Translate

quinta-feira, 21 de abril de 2016

RESENHA HQ: Superman/Batman: Supergirl (DC Comics Coleção de Graphic Novels volume 14 da Eaglemoss).

SUPERMAN/BATMAN: SUPERGIRL (DC Comics Coleção de Graphic Novels volume 14 da Eaglemoss).

Roteiros: Jeph Loeb, Otto Binder
Desenhos: Michael Turner, Al Plastino
Título original: Superman/Batman: Supergirl

A história desse encadernado (sim, continuo teimando em chama-lo assim, pois não é sempre que ele publica graphic novels – Lex Luthor: Homem de Aço e LJA: Terra Dois são dois exemplos de graphic novels –, mas sim minisséries que foram publicadas nas mensais ou à parte da cronologia do personagens) é, praticamente uma continuidade de “Superman/Batman: Inimigos Públicos”, publicada no volume 5 da coleção da Eaglemoss, então após a queda dos restos de meteoro de kriptonita na Terra, Superman vê-se isolado enquanto Batman e a Liga da Justiça procuram esses pedaços. Submerso no rio próximo de Gotham, Batman encontra uma nave com um texto em kriptoniano, só que esta está vazia. Enquanto isso, uma jovem nua anda pelas ruas de Gotham, totalmente desnorteada e perdida. Quando Batman a encontra, descobre que ela somente sabe falar kriptonês e tem poderes que assemelham-se ao do Superman. Ela termina causando um desastre, o que leva ao Batman capturá-la, enquanto Superman salva o dia.
Descobre-se que a jovem é Kara, filha de Zor-El, irmão de Jor-El, pai do Superman, ou seja, ela é prima do Homem-de-Aço. Desconfiado de quem a menina seja, Batman ajuda Superman a investigar mais sobre a jovem, mas terminam tendo a intervenção da Mulher-Maravilha que leva Kara para Themyscira, a ilha Paraíso, onde ela é treinada por Artêmis e faz amizade com Lyla, a Precursora. Só que, do outro lado do universo, em Apokolips, Darkseid deseja que a jovem faça parte de suas Fúrias e será capaz de qualquer coisa para isso. Então, mais do que nunca, Superman precisará da ajuda de Mulher-Maravilha e do Batman, além de um dos residentes de Apokolips que decidiu ficar na Terra para deter Darkseid de seus desejos sórdidos.
Depois temos a chegada da jovem Kara Zor-El à Terra em Action Comics #252 (maio de 1959). Advinda de um pedaço de Krypton que se separou após a explosão do planeta, Kara nasceu nesse pedacinho do planeta, que foi mantido a salvo, durante muito tempo, por seu pai Zor-El. Quando Zor-El percebeu que aquele pedaço do planeta estava em vias de total destruição, sem recuperação, ele monta uma nave e envia sua filha à Terra, após sua esposa, Allura, e Kara pesquisarem sobre o planeta e descobrirem que aqui vive outro kriptoniano, o Superman. Chegando ao nosso planeta, Superman a resgata e ambos descobrem serem primos, então na intenção que ela viva entre os terráqueos como ele faz no papel de Clark Kent, Superman a leva para um orfanato com o nome Linda Lee e lá a deixa.
Ter mais essa edição da coleção em mãos é muito bom. Eu já conhecia a história “Supergirl de Krypton”, que fez parte das edições 1 a 4 de “Superman/Batman”, lançada no Brasil pela Panini (junho/outubro de 2005). Na época eu achei a história – pois ainda estava acostumado a Supergirl do Universo Compacto, criado pelo Mestre do Tempo para ludibriar a Legião de Super-Heróis – totalmente desnecessária, pois não via motivo para a existência de uma Supergirl, mas com o passar do tempo, Kara foi conquistando seu espaço, sempre aprendendo a convivência com todos os outros heróis. Chegou até a integrar os Novos Titãs por um curto período de tempo.
Critiquei muito Jeph Loeb por trazê-la de volta, ainda mais que Byrne havia estabelecido Kal-El como um órfão, mas Zero Hora já havia ocorrido, sendo assim, a possibilidade de mudanças nos parâmetros da solidão do Superman eram possíveis, tanto que Krypto reapareceu, também – existiu outro Krypto, mas este era um cachorro do bartender Bibbo que ele deu ao Superboy.
A entrada de Kara Zor-El foi bem querida por muitos, pois ela fazia parte do universo pré-Crise, fosse como Poderosa (nesse caso era Kara Zor-L) na Terra-2 ou como Supergirl em Terra-1, e nem tanto por um pequeno grupo que – como eu – achava que se você é o último filho de Krypton, não tem de haver uma última filha e assim por diante, pois se perde a noção dos limites, como terminou acontecendo posteriormente, em histórias futuras. Mas eu admito que errei com isso, pois a adição da personagem deu uma nova dinâmica nas histórias do Superman e também acrescentou elementos na história da personagem que a envolvia constantemente com vários aspectos das sagas que transcorriam, como foi o caso de A Guerra das Amazonas, onde Kara se viu entre a cruz e a espada, pois era vista como uma das guerreiras de Themyscira, já que fora treinada por elas.
Eu gostava da Kara pré-Crise, pois ela era um elemento importante nas histórias da Legião dos Super-Heróis, principalmente. Era um membro importante do grupo e a amada de Brainiac-5, mostrando que até mesmo o mais racional dos seres pode amar. Essa nova Kara acrescentou bastante elementos, pena que durou somente até 2011, quando surgiu Novos 52 e Kara teve sua história recontada, novamente.
Já na segunda história, escrita por Otto Binder e desenhada por Al Plastino, vimos a introdução da Supergirl da Terra-1. Essa foi a primeira de várias histórias que Kara possuiu posteriormente. Ela foi adotada pelos Danvers, foi apresentada ao público pelo Superman, se tornou membro da Legião dos Super-Heróis e ganhou super-animais como Rajado, Beepo e Cometa. Sua história foi longa e cheia de grandes aventuras até sua fatídica e lembrada morte em “Crise nas Infinitas Terras”.
No volume 15 da coleção começará a saga “O Nascimento do Demônio”, onde Batman encarará o terrorista Ra’s Al Ghul, que busca um herdeiro para seguir no comando de sua Liga dos Assassinos.

A coleção de graphic novels pode ser adquirida em bancas ou lojas especializadas. Números anteriores também podem ser requeridos no site Eaglemoss Brasil. Se preferir fazer a assinatura, com ela você ganha vários brindes exclusivos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário