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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

RESENHA HQ: 100 Balas: Irmão Lono (100 Bullets: Brother Lono, 2014)

100_Balas_Irmao_Lono100 BALAS: IRMÃO LONO (100 Bullets: Brother Lono. 2014)

Roteiro: Brian Azzarello

Desenhos: Eduardo Risso

Editora: DC/Vertigo (BR: Panini Comics)

Ano: 2014 (BR: 2015)

Pág.: 196

Desde a edição 100 Balas #100 (abril de 2009), Lono foi dado como desaparecido, mas eis que ele surge no México trabalhando ao lado do padre Manny, que cuida de uma igreja e um abrigo para menores nos arredores de Durango, uma cidade dominada pelo tráfico de drogas e prostituição da organização Torres Gemelas. O gerente da organização é Cortez, um homem com segredos sinistros e doentios, que não poupa esforços para manter a organização à frente nos negócios.

Lono busca manter uma passividade anormal em sua vida, tanto que quando sente-se motivado a deixar despertar seu antigo "eu", devido ir para a prisão para ser enjaulado como um animal. Mas tudo parece mudar quando Crânio, um dos homens de Cortez, descobre que o DEA (Drug Enforcement Administration), o departamento contra drogas e entorpecentes dos EUA, envia um agente para descobrir mais sobre a Torres Gemelas e desbarata-la. Isso coincide com a chegada da Irmã June, que descobre corpos enterrados no quintal da igreja, causando um tensão que trará muitos problemas.

Depois de republicações e encadernações, em 2013, Brian Azzarello e Eduardo Risso anunciaram seu retorno a 100 Balas, mas tomando um ponto de vista mais solitário, amarrando a ponta solta do que aconteceu com Lono.100-Bullets-Brother-Lono-22

100 Balas é uma série que teve seu começo misterioso, seu meio intrigante e seu fim grandioso, algo típico dos trabalhos dessa dupla que ganharam vários Eisner e Harvey com 100 Balas. Irmão Lono é uma historia que te prende do começo ao fim e você não consegue parar de ler. O enredo nos mostra o trafico de drogas no interior do México, sua ligação com os EUA e sua influencia nas pequenas cidades do país. Os desenhos de Risso são um dos maiores assombros dessa minissérie, pois tudo que vemos na clássica série, parece ter ganho uma grandiosidade absurda, enriquecendo o roteiro de Azzarello, que mostra como prender o leitor com seus diálogos dinâmicos, seus momentos esdrúxulos e suas cenas caóticas e de violência crua. É uma das parcerias mais ricas dos quadrinhos, poucas vezes testemunhada e duradoura. O que completa ainda a série são as capas de Dave Johnson, que deixam cada uma das oito edições mais ricas.

Se todos consideravam que Lono não teve um final digno em 100 Balas, com certeza ficarão felizes de ler 100 Balas: Irmão Lono.

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