TARTARUGAS NINJA:
FORA DAS SOMBRAS (Teenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows, 2016).
Direção: Dave Green
Roteiro: Josh Appelbaum, André Nemec
Elenco: Pete Ploszek, Alan Richtson, Noel Fisher, Jeremy
Howard, Peter Donald Badalamenti II, Megan Fox, Stephen Amell, Wil Arnett,
Laura Linney, Tyler Perry, Brian Tee, Brittany Ishibashi, Stephen Farrelly,
Gary Anthony Williams
Leonardo (Pete Plaszek), Rafael (Alan Richtson),
Michelangelo (Noel Fisher) e Donatello (Jeremy Howard) estão de volta, mas
ainda agindo nas sombras. Eles descobrem, através da repórter investigativa
April O’Neil (Megan Fox), que o conceituado cientista Baxter Stockman (Tyler
Perry) está envolvido com o Clã do Pé e pretende libertar Oroku Saki, o
Destruidor (Brian Tee), e a tentativa acontecerá quando ele estiver sendo
transportado para a prisão, junto com os marginais Bebop (Gary Anthony
Williams) e Rocksteady (Stephen Farrelly). O responsável pelo transporte é o
policial Casey Jones (Stephen Amell), mas ele fracassa na tentativa de impedir
a fuga, deixando, até mesmo, a dupla de marginais fugir. Durante a escapada de
Destruidor, Stockman termina o transportando, através de um dispositivo de
teleporte, para uma outra dimensão, onde Destruidor conhece Krang e este o
convence de ajuda-lo a dominar à Terra.
As Tartarugas Ninja terão de vencer o Destruidor novamente e
impedir uma invasão alienígena à Terra, mesmo sendo perseguidos pela polícia e
buscando continuar nas sombras.
O filme é engraçado, nostálgico – quem conhece os personagens
Bebop E Rocksteady do clássico desenhos das Tartarugas Ninja terão essa
sensação – e com bastante ação, mas não chega a ter a mesma emoção em
assisti-lo do que outros filmes que já foram lançados esse ano.
Tá, não tem como comparar os estilos e colocar todos os
filmes de super-heróis ou de ficção no mesmo nível. Cada um tem seus altos e
baixos, cada um é próprio para seu público, mas “Tartarugas Ninja: Fora das
Sombras” é um filme fraco no contexto de história. Ele busca criar um drama que
não convence, ainda mais quando descobrem que existe uma “gosma” que pode torna-los
humanos. Os aspectos das indiferenças e conflitos se repetem, imitando o filme
anterior e se repetindo constantemente, deixando o companheirismo mais para o
final do filme.
O que impressiona no filme são os efeitos visuais, onde as
características dos Tartarugas estão mais nítidas e mais expressivas que no
filme de 2014. Percebe-se detalhes que no primeiro filme não dava para
perceber. As expressões ficaram muito mais nítidas, principalmente em
personagens como Leonardo e Rafael, que no primeiro filme tinham poucas expressões.
Sem contar que o aspecto “marombados” perdeu-se um pouco, já que Donatello
parece agora um pouco mais magro do que seus irmãos, e Michelangelo aparenta
ser menor que os outros. Falando no Mike, ele é o aspecto engraçado do filme,
sempre agindo de forma estabanada e irresponsável. Ele chega a ter momentos de
total “sem noção”, mas funciona muito bem, no mesmo estilo das animações.
Já os atores reais não convencem em suas atuações. Stephen
Amell nos faz concluir que atuação não é mesmo seu forte. Mesmo sendo uma
pessoa carismática e fazendo suas próprias cenas de ação, sua atuação fica
aquém do esperado. O mesmo pode-se dizer de Megan Fox, que continua sendo uma
mulher bonita... e somente isso. O destaque fica somente para a atuação –
novamente – do ator Will Arnett que volta reprisando seu personagem Vernon
Fenwick. Ele é tido como herói da cidade, já que os Tartarugas não podem
assumir os créditos, e seus momentos em cena são os que têm mais destaque no
filme. As atuações dos vilões são insossas, com exceção dos atores Stephen Farrelly
e Gary Anthony Williams, que ganham mais importância depois de suas
transformações. Brian Tee não impressiona, sua face sem reações e expressões,
na tentativa de aparentar uma pessoa má é decepcionante. Já Tyler Perry traz um
Baxter Stockman caricato. Ele poderia ter mais profundidade e mais aspectos de
um personagem sombrio, mas ele fica somente em cara, bocas e risos desnecessários.
É impressionante que na atual animação ele se tem mais expressividade do que na
atuação de Tyler Perry.
O roteiro parece ter momentos muito interessantes, mas na
tentativa de criar um drama para os personagens, parece se perder totalmente. Não
vou nem mencionar as coisas sem explicação, pois senão muito dirão que estou
preso no “efeito Nolan” – creio que seja verdade –, mas acredito que muitos
aspectos do filme foi mal trabalhado e poderiam ter dado mais profundidade para
determinados momentos e mais ação em outros.
“Tartarugas Ninja: Fora das Sombras” é bem divertido, mas
somente isso. Vale pela ação, vale pelos momentos nostálgico e vale pelos
momentos hilários, mas se for esperando uma história que lhe impressione e lhe
prenda do começo ao fim, é melhor não gastar seu dinheiro.
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