudanças na agenda da Iniciada de Prata, questões de conflitos entre povos místicos e receber correspondência. A história é gratificantemente divertida, pois percebe-se que, às vezes, quem está por trás dos grandes magos, são os verdadeiros heróis.
Na segunda história, vemos o ladrão almofadinha Edward “Ned” James Carroway, cuja vida foi dedicada aos assaltos fantasiados. Entre os ladrões, ele é o conhecido almofadinha por gostar de ter estilo nas ações. Começou como um lobo solitário, conhecido como Ladrão de Casaca, mas depois de ser preso pela primeira vez, decidiu dedicar-se a trabalhos em grupo. Sua vida tem como principal herói o Lobo Mau, da história “Chapeuzinho Vermelho”. É nele que Ned se retrata para agir sempre que está na ação vilanesca dos assaltos.
Na terceira história conhecemos o Mestre Dançarino, um ser místico que chega a Astro City causando uma grande onde de... Amor! Ele termina fazendo com que um dos grandes vilões da cidade, Câo de Caça, que tem como seu perseguidor o Caixa de Surpresas. A influência do Mestre Dançarino somente pode ser encerrada por outro grande ser místico, o Enforcado. Mas será que a influência desse ser místico, após o encerramento de sua passagem, causou mais mal ou bem em Astro City?
Na quarta história, conhecemos Ellie. Uma senhora que cuida de um bizarro museu de robôs vilões. Mas sua vida muda totalmente quando um sobrinho a visita, fazendo que o passado de Ellie retorne de forma drástica. Ellie termina presa e precisa agir para mostrar a todos que nem ela e nem seus amigos são culpados de qualquer coisa que venham a acusá-los.
Na quinta história, fechando esse volume, conhecemos um pouco dos conflitos entre Simon Diz e o Estrela Brilhante. Simon é um jovem brilhante que, aos quinze anos, decide se tornar o maior vilão de sua cidade. Mas ele precisa enfrentar o emblemático Estrela Brilhante, um jovem heróis altruísta capaz de fazer qualquer coisa para que Simon reconheça seus erros e coloque suas ações a favor da humanidade. Mas Simon possui mais segredos do que ele próprio gostaria de acreditar.
Eu sempre paro todas as minhas leituras para apreciar esse trabalho maravilhoso de Busiek, Anderson e Ross. A forma como Busiek retrata o cotidiano de casa personagem, é simplesmente fascinante e gratificante. Como sempre, o heroísmo está lá, mas o ponto central das histórias não são esses atos heroicos ou vilanescos, mas a vida pessoal desses personagens. Busiek fala sobre amizade, companheirismo, amor, sem limites e sem preconceitos. Sem contar que ele cria um dos primeiros personagens transgêneros dos quadrinhos, pois antes desse eu não conhecia outo (se quiser saber, leia a obra).
Obra! Sim, Astro City é uma grande obra prima dos quadrinhos, composta das mais brilhantes histórias já escritas. A cada história que leio, descubro que o interessante não são as lutas entre o bem e o mal, mas sim o cotidiano desses heróis, vilões e as pessoas de Astro City.

domingo, 10 de março de 2019

Batman 80 Anos - Quadrinhos

Neste ano de 2019 Batman está completando 80 anos e sua história e extensa e com várias nuances. Nestes primeiros vídeos, falo sobre sua carreira nos quadrinhos, desde sua criação, passando pelas mudanças em Batman: Ano Um, A Queda do Morcego, Terra de Ninguém, Os Novos 52 e DC Renascimento.


quinta-feira, 7 de março de 2019

RESENHA CINEMA: Capitã Marvel (Captain Marvel, 2019)


CAPITÃ MARVEL (Captain Marvel, 2019)

Direção: Anna Boden e Ryan Fleck
Roteiro: Anna Boden, Ryan Fleck, Geneva Robertson-Dworet, Nicole Perlman, Meg LeFauve
Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Ben Mendelsohn, Jude Law, Annette Bening, Lashana Lynch, Clark Gregg, Djimon Hounsou, Lee Pace, Akira Akbar, Gemma Chan, Algenis Perez Soto, Rune Temte

Vers (Brie Larson) é uma guerreira kree que parte em uma missão com a Starforce, liderada por seu comandante (Jude Law), na intenção de deter os skrulls. Ela termina seguindo-os e chegando à Terra, onde conhece o agente Nicholas Fury (Samuel L. Jackson) e os dois assumem uma parceria para deter os skrulls e descobrir mais do passado de Vers, pois ela têm pequenos flashes de lembranças de uma vida passada na Terra.
“Capitã Marvel” estreou hoje nos cinemas brasileiros, mas estreia amanhã (08/03/2019), Dia Internacional das Mulheres, nos Estados Unidos. Só que o filme é mais um filme de super-herói.
Tá, vamos lá. O filme é estrelado por uma super-heroína da Marvel que teve várias fases nos quadrinhos: Miss Marvel, Binária, Warbird e Capitã Marvel... não, não vou fazer comparações com os quadrinhos, pois o Universo Cinematográfico Marvel é uma coisa totalmente diferente. Não chega nem a ser um resumo da história de Carol nos quadrinhos, é um verdadeiro pulo de fases.
A personagem ganha os poderes em um evento bem diferente dos quadrinhos – não, não falarei por causa dos spoilers -, bem como a forma de como recebe seu uniforme vermelho, azul e dourado. Percebe-se que ela é muito mais poderosa do que se pode imaginar, pois durante todo o tempo seu poder é contido. A atuação de Brie Larson é muito boa, ela se sai muito bem atuando no filme e nos dando uma Carol Danvers/Vers/Capitã Marvel convincente. Mas é isso!
Ok, é importante, pois o filme tem uma super-heroína estrelando, mas não busca em nenhum momento mostrar o quão relevante ela é. “Ah, mas ela tem superpoderes! Ela não depende de ninguém!”, sim, é verdade. Ela é uma guerreira fora de série, as cenas de lutas são as mais convincentes desde “Capitão América: Soldado Invernal”, mas é isso. É uma filme onde uma super-heroína estreia, nada demais.
Você se diverte com o filme, dá umas risadas bem colocadas – não estão deslocadas no roteiro –, consegue ficar feliz com as cenas de ação, fica ainda mais feliz com a homenagem feita a Stan Lee – ele está no filme –, mas não espere um filme levantando a bandeira do empoderamento feminino, pois não é esse o objetivo da Marvel Studios. Percebe-se que, mesmo que tenha quatro mulheres que cuidaram da história, uma delas co-direciona o filme, é a história de apresentação de uma super-heroína que terá uma grande importância – aparentemente – no filme “Os Vingadores: Ultimato” que estreia em 25 de abril de 2019, nos cinemas.
“Capitã Marvel” é diversão garantida para quem deseja ver um filme de super-heroína, e só.