A MORTE DO SUPERMAN (The
Death of the Superman, 2018).
Direção: Jake Castorena, Sam Liu
Roteiro: Peter Tomasi
Elenco: Jerry O’Connel, Rebecca Romjin, Rainn Wilson,
Rosario Dawson, Nathan Fillion, Christopher Gorham, Matt Lanter, Shemar Moore,
Nyambi Nyambi, Jason O’Mara.
Baseado nas minisséries “A Morte do Superman” e “Funeral
Para Um Amigo”, escrita por Dan Jurgens, Louise Simonson, Roger Stern, Jerry
Ordway, Karl Kesel, William Messner-Loebs, Gerard Jones, e desenhada por Jon
Bogdanove, Tom Grummett, Jackson Guice, Dan Jurgens, Dennis Janke, Walt
Simonson, Denis Rodier, Curt Swan, M.D. Bright
Desde que surgiu, Superman vem enfrentado e defendido
Metrópolis de vários problemas. Seja Intergangue, Apokolips, Lex Luthor, todas
as ameaças que surgem ele busca resolver da melhor forma possível e, quando
necessário, contando com a ajuda da Liga da Justiça. Mas uma ameaça vinda do
espaço que destrói uma das estações espaciais da Lexcorp, chega à Terra e,
aparentemente, nada consegue pará-la.
A ameaça ultrapassa os oceanos, cidades, deixando um rastro
de destruição por onde passa. Quando a Liga da Justiça decide enfrentar a
ameaça, é massacrada.
Ao chegar à Metrópolis, o monstro encara ninguém menos que o
Homem-de-Aço. Nomeado por Lois Lane como Apocalypse, a fera parece impossível
de ser enfrentada. Somente um grande sacrifício do Homem de Aço poderá detê-lo.
O final não é nenhuma surpresa, o nome da animação já
entrega o fim da história. É o transcorrer dela que é importante. O que se
torna ainda mais interessante é que essa não é a primeira versão a buscar
adaptar o clássico escrito por Dan Jurgens, Louise Simonson, Roger Stern, Jerry
Ordway, Karl Kesel, William Messner-Loebs e Gerard Jones. Em 2007, iniciando a
incursão da DC em animações baseadas em quadrinhos – antes disso somente
tínhamos animações baseadas em Batman – a Série Animada –, Bruce Timm, Lauren
Montgomery e Brandon Vietti dirigiram o longa “A Morte do Superman” (ou Superman:
Doomsday), nele a narrativa buscava o mesmo objetivo dos quadrinhos, mas a
falha foi fazer uma história somente do Homem-de-Aço, sem a inclusão das
figuras do Universo DC, principalmente, de membros da Liga da Justiça.
Nesse ponto, a nova animação não falha.
Diferentemente de "Jovens Titãs: O Contrato de Judas”,
que avacalhou com a história escrita por Marv Wolfman e desenhada por George
Pérez, “A Morte do Superman” - o novo – nos traz algo mais próximo dos
quadrinhos. Tá, não temos a participação da formação da Liga da Justiça na
época, mas o contexto da história está todo ali, onde o Último Filho de Krypton
enfrenta uma ameaça capaz de derrotá-lo. É a história que fez Louise Simonson
chorar, contada com uma versão mais modernizada do Universo DC nas animações.
O que deixa o contexto mais figurativo para essa animação é
que não existe o romance Mulher-Maravilha/Superman, mas sim a busca por algo
mais normal, mais... humano para o Homem de Aço, estabelecendo sua ligação com
Lois Lane. Existem diferenças contextuais com os quadrinhos, mas não que
prejudique o desenrolar da história. E a violência excessiva que havia tendo em
outras animações, diminuiu de forma bem significativa.
“A Morte do Superman”, como a minissérie nos quadrinhos,
mostra que o Superman tem seu lado humano e busca mantê-lo, pois somente assim
ele pode ser algo melhor e maior do que um semideus. Manter a humanidade se
torna válido, pois ele mantem sua ligação com o Kansas. Seus pais adotivos
estão ali, contam suas histórias a Lois Lane, mostram que ele falha, que ele já
se decepcionou amorosamente. Nos apresentam suas relações, tão conhecidas por
aqueles que acompanham quadrinhos da DC Comics. Mas também nos mostram o
super-homem, aquele capaz de encarar as mais terríveis ameaças e não esmorecer,
pois sabe o quão a vida é valiosa. É o verdadeiro sinônimo de super-herói,
aquele que é capaz de sacrificar a própria vida, fazendo uso de suas
habilidades extranormais, para salvar uma vida humana. Pensando no próximo,
antes de qualquer coisa.
Fazia tempo que eu esperava por algo assim. Não foi com “Jovens
Titãs: O Contrato de Judas”, – tá, gostei de “Gotham by Gaslight”, que teve um
final bem diferente da primeira incursão da DC em Elseworlds Universe – mas aconteceu
com “A Morte do Superman”. Não vejo a hora de chegar a sequência e, quem sabe, eles
não adaptem “A Queda do Morcego”, seria muito bom.
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