AQUAMAN (2018)
Direção:
James Wan
Roteiro:
Will Beall, David Leslie Johnson-McGoldrick, Geoff Johns, James Wan
Elenco:
Jason Momoa, Amber Head, Patrick Wilson, Yahya Abdul-Mateen II, Willem Dafoe,
Nicole Kidman, Temuera Morrison, Dolph Ludgren.
Arthur
Curry (Jason Momoa) é um mestiço de dois mundos. Ele é um híbrido de terráqueo e
atlante, devido ao romance do faroleiro Tom Curry (Temuera Robinson) e a rainha
atlante Atlanna (Nicole Kidman). Quando sua mãe precisou partir, pois fugira de
um casamento arranjado, Arthur recebeu treinamento de Vulko (Willem Dafoe),
vizir dos reis de Atlântida. E agora Arthur precisará fazer uso de todas as
suas habilidades para deter seu meio-irmão, Orm (Patrick Wilson), que deseja
destruir a superfície para salvar seu reino. Sua causa é nobre, mas a forma
como deseja executá-la não.
“Aquaman”
traz de volta o ator Jason Momoa ao papel de Arthur Curry/Orin (nome que ele
não assumiu ainda)/Aquaman. O filme é a clássica trajetória do herói. Ele tem
um mentor, que o treina para encarar um grande mal. Ele precisa enfrentar seu
pior inimigo, que é uma pessoa próxima a ele e, mesmo quando derrotado, precisa
encontrar forças para perseverar. Tem dúvidas, não acredita que seja o que precisa
ser, mas sempre conta com o apoio de seus amigos, parentes e aliados para
conquistar o que deseja. Você vê tudo isso no decorrer de “Aquaman”, mas são
muitas informações para 142 minutos de filme? Não, pois ele consegue se
explicar sem ser monótono.
A palavra
monótono não funciona neste contexto, pois “Aquaman” é qualquer coisa menos
isso. O filme tem boas cenas de ação, batalhas épicas, conflitos que fariam
muitos outros parecerem pequenos, sem contar que é uma ficção científica de
ótima qualidade. Os efeitos especiais são os melhores, até o momento, no
Universo Estendido DC (agora conhecido como Mundos da DC). Da construção de
Atlântida até os monstros marinhos, você percebe a qualidade no trabalho. As
cenas de batalha são memoráveis e inesquecíveis, podendo citar todas sem
esquecer.
O filme
ocorre após os eventos de “Liga da Justiça”, mas somente em um momento isso é
citado, servindo como um fan service.
Mas ele não é o único, tem muitos outros notados rapidamente ou não. Quem
conhece a história do Aquaman nos quadrinhos, percebera alguns, facilmente. E, como
sempre, existem as falhas e, para este que vos escreve, está na necessidade de
ser “divertidinho”.
Tudo
bem, filmes tensos demais causam problemas no UEDC, temos aí uma divisão de
opiniões quanto a “O Homem de Aço” e “Batman vs. Superman”, dois filmes cuja
tensão seria difícil cortar até com o laser dos olhos do Arraia Negra. Mas
quando tendem a ser divertidinhos demais, também perdem o clima, pois você fica
imaginando que a qualquer momento um personagem soltará uma piada, mesmo nos
momentos que precisariam ser épico. Este é o que eu chamo de “Efeito Marvel”
nos cinemas.
Eu amo
filmes épicos e concordo com leves toques de alívio cômico nos filmes, mas quando
você vê alívio cômico constante, no decorrer da película, fica com receio de
que a qualquer momento isso ocorrerá. Tá, eu ri com as cenas engraçadas.
Achei-as bem divertidas, mas quebrava minha catarse com o clima, pois essa
quebra era repentina, às vezes.
Bem,
agora alguns vão pensar que eu elogiei demais “Aquaman” e não gostei das cenas
divertidas, mas não é assim. Somente não considero ele um filme tão épico quanto
todos estão citando. Ele tem cenas épicas, batalhas memoráveis, a trajetória do
herói, mas peca na necessidade constante do alívio cômico.
“Aquaman”
é um filme memorável, inesquecível, mas, dentro do UEDC ele ficaria em terceiro
lugar, abaixo de “Mulher-Maravilha” e “O Homem de Aço”.
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