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sábado, 2 de fevereiro de 2019

RESENHA SÉRIES: The Orville (2017-)


THE ORVILLE (2017-)
Ed Mercer (Seth MacFarlane) é um membro da União Planetária que descobre que foi chifrado pela esposa, Kelly Grayson (Adrianne Palicki), e entra em um espiral que o atrapalha a se tornar capitão de sua própria nave. Mas o almirante Halsey (Victor Garber), reconhece que ele tem todo o merecimento para assumir como capitão da USS Orville (ECV-197). Aproveitando essa desejada promoção, ele pede que seu amigo, tenente Gordon Malloy (Scott Grimes), assuma a função de piloto, mesmo com uma ficha suja de pilotagens imprudentes.
Quando Mercer assume o comando da Orville, ele tem como membros de sua tripulação a Tenente-comandante Dra. Claire Finn (Penny Johnson Jerald), oficial mpedica-chefe da Orville, que tem credenciais impressionantes e é mãe solteira; Tenente-comandante Bortus (Peter Macon), um moclan, advindo de um planeta guerreiro Moclus, onde não existem mulheres, junto dele veio seu marido, Klyden. Bortus é o segundo oficial da Orville; a Tenente-comandante Alara Kitan (Halston Sage), uma habitante do planeta Xelaya que possui enorme força e é a chefe de segurança da Orville; o Tenente John LaMarr (J. Lee), um navegador chegado a tiradas que podem metê-lo em encrencas; e o Oficial de Ciência e Engenharia Isaac (Mark Jackson), ser robótico vindo do planeta Kaylon-1, que considera todas as formas de vida inferiores à ele, mas que deseja muito entende-las. Mas, inesperadamente, como primeira-oficial do Capitão Ed Mercer, chega sua ex-esposa, a comandante Kelly Grayson. Entre conflitos pessoais e dilemas que devem ser resolvidos da melhor forma possível, a tripulação da USS Orville parte em uma viagem exploratória pelos mais diversos planetas, encarando as mais diversas raças e tentando entender cada cultura.
Sinceramente, The Orville foi uma surpresa agravável. Eu comecei a assisti-la, sem expectativas. Descobri sem querer e não tinha lido nada ainda sobre a série, e fiquei impressionado. Depois procurei saber algumas coisas dessa série criada por Seth MacFarlane e descobri que alguns a mencionam como “Star Trek com toques de The Family Guy”, mas acredito que isso vai mais além.
É difícil fugir das comparações, pois percebe-se que MacFarlane busca fazer uma grande homenagem a criação de Gene Rodenberry, só que com um tom de graça. Sim, um tom.

The Orville poderia ser mais escrachado, mais abusado, mas não é. É uma série de ficção científica com tiradas humorísticas.
Para os que desconhecem, Seth MacFarlane é uma pessoa fascinada pelo espaço, tanto que é um dos produtores-executivos de “Cosmos”, apresentado por Neil deGrasse Tyson. Então, realizar The Orville é uma coisa que ele deve se orgulhar muito.
Ele tem como consultor da série – também um fascinado por ficção científica - Jon Favreau. E percebe-se que ambos fizeram um trabalho muito bom.
O que é o mais importante é o resgate que se faz com a série.
Quem assistiu a série clássica e a Nova Geração de Star Trek – Jornada nas Estrelas sabe que as séries têm em comum o uso da ponte de comando, restaurante, quartos dos membros centrais, ala médica, e outros ambientes das naves espaciais. Esse é o resgate feito por The Orville. Ok, eles têm as viagens para outros planetas e o conhecimento de outros povos e nações, mas o ambiente da nave é o ponto central de quase toda a série. Isso se torna maravilhoso.
Acreditem, eu adoro todo o transcorrer de Star Trek – tenho dificuldades com a série clássica, que considero extremamente morosa, mas sem ela não teríamos nada – até a série atual, passando pelos novos filmes, mas The Orville é uma série contagiante e fiel as raízes. Calma, ela não tenta retomar os efeitos especiais da década de 1960, mas sim o ambiente onde os personagens interagem. Nisso, Seth MacFarlane se saiu com primazia.
Os conflitos que citei acima – e que não me aprofundarei, para não dar spoilers – são outros dos pontos muito bem realizados pela série. São conflitos pessoais e sociais. Relações, religião, sexualidade, independência, entre outros assuntos são abordados durante a série.
Sinceramente, sem querer ofender nenhum trekker, mas acredito que o verdadeiro fã perceberá a homenagem e gostará de The Orville. E, parafraseando o nosso caríssimo Spock: “Vida Longa e Próspera” à série!

P.S.: Para quem não ligou o nome a pessoa, o nome da série e da nave é uma homenagem a Orville Wright, irmão de Wilbur Wright. Os irmãos Wright são considerados o pioneiro da aviação, por terem sido os primeiros a criarem a primeira máquina voadora de asa fixa, em 1903.

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