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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

TRAILER COMENTADO: “Capitão América 3: Guerra Civil”

Na terça-feira a Marvel Studios lançou o primeiro trailer oficial do filme “Capitão América 3: Guerra Civil”, bem diferente do que fora mostrado durante a D23 Expo. Cada trailer mostra que o filme terá muita história para contar, mais do que a sinopse oficial divulgada pela Marvel.
Civil_War_FightEu, sinceramente, nunca li a saga Guerra Civil, publicada nas revistas da Marvel Comics entre os anos de 2006 e 2007, mas conheço o contexto da história: O super-vilão Nitro ataca a cidade de Stamford durante o reality show que o grupo Novos Guerreiros vem desenvolvendo, só que seu ataque destrói a cidade e elimina várias vidas, entre elas crianças que estavam nas escolas no momento do ataque. Isso leva o governo dos Estados Unidos a desenvolver a Lei de Registro, que divide os super-heróis da Marvel em duas frentes, os contra a Lei, liderados pelo Capitão América, e o que são a favor, liderados pelo Homem-de-Ferro. A guerra toma tais proporções que dividem grupos, causam revelações surpreendentes e fazem mudanças de lados acontecerem no meio da batalha. Ao final, Tony Stark se torna diretor da S.H.I.E.L.D., Capitão América é preso e julgado como criminoso e tem um final fatal, sendo assassinado pela Agente 13.civil-war-the-death-of-captain-america
No novo filme, mesmo que não tenhamos Nitro e os Novos Guerreiros, um conflito será o ponto de partida do terceiro filme do Capitão América, a destruição da cidade de Sokovia, no Leste Europeu, durante o filme “Vingadores 2: A Era de Ultron”. Juntando as informações do trailer da D23 Expo, com o novo trailer e a sinopse oficial, além de um novo grupo ter surgido após o conflito, o governo descobre que Steve Rogers (Chris Evans) anda agindo clandestinamente, procurando pelo seu amigo Bucky Barnes (Sebastian Stan), o Soldado Invernal, responsável pelo atentado a bomba ao diretor da S.H.I.E.L.D., Nick Fury, então decidem que é necessário manter um controle, criando um sistema de registro de super-heróis (possivelmente o “Tratado de Sokovia” seja esse sistema). Isso divide as opiniões do novos e antigos membros dos Vingadores, levando Tony Stark (Rober Downey Jr.) a apoiar a decisão do governo, enquanto Steve fica contra. Além disso, um novo vilão surge em meio a essa disputa, tendo como um dos seus associados Ossos Cruzados (Frank Grillo).civilwar-capvsironman-promo
O novo trailer apresenta algumas novidades dentro da história do filme que tem direção dos irmãos Anthony Russo e Joe Russo (Capitão América 2: O Soldado Invernal). Entre as novidades temos um posicionamento do Pantera Negra, que parece apoiar o lado do Homem-de-Ferro. Vemos também o retorno do general Thaddeus “Thunderbolt” Ross (William Hurt), que chama o Capitão América de “vigilante”. O único personagem que permanece um mistério é o jovem Homem-Aranha (Tom Holland), que não deu as caras ainda, possivelmente sendo uma grande surpresa no filme.civil-war-fight
É cedo ainda para podermos avaliar como o filme será, mas creio que o novo trailer nos traz uma nova ideia do que ocorrerá nessa película do Bandeiroso. Os conflitos, as decepções, a intriga, a lealdade, isso tudo pode ser testemunhado.
“Capitão América 3: Guerra Civil” estreia no Brasil no dia 28 de abril de 2016, e traz entre as estrelas Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Anthony Mackie, Sebastian Stan, Don Cheadle, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Paul Bettany, Emily VanCamp, Chadwick Boseman, Tom Holland, Daniel Brühl, Frank Grillo e William Hurt. Assistam ao trailer.Civil-War-Captain-America-bannerCivil-War-Iron-Man-BannerCivil-War-Captain-America-v-Iron-ManCivil-War-Poster-Iron-Man-Captain-America




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

RESENHA HQ: Liga da Justiça: Torre de Babel (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss)

dcgn_04_ligaLIGA DA JUSTIÇA: TORRE DE BABEL (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss)

Roteiros: Mark Waid, Dan Curtis Johnson

Desenhos: Howard Porter, Pablo Raimondi, Steve Scott

Arte-Final: Drew Geraci, Mark Propst, Claude St. Aubin, Dave Meikis

Título original: JLA: Tower of Babel

Ra's Al Ghul, conhecido eco terrorista, líder da Liga de Assassinos e inimigo corriqueiro do Batman, planeja um plano de destruição dos terráqueos causando uma dislexia global, fazendo com que ninguém se entenda, mas para realizar seus planos precisa antes desestabilizar o maior grupo de super-heróis do planeta, a Liga da Justiça.

Com planos de contenção para cada membro da LJA, Ra's detém a cada um deles com algumas de suas fraquezas e medos. O maior problema é que esses planos de contenção vieram de um dos membros da Liga, Batman, o que poderá causar mais problemas e uma instabilidade na confiança dentro da equipe.

“Liga da Justiça: Torre de Babel” foi um dos melhores arcos de histórias da Liga da Justiça. Escrita por Mark Waid e Dan Curtis Johnson, a história mostra que algumas das fraquezas dos membros da equipe podem ser gerados pelos seus anseios e medos, e que Batman tinha como usar isso contra cada um deles.

