SUPERMAN/BATMAN:
SUPERGIRL (DC Comics Coleção de Graphic Novels volume 14 da Eaglemoss).
Roteiros: Jeph Loeb, Otto Binder
Desenhos: Michael Turner, Al Plastino
Título original: Superman/Batman: Supergirl
A história desse encadernado (sim, continuo teimando em
chama-lo assim, pois não é sempre que ele publica graphic novels – Lex Luthor: Homem de Aço e LJA: Terra Dois são
dois exemplos de graphic novels –, mas sim minisséries que foram publicadas nas
mensais ou à parte da cronologia do personagens) é, praticamente uma
continuidade de “Superman/Batman: Inimigos Públicos”, publicada no volume 5 da
coleção da Eaglemoss, então após a queda dos restos de meteoro de kriptonita na
Terra, Superman vê-se isolado enquanto Batman e a Liga da Justiça procuram
esses pedaços. Submerso no rio próximo de Gotham, Batman encontra uma nave com
um texto em kriptoniano, só que esta está vazia. Enquanto isso, uma jovem nua
anda pelas ruas de Gotham, totalmente desnorteada e perdida. Quando Batman a
encontra, descobre que ela somente sabe falar kriptonês e tem poderes que
assemelham-se ao do Superman. Ela termina causando um desastre, o que leva ao
Batman capturá-la, enquanto Superman salva o dia.
Descobre-se que a jovem é Kara, filha de Zor-El, irmão de
Jor-El, pai do Superman, ou seja, ela é prima do Homem-de-Aço. Desconfiado de
quem a menina seja, Batman ajuda Superman a investigar mais sobre a jovem, mas
terminam tendo a intervenção da Mulher-Maravilha que leva Kara para Themyscira,
a ilha Paraíso, onde ela é treinada por Artêmis e faz amizade com Lyla, a
Precursora. Só que, do outro lado do universo, em Apokolips, Darkseid deseja
que a jovem faça parte de suas Fúrias e será capaz de qualquer coisa para isso.
Então, mais do que nunca, Superman precisará da ajuda de Mulher-Maravilha e do
Batman, além de um dos residentes de Apokolips que decidiu ficar na Terra para
deter Darkseid de seus desejos sórdidos.
Depois temos a chegada da jovem Kara Zor-El à Terra em
Action Comics #252 (maio de 1959). Advinda de um pedaço de Krypton que se
separou após a explosão do planeta, Kara nasceu nesse pedacinho do planeta, que
foi mantido a salvo, durante muito tempo, por seu pai Zor-El. Quando Zor-El
percebeu que aquele pedaço do planeta estava em vias de total destruição, sem
recuperação, ele monta uma nave e envia sua filha à Terra, após sua esposa,
Allura, e Kara pesquisarem sobre o planeta e descobrirem que aqui vive outro
kriptoniano, o Superman. Chegando ao nosso planeta, Superman a resgata e ambos
descobrem serem primos, então na intenção que ela viva entre os terráqueos como
ele faz no papel de Clark Kent, Superman a leva para um orfanato com o nome
Linda Lee e lá a deixa.
Ter mais essa edição da coleção em mãos é muito bom. Eu já
conhecia a história “Supergirl de Krypton”, que fez parte das edições 1 a 4 de
“Superman/Batman”, lançada no Brasil pela Panini (junho/outubro de 2005). Na
época eu achei a história – pois ainda estava acostumado a Supergirl do
Universo Compacto, criado pelo Mestre do Tempo para ludibriar a Legião de
Super-Heróis – totalmente desnecessária, pois não via motivo para a existência
de uma Supergirl, mas com o passar do tempo, Kara foi conquistando seu espaço,
sempre aprendendo a convivência com todos os outros heróis. Chegou até a
integrar os Novos Titãs por um curto período de tempo.
Critiquei muito Jeph Loeb por trazê-la de volta, ainda mais que
Byrne havia estabelecido Kal-El como um órfão, mas Zero Hora já havia ocorrido,
sendo assim, a possibilidade de mudanças nos parâmetros da solidão do Superman
eram possíveis, tanto que Krypto reapareceu, também – existiu outro Krypto, mas
este era um cachorro do bartender Bibbo que ele deu ao Superboy.
A entrada de Kara Zor-El foi bem querida por muitos, pois
ela fazia parte do universo pré-Crise, fosse como Poderosa (nesse caso era Kara
Zor-L) na Terra-2 ou como Supergirl em Terra-1, e nem tanto por um pequeno
grupo que – como eu – achava que se você é o último filho de Krypton, não tem
de haver uma última filha e assim por diante, pois se perde a noção dos
limites, como terminou acontecendo posteriormente, em histórias futuras. Mas eu
admito que errei com isso, pois a adição da personagem deu uma nova dinâmica
nas histórias do Superman e também acrescentou elementos na história da
personagem que a envolvia constantemente com vários aspectos das sagas que
transcorriam, como foi o caso de A Guerra das Amazonas, onde Kara se viu entre
a cruz e a espada, pois era vista como uma das guerreiras de Themyscira, já que
fora treinada por elas.
Eu gostava da Kara pré-Crise, pois ela era um elemento
importante nas histórias da Legião dos Super-Heróis, principalmente. Era um
membro importante do grupo e a amada de Brainiac-5, mostrando que até mesmo o
mais racional dos seres pode amar. Essa nova Kara acrescentou bastante
elementos, pena que durou somente até 2011, quando surgiu Novos 52 e Kara teve
sua história recontada, novamente.
Já na segunda história, escrita por Otto Binder e desenhada
por Al Plastino, vimos a introdução da Supergirl da Terra-1. Essa foi a primeira de várias histórias que Kara possuiu
posteriormente. Ela foi adotada
pelos Danvers, foi apresentada ao público pelo Superman, se tornou membro da
Legião dos Super-Heróis e ganhou super-animais como Rajado, Beepo e Cometa. Sua
história foi longa e cheia de grandes aventuras até sua fatídica e lembrada
morte em “Crise nas Infinitas Terras”.
No volume 15 da coleção começará a saga “O Nascimento do
Demônio”, onde Batman encarará o terrorista Ra’s Al Ghul, que busca um herdeiro
para seguir no comando de sua Liga dos Assassinos.
A coleção de graphic novels pode ser adquirida em bancas ou
lojas especializadas. Números anteriores também podem ser requeridos no site
Eaglemoss Brasil. Se preferir fazer a assinatura, com ela você ganha vários
brindes exclusivos.
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