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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

RESENHA HQ: Batman: O Longo Dia das Bruxas (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss.

BATMAN: O LONGO DIA DAS BRUXAS (DC Comics Coleção de Graphic Novels da Eaglemoss).

Roteiro: Jeph Loeb
Arte: Tim Sale
Título original: Batman: The Long Halloween.

Em dezembro de 1993, a editora-executiva - e também Editora-chefe da DC Comics – Jenette Kahn lançou a primeira edição especial de Halloween da série “Batman: Legends of the Dark Knight”. Escrita por Jeph Loeb – que havia saído dos cinemas e ido para os quadrinhos, começando em “Challengers of the Unknown” #1 (março de 1991) – e desenhada por Tim Sale – que começara na DC Comics, também, em “Challengers of the Unknown” #1, tendo trabalhado antes na série de fantasia Myth Adventures –, a primeira história levava o Homem-Morcego em uma aventura de terror e suspense contra o Espantalho. Ao mesmo tempo, Bruce Wayne se apaixonava por Jillian Maxwell, uma misteriosa socialite que aparece em sua vida. O conto tem uma tensão e um suspense que encanta aos leitores do Batman, sendo assim, Loeb e Sale retornam em 1994 e 1995 para mais dois especiais, “Madness” e “Ghosts”, respectivamente.

O sucesso com esses especiais foi tanto que em dezembro de 1996, o editor-executivo Mike Carlin iniciou com Loeb, Sale e o colorista Gregory Wright “O Longo Dia das Bruxas”.
A minissérie, em 13 partes, trazia o Batman ainda em carreira-solo, fazendo uma aliança com o capitão James Gordon e o promotor-público Harvey Dent no intuito de desbaratar o Império do mafioso Carmine “Romano” Falcone. Nesse meio-tempo surge um novo assassino em Gotham, Feriado. Esse assassino em série mata as pessoas em datas comemorativas do ano, deixando lembranças que remetem a essas datas, uma pistola calibre .22 sem registro e um bico de mamadeira como silenciador caseiro. A maioria das vítimas do assassino são homens ligados a Carmine Falcone, sendo a primeira vítima seu sobrinho, Johnny Viti, filho de sua irmã Carla Vitti. Além disso, Falcone passa por problemas para ampliar seu império, principalmente quando Bruce Wayne se torna presidente do Banco de Gotham. Com esse problema e pensando em desmascarar o assassino, Falcone se alia aos “malucos” de Gotham.

O Longo Dia das Bruxas é uma das melhores minisséries já escritas para o Batman. Nela temos uma infinidade de inimigos corriqueiros do Morcego, aparecendo esporadicamente, mas não desnecessariamente. Eu o considero um dos mais primorosos trabalhos de Jeph Loeb para a DC Comics e com o Cavaleiro das Trevas. Nela temos uma sequência de acontecimentos que fazem você tentar agir como um detetive junto com o Batman, buscando descobrir quem é Feriado. As surpresas são diversas no transcorrer da série, pois vemos uma aliança sendo formada entre os três maiores símbolos da justiça de Gotham City, uma parcial união entre Batman e Mulher-Gato, mantendo a tensão de romance e perseguição, algo comum entre os dois, depois da minissérie em quatro partes “Catwoman” (1989), escrita por Mindy Newell. Temos também uma tensão familiar em três diferentes vertentes: na família Romano, temos a busca de Sofia “Gigante” Falcone, que saíra da prisão recentemente, para ser aceita pelo sei pai como seu braço direito; na família Gordon, temos a constante divisão do capitão James Gordon em conciliar seu serviço com a vida de pai e marido; e na família Dent, temos o promotor-público Harvey tentando ser um marido atencioso com sua esposa Gilda, mas falhando constantemente.

A arte de Tim Sale, nesse trabalho, às vezes parece deformada, mas ele trabalha muito bem sombras e momentos de ação. Sua arte combina bem com o suspense e a tensão que a minissérie mantém. Eu senti certo incomodo com algumas coisas, como o abdômen excessivamente definido da Mulher-Gato, parecendo mais uma mulher marombada do que atlética. O tamanho do Batman em certas cenas parecia com um gigante musculoso deformado, como em uma cena onde ele segura a pistola do Feriado e ela parece ter o tamanho da palma de sua mão. Mas em determinados momentos, funciona muito bem, como em um encontro do Batman com Falcone na sacada da varanda do mafioso.
As cores de Gregory Wright completam o conjunto, dando um tom de sombriedade e mistério. Wright usa tons de cores mais escuros em toda a minissérie. Mesmo os tons brancos possuem uma dosagem de acinzentado. Não existem cores vivas ou expressivas em nenhum momento da série, mantendo a tensão que ela exige.
É maravilhoso ver que ainda existem editoras que publiquem um material de tão excelente qualidade como O Longo Dia das Bruxas. Sei que a Panini já havia lançado um encadernado da minissérie, mas poder adquiri-lo dentro de uma coleção, com um trato tão bem cuidado, me deixa muito feliz.
No próximo volume da coleção de Graphic Novels da DC Comics que a Eaglemoss está lançando teremos o mestre John Byrne dando-nos sua ideia sobre o Superman. Ainda considero – depois de seu surgimento em 1938 – uma das melhores concepções para o personagem.

Como já informei outras vezes – e continuarei a fazê-lo - a coleção pode ser adquirida em bancas e lojas especializadas, mas também pode ser através de assinatura no site da Eaglemoss Collections: http://www.assinecolecoeseaglemoss.com.br/dcgraphicnovels/, que também oferece brindes muito legais.


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