THE ORVILLE (2017-)
Ed Mercer (Seth MacFarlane) é um membro da União Planetária que
descobre que foi chifrado pela esposa, Kelly Grayson (Adrianne Palicki), e
entra em um espiral que o atrapalha a se tornar capitão de sua própria nave.
Mas o almirante Halsey (Victor Garber), reconhece que ele tem todo o
merecimento para assumir como capitão da USS Orville (ECV-197). Aproveitando
essa desejada promoção, ele pede que seu amigo, tenente Gordon Malloy (Scott
Grimes), assuma a função de piloto, mesmo com uma ficha suja de pilotagens
imprudentes.
Quando Mercer assume o comando da Orville, ele tem como
membros de sua tripulação a Tenente-comandante Dra. Claire Finn (Penny Johnson Jerald),
oficial mpedica-chefe da Orville, que tem credenciais impressionantes e é mãe
solteira; Tenente-comandante Bortus (Peter Macon), um moclan, advindo de um
planeta guerreiro Moclus, onde não existem mulheres, junto dele veio seu
marido, Klyden. Bortus é o segundo oficial da Orville; a Tenente-comandante
Alara Kitan (Halston Sage), uma habitante do planeta Xelaya que possui enorme
força e é a chefe de segurança da Orville; o Tenente John LaMarr (J. Lee), um
navegador chegado a tiradas que podem metê-lo em encrencas; e o Oficial de
Ciência e Engenharia Isaac (Mark Jackson), ser robótico vindo do planeta
Kaylon-1, que considera todas as formas de vida inferiores à ele, mas que
deseja muito entende-las. Mas, inesperadamente, como primeira-oficial do
Capitão Ed Mercer, chega sua ex-esposa, a comandante Kelly Grayson. Entre
conflitos pessoais e dilemas que devem ser resolvidos da melhor forma possível,
a tripulação da USS Orville parte em uma viagem exploratória pelos mais
diversos planetas, encarando as mais diversas raças e tentando entender cada
cultura.
Sinceramente, The Orville foi uma surpresa agravável. Eu
comecei a assisti-la, sem expectativas. Descobri sem querer e não tinha lido
nada ainda sobre a série, e fiquei impressionado. Depois procurei saber algumas
coisas dessa série criada por Seth MacFarlane e descobri que alguns a mencionam
como “Star Trek com toques de The Family Guy”, mas acredito que isso vai mais
além.
É difícil fugir das comparações, pois percebe-se que
MacFarlane busca fazer uma grande homenagem a criação de Gene Rodenberry, só
que com um tom de graça. Sim, um tom.
The Orville poderia ser mais escrachado, mais abusado, mas
não é. É uma série de ficção científica com tiradas humorísticas.
Para os que desconhecem, Seth MacFarlane é uma pessoa
fascinada pelo espaço, tanto que é um dos produtores-executivos de “Cosmos”,
apresentado por Neil deGrasse Tyson. Então, realizar The Orville é uma coisa
que ele deve se orgulhar muito.
Ele tem como consultor da série – também um fascinado por
ficção científica - Jon Favreau. E
percebe-se que ambos fizeram um trabalho muito bom.
O que é o mais importante é o resgate que se faz com a
série.
Quem assistiu a série clássica e a Nova Geração de Star Trek
– Jornada nas Estrelas sabe que as séries têm em comum o uso da ponte de
comando, restaurante, quartos dos membros centrais, ala médica, e outros
ambientes das naves espaciais. Esse é o resgate feito por The Orville. Ok, eles
têm as viagens para outros planetas e o conhecimento de outros povos e nações,
mas o ambiente da nave é o ponto central de quase toda a série. Isso se torna
maravilhoso.
Acreditem, eu adoro todo o transcorrer de Star Trek – tenho dificuldades
com a série clássica, que considero extremamente morosa, mas sem ela não
teríamos nada – até a série atual, passando pelos novos filmes, mas The Orville
é uma série contagiante e fiel as raízes. Calma, ela não tenta retomar os
efeitos especiais da década de 1960, mas sim o ambiente onde os personagens
interagem. Nisso, Seth MacFarlane se saiu com primazia.
Os conflitos que citei acima – e que não me aprofundarei,
para não dar spoilers – são outros dos pontos muito bem realizados pela série.
São conflitos pessoais e sociais. Relações, religião, sexualidade, independência,
entre outros assuntos são abordados durante a série.
Sinceramente, sem querer ofender nenhum trekker, mas
acredito que o verdadeiro fã perceberá a homenagem e gostará de The Orville. E,
parafraseando o nosso caríssimo Spock: “Vida Longa e Próspera” à série!
P.S.: Para quem não
ligou o nome a pessoa, o nome da série e da nave é uma homenagem a Orville
Wright, irmão de Wilbur Wright. Os irmãos Wright são considerados o pioneiro da
aviação, por terem sido os primeiros a criarem a primeira máquina voadora de
asa fixa, em 1903.
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