Quem desconhecer a história e ter visto Liga da Justiça: A Legião do Mal (JLA: Doom, 2012), perceberá certas semelhanças nas histórias. E não é à toa, pois a história de Waid e Johnson serviu de inspiração para o roteirista Dwayne McDuffie (1962-2011) escrever a animação. Apesar das diferenças entre a forma de ação, o antagonista central e alguns membros da LJA, a ideia principal está lá, ou seja, Batman criou planos de contenção para cada membro da Liga da Justiça e estes são roubados dele e usados para deter seus integrantes. Ambas as histórias são maravilhosas, mas sempre fico com os quadrinhos.

O mais maravilhoso é que todos os personagens estão no seu auge. Não temos mudanças absurdas nos status quo dos personagens, e a ideia de legado perdura, tanto que temos Wally West como Flash (tenho pena da nova geração que não conhece ESSE Flash) e Kyle Rayner como o quinto Lanterna Verde da Terra. Temos Batman em uma ótima fase, tanto na Liga da Justiça quanto nos seus quadrinhos-solo. Superman, que saíra de uma das fases mais tristes de sua carreira nos quadrinhos, parecia estar se ajustando. Sem contar que temos J’onn J’onzz como membro integrante do grupo e Homem-Borracha como alívio cômico (mesmo que não seja o caso nessa história em si).

Waid e Johnson desenvolvem aspectos da forma do Batman deter cada membro sem que, necessariamente, precise dos pontos fracos convencionais. Ele brinca com ideias pouco comuns nas histórias. Sem contar que ele usa aspectos da vida de Bruce para desestabiliza-lo, também. É impressionante como o eles fazem um excelente uso de um personagem como Ra’s Al Ghul, que nunca fora usado antes como inimigo da LJA.

A arte de Howard Potter e dos outros artistas, dá o tom da ação que acompanhamos. Potter já havia realizado trabalhos com a LJA, desde que Grant Morrison reajustou o grupo, o que lhe facilitou nesse trabalho. Todos os artistas envolvidos desenvolvem bem a arte no quadro-a-quadro, sem a apelação de pôsteres de duas páginas ou de páginas inteiras, mostrando que um trabalho para se ter boa ação não é necessário virar um pôster em A3.

A segunda história do encadernado vem com a primeira história oficial da Liga da Justiça, onde eles enfrentam o alienígena Starro na revista Brave and The Bold #28 (março de 1960). Apesar de citarem a participação de Batman e Superman, eles são somente coadjuvantes, enquanto toda a história é centralizada nos outros cinco membros do grupo: Lanterna Verde, Flash, Mulher-Maravilha, Aquaman e Caçador de Marte. A história é escrita por Gardner Fox (1911-1986) e desenhada por Mike Sekowsky (1923-1989) e mostra muito do que era o começo da Era de Prata dos quadrinhos, antes do surgimento da Marvel Comics. O grupo tinha histórias simples e de desenrolar em um único arco, sem grandes minisséries. Tudo se resolvia em uma única edição. Isso, nos dias de hoje não somente é raro, mas quase impossível de se acontecer nas revistas atuais.packge_img

A coleção pode ser adquirida, como eu disse no começo, em bancas e lojas especializadas, mas também pode ser através de assinatura no site da Eaglemoss Collections, que também oferece brindes muito legais.brinde01_img

RESENHA SÉRIES: Jessica Jones (Marvel’s Jessica Jones, 2015)

Marvels-Jessica-Jones-posterJESSICA JONES (Marvel’s Jessica Jones, 2015)

Produção: Kevin Feige, Liz Friedman, Stan Lee, Jeph Loeb, Joe Quesada, Melissa Rosenberg

Elenco: Krysten Ritter, David Tennant, Mike Colter, Rachael Taylor, Carrie-Anne Moss, Ela Darville, Will Traval, Susie Abromeit, Erin Moriarty, Robin Weigert.

Jessica Jones (Krysten Ritter) é uma investigadora particular das menos convencionais, pois ela tem superpoderes, ela é um “deles”. Mas de uma forma bem diferente, ela vive o dia-a-dia de qualquer outro, buscando sobreviver, ganhar o seu dinheiro para comprar “a bebida de cada dia”.

Quando um casal bate sua porta procurando sua filha desaparecida em Nova Iorque, o passado sombrio de Jessica vem na retaguarda e com ele reaparece Kilgrave (David Tennant), um psicopata desalmado que com uma simples palavra pode fazer as pessoas fazerem o que ele desejar.

Entre seu romance conturbado com Luke Cage (Mike Colter), proprietário de um bar local, sua relação com sua irmã adotiva Trish Walker (Rachael Taylor), apresentadora de um programa radiofônico, sua constante ajuda ao jovem vizinho Malcolm (Eka Darville), um dependente químico, e seu trabalho junto com a advogada criminal Jeryn Hogarth (Carrie-Anne Moss), ela busca desvendar o desaparecimento da jovem e encontrar Kilgrave.

Mais uma vez o Netflix acerta ao investir em um seriado dedicado aos personagens da Marvel Comics e ao seu Universo Cinemático. Com referências constantes ao UCM, Jessica Jones viaja por esse mundo que mistura cinema e televisão.

