A JUSTICEIRA (Peppermint, 2018)
Direção: Pierre Morel
Roteiro: Chad St. John
Elenco: Jennifer Garner, John Gallagher
Jr., John Ortiz, Juan Pablo Raba, Annie Ilonzeh, Jeff Hephner, Cailey Fleming.
Riley North (Jennifer Garner) é
uma típica mãe suburbana. A filha faz parte das bandeirantes, vendendo
biscoitos, ela trabalha em um banco e o marido tem uma loja mecânica e passa
por problemas financeiros. No dia do aniversário da filha, próximo ao natal,
eles vão comemorar, mas sofrem um atentado, onde o marido e a filha são mortos.
Riley acredita no sistema e consegue levar os culpados a julgamento, mas o
sistema falha com ela, mostrando-se corrupto.
Após cinco anos viajando e se
preparando, Riley North retorna para Los Angeles, com seu desejo de vingança e
justiça aflorados, capaz de matar todos que não levaram a justiça àqueles que
ela amava.
“A Justiceira” poderia ser
somente mais um filme de uma mulher forte combatendo severamente a injustiça se
não fosse por sua protagonista, Jennifer Garner.
Garner já foi a protagonista de
uma série de sucesso, “Alias: Codinome Perigo” (2001-2006), o que a levou ao
filme “Demolidor, O Homem Sem Medo” (2003) e, posteriormente, “Elektra” (2005).
Ambos os filmes não foram bem aceitos pela crítica e público, principalmente
Elektra. Garner chegou a protagonizar,
com Jamie Foxx e Chris Cooper o filme “O Reino” (2007), mas se concentrou em
comédias românticas e dramas, sempre como co-protagonista ou coadjuvante. Então
vê-la atuando, novamente, como protagonista de um filme nesse estilo, foi muito
bom.
“A Justiceira” traz um enredo que
poderíamos ver como semelhante ao do próprio Frank Castle, o diferencial é que
ela não é uma ex-fuzileira já preparada para matar. Ela busca treinamento, mais
no estilo do Batman. Percebe-se que a construção do roteiro de Chad St. John
tem muita base em quadrinhos. E a direção de Pierre Morel é precisa.
Morel nos entrega um filme de
ação sem enrolações e dramalhão desnecessário. “A Justiceira” é um filme com
objetividade e precisão. Ela tem um objetivo, busca meios para consegui-los e
faz de tudo para tal. Ela rouba, ela mata sem dó e nem piedade, com uma
determinação de vingança nas veias. A atuação de Garner só melhora o filme.
Tá, tudo que eu disse parece
seguir um clichê bem básico, mas vamos lá. Riley North é uma pessoa comum. Ela
não serviu ao exército ou fuzileiros, foi treinada secretamente e ativada por
uma palavra código, violentada por nenhum homem. Ela era uma pessoa qualquer,
com uma vida bem banal e por causa de uma decisão errada de seu marido, tudo muda.
“A Justiceira” poderia ser qualquer mulher decidida a o tomar o poder da
justiça com as próprias mãos, sem nenhuma ajuda paralela, contando somente com
sua determinação.
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