LEX LUTHOR: O HOMEM
DE AÇO (Coleção DC Comics de Graphic Novels Volume 12 da Eaglemoss).
Roteiro: Brian Azzarello, Jerry Siegel
Desenhos: Lee Bermejo, Joe Shuster
Arte-final: Mick Gray, Karl Story, Jason Martin, Paul
Cassidy
Título
original: Lex Luthor: Man of Steel
Lex Luthor é o ser humano mais arrogante, prepotente e
sociopata que já habitou o Universo DC. Sua inteligência se iguala a sua
megalomania, sua vontade de ser o melhor entre todos os humanos. Ele é capaz de
vender o melhor amigo para conseguir o que deseja. Mas, as vezes, ele demonstra
uma fagulha de humanidade, e é nesse ponto que Azzarello trabalha, mostrando
esse lado humano de Luthor.
Na história, Luthor decide construir uma nova torre em
Metrópolis, que permitirá ver a cidade de todos os lados, além de ser um grande
recurso para a ciência. Mas para termina-la ele precisa contar com o sindicato
da construção civil, que parece criar dificuldades, pois a intenção de Luthor é
que a torre seja um local de livre acesso, sem fins lucrativos. Além disso,
Luthor resgata um cientista para ajudá-lo em sua mais nova criação, Esperança,
uma super-heroína que ajuda a cuidar de Metrópolis e faz competição ao
Superman. Mas os planos de Luthor são mais escusos e com o objetivo de atingir
àquele que ele mais odeia em todo o mundo, pois em sua opinião ele tornou a
humanidade obsoleta: Superman.
Na história temos ainda a participação especial do Cavaleiro
das Trevas, que termina encarando o kriptoniano em um momento bem distinto e
com extensa ligação à Luthor.
Mesmo que Azzarello nos mostre o quanto Luthor pode ser
baixo para alcançar seus objetivos, ele o coloca com dilemas que o levam a
isso. Azzarello lhe dá um lado humano que sempre fica nas entrelinhas dos
outros roteiristas, pois ele demonstra o rancor de Luthor pela existência do
Superman em palavras. Seus lamentos, sua raiva, seu sentimento de impotência
perante a generosidade do Homem de Aço. Mas Azzarello também mostra um lado
mais arredio do Superman, parecendo um acossador de Luthor, sempre vigiando-o,
ficando de frente a janela do escritório do empresário.
A arte de Lee Bermejo é, como sempre, um trabalho único. No
sentindo de Luthor, ele o desenha de forma mais serena, deixando-o mais suave,
enquanto o Superman ganha um tom mais obscuro e sombrio (bem diferente da forma
que desenvolvera o Homem de Aço em Batman: Noel). Gosto quando ele
arte-finaliza seus trabalhos, mas a ajuda de Mick Gray, Karl Story e Jason
Martin vieram a calhar no processo, e as cores de Dave Stewart deram o toque
aprimorado do sisudo Superman e do altivo Lex Luthor.
Ver um pouco de humanidade em Luthor sempre faz bem, mas eu
aprendi a sempre desconfiar do personagem e, quando ele chega no limiar de sua
humanidade e sociopatia, percebe-se que foi feito um ótimo trabalho com ele. Ou
seja, Azzarello acertou em cheio com esse trabalho.
Na segunda história vemos o surgimento do vilão na Era de
Ouro dos quadrinhos, criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, Luthor ainda
ostentava os cabelos ruivos que viria a perder histórias depois. Na história,
ele detém um armamento militar e deseja fazer uso dele jogando uma não contra a
outra, gerando uma guerra na qual somente ele se beneficiaria. Superman então
se vê obrigado a enfrenta-lo, sendo que, também, precisa salvar Lois de um
sequestro. O que se percebe na história é o nível de violência que Superman usa
contra seus adversários, fugindo do estereótipo de “Escoteiro”.
“Lex Luthor: O Homem de Aço” é mais uma edição da coleção da
Eaglemoss que vale muito a pena adquirir, ler e colocar na estante.
No próximo volume teremos LJA: Terra Dois, escrito por Grant
Morrison e desenhado por Frank Quiteli.
O arco é bem elogiado pela crítica e pelos leitores.
A coleção ainda pode ser adquirida em bancas, lojas
especializadas e no site do Eaglemoss Brasil na internet. Ou você pode fazer a
assinatura que dá brindes exclusivos.
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