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quinta-feira, 26 de maio de 2016

RESENHA HQ: Authority vol. 1

AUTHORITY VOL. 1

Roteiro: Warren Wellis
Desenhos: Bryan Hitch
Arte-final: Paul Neary
Editora: DC Comics (BR: Panini Comics)
Ano: 2014 (BR: 2015)
Pág.: 204

Jenny Sparks, Jack Hawksmoor, Swift, Apolo e Meia-Noite, ex-membros do Stormwatch, se juntam a Engenheira e o Doutor para formar o Authority, um grupo que faz qualquer coisa para manter a paz mundial... qualquer coisa mesmo.
Eles viajam na Balsa, um tipo de embarcação que viaja por dimensões ligados ao inconsciente e universos alternativos e oníricos. Em sua primeira ação, Sparks avisar a Jackson King – também conhecido como Batalhão, que foi o último Senhor do Tempo do Stormwatch – e sua esposa Christine Trelane – também conhecida como Sinergia – que o grupo Stormwatch Black decidiu formar um novo grupo e não respondem a ninguém. Eles estão investigando as informações de um ataque a Moscou que matou milhares de pessoas. Enquanto investigam esse caso, um novo ataque acontece em Londres, fazendo-os agir de imediato contra vários super-humanos que se assemelhavam, então eles descobrem que tudo tem ligação com a Ilha Gamorra, dominada pelo estadista Kaizen Gamorra. Ele pretende se vingar do mundo, fazendo seu símbolo – um círculo com três nós – para mostrar a todos o seu poderio. Então cabe ao Authority detê-lo e destruí-lo.
Na segunda história, o Authority se depara com um reino de outra dimensão que pretende tomar a Terra para eles. É um povo formado por mistura de humanos com alienígenas conquistadores. Nossa Terra já havia tido contato com eles nos anos de 1920 e Jenny Sparks conheceu-os muito bem, chegando a ter um caso com um deles. Eles desenvolveram um portal que ligava nossa Terra à deles e, por anos, depois de acontecimentos catastróficos, pensou-se que o outro mundo paralelo havia sido destruído. Descobre-se, também, que a Balsa é na verdade um transnave dos alienígenas, que ficou perdida em uma dimensão superior. Agora os habitantes dessa Terra paralela pretendem liquidar com o Authority, antes que frustrem novamente seus planos de dominação do nosso planeta.
Warren Ellis, responsável por Stormwatch se tornar um sucesso nos quadrinhos – eles foram criados por Jim Lee e Brandon Choi em “Stormwatch” #1 (março de 1993) –, dá  continuação ao seu sucesso com Authority. Ele não somente transfere os membros do Stormwatch Black e os membros secretos, Apolo e Meia-Noite, junto com a Engenheira – substituta do primeiro, morto por Apolo e Meia-Noite em “Stormwatch” #50 (julho de 1997) – e O Doutor – um alemão que se torna um xamã, possuindo dentro de si a essência de todos os outros Doutores – como os torna autônomos, pois eles não respondem à ONU ou a qualquer governo, somente agem quando se veem necessários ou quando convocados.
O Authority é estratégico, violento e determinado. Nas histórias, Jenny Sparks demonstra ser uma excelente líder, na qual causa temor até no Meia-Noite. Os personagens parecem trabalhar há anos juntos, pois demonstram uma sincronia muito boa, mas creio que isso se deve muito a liderança de Jenny, pois personagens como Engenheira e O Doutor demonstram total inexperiência – inicialmente – em um campo de batalha. Ellis consegue te prender do começo ao fim nas histórias, mesmo que elas sejam violentas e extremamente viscerais, são histórias que possuem um ritmo adrenalizante, concisas, sem elementos desnecessários, e decisivas, onde os personagens podem sofrer agruras, mas usam todas suas capacidades, sem contenções. Tem momentos que são surpreendentes, o que torna a história mais interessante ainda.
A arte de Bryan Hitch já demonstra toda a sua qualidade nesse trabalho. Ele ficou imensamente conhecido por aqui pelo seu trabalho em “Supremos”, da Marvel Comics, mas em “Authority”, Hitch já tinha um talento incisivo, seus traços são bem definidos e muito expressivos, ricos em detalhes, que se tornam mais notados com a arte-final de Paul Neary.
Antes do final de “Stormwatch”, Hitch já trazia esses traços que definiriam bem a arte de “Authority” no começo da série. Você percebe que, mesmo quando ele tem um grande número de personagens para desenhar, se ocupa com cada um deles.

“Authority” é um trabalho descomunal que merece estar em várias coleções, pois tanto pela história como pela arte, é uma verdadeira história de super-heróis.

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