Translate

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

RESENHA CINEMA: Pixels (2015)

 

pixelsPIXELS (2015)

Direção: Chris Columbus

Roteiro: Tim Herlihy, Timothy Dowling

Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Michelle Monaghan, Peter Dinklage, Josh Gad, Brian Cox, Matt Lintz.

Em 1982, Sam Brenner se torna o fenômeno dos videogames, tanto que seu melhor amigo, Will Cooper, o convence de se inscrever no Campeonato Mundial de Video-Games. Lá ele conhece o prodígio Ludlow Lamonsoff, que vive criando teorias da conspiração. No final do campeonato, Brenner termina enfrentando Eddie Plant, e perde parar ele quando ambos jogam Donkey Kong.

Passam-se trinta e três anos e Brenner (Adam Sandler) é um mero instalador de aparelhagem eletrônica, enquanto Cooper (Kevin James) tornou-se presidente dos Estados Unidos com a menor taxa de popularidade de todos os tempos. Durante uma instalação de aparelho na cada da tenente-coronel Violet van Patten (Michelle Monaghan), conhece o filho dela Matty, com quem faz amizade. Só que termina convocado pelo presidente para verificar sobre uma invasão alienígena da base militar estadunidense de Guam, na Micronésia, descobrindo que o padrão lembra o jogo Galaga, que ele jogava quando criança. Discriminado pela tenente-coronel e pelo almirante Porter (Brian Cox), Brenner vai embora e é quase sequestrado por Lamonsoff (Josh Gad), este o leva para a casa de sua avó e lhe mostra uma gravação, provando que essa invasão é como um jogo de videogame, ou seja, eles precisam vencer os outros desafios senão a Terra será totalmente destruída.

Pixels é baseado no curta-metragem francês de 2010, escrito e dirigido por Patrick Jean, onde uma nuvem de pixels invade uma cidade e começa a gerar vários seres de videogames antigos que detonam a cidade, até que o mundo todo se torne um pixel (menor componente de uma imagem digital). O que os roteiristas Tim Herlihy e Timothy Dowling fizeram foram pegar a ideia e amplia-la para uma invasão alienígena de grandes proporções, onde somente os grandes jogadores de videogames dos anos de 1980 poderiam vencer. A ideia traz uma nostalgia gratificante, ainda mais se você cresceu e viveu nessa época e jogou alguns desses jogos, mas quando você vê o curta-metragem e depois – ou antes – o filme, percebe que a criatividade ficou meio estagnada, pois várias cenas são repetidas do curta-metragem, como o jogo de Tetris que começa a destruir prédios, ou o jogo de tênis, que detona uma ponte. É como se tivessem pego o roteiro e ampliado para 106 minutos de filme, colocando piadas escatológicas de gordo e nerd e acontecimentos sem o mínimo de sentido. Sem contar que, como sempre, Adam Sandler é o grande herói.

Filmes com Sandler sempre são muito complicados, pois ele nunca faz um papel secundário ou mesmo termina sozinho, pelo contrário, ele sempre se dá bem e sai com a mais bonita. Para compensar e dizer que não somente ele se deu bem e terminou com a bonitona, colocaram Kevin James como presidente dos Estados Unidos, casado com a bela Jane Krakowski (Um Maluco na TV, Alfie – O Sedutor), que interpreta a primeira-dama Jane Cooper. Mas a popularidade dele como presidente está tão em baixa, que você chega a ficar com pena do personagem, sem contar que o personagem de Sandler, constantemente, abusa da amizade, como se fosse comum tirar sarro do Comandante-Chefe dos Estados Unidos. O mesmo acontece com o personagem de Josh Gad, que é o gordinho nerd que é apaixonado por uma personagem do game Dojo Quest, Lady Lisa, interpretada pela estonteante Ashley Benson (Pretty Little Liars, Spring Breakers: Garotas Perigosas). Ele é o estereótipo TOTAL do nerd estadunidense: gordo, usa óculos, vive no porão da avó, que o criou como um filho, que entende muito de tecnologia e adora teorias de OVNI’s e conspirações governamentais. Já o personagem de Peter Dinklage não vive um estereótipo, mas para ser o melhor ele precisa trapacear. Dá para pensar que tem algo haver com ele ser um anão, que para se tornar maior, é necessário passar por cima dos outros e sempre se dar bem. Tipo, ele cria o próprio apelido, ele precisa sempre andar com mulheres lindas e estonteantes e não importa o que precise fazer para ganhar, ele fará.

A direção de Chris Columbus não é impecável, mas ele se sai bem, mesmo com um roteiro cheio de repetições, piadas difamatórias e situações absurdas que o fazem pensar: “como isso foi acontecer?!”. Depois de filmes muito bons como “O Homem-Bicentenário” (1999), “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001), Harry Potter e a Câmara Secreta” (2002) e “Rent: Os Boêmios”, parece que Columbus anda procurando projetos menos racionais, como a infame “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” (2010) e agora “Pixels”. Mas este último não posso culpá-lo muito, pois como eu disse, ele se sai bem, mas os roteiristas foram infelizes na forma de desenvolvê-lo. Faltou criatividade, as piadas infames de gordos e nerds são ofensivas, sem contar que parece que o filme foi desenvolvido para ter uma continuação, senão para virar outro tipo de diversão, como um desenho animado.

“Pixels” não é um mal necessário. Não recomendaria a ninguém gastar seu suado dinheiro para assisti-lo no cinema, pois é uma perda de tempo enorme. Se quiser esperar que chegue na TV aberta (não gaste o tempo assistindo-o na TV a cabo ou no Netflix), não fará mal nenhum, pois é mais um filme do Adam Sandler, então sempre se sabe o que esperar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário