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domingo, 21 de fevereiro de 2016

RESENHA HQ: Astro City Volume 3: Álbum de Família (Astro City: Family Album (Kurt Busiek’s Astro City))

ASTRO CITY VOLUME 3: ÁLBUM DE FAMÍLIA (Astro City: Family Album (Kurt Busiek’s Astro City)).

Roteiro: Kurt Busiek
Desenhos: Brent Eric Anderson
Arte-final: Will Blyberg
Editora: Vertigo (BR: Panini Comics)
Ano: 2015
Pág.: 228

O terceiro volume de Astro City vem com cinco arco de histórias, sendo que, três dessas histórias tratam bem do título.
A primeira conta a chegada de Ben, Meg e Faith Pullam a Astro City. Eles se mudam de Boston, depois que Ben é transferido para a cidade. No primeiro dia eles testemunham do que Astro City é composta, ao verem o Samaritano enfrentando a Legião de Ferro. Ben fica receoso de sua nova residência, enquanto suas filhas parecem deslumbradas. Ele precisa, então decidir entre o trabalho e a segurança de sua família.
Na segunda história vemos a jovem Astra Furst, membro da Primeira Família, filha de Natalie e Rex. Ela vive uma vida restrita e sem contato com outros humanos. Então decide que isso precisa mudar e sai da Mansão da Primeira Família, causando uma busca desenfreada por ela. A Primeira Família viaja por mundos e dimensões, em busca de Astra.
Na terceira história, vemos o Sucateiro, um velho vilão de segunda categoria cometendo o crime do século. Ele consegue assaltar sete milhões de dólares do Astrobank, sem ser pego. Vemos suas origens sendo contadas e ele desfrutando do assalto ao qual ele nunca seria pego e percebendo que ninguém nunca saberá que fora ele que causará o grande assalto.
Na quarta história, temos o Caixa de Supresas enfrentando o seu legado. Dois justiceiros do futuro surgem para tomar a justiça nas próprias mãos, Surpresa e Caixote. Caixa de Surpresas tem de pensar no legado que deixará, além de descobrir que sua esposa está grávida e ele precisa decidir se continuará a agir como vigilante ou se deixará se legado seguir em frente.

Na quinta história temos a origem de Léo Lelé, um leão de desenho animado que volta à vida durante um confronto do Cavalheiro contra o Professor Borzoi. Este usou um raio conversor e terminou trazendo Léo de volta e enquanto as pessoas acreditassem nele, ele existiria. Léo então se tornou um parceiro corriqueiro do Cavalheiro e conquistou muita publicidade a sua volta, mas cometeu muitos erros, também.
Kurt Busiek, como nas outras edições, trabalha com maestria seus personagens e suas personalidades distintas. Desde um senhor pensando em sua família até a redenção de um desenho animado, ele desenvolve histórias que lhe prendem do começo ao fim.
A mais interessante das histórias é o arco do Caixa de Surpresas, pois ele tem de pensar no que deixará para o futuro. Ele enfrenta um futuro não muito promissor e precisa pensar bem nisso.
A arte de Brent Eric Anderson se torna cada vez mais aprimorada, principalmente nos detalhes e feições dos personagens. Seu trabalho com Léo Lelé é um caso a parte. Mas creio que muito daquele trabalho tenha relação com a Comicraft ter trabalhado os traços do artista em computação. Ficou fantástico, pois percebe-se a falta de sintonia entre o “mundo real” e o “mundo das animações”.
A primeira história, da família Pullam, apesar de ser mais sobre consciência, faz algo que se vê pouco nos quadrinhos, mas que Busiek já trabalhara anteriormente em “Marvels”, que é uma visão de fora do mundo dos super-heróis, uma visão dos civis. Como isso influencia suas vidas, como pode modificar seu modo de ver o mundo e as coisas que ocorrem neles quando um super-herói ou vigilante está agindo. Busiek é mestre em mostrar essa visão e é uma das coisas que mais enriquece seu trabalho.
Ele desenvolve Astro City como algo único, mesmo que seus personagens sejam comparados, constantemente, com personagens da DC e da Marvel, percebe-se que ele trabalha algo bem próprio, bem pessoal.

“Astro City: Álbum de Família” é mais um edição essencial para fazer parte de qualquer coleção.

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