Como em Demolidor, os acontecimentos ocorrem depois da “Invasão de Nova Iorque”, onde os Vingadores enfrentaram os Chitauri e Loki. Jessica ganhou seus poderes bem antes do evento, mas só veio a descobri-los após um trágico acidente, na adolescência. Seu emocional também é bem explorado em toda a série, o que podemos parabenizar a atriz Krysten Ritter por isso.

Ritter sempre fez papéis coadjuvantes, construindo sua carreira devagar. Mesmo assim, era uma atriz que se nota por causa da escolha dos personagens, sempre com um drama pessoal forte, mesmo em comédias como “Ela é Demais Para Mim” (2010). Daí então ela veio a fazer a namorada do personagem de Aaron Paul em “Breaking Bad” (2008-2013). Se tornou uma das protagonistas da comédia “Vamps” (2012), ao lado de Alicia Silverstone e Sigourney Weaver e da série “Apartment 23” (2012-2013). Quando a série “Veronica Mars: A Jovem Espiã” (2004-2007) ganhou um filme em 2014, ela estava lá reprisando um dos seus primeiros personagens de destaque em uma série. Com Jessica tudo que ela já fizera anteriormente é reprisado. Personagens com dramas pessoais tensos, mulheres irônicas e fortes. E para incluir no seu currículo, entra uma personagem com superpoderes, uma superheróina.

Outro personagem que ganha um grande drama pessoal é Kilgrave, interpretado pelo ator David Tennant. É maravilhosa a forma como Tennant desenvolve esse personagem tão complexo, pois Kilgrave tem uma infância bem conturbada, o que leva a ser como é. Mesmo que isso não justifique sua forma de agir, ele é um personagem como problemas pessoas bem sérios. Esse escocês sempre fez trabalhos variados entre a Inglaterra e os Estados Unidos, entre eles a minissérie em três partes “Casanova” (2005) e o filme “Harry Potter e o Cálice de Fogo” (2005), mas seu grande destaque ocorreu quando começou seu trabalho como O Doutor em 2005 na série “Doctor Who” (1963-), reiniciada por ele. Foram 57 episódios na pele do personagem, além da animação “Doctor Who: The Infinite Quest” (2007) e da minissérie animada em seis partes “Doctor Who: Dreamland” (2009). Ainda fez uma participação na série “The Sarah Jane Adventures” (2007-2011), em seis episódios durante os anos de 2008 e 2010. Em 2009, ele fez o filme para a BBC “Hamlet”, encenando o personagem-título do drama shakespeariano. Em 2011, ele fez o personagem Peter Vincent na refilmagem do terror “A Hora do Espanto”, bem diferente do Peter Vincent do original de 1985. Quando se desvencilhou d’O Doutor em 2013, estrelou para a Fox a minissérie em 10 partes “Gracepoint”, ao lado de Anna Gunn (Breaking Bad). Seu mais recente trabalho vem sendo na série para iTV, “Broadchurch” (2013-). Todos, na sua maioria, mostram a capacidade de Tennant em variar nos personagens. Kilgrave mostra toda essa carga do ator.jessica-jones

Ao lado de Ritter temos ótimos atores também, demonstrando seu talento como a atriz Rachael Taylor. Ela já chegou a participar de um filme ligado à Marvel, “O Homem-Coisa: A Natureza do Medo” (2005). Não é algo para se orgulhar, devido a produção e direção fracas, mas também fez outros papéis menores em filmes de terror e ação, como “Transformers” (2007) e “Imagens do Além” (2008). Taylor chegou a participar de oito episódios de “Grey’s Anatomy” (2005-), além de ser uma das protagonistas na tentativa de revitalização da série de TV “As Panteras” (2011). Estrelou a série da ABC “666 Park Avenue” (2012-2013) e “Crisis” (2014) da NBC. Agora ela faz a irmã adotiva de Jessica Jones, que tem uma vida de estrela-mirim e passa pelas mesmas conturbações que todas passam. Mesmo que não seja mostrado, as agruras estão lá, mostradas na interpretação da atriz.

Outro personagem de grande importância é o do ator Mike Colter, pois ele interpretada Luke Cage. Mesmo com o mistério de como o personagem ganhou sua invulnerabilidade ser mantido no decorrer da série – deve ser mostrado na série-solo do personagem –, Colter já nos fornece o drama do personagem. Ele não chega a participar de todos os episódios do seriado, mas sempre que sua aparição é requisitada, tem grande motivação e importância. Já o ator é um veterano de participação em seriados, sempre em papéis menores, bem como suas aparições em filmes, sempre como coadjuvante. Dessa forma ele participou de filmes como “Menina de Ouro” (2004), “MIB³: Homens de Preto 3” e “A Hora Mais Escura” (2012). Entre 2011 e 2012, fez parte do elenco da série “Ringer”, estrelada por Sarah Michelle Gellar (Buffy: A Caça-Vampiros). Em 2014 foi um dos protagonistas da minissérie “Halo: Nighthall”. Também participou de oito episódios da série “The Following” (2013-2015), teve uma longa participação na série “The Goodwife” (2009-) e, agora, além de participar do seriado e ainda ter uma futura série que estrelará, ele apareceu na série “Agent X” (2015-) do canal TNT. Espero que descubramos muito mais sobre o personagem em um futuro próximo, em sua própria série, mas sabemos bastante sobre ele já em “Jessica Jones”.

