ROGUE ONE: UMA
HISTÓRIA DE STAR WARS (Rogue One: A Star Wars Story, 2016).
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Chris Weitz, Tony Gilroy, John Knoll, Gary Whitta
Elenco: Felicty Jones, Diego Luna, Donnie Yen, Ben Medelsohn,
Mads Mikkelsen, Forest Whitaker, Riz Ahmed, Alan Tudik, Jimmy Smits, Alistair
Petrie, Genevieve O’Reilly, James Earl Jones, Valene Kane, Beau Gadsdon, Dolly
Gadsdon, Ingivild Deila, Guy Henry, Daniel Naprous, Spencer Wilding.
Jyn Erso (Felicity Jones), filha do engenheiro Galen Erso
(Mads Mikkelsen), sobreviveu após seu pai ser levado por Orson Krennic (Ben Mendelsohn),
que matou sua mãe Lyra Erso (Valene Kane). Ela recebeu os cuidados do rebelde
radical Saw Gerrera (Forest Whitaker), quando mais nova, mas já adulta terminou
presa pelo Império Galáctico e terminou libertada pelo Capitão Cassian Andor
(Diego Luna), da Aliança Rebelde. Mas a intenção ao libertá-la e descobrir onde
está seu pai e os planos para uma arma mortal que ele ajudou a construí-la, a
Estrela da Morte.
Nessa busca com Capitão Andor e seu dróide reprogramado
K-2SO (Alan Tudyk), Jyn termina descobrindo que um piloto, Bodhi Rook (Riz
Ahmed) é um conhecido de seu pai e, na busca por ele que foi capturado por
Gerrera, ela conhece o monge cego Chirrut Îmwe (Donnie Yen) e seu guardião Baze
Malbus (Wen Jiang). Junto a esse grupo, ela parte para encontrar seu pai e
conseguir os planos para a destruição da Estrela da Morte.
No final de “A Vingança dos Sith”, vimos o início da
construção da Estrela da Morte, um artefato do Império que é capaz de destruir
mundos, e já no começo de “Uma Nova Esperança” vemos a Princesa Leia (Carrie
Fisher) carregando os planos de destruição da Estrela da Morte em seu dróide
R2-D2, antes dele e seu companheiro, o dróide de protocolo C-3PO, desembarcarem
em Tattoine e conhecerem Luke Skywalker (Mark Hammill), iniciando uma das sagas
mais idolatradas e adoradas pelos fãs de ficção científica.
“Rogue One” nos coloca entre essas duas histórias, nos
mostrando como os planos da Estrela da Morte foram parar nas mãos da Aliança
Rebelde e quem foram os responsáveis por isso. A saga de Jyn Erso, Capitão
Cassian Andor, K-2SO, o piloto Bodhi Rook, o monge Chirrut Înwe e o guerreiro
Baze Malbus se mostrou uma das mais belas histórias de Star Wars, pois mostra
que todos somos capazes de ter esperança desde que tenhamos um objetivo e
sejamos determinados.
Sinceramente, eu esperei muito tempo para que toda a catarse
que me contagiou ao assistir “Rogue One” se assentasse, mas mesmo depois de
dias ainda me sinto extasiado pelo filme. Não gosto de confiar em empolgações
extremas, pois pessoas têm o costume de exagerar no que gostam ou ojerizam,
então quando muitos viram a pré-estreia de “Rogue One” e vieram embevecidos com
o filme, preferi deixar e esperar.
Eu esperava um filme bom, mas não esperava por “Rogue One”.
A história escrita por John Knoll e Gary Whitta, roteirizada por Chris Weitz e
Tony Gilroy, e dirigida por Gareth Edwards, é algo único, mas que capta bem a essência
do que conhecemos de Star Wars, onde grandes heróis não são momentâneos, mas
sim se constroem, se desenvolvem. E que, às vezes, precisamos ir além de algo
para fazer com que os nossos desejos se tornem reais, pois se esperarmos, nunca
alcançaremos nossos objetivos.
A história criada para a personagem Jyn Erso – vivida pelas atrizes-mirins
gêmeas Beau Gadsdon e Dolly Gadsdon e pela atriz Felicity Jones – tem drama,
mas não melodrama. Ela praticamente perde tudo quando criança, torna-se uma
marginal aos olhos do Império, indesejada aos olhos da Aliança, mas não
desiste, mesmo que veja a todos caírem. É uma guerreira obstinada e destemida,
que sabe e conhece seu principal objetivo. O Capitão Cassian Andor, vivido pelo
ator Diego Luna, testemunhara tantas coisas e fizera tantos serviços pela
Aliança Rebelde, que perdera a sensibilidade humana, tornando-se frio e – quase
– desumano quando seu objetivo são suas missões, mas ao conhecer Jyn, algo muda
nele, confiando na jovem e seguindo-a no seu objetivo, mesmo que seu dróide,
K-2SO – com voz do ator Alan Tudyk – não goste muito disso. A personalidade
deste é um dos pontos altos do filme, pois K2 – como é chamado – tem uma
personalidade única, conseguindo ser mais interessante do que C-3PO, até.
Outro personagem de grande personalidade é o monge Chirrut
Înwe, vivido pelo fantástico Donnie Yen. Sua crença na Força é algo sem igual,
levando-o a seguir Jyn, pois acredita que ela possui um propósito maior e que seu
destino está escrito e deve ser apoiado por ele, e termina carregando o
guerreiro Baze Malbus, interpretado por Wen Jiang, que além de um grande amigo
e seu protetor, mesmo que não tenha as mesmas crenças que ele na Força, nessa
jornada.
O filme é único, como já escrevi antes. Tem uma história
narrada com começo, meio e um fim fantástico, pois muitos de nós já conhecemos
seu destino e onde chegará. “Rogue One: Uma História de Star Wars” é mais do
que uma simples história, é um ponto crucial para a saga, que determinou o
destino de vários nas três histórias que se seguiram.
Existem pontos de divergências com “Uma Nova Esperança”, mas
nem isso tira o brilho desse ponto de interligação entre as franquias, pois “Rogue
One” é um dos mais fantásticos filmes dessa longeva história e, com certeza,
repercutirá por anos e anos e, dificilmente, será esquecido.
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