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quinta-feira, 26 de julho de 2018

RESENHA CINEMA: Missão: Impossível – Efeito Fallout (Mission: Impossible – Fallout, 2018)


MISSÃO: IMPOSSÍVEL – EFEITO FALLOUT (Mission: Impossible – Fallout, 2018)

Direção: Christopher McQuarrie
Roteiro: Christopher McQuarrie
Elenco: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Sean Harris, Angela Bassett, Vanessa Kirby, Michelle Monaghan, Alec Baldwin, Wes Bentley, Frederick Schmidt.


O agente da IMF, Ethan Hunt (Tom Cruise) está de volta ao lado dos seus parceiros Luther Stickwell (Ving Rhames) e Benjamin “Benji” Dunn (Simon Pegg) em uma missão que eles precisam recuperar três ogivas nucleares em posse de terroristas que desejam detoná-las. E, para essa missão, eles se unem ao agente da CIA August Walker (Henry Cavill) e, possivelmente, precisarão libertar um dos maiores inimigos da IMF, Solomon Lane (Sean Harris), para conseguir o que desejam. Além de Hunt ter de enfrentar uma antiga aliada, que deseja algo bem diferente.
Tá, esse resumo não parece muito favorável ao filme e dá a impressão de repetição dos vários outros filme da franquia “Missão: Impossível”, mas o que dá para se perceber é uma continuidade, pois pela primeira vez Hunt, Luther e Benji terão de rever um inimigo que surgiu em “Missão: Impossível – Nação Secreta”, Solomon Lane.
Lane quase destruiu a IMF no filme anterior e conseguiu ser detido por Hunt e sua equipe, que ainda contava com o agente William Brandt (Jeremy Renner). Nesse novo filme, Lane volta para assombrar a vida da IMF e mostrar que o Sindicato continua ativo, enquanto ele permanecer vivo. Dessa vez Lane possui seguidores misteriosos como o negociador John Lark e seus Apóstolos, grupo que segue as ideias de Lane e quer transformar seus desejos em realidade.
Além de uma história que envolvem reviravoltas constantes, as partes mais legais do filme ficam por conta do próprio Tom Cruise que volta a não usar dublês nas cenas de ação – o que terminou causando contratempos quando Cruise se acidentou e interrompeu as filmagens por nove semanas – e traz uma adrenalina mais eletrizante por causa disso. Ele salta de paraquedas, corre em telhados de prédios, pilota motos, carros e – até mesmo – helicópteros para tornar as cenas mais reais. Essa constante busca de Tom Cruise de realizar as próprias cenas de perigo dão uma visão bem diferente nos filmes de ação. Os momentos mais descontraídos – sempre por conta do ator Simon Pegg – são bem menores nesse novo filme, que se preocupa mais com a ação. Acho uma tomada de decisão acertada pelo diretor Christopher McQuarrie, que também dirigiu “Missão: Impossível – Nação Secreta”. Ele não deixa de fazer uso dos elementos chaves da franquia, as frases memoráveis e tudo mais, mas deixa bem claro que o termo impossível está bem destacado a cada sequência de ação do filme.
Vale lembrar que essa franquia iniciada por Cruise em 1996 em “Missão: Impossível” baseia-se em um seriado televisivo que estreou nas TVs estadunidenses em 1966. Essa primeira série, estrelada por  Greg Morris (Barney Collier), Peter Lupus (Willy Armitage) e Peter Graves (James “Jim” Phelps), iniciou com missões preparadas para que determinadas pessoas, especializadas em logística, disfarce, armas, luta pessoal e pilotagem, embarcassem em missões com poucas possibilidades de darem certo.
Essa primeira série de “Missão: Impossível” chegou ao fim em 1973, mas em 1988 retornou como uma continuidade da anterior – que chegou a ter participações de atores como Leonard Nimoy (Jornada nas Estrelas), Sam Elliott (Motoqueiro Maluco), Lee Meriwether (a Mulher-Gato do filme “Batman, o Homem-Morcego”), entre outros – tendo como líder Jim Phelps. Nessa sequência, que durou até 1990, Phelps contava com o apoio constante de Nicholas Black (Thaao Penghlis), Max Harte (Antony Hamilton) e Grant Collier (Phil Morris), tendo participação de Greg Morris – que retornou  como Barney Collier – e Cary-Hiroyuki Tagawa (Mortal Kombat).
Em 1996, quando a Paramount Pictures iniciou a franquia, o diretor Brian De Palma substituiu o ator Peter Graves (1926-2010) – que já estava com 70 anos - pelo ator Jon Voight, e transformou o personagem Jim Phelps em um traidor da IMF e elevando o personagem Ethan Hunt ao grau máximo. Na sequência, em 2000, com a direção de John Woo, o filme terminou sendo mal recepcionado pelo público e pela crítica – o ator Dougray Scott desistira de fazer X-Men, onde viveria Logan/Wolverine, pois já estava envolvido com as filmagens de “Missão: Impossível II”, dando espaço para o australiano Hugh Jackman tornar-se o carcaju. Em 2006, quando o diretor J.J. Abrams assumiu a direção do filme, “Missão: Impossível III” foi a redenção da franquia, trazendo a ação que se tornou marca dos filmes. “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma”, com direção de Brad Bird, e “Missão Impossível: Nação Secreta”, com direção de Christopher McQuarrie, consolidaram o que hoje se tornou um dos maiores sucessos da Paramount Pictures – podemos dizer que o envolvimento da Bad Robot Productions , de J.J. Abrams, e da Skydance Media, de David Ellison, tenham auxiliado, também.
“Missão: Impossível – Efeito Fallout” é um ótimo filme de ação, com cenas bem feitas, uma boa história, que pode se a última da franquia, como pode ter uma sequência mais fantástica ainda. É esperar para ver se Tom Cruise ainda tem ossos inteiros para encarar mais cenas de ação e nos deixar empolgados ao assistir.

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