THOR: O DEUS DO
TROVÃO: O CARNICEIRO DOS DEUSES (Thor: God of Thunder, Vol. 1: The God
Butcher).
Roteiro: Jason Aaron
Arte: Esad Ribic
Editora: Marvel Comics (BR: Panini Comics)
Ano: 2013 (BR: 2015)
Pág.: 132
Em um passado distante, um jovem Thor comemora com os
nórdicos a vitória sobre um gigante do gelo, quando surge o corpo de um deus
morto no mar.
No presente, Thor é convocado por uma jovem de um planeta
distante para ajudá-los e descobre que aquele povo não tem deuses, pois eles
foram assassinados por um mal antigo que ele conhece bem.
No futuro, um velho Thor encara uma horda de monstros
selvagens criadas pelo Carniceiro dos Deuses.
Quando retornamos ao passado, o jovem Thor desbrava os mares
ao lado de outros vikings, indo em busca do que houvera matado o deus que ele
encontrara morto. Ele viaja pelas penumbras, quando um cavalo alado surge, sujo
de sangue. Então um ser maligno, capaz de transformar sombras em construtos bem
afiados, e o enfrenta de igual para igual, chegando a ferí-lo. Então retornamos
ao presente, onde o deus do trovão viaja a Cidade da Onipotência para ver o que
acontecera com os deuses e descobre que a conhecida Câmara dos Perdidos pode
estar recheada de deuses mortos e o Mestre Bibliotecário pode desconhecer tal
fato.
Thor viaja pelos mundos, testemunhando os deuses mortos e
termina encarando as sombras selvagens criadas pelo Carniceiro dos Deuses.
Quando voltamos ao passado, Thor encontrasse socorrido e com ataduras, ciente
que precisa encontrar o Carniceiro dos Deuses e destruí-lo. Novamente no
presente, o portador do Mjölnir retorna ao local onde, no passado, encarar o
Carniceiro, mas somente encontra um deus amedrontado e perdido. No futuro, o
envelhecido Thor encara as sombras, mas termina derrotado. Thor sabe que, não
importa o tempo em que se encontre, ele precisará encarar esse monstro, pois
tudo que conhece e todos com quem convive poderão ser mortos.
Jason Aaron é um roteirista sem igual. Se você chegou a ler
suas histórias com Justiceiro, na série Marvel MAX, conhece bem o talento dele.
Ele sabe amarrar uma história sem pecar no desenrolar dela.
No começo, pode
parecer confuso as passagens ligeiras no tempo que ele traz, mudando de um Thor
inexperiente e atrevido, para o tradicional Thor que constantemente vem se
aprimorando e indo para o Thor no fim dos tempos, envelhecido, sábio e
guerreiro. Mas tudo tem um objetivo, como sempre pode-se ver nas histórias
escritas por Aaron. Ele amarra de forma bem significativa o enredo, mostrando
como o Carniceiro dos Deuses consegue deixar Thor temeroso e perdendo sua alta
confiança. O deus do trovão não deixa de ser um guerreiro nato, mas ele tem
medo, algo bem raro na vida do filho de Odin.
Junta-se a isso a fantástica arte de Esad Ribic. É sempre
gratificante ler histórias com a arte dele. Desde minha primeira experiência
com o trabalho de Ribic em Loki, fico sempre procurando histórias com sua arte
detalhista ao extremo. Ele se preocupa com detalhes e nuances que somente vemos
em artistas plásticos. Sim, existem artistas com competência semelhante, mas
Ribic tem um trabalho de sombreado e sombras sem igual. Ler histórias
desenhadas por ele não são cansativas e nem monótonas.
“Thor: O Deus do Trovão: O Carniceiro dos Deuses” é a
primeira parte de um conjunto de histórias que finaliza no encadernado “Bomba Divina”.
E é um começo de tirar o fôlego e no qual você não consegue parar de ler.
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