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sábado, 6 de dezembro de 2014

RESENHA – Oz: Mágico e Poderoso

OZ: MÁGICO E PODEROSO (Oz: The Great and Wonderful, 2012)
Direção: Sam Raimi
Elenco: James Franco, Mila Kunis, Rache Weisz, Michelle Williams, Zach Braff, Bill Cobbs, Joey King, Tony Cox.

oz mágico e poderosoPrimeiro a premissa: Oscar "Oz" Diggs (James Franco, Planeta dos Macacos: A Origem) é um mágico charlatão que trabalha em um circo no Kansas, no ano de 1905. Após uma confusão com o pessoal do circo ele entra em um balão e é pego em um tornado e é levado ao Mundo Mágico de Oz, onde conhece Theodora (Mila Kunis, O Livro de Eli), uma linda bruxa que se apaixona por ele, achando que ele é um poderoso mágico que salvará Oz de uma bruxa terrível. Ela então o leva para a Cidade das Esmeraldas, onde ele conhece Evanora (Rachel Weisz, O Legado Bourne). Esta percebe quem ele é, de verdade, e no intuito de se livrar dele, lhe oferece enormes riquezas, caso vença Glinda (Michelle Williams, Sete Dias com Marilyn). Então ele parte acompanhado do macaco voador Finley (Zach Braff, do seriado Scrubs), que conhecera pouco antes de chegar a Cidade das Esmeraldas. Ao chegar na Vila de Porcelana, a vê destruída, mas conhece a pequena China Girl (Joey King, O Ataque), que ele recupera, colando os pezinhos dela. Então os três partem para destruir Glinda, mas descobrem que ela não é a bruxa má, mas sim Evanora, que envenena a irmã com uma maçã, tornando-a mais má do que ela é.
Após serem atacados por macacos voadores gigantes, monstros criados por Evanora, Glinda os leva para o Norte, onde são seus domínios, lá Oscar e seus companheiros, ajudados pelos Quadlings, Tinkers, liderados pelo Mestre-tinker (Bill Cobbs, Uma Noite no Museu) e Munchkins, além do guardião da corneta da Cidade das Esmeraldas, o rabugento Knuck (Tony Cox, Super-Heróis: A Liga da Injustiça), que faz parte de um grupo de rebeldes dentro da Cidade, planejam um ataque para acabar com a tirania de Evanora, destituí-la do trono e mostrar quem ela é, verdadeiramente.
Em 1939, a MGM correu um grande risco ao lançar O Mágico de Oz (The Wizard of Oz), iniciando o filme em Preto e Branco e depois usando a tecnologia Technicolor. As ideias dos diretores Victor Fleming, George Cukor, Mervyn LeRoy, Norman Taurog e King Vidor, eram ousadas, mas a MGM acreditou e o filme se tornou um enorme sucesso, com a jovem Judy Garland (1922-1969) estrelando-o como a menina Dorothy. A história era baseada no conto infantil de Lyman Frank Baum (1856-1919), e sucesso do filme ficou guardado na memória de várias crianças na época, assim como nas gerações seguintes.
Foram várias as tentativas de resgatar a magia do filme original de 1939, alguns conseguiram captar a essência, outros acreditaram no ludismo, no surrealismo da história. O escritor Alan Moore, na graphic novel "Lost Girls" (1991-1992), tornou Dorothy Gale em uma ninfomaníaca, presa em uma fazenda durante um tornado, tendo experiências sexuais com três homens (O Espantalho, o Leão e o Homem-de-Lata) e depois com o próprio pai.
Mas em 2013, o diretor Sam Raimi (Homem-Aranha) decidiu trazer a magia do filme de 1939 de volta, mas contando como tudo foi antes de Dorothy chegar a Oz. Ele contou com o roteiro de Mitchell Kapner (que também desenvolveu a história) e David Lindsay-Abaire, além de ter em mãos uma tecnologia digital na qual o filme de 1939 não contava, o que deu mais cor e luz ao filme. Mas a inocência da história está ali, assim como toda a magia e fantasia, também. Raimi nos trouxe o Kansas em preto e branco de 1905, para depois nos embarcar em um mundo cheio de cor e vida, que impressiona desde a primeira imagem. Isso misturado com o enredo lindo sobre crença, devoção, amor e busca pela felicidade, tendo atores do porte de James Franco, Mila Kunis, Rache Weisz e Michelle Williams, que em todos os filmes que vieram a participar, demonstraram um talento inegável, torna Oz: Mágico e Poderoso um filme atraente e inteligente, mesmo que possua a doce e digna inocência de 1939. Se eu pudesse usar uma única palavra para definir Oz: Mágico e Poderoso, em usaria: ATRAENTE!
Quem não assistiu e gosta de uma história que pode ser ao mesmo tempo mágica e fazer-lhe lembrar da inocência de sua infância, vai amar esse filme.Poster_completo_OZ

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