OPERAÇÃO OVERLORD (Overlord, 2018)
Direção: Julius Avery
Roteiro: Billy Ray, Mark L. Smith
Elenco: Jovan Adepo, Wyatt Russell, Mathilde Olivier, John
Magaro, Iain de Caestecker, Pilou Asbæk, Dominic Applewhite, Jacob Anderson,
Bokeem Woodbine, Erich Redman.
06 de junho de 1944, o “Dia D”. Os Aliados fazem sua
investida contra os nazistas através da Normandia, na França. Grupos de paraquedistas
tinham como principal missão adentrarem em território dominado pelos nazistas
para derrubar suas principais centrais de comando, enfraquecendo-os. Esta é a principal
missão do 11º Regimento de Paraquedistas, liderados pelo sargento Rensin (Bokeem
Woodbine) e o cabo Ford (Wyatt Russell). Eles precisam adentrar contra as
forças nazistas e derrubar uma torre de rádio que se encontra em uma antiga
igreja. Mas um dos soldados, Ed Boyce (Jovan Adepo), descobre que existe nos
porões da igreja algo pior e sinistro acontecendo, ampliando assim a missão do
grupo que simplesmente conta com outros três: Tibbet (John Magaro), um atirador
de elite arrogante; Chase (Iain de Caestecker), um fotógrafo de guerra; Jacob
(Dominic Applewhite), amigo de Boyce no regimento. Agora eles precisam
enfrentar nazistas e algo muito, muito pior.
Nessa produção de J.J.Abrams, vemos ele investindo em um
filme de guerra recheado de terror gore.
Para aqueles que desconhecem, gore significa “subgênero cinematográfico dos filmes de terror que
é caracterizado pela presença de cenas extremamente violentas, com muito
sangue, vísceras e restos mortais de humanos ou animais”[1].
Ou seja, nessa produção, Abrams investe nesse subgênero de terror.
Já vimos Abrams investindo em ficção científica uma grande
maioria das vezes. É um gênero que ele aprecia muito, tanto que aceitou
produzir e dirigir filmes da franquia Star Trek e Star Wars, além de embarcar
em filmes como “Super 8” – que produziu ao lado de Steven Spielberg –, a série
de filmes “Cloverfield”, as séries “Lost” e “Almost Human”, entre tantos
outros. Ele também é um amante dos filmes e séries de ação, como no caso da
franquia “Missão: Impossível”, e as
séries “Revolution” e “Person of Interest”. Ou seja, já o vimos produzindo
várias coisas interessante, mas não lembro dele embarcando em uma produção de
terror gore, pra piorar, na Segunda Guerra Mundial.
Alguns disseram que tem alguma ligação com os filmes da série
“Cloverfield”. Bem, se tem não aparece nada que revele essa ligação. Mas “Operação
Overlord” é um ótimo filme do gênero.
O roteiro do filme, escrito por Billy Ray – também
responsável pela história e que escreveu o roteiro de “Jogos Vorazes” – e Mark
L. Smith – responsável pelo roteiro de “O Regresso” – tem uma história que poderia
se assemelhar a games ou livros de ficção sobre a Segunda Guerra Mundial. Tanto
que eu imaginei que tivesse origem em algum game, mas não, é um roteiro
original.
Para completar, a direção fica a cargo de Julius Avery,
diretor do intenso “Sangue Jovem”, que dá o tom de intensidade ao filme, além
de demonstrar entender bem de terror gore.
A trama tem intensidade, mas deixa questionamentos quanto os
motivos dos experimentos nazistas naquela vila, pois fica no ar como ele conseguem
realizar os seus objetivos. Se o objetivo de Billy Ray era esse, ele conseguiu.
“Operação Overlord” é um terror gore muito bom, que se
localiza na Segunda Guerra Mundial, com uma história coesa, mas que deixa um
questionamento muito grande para ser descoberto. Pena que somente fui assistir
agora, mas é totalmente recomendável para quem gosta desse estilo de filme.
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