Outra de grande destaque é a atriz Carrie-Anne Moss que interpreta a advogada criminal Jeryn Hogarth. Hogarth não possui escrúpulos quando o assunto é vencer. Ela mantém como seu slogan que somente pega casos para vencer, então ela titubeia em ajudar Jessica Jones em inocentar uma jovem seduzida por Kilgrave. Ela também tem problemas com sua esposa, ainda mais quando a trai com sua assistente, então precisa lutar para conseguir divórcio sem perder muito. Já a atriz Carrie-Anne Moss mostra ser totalmente de encarar essa personagem. Ela é extremamente conhecida pelo seu personagem Trinity na trilogia Matrix (1999-2003), mas antes disso já havia feito personagens em seriados como “Dark Justice” (1991-1993), “Matrix” (1993), “Models, Inc.” (1994-1995) e “F/X: The Series” (1996-1998). Depois do primeiro filme, Moss fez personagens em filmes como a comédia “Mafiosos em Apuros” (2000), o thriller “Amnésia” (2000), a ficção científica “Planeta Vermelho” (2000) e o drama “Chocolate” (2000). Ela também ganhou muita notoriedade após os últimos filmes da trilogia Matrix, variando muitos em suas atuações, como os filmes “Sedutora e Diabólica” (2006), “Paranóia” (2007), “Ameaça Terrorista” (2010), “Jogos de Interesse” (2012), “Silent Hill: Revelação 3D” (2012) e “Pompéia” (2014). Ela também fez parte do elenco principal da série “Vegas” (2012-2013), ao lado de Dennis Quaid (G.I. Joe: A Origem de Cobra) e Michael Chiklis (Quarteto Fantástico). Sendo assim, sua carreira fala por ela, e encarar esse tipo de personagem se torna interessante, ainda mais o tom de inescrupulosa que ela lhe dá.

Fecha o elenco principal o jovem Eka Darville interpretando o viciado Malcolm. Como muitos, Malcolm tem um passado nebuloso, pois desistira de sua faculdade e fora para Nova Iorque, mas termina se envolvendo com as pessoas erradas e se torna um viciado. Eka começou sua carreira participando de seriados adolescentes como “Galera do Surf” (2005-) e “Power Ranger R.P.M.” (2009). Participou do seriado “Spartacus” (2010) e “Terra Nova” (2011), retornando como Red Eagle RPM Power Ranger em dois episódios do seriado “Power Rangers Samurai” (2011). Entre 2013 e 2014, participou do seriado “The Originals” (2013-) e em 2015 da série “The Empire” (2015-). Sua forma de interpretar Malcolm demonstra que o ator tem um grande futuro. Espero que ele venha a aparecer na segunda temporada, também.jessica-jones-teaser-banner

Não conheço muito do universo quadrinhístico de Jessica Jones, pois comecei a lê-lo e não gostei muito da história. Muitos elogiam o trabalho de Brian Michael Bendis na série que fora publicada no selo MAX, Talvez tenha de dar mais atenção no futuro para a história, mas o que a criadora da série, Melissa Rosenberg, nos dá é ouro. Mas também o que esperar de uma pessoa que fora uma das produtoras da série “Dexter” (2006-2013). Em todos os treze episódios que criou, Melissa nos passa um thriller de ação com um trabalho muito grande na psique de cada personagem. Ela trabalha seus dramas pessoais, suas buscas, suas loucuras, suas motivações, seus problemas, seus vícios, sem perder o ritmo das histórias, deixando-o preso do começo ao fim da série. “Jessica Jones” se tornou mais um investimento inteligente da Netflix, em conjunto com a Marvel Studios. São treze episódios de prender a atenção.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

RESENHA HQ: Pétalas (2015)

PetalasPÉTALAS

Roteiro: Gustavo Borges

Arte: Gustavo Borges

Cores: Cris Peter

Editoras: Jupati Book (RJ) | Tambor Quadrinhos (SP)

Ano: 2015

Pág.: 66

Quando o inverno chega e você precisa cuidar de seu pai doente, corre para fazer de tudo para ajudá-lo. Mas quando um estranho aparece, você não pode imaginar que ele possa ser a solução de seus problemas. Esse é basicamente o enredo dessa linda história em quadrinhos escrita e desenhada pelo jovem Gustavo Borges que eu adquiri na 9ª Edição do Festival Internacional dos Quadrinhos (FIQ).

A história não possui texto, somente ideias e onomatopeias, lembrando bastante “Monstros”, de Gustavo Duarte. O que faz com que você preste atenção no quadro-a-quadro da história. É algo bem simples, mas com uma linda lição de sempre ajudar ao próximo, pois você nunca saberá quando precisará dele.

É bem diferente do outro trabalho que eu conheço do Gustavo Borges, “A Entediante Vida de Morte Crens”, onde ele satiriza a Morte. “Pétalas” é de uma sensibilidade impressionante e de uma seriedade fantástica. Sinceramente, nunca esperaria uma história tão adulta para um jovem como Gustavo. Ele está de parabéns.

Seus traços para a história são de um refinamento que eu vi poucas vezes em quadrinhos nacionais. Desde a família raposa, passando pela ave, ele desenvolve tudo de forma tão natural, o que deixa a história ainda mais interessante.

