TARZAN: CONTOS DA
SELVA (Jungle Tales of Tarzan).
Roteiros: Martin Powell (baseados nos contos de Edgar Rice
Burroughs)
Desenhos: Diana Leto, Pablo Marcos, Lowell Isaac, Will
Meugniot, Nik Poliwko, Steve E. Gordon, Jamie Chase, Terry Beatty, Mark
Wheatley, Sergio Cariello, Tomás M. Aranda, Carlos Argüello
Cores: Diego Rondón, Patrick Gama
Editora: Dark Horse Books (BR: Pixel Media)
Ano: 2015
Pág.: 150
Em 1912, o escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs
(1875-1950) iniciava a saga de Tarzan dos Macacos. Jovem filho da família
Greystoke, Tarzan os perdeu bem jovem e terminou sendo criado por um grupo de
macacos antropoides conhecidos com Mangani. Criado por Kala, Tarzan percebeu,
desde jovem, sua diferença dos seus “irmãos”. Mas até mesmo sua mãe de criação
Tarzan perdeu para a tribo de Mbonga, que a assassinou, trazendo uma revolta
dentro de Tarzan contra aqueles com quem ele se assemelhava.
As histórias que são contadas nessa graphic novel são as junções de doze contos de Burroughs, adaptados
para os quadrinhos. Nas histórias, vemos o mito de Tarzan se tornar mais forte,
tanto entre os habitantes da aldeia Mbonga quanto os membros dos Mangani.
Conhecemos sua afeição por Teeka e sua amizade com Taug e Tantor,
o elefante. Seu carinho pelo balu de
Teeka e Taug, Gazan, e Tibo, filho de Momaya dos Mbonga. Suas constantes batalhas
contra Sheeta, o jaguar, Buto, o rinoceronte, Numa, o leão e Histah, a
serpente. Seus conflitos e dúvidas quanto aos membros da aldeia Mbonga, que o
chamam de “Demônio das árvores” ou “Deus das árvores” (Momaya o chama assim).
Seus ensinamentos para os Mangani.
Nas doze histórias, vemos ideias e contextos pouco
conhecidos sobre Tarzan, bem antes dele conhecer Jane Porter. Bem antes dele
descobrir sua herança nobre na Inglaterra. Em alguns desenhos vemos ele sendo
retratado mais jovem, em outros os desenhistas dão características mais maduras,
mas o que é importante é a ação em si, que é bem dinâmica.
Tarzan é um grande clássico, não importa que seja em
magazines, livros, quadrinhos, filmes, animações ou seriados, ele é um dos personagens
mais adaptados dos últimos tempos. Suas interpretações e reinterpretações, as
vezes bem pessoais, seguem a ideia iniciada por Burroughs. Mas o objetivo da
Dark Horse e, principalmente, do escritor Martin Powell, foi trazer de volta os
conceitos iniciais de Tarzan, pois mesmo sendo uma adaptação, buscou ser a mais
fiel de todas.
Em 21 de julho de 2016 veremos mais uma adaptação nos
cinemas, intitulado “A Lenda de Tarzan”, dirigido por David Yates, com Alexander
Skarsgård e Margot Robbie como Tarzan e Jane
Porter, respectivamente. Só que, com certeza, é mais uma adaptação livre do rei
das selvas e senhor dos macacos, levando ainda mais longe o legado deixado por
Burroughs.
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