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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

RESENHA FILMES: Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, 2018)


CHRISTOPHER ROBIN: UM REENCONTRO INESQUECÍVEL (Christopher Robin, 2018)

Roteiro: Alex Ross Perry, Tom McCarthy, Allison Schroeder, Greg Booker, Mark Steven Johnson
Direção: Marc Forster
Elenco: Ewan McGregor, Hayley Atwell, Bronte Carmichael, Mark Gatiss, Jim Cummings, Brad Garrett, Nick Mohammed, Peter Capaldi, Sophie Okonedo, Sara Sheen, Toby Jones

Quando Christopher Robin era criança se divertia no Bosque de Cem Acres com seu amigos Pooh (Jim Cummings), Leitão (Nick Mohammed), Ió (Brad Garrett), Tigrão (Jim Cummings), Can (Sophie Okonedo) e Guru (Sara Sheen), Corujão (Toby Jones) e Abel (Peter Capaldi). Mas quando ele precisa ir para o internato, tudo muda e ele esquece totalmente dos seus amigos. Mas quando eles desaparecem, Pooh procura por Christopher Robin (Ewan McGregor), já adulto, para encontra-los e, quem sabe, se reencontrar.
Quando eu era criança e viajávamos de férias, meu primo levava grandes almanaques da Disney para lermos à noite. Era almanaques com muitas histórias do Mickey, Pato Donald, Tio Patinhas, Pateta, Havita, Os Três Porquinhos e O Ursinho Puff (era assim que tinham traduzido o nome do personagem). As histórias de Puff eram recheadas de inocência, amizade e companheirismo, então por vezes eu pulava, pois eu gostava do Mickey encarando o Mancha Negra, ou o Super-Pateta se metendo em encrencas, ou o Tio Patinhas encarando a Maga Patalógica – que tinha obsessão pela Moeda Número 1 do Tio Patinhas – e os Irmãos Metralhas – que tentavam, mas sempre falhavam em assaltar o Tio Patinhas, ou seja, eu queria ação. Depois a Disney decidiu transformar as aventuras de Pooh – já o chamavam assim na época da animação – em desenho animado, daí atraiu minha atenção.
Pooh era sempre o amigo que ajudava a todos. Na animação, nem sempre tínhamos Christopher Robin, mas sabíamos o quanto ele era importante para Pooh, Leitão, Tigrão, Ió, Can e Guru, Corujão e Abel. As histórias sempre eram divertidas, mas por vezes traziam lições que conseguiriam emocionar até o coração mais duro. Acredito que o filme “Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” tenha esse mesmo objetivo.
Tá, estamos falando de um filme da Disney, direcionado ao público infantil... Será? “Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” nos mostra o personagem título do filme adulto, com responsabilidades e obrigações que o fazem esquecer o mais importante: a família.
É claro que temos os personagens Pooh, Leitão, Tigrão, Ió, Can e Guru, Corujão e Abel, mas é importante lembrar que eles são o ponto de ligação de Christopher Robin com seu lado infantil, que ele deixou devido ao endurecimento de seu coração. Ok... ele passou por muitas coisas e o mundo o mostrou que nem tudo é um arco-íris, só que quando nos desligamos do nosso lado criança, nos desligamos da diversão. Não estou falando de sair com os amigos para um bar e beber, estou falando de nos divertirmos com bobeiras. Com uma chuva que cai e nos molha. Com as ondas do mar molhando nossos pés. Olhar pro céu, cheio de nuvens, e imaginar formas. Passear de carro e contar quantos carros verdes vê. Coisas que deixamos para trás e que muitas crianças aproveitam e nós achamos que é bobeira. “Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” traz isso de volta.
Com o filme, percebemos que as pequenas coisas, às vezes, podem trazer mais felicidade do que um presente caro. Nós esquecemos tudo isso, nos “desvencilhamos” dessas coisas, pois damos valor a outras, que as vezes não tem tanta importância para aqueles que só nos querem por perto, dividindo os melhores e piores momentos.
“Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” é um filme para que reflitamos nossas vidas e valorizemos os momentos prazerosos com aqueles que mais amamos.

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