Cris Peter dá o clima da história com bastante sombras e pouca luminosidade, caprichando na mistura de cores azuladas e pastéis, mas sem escurecer demais. As sombras são brandas e percebemos os traços e a arte-final de Gustavo em toda a história.

Eu somente me vi sem palavras assim ao ler as histórias das Graphic MSP “Turma da Mônica: Laços”, “Bidu: Caminhos”, “Penadinho: Vida” e “Turma da Mônica: Lições”. É muito gostoso ver esse tipo de trabalho sendo desenvolvido por quadrinhistas nacionais, e é ainda mais gratificante ver que podemos testemunhar histórias sensacionais dos nossos jovens artistas.Petalas-banner

RESENHA CINEMA: O Último Caçador de Bruxas (The Last Witch Hunter, 2015)

o-ultimo-cacador-de-bruxasO ÚLTIMO CAÇADOR DE BRUXAS (The Last Witch Hunter, 2015)

Direção: Breck Eisner

Roteiro: Cory Goodman, Matt Sazama, Burk Sharpless

Elenco: Vin Diesel, Rose Leslie, Elijah Wood, Michael Caine, Ólafur Darri Ólafsson, Julie Engelbretch, Joseph Gilgun.

Há 800 anos atrás, Kaulder (Vin Diesel) fora amaldiçoado pela Rainha-Bruxa (Julie Engelbretch) a viver eternamente. Dessa forma ele se torna o último caçador de bruxas a servir a Organização Secreta “A Cruz e o Machado”. Seu assistente, o 36º Dolan (Michael Caine) está para se aposentar e será substituído por um jovem rapaz, o 37º Dolan (Elijah Wood). Mas forças sinistras estão para desencadear na cidade de Nova Iorque e para isso Kaulder contará com a ajuda de Chloe (Rose Leslie), uma bruxa capaz de caminhar pelos sonhos que o ajudará a desvendar os fantasmas de seu passado para lhe auxiliar no seu futuro.

Mais uma franquia de Vin Diesel. Por que franquia? Porque é claro como água que a ideia do filme é ter sequências com o ator 4X4.

Apesar de termos atores como Sir Michael Caine (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge), Elijah Wood (O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei) e Rose Leslie (Game of Thrones), temos Vin Diesel. Tá, ele é um ator de ação, mas o filme busca lhe dar uma carga dramática na qual o ator não é capaz de transmitir em nenhum momento da película. Sua expressão é forçada, robótica e não transmite a empatia necessária. Até mesmo atores como o estadunidense, naturalizado islandês Ólafur Darri Ólafsson (A Vida Secreta de Walter Mitty), a bela francesa Julie Engelbretch (O Barão Vermelho) e o inglês Joseph Gilgun (Sequestro no Espaço), em seus poucos minutos de frente da câmera, têm mais expressividade do que Diesel.

O corpo duro e retesado de Vin Diesel lhe dá movimentos sem naturalidade e sem expressividade. Sua sorte é que ele tem bons atores à sua volta para carregar o filme com a dramaticidade necessária. Mas é um filme de ação, então não tem muito o que exigir do ator? Pelo contrário, pois até mesmo no quesito ação o filme é bem lento.tlwh-kaulder

Temos boas cenas de luta, quebra-quebra, batalhas de espadas, efeitos especiais, mas a ação acontece de forma vagarosa, pois ao meu ver buscou ganhar mais com o drama do que somente com as cenas em que Diesel sai no quebra-pau com os vilões. Muitos poderão dizer: “Ah, é um filme de ação, então para que exigir dramaticidade?”, mas aí que você se enganam, pois outros atores de filmes de ação já pegaram papéis com certa semelhança e se saíram bem melhores.

Se eu assistiria a sequência? Com certeza, pois é um filme de ação com Vin Diesel, e mesmo que não goste da forma dele atuando, gosto de ver o careca tentando ser ator. Mas não gastaria meu suado dinheiro para vê-lo no cinema novamente... Ah não ser que eu não tenha nada melhor para fazer ou para ver. Mesmo assim, pensaria duas vezes.

Mas fica a pergunta: terá continuação? Difícil dizer, pois é estimado que o filme tenha custado US$ 90 milhões (de acordo com o IMDB), mas rendeu somente US$ 24 milhões, aproximadamente (de acordo com o Box Office Mojo). Acho que a Lionsgate vai enterrar essa franquia antes mesmo do roteiro da continuidade ficar pronto.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

RESENHA CINEMA: 007 Contra Spectre (Spectre, 2015)

007 contra specter007 CONTRA SPECTRE (Spectre, 2015)

Direção: Sam Mendes

Roteiro: John Logan, Neal Purvis, Robert Wade, Jez Butterworth

Elenco: Daniel Craig, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Ralph Fiennes, Dave Bautista, Ben Wishaw, Naomie Harris, Andrew Scott, Rory Kinnear

Mais uma vez James Bond (Daniel Craig) retorna aos cinemas. Eu não esperava muito desse filme, ainda mais com tantos elogios em sites de entretenimento, pois ultimamente tomei o princípio de não acreditar em tudo que escrevem nos sites, até mesmo em críticas, pois até isso estão comprando hoje em dia. Sendo assim, paguei para ver e valeu cada centavo gasto.

Começamos com a adrenalina inicial que os filmes de 007 vêm contando atualmente. Cenas de tirar o folego e sempre em missões suicidas, fazendo coisas que não veríamos qualquer um fazendo, ah não ser que seja um espião do MI6 ou do MIF (Mission: Impossible Force) ou um ex-agente do governo dos Estados Unidos que fora lobotomizado e busca vingança. Mas o que diferencia James Bom de Ethan Hunt e Jason Bourne, é sua carreira cinematográfica, iniciada com Sean Connery em “O Satânico Dr. No” (Dr. No, 1962). São 24 filmes, 6 atores, e muita história para contar.

Nessa nova história, Bond descobre que uma organização pretende causar várias destruições para ter o domínio global através de uma rede de corrupção e intriga. A única pista que ele tem sobre isso, é um anel com um símbolo. Ele então descobre que várias coisas que lhe aconteceram estão interligadas com essa organização, e que seu passado tem mais ligação ainda. Sendo assim, além de descobrir mais sobre esse grupo, ele precisa proteger a filha de um antigo rival. E as coisas começam a se complicar mais ainda quando o Programa 00 está para ser desativado, graças a um novo programa que será implementado, visando a segurança mundial.

Volto a dizer – pois disse mais acima – não é injustificável os elogios que vêm rolando nas redes sociais de entretenimento. O filme tem uma história envolvente, com muita intriga, mistério, revelações e traições. Como sempre, o James Bond de Craig não confia em ninguém. Não que tenha sido uma construção dele, pois desde a primeira participação do ator em “007 – Cassino Royale” (Casino Royale, 2006), seu personagem demonstra característica de confiar pouco – ou nada – em qualquer um, até mesmo em M (antes interpretado pela atriz Judi Dench, desde “Skyfall” o ator Ralph Fiennes tomou o lugar). Isso se torna interessante nessa construção, pois dá um novo clímax a 007, que continua um mulherengo inveterado, mas mais sisudo, enigmático e menos pragmático.

Nesse filme mais recente sentimos até um pouco mais de descontração do personagem, mesmo que as tensões e brigas que ele encare sempre são bem feitas e elaboradas. Uma das melhores cenas está nas cenas de Bond contra Hinx (Dave Bautista). A perseguição de carros e a briga no trem são totalmente excitantes e extasiantes. Até mesmo seu momentos com as duas bondgirls da vez, Lucia (Monica Belucci) e Madeleine Swann (Léa Seydoux), tem o clímax correto, digno de um filme de James Bond, sem parecer forçado e desnecessário.spectre-banner

O mais interessante ainda é que não somente Bond tem seus momentos no filme – sim, ele é o que mais aparece, pois o filme é de 007 –, deixando espaço para personagens como Q (Ben Whishaw) que tem uma perseguição no bondinho muito legal, além de ter as cenas de – parcial – alívio cômico no filme.

Também temos M se destacando. Enquanto vimos Judi Dench arregaçando a saia, dando tiros e correndo, dessa vez vemos Ralph Fiennes mostrando que Gareth Mallory não se tornou o chefe da divisão 00 à toa. Monnypenny (Naomie Harris) se torna a informante de Bond dentro do MI6, ajudando-o a desvendar os mistérios por trás da organização que M (Judi Dench) o incumbiu de desbaratar.

O vilão da vez ficou a cargo do ator austríaco Christoph Waltz. Fenomenal como sempre, Waltz se revela digno de ser mais uma vez um vilão em um filme de ação. De coronel do Terceiro Reich em “Bastardos Inglórios”, dono de um circo em “Água para Elefantes”, caçador de recompensas em “Django Livre”, percebemos que Waltz é um ator capaz de encarar 007 facilmente. Não quero falar muito de seu personagem para não estragar surpresas, mas ele está digno no seu papel de antagonista do agente secreto da rainha.

E mais uma vez Sam Mendes acerta na direção desse roteiro. Se ele foi muito bom em “Skyfall”, deixando o roteiro fluir de forma divina, em “Spectre” ele acerta em cheio.

Percebe-se os meandros e a teia construída no roteiro de John Logan, Neal Purvis, Robert Wade e Jez Butterworth. Creio que é algo grandioso para um diretor poder dirigir algo assim. Não existem momentos de calma em todo o decorrer da película, de uma perseguição de carros a explosões monumentais, o filme tem um enredo charmoso e fantástico, com muitas revelações. É uma grande montanha russa de eventos.007 contra specter - aston martin

Se eu fosse fazer uma lista de os 10 melhores filmes de 2015, com certeza “007 Contra Spectre” ficaria em segundo lugar (felizmente o primeiro já pertence a “Mad Max”). Mas ainda é cedo e o ano não finalizou. Mesmo assim, se você gosta de filmes de ação e adrenalina, “007 Contra Spectre” é totalmente recomendável. Mas se você prefere um filme com intriga, suspense e jogadas políticas, esse novo filme de James Bond não pode deixar de estar na sua lista.

sábado, 7 de novembro de 2015

RESENHA HQ: Superman: O Último Filho (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss)

dcgn_03_supermanSUPERMAN: O ÚLTIMO FILHO (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss)

Roteiro: Geoff Johns, Richard Donner, Kurt Busiek, Fabian Nicieza

Desenhos: Adam Kubert, Renato Guedes

Arte-Final: José Wilson Magalhães

Título original: Superman: Last Son

O terceiro volume da coleção de graphic novels da DC Comics que a Eaglemoss está lançando no Brasil é dedicada ao primeiro super-herói dos quadrinhos, Superman. Na história, escrita em conjunto por Geoff Johns e o diretor Richard Donner, uma nave chega a Terra transportando uma criança que fala em kryptonês, língua típica do planeta natal do Superman, Krypton, deixando claro ao Homem-de-Aço que ele e sua prima não são mais os últimos kryptonianos vivos. Mas a chegada dessa criança acarretara em problemas aos quais Superman terá de contar com toda a ajuda possível, até mesmo de Lex Luthor.

