SOCIEDADE DA JUSTIÇA:
A ERA DE OURO – EDIÇÃO DE LUXO (JSA: The Golden Age – Deluxe Edition).
Roteiro: James Robinson
Arte: Paul Smith
Cores: Richard Ory
Editora: DC Comics (BR: Panini Books)
Ano: 2017 (BR: 2018)
Pág.: 200
“Uma época de
inocência, e uma época de deuses”.
A Segunda Guerra Mundial chegou
ao fim. Os aliados venceram os nazistas. Os japoneses se renderam após a destruição
de duas de suas maiores cidades graças ao “avanço nuclear”. E Adolph Hitler
está morto, graças a Tex Thompson, o Sr. América.
Thompson era o que chamavam de
herói de segunda linha. Agia como um aventureiro. Mas quando recebeu a
convocação do presidente, não poupou esforços e partiu para a guerra,
retornando como o maior de todos os heróis.
Os super-heróis, em sua maioria,
se aposentaram ou preferiram dar continuidade a uma vida civil mais devotada.
Johnny Chambers se tornou um documentarista, Alan Scott assumiu mais firmemente
sua empresa de radiodifusão, Libby Lawrence se uniu a Johnny Law, Carter Hal
buscou mais informações sobre seu passado, Sr. Incrível foi se dedicar a sua
empresa aérea, Rex Tyler se tornou obcecado com sua forma Miraclo, e Ted Knight
enlouqueceu após o uso da bomba atômica em duas cidades japonesas. Outros
desapareceram durante a investida, pois não tinham super-poderes e podiam ser
convocados, pois não sofreriam nas mãos de Otto Frenz, o Parsifal, a verdadeira
ameaça aos super-heróis.
Com o retorno de Thompson, ele
busca criar o maior dos super-heróis, um Super-Homem da nova geração, e ter
todos os super-heróis e heróis jurando pela bandeira dos Estados Unidos e
mostrando sua identidade. Mas uma figura do passado pode mudar esses planos de
Thompson, que guarda segredos inimagináveis.
Falar sobre a Era de Ouro dos
Quadrinhos sem falar de Superman, Batman e Mulher-Maravilha, sempre me pareceu
algo bem estranho e complicado. Primeiro porque, graças ao Superman que tivemos
essa Era de Ouro, segundo que essa Trindade é, até hoje, os pilares centrais da
DC Comics. Mas, após Crise nas Infinitas Terras, o Universo DC precisou ser “redesenhado”
e, dessa forma, a Era de Ouro começou sem esses três grandes. Sendo assim, “Sociedade
da Justiça: A Era de Ouro” nos traz a visão desse período.
Quando foi nos apresentada pela
primeira vez, pela Metal Pesado, a minissérie em quatro parte compunha o
Elseworlds – ou Túnel do Tempo –, mas sinceramente consigo ver essa história
sendo parte do Universo DC, pois os personagens que permanecem vivos aparecem
no futuro da DC Comics, após o surgimento do Superman, a aparição do Batman, da
Mulher-Maravilha, do segundo Flash, do segundo Lanterna Verde, e tantos outros
heróis e super-heróis que surgiram.
O contexto combina muito com o
que foi narrado por Marv Wolfman e George Pérez em “A História do Universo DC”
(Panini, junho de 2009), onde toda a linha cronológica do Universo DC foi
refeita (Ah se os editores e redatores da DC Comics tivessem lido isso!). Sem
contar que a história poderia
se encaixar, com alguns ajustes, na obra de Darwyn Cooke, “DC: Uma Nova
Fronteira”.
“Socidedade da Justiça: A Era de
Ouro” homenageia uma era de heróis e super-heróis únicos, que criaram todas as
ideias e conceitos usados até os dias de hoje na criação de personagens que
tanto adoramos e idolatramos.
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