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sábado, 1 de dezembro de 2018

RESENHA CINEMA: Robin Hood – A Origem (Robin Hood, 2018)


ROBIN HOOD – A ORIGEM (Robin Hood, 2018)

Direção: Otto Bathurst
Roteiro: Ben Chandler, David James Kelly
Direção: Taron Egerton, Jamie Foxx, Eve Hewson, Ben Mendelsohn, Jamie Dornan, Tim Michin, Paul Anderson, F. Murray Abraham

Robin de Loxley (Taron Egerton) é um nobre que possui um Solar, onde vivi uma vida idílica com sua amada Marian (Eve Hewson) até que recebe uma convocação do Xerife de Nottingham (Ben Mendelsohn) para servir ao exército britânico nas Cruzadas em Jerusalém.
Quando retorna, anos depois, ele descobre que sua vida mudou totalmente, pois perdeu suas riquezas e foi considerado como morto. Com o auxílio do mulçumano Yahya – ou John – (Jamie Foxx), Robin se torna o ladrão Robin Hood, que busca desmascarar o Xerife de Nottingham e reconquistar Marian, que agora está com o ambicioso Will Tilman (Jamie Dornan).
Se o diretor Otto Bathurst – advindo das séries “Peaky Blinders” e “Black Mirror” – desejava um filme político, ele conseguiu.
Com frases de efeito e motivadoras, discursos pomposos para esconder a verdade corruptiva da política, conflitos com bombas de coquetel molotov contra escudos de tropas de choque, temos um filme como um protesto político solidificado. Até mesmo a batalha de Jerusalém, na qual um exército de cruzados adentra em uma cidade para salvar um dos seus, me lembrou uma cena de filmes de guerras sobre os EUA no Oriente Médio.
É um filme clichê, que não se inova em nada. Temos o protagonista – a interpretação de Taron Egerton como Robin Hood não tem nada demais –, seu mentor, seu par romântico, seu antigo conhecido e seu antagonista, sem nada de buscar mudanças nesse aspecto. Pelo contrário, “Robin Hood – A Origem” bebe de outras fontes para desenvolver sua trama. De dia ele é Robin de Loxley e à noite ele é o ladrão Robin Hood... lembram de alguém?
“Robin Hood – A Origem” é um bom filme de ação, com um impacto político interessante – algo que lembra muitos protestos do Brasil nos últimos anos. O que falha nele é a necessidade de ser  mais um blockbuster com cenas pirotécnicas, slow-motion e ação adrenalizada, querendo colocar coisas demais em uma época na qual o arco, as flechas e as espadas eram mais importantes do que “parkour” e artes marciais – ninguém sabia disso naquela época.
O personagem surgiu em um poema do século XIV, já teve inúmeras adaptações literárias e cinematográficas, sendo que, mais recentemente ganhou um apelo político maior. Essa adaptação não traz novidades, tornando-se mais do mesmo.

3 comentários:

  1. Não cheguei a ver todas, mas tenho grande apreço pela do Ridley Scott, apesar de um filme lento a princípio, achei bem sofisticada a maneira com que conceitos chaves previamente conhecidos pelo público foram estabelecidos. Esse, já pelos trailers, não me passiu confiança, sr. Luz.

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    1. Esse filme lembra muito as várias tentativas de se criar uma franquia com personagens clássicos como ocorreu com - o fiasco - "Os Três Mosqueteiros", - outro fiasco - "Rei Arthur: A Lenda da Espada" (mas melhor do que os dois). É mais uma busca por blockbuster com um personagem cuja história não tem essa intenção. Falho em vários momentos, o filme é bem descartável, mas bom para quem gosta de ação desenfreada, cenas mirabolantes e sem sentido e falta de conteúdo.

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  2. Interessante, você gostou do filme? É excelente, sinto que história é boa, mas o que realmente faz a diferença é a participação do ator Ben Mendelsohn neste filme. O último que eu vi foi em um de os melhores filmes de ficção chamado Jogador No 1 na minha opinião, foi um dos melhores filmes. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio, cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção, um filme que se converteu em um do meus preferidos. Sem dúvida a veria novamente! É uma boa opção para uma tarde de lazer.

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