Quando vejo a lista de graphic novels que serão lançadas pela Eaglemoss eu fico me perguntando o motivo dessa história do Superman estar no terceiro volume. Não tenho certeza se foi o primeiro contato de Geoff Johns com o personagem, mas já se percebe os traços de sua forma de roteirizar, usando referências a aspectos do universo do Homem-de-Aço que caíram na obscuridade após Crise nas Infinitas Terras, fazendo brincadeiras da forma de agir do personagem como o clássico “Para o alto e avante!” (Up, Up and Away, em inglês), com seu disfarce pouco convencional (os óculos que ele usa como Clark Kent), isso sem contar o ressuscitar de elementos que deveriam ser esquecidos da cronologia do Superman, como as inúmeras kryptonitas que causam efeitos diversos ao Superman.

O que eu vejo nessa história é um “jogar por terra” tudo que John Byrne fez pelo personagem após a Crise nas Infinitas Terras. Desde que Jeph Loeb trouxera a Supergirl de volta para o Universo do Homem-de-Aço, isso vem acontecendo. Personagens como Krypto, Zona Fantasma começaram a ser ressuscitados, na minha opinião, desnecessariamente. O fator “O Último Kryptoniano Vivo” deixa de existir, pois não existe mais o órfão Kal-El, já que ele tem uma prima, um cão e tantos outros membros de seu planeta, vivos e ainda respirando, podendo ser uma ameaça não somente a ele, mas também aos terráqueos, tão suscetíveis a ameaças tão poderosas.

Não que eu tenha lido a matéria, mas o argumento de capa da nova Mundo dos Super-Heróis tem seu fundamento. “O que fazer com o Superman?” parece funcionar muito bem, ainda mais com tantos mudanças que os roteiristas adoram fazer com o personagem, sem seguir uma cronologia correta do personagem.

Posso até estar sendo saudosista ao extremo, mas sempre vi a forma como Byrne estabeleceu o personagem como algo perfeito, pois ele era descendente de um povo que abdicara de tudo pela ciência. As mulheres não pariam seu rebento, eles eram gerados como provetas. Os homens dedicavam sua vida ao estudo da ciência, explorando ao máximo o próprio planeta, tanto que fora isso que causara a extinção dos kryptonianos. Eram um povo frio, calculista, sem sentimentos ou adoração pelo próximo. Mark Waid já havia sido incumbido de recriar o passado de Clark Kent/Kal-El/Superman, mas ele não desfizera o que Byrne criara, somente estendeu o aprendizado do Último Filho de Krypton. Já Johns desvirtua isso ao trazer novamente elementos que se fazem desnecessários, não parece dar atenção ao fato que Lex Luthor não ser somente um prodigioso cientista, mas também um grande milionário, ignora todo o aprendizado de Jimmy Olsen, que descobrira ser mais do que um mero fotógrafo e office boy de Perry White, coloca Lar Gand, o Mon-El, como um habitante da Zona Fantasma, esquecendo – só pode ser isso – o fato que o personagem era membro da Legião dos Super-Heróis na época.

Mas nem tudo é tragédia no encadernado, pois o roteirista mantém o status quo de Clark e Lois, ou seja, ambos estão casados, e mantém algo criado por Byrne, Lois e Clark não podem ter um filho, pois este poderia matá-la, caso fosse concebido.

A história fora escrita na época do lançamento do filme “Superman – O Retorno”, então vemos elementos do filme na revista, como a semelhança do uniforme (o cinto contendo o “S”), o formato da Fortaleza da Solidão, o uso dos cristais como fonte de informação sobre Krypton. E interessante como Adam Kubert emula determinados fatores do filme com elementos dos quadrinhos.

Não vejo a necessidade de “O Último Filho” na antiga cronologia do Superman pós-Crise nas Infinitas Terras, pois a história é um emaranhado de misturas de vários momentos na vida do Superman. Como na época de seu lançamento pela Panini Comics eu havia parado de colecionar as mensais, não sei como ficou o Superman depois disso. Mas tenho certeza que a Eaglemoss vai lavar a alma quando, em um futuro próximo, lançar Superman: O Homem de Aço, de John Byrne. Aí sim veremos uma história com um enredo decente e digno do personagem. No mais, “O Último Filho” serve para fazer parte da coleção e não deixar buracos nela, na minha humilde opinião.

Já a segunda história é muito interessante. Com argumento de Kurt Busiek e Fabian Nicieza, roteiro de Busiek e arte de Roberto Guedes, artefinalizado por José Wilson Magalhães, é uma história de família, onde os Martha Kent, Jonathan Kent, Lois Lane, Kara e Lor-Zod (ou Christopher Kent), vão a um planeta achado por Clark, onde podem desfrutar de um momento de paz e tranquilidade. A história tem um clima bem leve e gostoso, mostrando como o Superman pode viver em família, sem ter problemas com supervilões. Fez falta Conner Kent (ou Kon-El), o Superboy, que havia morrido durante a saga “Crise Infinita” (2005-2006). Mas é uma daquelas histórias gostosas de se ver, pois é um momento totalmente único e diferente.

