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quarta-feira, 15 de junho de 2016

RESENHA CINEMA: Tartarugas Ninja: Fora das Sombras (Teenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows, 2016).

TARTARUGAS NINJA: FORA DAS SOMBRAS (Teenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows, 2016).

Direção: Dave Green
Roteiro: Josh Appelbaum, André Nemec
Elenco: Pete Ploszek, Alan Richtson, Noel Fisher, Jeremy Howard, Peter Donald Badalamenti II, Megan Fox, Stephen Amell, Wil Arnett, Laura Linney, Tyler Perry, Brian Tee, Brittany Ishibashi, Stephen Farrelly, Gary Anthony Williams

Leonardo (Pete Plaszek), Rafael (Alan Richtson), Michelangelo (Noel Fisher) e Donatello (Jeremy Howard) estão de volta, mas ainda agindo nas sombras. Eles descobrem, através da repórter investigativa April O’Neil (Megan Fox), que o conceituado cientista Baxter Stockman (Tyler Perry) está envolvido com o Clã do Pé e pretende libertar Oroku Saki, o Destruidor (Brian Tee), e a tentativa acontecerá quando ele estiver sendo transportado para a prisão, junto com os marginais Bebop (Gary Anthony Williams) e Rocksteady (Stephen Farrelly). O responsável pelo transporte é o policial Casey Jones (Stephen Amell), mas ele fracassa na tentativa de impedir a fuga, deixando, até mesmo, a dupla de marginais fugir. Durante a escapada de Destruidor, Stockman termina o transportando, através de um dispositivo de teleporte, para uma outra dimensão, onde Destruidor conhece Krang e este o convence de ajuda-lo a dominar à Terra.
As Tartarugas Ninja terão de vencer o Destruidor novamente e impedir uma invasão alienígena à Terra, mesmo sendo perseguidos pela polícia e buscando continuar nas sombras.
O filme é engraçado, nostálgico – quem conhece os personagens Bebop E Rocksteady do clássico desenhos das Tartarugas Ninja terão essa sensação – e com bastante ação, mas não chega a ter a mesma emoção em assisti-lo do que outros filmes que já foram lançados esse ano.
Tá, não tem como comparar os estilos e colocar todos os filmes de super-heróis ou de ficção no mesmo nível. Cada um tem seus altos e baixos, cada um é próprio para seu público, mas “Tartarugas Ninja: Fora das Sombras” é um filme fraco no contexto de história. Ele busca criar um drama que não convence, ainda mais quando descobrem que existe uma “gosma” que pode torna-los humanos. Os aspectos das indiferenças e conflitos se repetem, imitando o filme anterior e se repetindo constantemente, deixando o companheirismo mais para o final do filme.
O que impressiona no filme são os efeitos visuais, onde as características dos Tartarugas estão mais nítidas e mais expressivas que no filme de 2014. Percebe-se detalhes que no primeiro filme não dava para perceber. As expressões ficaram muito mais nítidas, principalmente em personagens como Leonardo e Rafael, que no primeiro filme tinham poucas expressões. Sem contar que o aspecto “marombados” perdeu-se um pouco, já que Donatello parece agora um pouco mais magro do que seus irmãos, e Michelangelo aparenta ser menor que os outros. Falando no Mike, ele é o aspecto engraçado do filme, sempre agindo de forma estabanada e irresponsável. Ele chega a ter momentos de total “sem noção”, mas funciona muito bem, no mesmo estilo das animações.
Já os atores reais não convencem em suas atuações. Stephen Amell nos faz concluir que atuação não é mesmo seu forte. Mesmo sendo uma pessoa carismática e fazendo suas próprias cenas de ação, sua atuação fica aquém do esperado. O mesmo pode-se dizer de Megan Fox, que continua sendo uma mulher bonita... e somente isso. O destaque fica somente para a atuação – novamente – do ator Will Arnett que volta reprisando seu personagem Vernon Fenwick. Ele é tido como herói da cidade, já que os Tartarugas não podem assumir os créditos, e seus momentos em cena são os que têm mais destaque no filme. As atuações dos vilões são insossas, com exceção dos atores Stephen Farrelly e Gary Anthony Williams, que ganham mais importância depois de suas transformações. Brian Tee não impressiona, sua face sem reações e expressões, na tentativa de aparentar uma pessoa má é decepcionante. Já Tyler Perry traz um Baxter Stockman caricato. Ele poderia ter mais profundidade e mais aspectos de um personagem sombrio, mas ele fica somente em cara, bocas e risos desnecessários. É impressionante que na atual animação ele se tem mais expressividade do que na atuação de Tyler Perry.
O roteiro parece ter momentos muito interessantes, mas na tentativa de criar um drama para os personagens, parece se perder totalmente. Não vou nem mencionar as coisas sem explicação, pois senão muito dirão que estou preso no “efeito Nolan” – creio que seja verdade –, mas acredito que muitos aspectos do filme foi mal trabalhado e poderiam ter dado mais profundidade para determinados momentos e mais ação em outros.

“Tartarugas Ninja: Fora das Sombras” é bem divertido, mas somente isso. Vale pela ação, vale pelos momentos nostálgico e vale pelos momentos hilários, mas se for esperando uma história que lhe impressione e lhe prenda do começo ao fim, é melhor não gastar seu dinheiro.

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