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sábado, 12 de janeiro de 2019

RESENHA SÉRIES: Titãs (Titans, 2018)


TITÃS (Titans, 2018)
Dick Grayson (Brenton Thwaites) é um detetive na cidade de Detroit, quando é chamado para falar com a jovem Rachel Roth (Teagan Croft). Ela chega à cidade após fugir de pessoas que desejam imensamente sequestrá-la. O que Rachel não sabe – e ninguém dentro da Central de Detroit – é que Dick é o primeiro parceiro do Batman, Robin. Ele decidiu sair “debaixo da capa” de seu mentor e seguir uma carreira solo.
Após uma terceira tentativa de sequestro, Dick decide ajudar Rachel, levando-a para Washington, onde deveria ficar segura com os “amigos” de Dick, Hank Hall (Alan Ritchson) e Dawn Granger (Minka Kelly), que são as identidades secretas dos vigilantes Rapina e Columba. Enquanto isso, do outro lado do mundo, a desmemoriada Kory Anders (Anna Diop), tenta descobrir o motivo de estar querendo ir atrás da jovem Rachel. Ela busca descobrir sobre seu passado e, ao mesmo tempo, saber porquê Rachel é tão importante para ela.
Enquanto viaja, Rachel termina conhecendo o jovem Gar Logan (Ryan Potter), um transmorfo que vira um tigre verde. Ele é membro de uma família disfuncional composta por um ex-piloto de corridas, Cliff Steele (Jake Michaels), que após um acidente teve se cérebro transportado para um corpo robótico, se tornando o Homem-Robô, a ex-modelo Rita Farr (April Bowlby), que após um acidente ganhou a capacidade de se esticar e se tornou a Mulher-Elástica, o ex-piloto de testes Larry Trainor (Dwain Murphy), que depois de um acidente com radiação ficou com o corpo desfigurado e, agora, consegue projetar uma sombra energética, além de absorver energias e gerar altas doses de calor, ficando conhecido como Homem-Negativo. Todos eles foram unidos pelo Dr. Niles Caulder (Bruno Bichir), conhecido como O Chefe, que conseguiu controlar seus poderes e os chama de Patrulha do Destino.
Para ajuda-lo a descobrir mais sobre Rachel e todos aqueles que o cercam, Dick busca a ajuda de sua mais antiga amiga Donna Troy (Conor Leslie), a Moça-Maravilha, antiga parceira da Mulher-Maravilha. Dick precisa entender o que está acontecendo antes que um grande mal chegue à Terra de outra dimensão.
Falar mais do que isso seria entregar a história inteira e estragaria as melhores surpresas da série – tá, acho que já estraguei algumas. “Titãs” estreou nos Estados Unidos em 12 de outubro de 2018, no sistema de streaming DC Universe. Foram 11 episódios – eram prometidos 12 episódios – onde o clima, do começo ao fim, era de extrema tensão. No Brasil, a Netflix adquiriu a série e estreou no dia 11 de janeiro de 2019.
Nesses 11 episódios conhecemos um grupo bem diferente do que se vê nos quadrinhos e nas séries animadas “Os Jovens Titãs” e “Jovens Titãs em Ação”. Robin está mais sombrio, aderindo a extrema violência na hora que age. Ele não poupa shurikens – no formato do “R” de sua logo – e ossos quebrados. Não chega a matar, mas com certeza, muitos não poderão nem ter filhos. Ravena – ou Rachel Roth, já que na série ela não aderiu ao codinome – tem uma essência mais malévola, como se estivesse possuída por esse mal. Estelar – outra que ainda não aderiu ao codinome – é violenta, como nos quadrinhos, mas não poupa energia para causar grandes estragos, se for necessário. Já Mutano tem o poder contido – acho que a falta de orçamento pesou... só não entendi porque escolheram um tigre – e é o menos violento de todos.
“Titãs” pesa a mão na violência, mostrando que não veio para ser assistida por crianças. Não dosam nas cenas de sangue voando para todos os lados e jorrando no chão. Mas, mesmo assim, é a melhor série já feita da união DC/ Warner.
Ao contrário das séries do canal The CW, “Titãs” traz mais da essência dos quadrinhos, não sendo tão melodramática. Ela tem fanservice, mas esse não é somente uma menção em determinado momento, fazendo parte do contexto da história. Como temos o Robin, precisamos do Batman e, no decorrer da série, nós o vemos, seja uma sombra na janela, uma mão sobre um ombro, uma silhueta ou de costas, Bruce Wayne aparece na série. Lógico, o foco não é nele, então não precisamos tanto de um rosto.
“Titãs” é uma série que possui um clima denso do começo ao fim. É quase uma série de terror com bastante ação e violência. Não ficamos presos a draminhas pessoais, ela tem o motivo de mostrar os jovens – nem tão jovens assim – heróis agindo em busca de respostas, constantemente. Você conhece mais sobre cada um deles no transcorrer da série. Mesmo àqueles que não são os protagonistas, estão com suas histórias contadas.
Quando se assiste “Titãs”, você sente falta de algumas coisas e alguns personagens, mas como é o começo da construção de um novo universo – agora da streaming –, de cara com o spin-off Patrulha do Destino, sabemos que tem muito para vir por aí.
“Titãs”, mesmo com a excessiva violência e o clima tenso, é a melhor série com personagens da DC da atualidade, superando seus colegas do Arrowverse. Longa vida aos Titãs!

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