Ainda temos também a origem do personagem em Action Comics #1 (junho de 1938) e a reformulação da origem em Superman #1 (junho de 1939), tendo os Kent como seus pais adotivos.packge_img

A coleção segue e vamos aguardar o próximo número que será a minissérie “Torre de Babel”, uma das melhores histórias da Liga da Justiça já publicadas, A DC Comics Coleção de Graphic Novels pode ser adquirida em bancas e lojas especializadas, além de também pode ser feita a assinatura no site da Eaglemoss Collections: http://www.assinecolecoeseaglemoss.com.br/dcgraphicnovels/, que também oferece brindes muito legais.brinde01_img

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

RESENHA HQ: Batman: Silêncio (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss)

dcgn_01_batmandcgn_02_batmanBATMAN: SILÊNCIO (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss)

Roteiros: Jeph Loeb

Desenhos: Jim Lee

Arte-final: Scott Williams

Título original: Batman: Hush

Finalmente chegaram as bancas e lojas especializadas a DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss, estreando com Batman: Silêncio.

A minissérie foi publicada, pela primeira vez, entre a Batman #608 (dezembro de 2002) e Batman #619 (novembro de 2003). No Brasil ela chegou em agosto de 2003 na Batman #09 e terminou em julho de 2004 na Batman #20, sendo publicada totalmente pela Panini Comics. Ela recebeu encadernado em 2006, no Brasil (nos EUA o encadernado foi feito em maio de 2003). E agora a Eaglemoss vai lança-la em duas edições nessa coleção bem especial.

A história? Batman vai ao resgate de um menino que fora sequestrado pelo Crocodilo, mas existe muito mais por trás desse sequestro. Ele termina encarando a Muher-Gato, quase morrendo e é salvo pelo seu amigo de infância, Thomas Elliot, um dos maiores cirurgiões do país. Encara a Hera Venenosa, Arlequina, Coringa, Charada, Ra’s Al Ghul, Espantalho, Cara-de-Barro e até enfrenta o Superman. Uma tragédia abala a vida de Bruce Wayne, Batman inicia um romance tórrido com a Mulher-Gato e fantasmas do passado vêm assombra-lo. Isso tudo orquestrado por um novo vilão que surge das sombras para tornar a vida do Cavaleiro das Trevas mais difícil.

O roteiro é escrito por Jeph Loeb e toda a minissérie é desenhada por Jim Lee e arte-finalizada por Scott Willams, parceiro de longa data de Lee. A história chega ser empolgante em muitos momentos, principalmente nesse começo, pois vemos muito do que sempre vemos normalmente nas histórias do Batman pré-Novos 52. Ele é um detetive, faz tudo pela sua cidade sem depender – excessivamente – de tecnologia. Ele se vira com o que aprendeu com os anos de treinamento, em determinados momentos Loeb faz uso de vários elementos de Batman pós-Crise nas Infinitas Terras, mas em outros ele parece esquecer de alguns, como o primeiro encontro entre Batman e Mulher-Gato, onde eles se beijam ardentemente. A história flui bem, possui um mistério grandioso com um personagem enigmático, uma trama enredada de forma a ter uma gama enorme de vilões coadjuvantes costumeiros nas histórias do Batman, e até do Superman, em uma batalha interessante contra o Batman e com um desfecho bem típico da época. Os problemas que eu vejo são as piadinhas desnecessárias e sem necessidade no decorrer da história, se tornando bem superficial sem uma conclusão interessante. Sim, cria-se um novo vilão, mas a história não deveria ganhar um “Fim”, mas sim um “Continua... em breve”, já que sua conclusão fica em aberto. Parece mais que Loeb escreveu uma história para exaltar a arte de Jim Lee, em suas cenas de duas capas ou de página inteira ou de meia página. Sim, é um espetáculo vermos os desenhos de Jim Lee na história, arte-finalizada por Scott Williams, mas mesmo que você compreenda a história e esta seja clara no que pretende, parece mais um desfile de imagens e personagens. Não lembra em nada o maravilhoso trabalho que Loeb realizara anteriormente ao lado de Tim Sale, nos especiais do Dia das Bruxas ou mesmo nas minisséries “O Longo Dia das Bruxas” e “Vitória Sombria, pois enquanto nessas minisséries os motivos de aparecimentos de vilões como Duas-Caras, Coringa, Charada, Hera Venenosa, Mulher-Gato e Espantalho tinham sua importância, em Batman: Silêncio eles somente serviram para uma Parada de 7 de setembro, o menos interessante do que as minisséries anteriormente escritas por ele. Mas isso não tira o valor da coleção, que tem um grande potencial a caminho, com muitas histórias legais da DC Comics.packge_img

A coleção pode ser adquirida, como eu disse no começo, em bancas e lojas especializadas, mas também pode ser através de assinatura no site da Eaglemoss Collections: http://www.assinecolecoeseaglemoss.com.br/dcgraphicnovels/, que também oferece brindes muito legais.brinde01_img